SEXO E CASAMENTO – Vida
a dois, a três, a quatro, Cl.3.17-21.
Introd.: O casamento é o ambiente correto para
o relacionamento sexual.
Isso
não significa que a vida sexual do casal seja algo simples.
Inúmeros
fatores podem atrapalhar o bom andamento dessa parte importante da vida
conjugal – cansaço, trabalho, falta de tempo, filhos, saúde, problemas de
relacionamentos. O que costuma causar mais dificuldade é a presença de filhos.
O
que vai ser dito nesta lição pode nos ajudar em outras circunstâncias da vida a
dois.
Sexo
e casamento [...]
1 – Antes dos filhos.
O
Senhor criou o casal para “[...] se unir
[...] (e) se tornar os dois uma só carne”, Gn.2.24.
Quando
casamos, mudamos nossa situação diante de Deus e passamos a ter autorização
para manter uma vida sexual ativa.
Tudo
em nossa realidade se transforma por meio do encontro e da troca.
Para
o casal, essa transformação se dá por meio da relação sexual, que torna os
cônjuges “[...] uma só carne”,
Gn.2.24 e que pode resultar no nascimento de filhos.
Daí, o casal
promoverá, através da relação sexual, a “[...]
fecundação, multiplicação (da imagem de Deus), enchendo a terra [...]”,
Gn.1.28.
Os filhos
tornam as coisas mais complicadas para o casal, e os pais precisam ter mais
atenção, cuidado para que a intimidade do casal não seja exposta.
Então,
é preciso que o casal aproveite o tempo antes do nascimento dos filhos, e
invista em seu relacionamento íntimo.
Aproveitar
esse tempo, a liberdade e as poucas obrigações, pode trazer toda diferença para
um casal.
A
intimidade sexual reforça e aprofunda a união.
Quando
Paulo fala sobre o “não nos privar um
ao outro [...]”, 1Co.7.5 na área sexual, ele afirma que a constância do
relacionamento sexual é muito importante para um casal.
Essa
constância contribui “[...] para que
Satanás não nos tente por causa da incontinência”, 1Co.7.5 e ainda, nos
fortalece os laços do casamento.
Ainda
hoje há pessoas que pensam que é sinal de santidade evitar o contato físico com
o cônjuge; para eles se relacionarem sexualmente quantas vezes forem possíveis.
“Viu Deus tudo quanto fizera (principalmente o
homem e sua mulher), e eis que era muito bom (os dois cativarem uma vida sexual
ativa) [...]”, Gn.1.31 .
Evitar
ou ver a relação sexual como suja é distorção, é confusão.
Sexo
e casamento [...]
2 – Com filhos em casa.
Filhos
chegam, o casal assume grandes responsabilidades.
Vem
o desafio de administrar a vida sexual, as obrigações profissionais, a casa e a
família.
Alguém
aparece na relação do casal e não dá para pedir licença, pois o filho é alguém
amado e também exigente.
Filho
é dependente e de grande importância.
O
casal precisa definir prioridades em favor do filho.
A sociedade
atual encara os filhos como ídolos. Toda energia, atenção e dinheiro lhes são
dedicados.
A
vida de muitos casais resume-se a cuidar dos filhos.
Paulo,
em Colossenses, descreve o papel e as obrigações da família diante de Deus:
“Esposas [...] submissas [...]”,
Cl.3.18;
“Maridos [...] amando [...]”, Cl.3.19;
“Filhos [...] obedecendo [...]”,
Cl.3.20;
“Pais, (que) não irritam os [...] filhos [...]”,
Cl.3.21.
Quando
agimos dessa forma, mostramos que não vivemos de acordo com nossas ideias e
vontades, mas como o Senhor ordena.
A
prioridade na vida familiar não é o pai, a mãe e muito menos o filho, mas “[...] tudo (tem que ser) [...] em nome do
Senhor Jesus [...]”, Cl.3.17.
Moisés
declara que o centro da vida familiar é quando “ouvimos
[...] o Senhor, nosso Deus, (como) [...] único Senhor. Amando [...] o Senhor, nosso
Deus, de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de toda a nossa força”,
Dt.6.4, 5.
Portanto,
nem mãe, filho, pai tem prioridade no lugar de Deus.
Ao
falar sobre a submissão da mulher, a obediência do filho, não é afirmação de
que o homem é superior e nem a mulher e o filho sejam inferiores.
O
pai tem a obrigação de representar Deus em seu lar e prover sua família de modo
gracioso, reconciliador e misericordioso tal como o Criador faz em nosso favor.
Ao
viver essa realidade evitaremos a idolatria do filho, ou mesmo do cônjuge, que
roubam o lugar correto dos relacionamentos.
A
prioridade em qualquer casamento é investir no relacionamento conjugal.
Diante
de Deus temos de amar e nos relacionar adequadamente com o cônjuge e não
podemos fazer dos filhos um empecilho para que isso aconteça.
Tanto
os desejos sexuais como as tentações continuam, mesmo após o nascimento das
crianças.
O
casamento é a relação mais duradoura de nossa vida.
Nem
mesmo a presença dos filhos pode ser usada como desculpa para descuidar do
casamento.
Sexo
e casamento [...]
3 – Após a saída dos filhos.
Após
anos de dedicação dos pais, os filhos vão embora de casa para formar suas
famílias, seguir seus próprios caminhos, carreiras.
A
casa fica vazia, o tempo começa a sobrar, assim como o espaço na casa.
O
casal tem de voltar sua privacidade, eles estão ali um para o outro.
Quando
o casal não investiu na relação, por causa dos filhos, o casamento se torna a
união de dois estranhos, de pessoas que pouco sabem de uma da outra, só se
falavam para tratar de assuntos relacionados aos filhos.
A
sociedade tem diminuído a importância do casamento.
A
prole ganhou mais importância que a vida a dois.
A
antiga frase “os mais velhos primeiro”, transformou-se em “as crianças na
frente”.
A
Bíblia mostra que o lugar de honra é dos pais.
Paulo
fala que os “filhos [...] (devem)
obedecer a (seus) [...] pais no Senhor [...] honrando [...] pai e [...] mãe
(que é o primeiro mandamento com promessa)”, Ef.6.1, 2.
Atualmente
são os pais que obedecem e atendem os desejos dos filhos; a vida do casal ficou
centralizada nos filhos.
Quando
o casal se vê sozinho, o marido e a mulher não mais se identificam como
cônjuges eles se enxergam somente como pais.
Na
terceira idade o relacionamento sexual do casal costuma esfriar – o vigor
físico já não é o mesmo, mas a necessidade sexual permanece a mesma.
A
saída dos filhos e o envelhecimento não podem acabar com o relacionamento
físico do casal – a não ser, é claro por problemas de saúde, que impeçam o
contato físico.
Além
do vigor, a aparência física também decai e, na maioria dos casos –
infelizmente – a maturidade de muitos cristãos não acompanha seu
envelhecimento.
O
nosso foco não pode estar na aparência física, mas no “[...] interior do coração (do) homem, unido ao incorruptível
trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus”,
1Pe.3.4.
A
santificação deve ser o nosso maior foco.
Um
casal que não investiu em sua relação não terá muito conhecimento da beleza
interior um do outro.
Quando
os olhos já não forem tão atraentes, o motivo de proximidade será o que vai ao
coração.
Se
nossos padrões forem guiados pelo “[...]
adorno da esposa [...] frisado (penteado) de cabelos, adereços de ouro, aparato
(caro) de vestuário”, 1Pe.3.3, a vida sexual vai ser uma raridade quando
o casal alcançar a terceira idade.
Ver
outras qualidades acima da aparência é o que pode fazer diferença em nossas
vidas.
“[...] Abraão (e) Sara (acima da terceira idade
ou) [...] depois de velha, e velho [...] tiveram ainda prazer (sexual) [...]”,
Gn.18.12.
Conclusão: A vida sexual no casamento não é simples.
No
início pode haver tempo, disposição.
Com
a chegada dos filhos as coisas podem se complicar e, se marido e mulher não
tomarem os devidos cuidados, a intimidade pode acabar prematuramente.
Em
todas as fases da vida o casal deve a visão bíblica do casamento, levando em
consideração Deus, “e (em) tudo o que
fizer, seja em palavra, seja em ação, fazendo-o em nome do Senhor Jesus, dando
por ele graças a Deus Pai”, Cl.3.17.
Por
esse motivo a “esposa [...] (precisa) ser
submissa ao próprio marido, como convém no Senhor (e não ao marido)”,
Cl.3.18.
O
“marido [...] (deve) amar sua esposa e
não a tratar com amargura”, Cl.3.19.
“Filhos, em tudo (precisam aprender a) obedecer
a seus pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor (e não diante dos pais)”,
Cl.3.20.
E
por outro lado, os “pais, não (podem) irritar
os seus filhos, para que não fiquem desanimados (em relação à vida familiar)”,
Cl.3.21.
Aplicação: Reveja o
modo de olhar o seu cônjuge.
Beleza
é algo bom, ela foi criada por Deus, mas pense nela sob a ótica do padrão
bíblico.
Salomão
fala que “o ornato dos jovens é a sua
força, e a beleza dos velhos, as suas cãs”, Pv.20.29.
Então,
é por esse motivo que “não (convém) acumular
para nós [...] tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde
ladrões escavam e roubam”, Mt.6.19.
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