sábado, 21 de janeiro de 2017

SEXO E CASAMENTO – Vida a dois, a três, a quatro, Cl.3.17-21.



SEXO E CASAMENTO – Vida a dois, a três, a quatro, Cl.3.17-21.
           
Introd.:           O casamento é o ambiente correto para o relacionamento sexual.
            Isso não significa que a vida sexual do casal seja algo simples.
            Inúmeros fatores podem atrapalhar o bom andamento dessa parte importante da vida conjugal – cansaço, trabalho, falta de tempo, filhos, saúde, problemas de relacionamentos.      O que costuma causar mais dificuldade é a presença de filhos.
            O que vai ser dito nesta lição pode nos ajudar em outras circunstâncias da vida a dois.  
            Sexo e casamento [...]
1 – Antes dos filhos.
            O Senhor criou o casal para “[...] se unir [...] (e) se tornar os dois uma só carne”, Gn.2.24.
            Quando casamos, mudamos nossa situação diante de Deus e passamos a ter autorização para manter uma vida sexual ativa.
            Tudo em nossa realidade se transforma por meio do encontro e da troca.
            Para o casal, essa transformação se dá por meio da relação sexual, que torna os cônjuges “[...] uma só carne”, Gn.2.24 e que pode resultar no nascimento de filhos.
Daí, o casal promoverá, através da relação sexual, a “[...] fecundação, multiplicação (da imagem de Deus), enchendo a terra [...]”, Gn.1.28.
            Os filhos tornam as coisas mais complicadas para o casal, e os pais precisam ter mais atenção, cuidado para que a intimidade do casal não seja exposta.
            Então, é preciso que o casal aproveite o tempo antes do nascimento dos filhos, e invista em seu relacionamento íntimo.
            Aproveitar esse tempo, a liberdade e as poucas obrigações, pode trazer toda diferença para um casal.
            A intimidade sexual reforça e aprofunda a união.
            Quando Paulo fala sobre o “não nos privar um ao outro [...]”, 1Co.7.5 na área sexual, ele afirma que a constância do relacionamento sexual é muito importante para um casal.
            Essa constância contribui “[...] para que Satanás não nos tente por causa da incontinência”, 1Co.7.5 e ainda, nos fortalece os laços do casamento.
            Ainda hoje há pessoas que pensam que é sinal de santidade evitar o contato físico com o cônjuge; para eles se relacionarem sexualmente quantas vezes forem possíveis.
            Viu Deus tudo quanto fizera (principalmente o homem e sua mulher), e eis que era muito bom (os dois cativarem uma vida sexual ativa) [...]”, Gn.1.31 .
            Evitar ou ver a relação sexual como suja é distorção, é confusão.
            Sexo e casamento [...]
2 – Com filhos em casa.
            Filhos chegam, o casal assume grandes responsabilidades.
            Vem o desafio de administrar a vida sexual, as obrigações profissionais, a casa e a família.
            Alguém aparece na relação do casal e não dá para pedir licença, pois o filho é alguém amado e também exigente.
            Filho é dependente e de grande importância.
            O casal precisa definir prioridades em favor do filho.
            A sociedade atual encara os filhos como ídolos. Toda energia, atenção e dinheiro lhes são dedicados.
            A vida de muitos casais resume-se a cuidar dos filhos.
            Paulo, em Colossenses, descreve o papel e as obrigações da família diante de Deus:
            Esposas [...] submissas [...]”, Cl.3.18;
            Maridos [...] amando [...]”, Cl.3.19;
            Filhos [...] obedecendo [...]”, Cl.3.20;
            Pais, (que) não irritam os [...] filhos [...]”, Cl.3.21.
            Quando agimos dessa forma, mostramos que não vivemos de acordo com nossas ideias e vontades, mas como o Senhor ordena.
            A prioridade na vida familiar não é o pai, a mãe e muito menos o filho, mas “[...] tudo (tem que ser) [...] em nome do Senhor Jesus [...]”, Cl.3.17. 
            Moisés declara que o centro da vida familiar é quando “ouvimos [...] o Senhor, nosso Deus, (como) [...] único Senhor. Amando [...] o Senhor, nosso Deus, de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de toda a nossa força”, Dt.6.4, 5.
            Portanto, nem mãe, filho, pai tem prioridade no lugar de Deus.
            Ao falar sobre a submissão da mulher, a obediência do filho, não é afirmação de que o homem é superior e nem a mulher e o filho sejam inferiores.
            O pai tem a obrigação de representar Deus em seu lar e prover sua família de modo gracioso, reconciliador e misericordioso tal como o Criador faz em nosso favor.
            Ao viver essa realidade evitaremos a idolatria do filho, ou mesmo do cônjuge, que roubam o lugar correto dos relacionamentos.
            A prioridade em qualquer casamento é investir no relacionamento conjugal.
            Diante de Deus temos de amar e nos relacionar adequadamente com o cônjuge e não podemos fazer dos filhos um empecilho para que isso aconteça.
            Tanto os desejos sexuais como as tentações continuam, mesmo após o nascimento das crianças.
            O casamento é a relação mais duradoura de nossa vida.
            Nem mesmo a presença dos filhos pode ser usada como desculpa para descuidar do casamento.
            Sexo e casamento [...]
3 – Após a saída dos filhos.
            Após anos de dedicação dos pais, os filhos vão embora de casa para formar suas famílias, seguir seus próprios caminhos, carreiras.
            A casa fica vazia, o tempo começa a sobrar, assim como o espaço na casa.
            O casal tem de voltar sua privacidade, eles estão ali um para o outro.
            Quando o casal não investiu na relação, por causa dos filhos, o casamento se torna a união de dois estranhos, de pessoas que pouco sabem de uma da outra, só se falavam para tratar de assuntos relacionados aos filhos.
            A sociedade tem diminuído a importância do casamento.
            A prole ganhou mais importância que a vida a dois.
            A antiga frase “os mais velhos primeiro”, transformou-se em “as crianças na frente”.
            A Bíblia mostra que o lugar de honra é dos pais.
            Paulo fala que os “filhos [...] (devem) obedecer a (seus) [...] pais no Senhor [...] honrando [...] pai e [...] mãe (que é o primeiro mandamento com promessa)”, Ef.6.1, 2.
            Atualmente são os pais que obedecem e atendem os desejos dos filhos; a vida do casal ficou centralizada nos filhos.
            Quando o casal se vê sozinho, o marido e a mulher não mais se identificam como cônjuges eles se enxergam somente como pais.
            Na terceira idade o relacionamento sexual do casal costuma esfriar – o vigor físico já não é o mesmo, mas a necessidade sexual permanece a mesma.
            A saída dos filhos e o envelhecimento não podem acabar com o relacionamento físico do casal – a não ser, é claro por problemas de saúde, que impeçam o contato físico.
            Além do vigor, a aparência física também decai e, na maioria dos casos – infelizmente – a maturidade de muitos cristãos não acompanha seu envelhecimento.
            O nosso foco não pode estar na aparência física, mas no “[...] interior do coração (do) homem, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus”, 1Pe.3.4.
            A santificação deve ser o nosso maior foco.
            Um casal que não investiu em sua relação não terá muito conhecimento da beleza interior um do outro.
            Quando os olhos já não forem tão atraentes, o motivo de proximidade será o que vai ao coração.
            Se nossos padrões forem guiados pelo “[...] adorno da esposa [...] frisado (penteado) de cabelos, adereços de ouro, aparato (caro) de vestuário”, 1Pe.3.3, a vida sexual vai ser uma raridade quando o casal alcançar a terceira idade.
            Ver outras qualidades acima da aparência é o que pode fazer diferença em nossas vidas.
            [...] Abraão (e) Sara (acima da terceira idade ou) [...] depois de velha, e velho [...] tiveram ainda prazer (sexual) [...]”, Gn.18.12.
Conclusão:      A vida sexual no casamento não é simples.
            No início pode haver tempo, disposição.
            Com a chegada dos filhos as coisas podem se complicar e, se marido e mulher não tomarem os devidos cuidados, a intimidade pode acabar prematuramente.
            Em todas as fases da vida o casal deve a visão bíblica do casamento, levando em consideração Deus, “e (em) tudo o que fizer, seja em palavra, seja em ação, fazendo-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”, Cl.3.17. 
            Por esse motivo a “esposa [...] (precisa) ser submissa ao próprio marido, como convém no Senhor (e não ao marido)”, Cl.3.18. 
            O “marido [...] (deve) amar sua esposa e não a tratar com amargura”, Cl.3.19. 
            Filhos, em tudo (precisam aprender a) obedecer a seus pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor (e não diante dos pais)”, Cl.3.20. 
            E por outro lado, os “pais, não (podem) irritar os seus filhos, para que não fiquem desanimados (em relação à vida familiar)”, Cl.3.21.
Aplicação:       Reveja o modo de olhar o seu cônjuge.
            Beleza é algo bom, ela foi criada por Deus, mas pense nela sob a ótica do padrão bíblico.
            Salomão fala que “o ornato dos jovens é a sua força, e a beleza dos velhos, as suas cãs”, Pv.20.29.
            Então, é por esse motivo que “não (convém) acumular para nós [...] tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam”, Mt.6.19.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa Fé – A beleza da intimidade sexual – Extensão e limites da relação no casamento - CCC – Rev. Ricardo Moura Lopes Coelho.

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