sábado, 1 de outubro de 2022

Desarme-se

DESARME-SE Atos de violência têm se espalhado desde Oiapoque, Ap até o Chuí, RS. Os motivos são desde os desentendimentos na porta do bar, até principalmente nestes últimos dias, em meio às manifestações políticas que se dizem de direita, de centro ou esquerda. Os instrumentos, não musicais, mas que podem levar à morte do oponente conta com canivetes, estiletes, facas, armas de fogo, porretes, pedras, barras de ferro, o próprio punho fechado ou aberto e tudo quanto pode lançar mão para desferir no seu inimigo. E esse opositor pode ser um membro da mesma família, um frequentador da mesma igreja, o seu vizinho ou alguém que ele nem mesmo conhece. Houve uma eleição mais ou menos no ano 1.000 a.C. e o rei Saul não aceitou a derrota desde que ele viu e ouviu “as mulheres se alegrando e, cantando alternadamente, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares. Então, Saul se indignou muito, pois estas palavras lhe desagradaram em extremo; e disse: Dez milhares deram elas a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão o reino?” (1Sm 18.7, 8). Desse dia em diante a coisa desandou e Saul pegou em armas para ferir Davi. Para não sujar as suas próprias mãos, “disse Saul a Davi: Eis aqui Merabe, minha filha mais velha, que te darei por mulher... guerreia as guerras do SENHOR; porque Saul dizia consigo: Não seja contra ele a minha mão, e sim a dos filisteus.” (1Sm 18.17). Saul não desistiu depois que deu em nada sua intenção de fazer montar uma estratégia para que os filisteus matassem a Davi. Dias depois, aconteceu que “o espírito maligno, da parte do SENHOR, tornou sobre Saul... tinha na mão a sua lança, enquanto Davi dedilhava o seu instrumento músico. Procurou Saul encravar a Davi na parede, porém ele se desviou do seu golpe, indo a lança ferir a parede; então, fugiu Davi e escapou.” (1Sm 19.9, 10). O pequeno Davi não ficou livre dos enfrentamentos do seu opositor. Chegou um dia em que “... Davi... fugiu de diante de Saul...” (1Sm 21.10), mas isso não foi suficiente para se livrar da perseguição. Outra vez “Davi... se refugiou na caverna de Adulão...” (1Sm 22.1). Saul e seus homens não escondiam a maldade que existia em seus corações até que, depois do sacerdote “... Aimeleque, a pedido (de) Davi, consultar o SENHOR...” (1Sm 22.10), Saul, no encalço de Davi, ordenou a “... Doegue (um dos seus aliados), o edomita... arremeter contra os sacerdotes, e matou, naquele dia, oitenta e cinco homens que vestiam estola sacerdotal...” (1Sm 22.18). Tudo isso com o intento de ferir o coração de Davi. Davi não carregou mágoa do seu opositor. Ele empunhava sempre uma espada, mas se desarmava completamente dentro do seu coração, e se dedicava a “... não estender a mão contra o seu senhor, pois é o ungido de Deus.” (1Sm 24.10). Em outra oportunidade de se vingar de Saul, “Davi... respondeu a Abisai: Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do SENHOR e fique inocente?” (1Sm 26.9). Desarme-se o mais rápido possível dentro e fora do seu coração. Um salmista, no desespero da sua alma, devia estar enfrentando os mesmos problemas que Davi, então, ele declara que “já há tempo demais que habita com os que odeiam a paz. (O maior desejo dentro do seu coração é) ser pela paz; quando, porém, ele fala, eles teimam pela guerra.” (Sl 120.6, 7). Davi não guardou mágoa do seu carrasco. Davi desarmou o seu coração em lágrimas quando soube da morte de Saul. “Pranteou Davi a Saul e a Jônatas... (disse que os dois eram) queridos e amáveis, tanto na vida como na morte não se separaram...” (2Sm 1.17). Através da graça de Deus é possível você não guardar rancor do outro que o persegue. Somente Deus é capaz de sustentar e abençoar a sua vida depois que o outro o menospreza e o ataca com violência. Deus é muito forte para levar você a “orar pela paz de Jerusalém (Brasil)! Sejam prósperos os que te amam. Reine paz dentro de teus muros e prosperidade nos teus palácios. Por amor dos meus irmãos e amigos, eu peço: haja paz em ti! Por amor da Casa do SENHOR, nosso Deus, buscarei o teu bem.” (Sl 122.6-9) para ver dias melhores em favor do povo brasileiro. Desarme-se da sua brutalidade, do seu medo, da sua desonestidade, da sua falta de amor ao próximo, do seu desejo maligno. Deus, tenha misericórdia do povo brasileiro! Rev. Salvador P. Santana

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