domingo, 13 de junho de 2021

Rm.8.18-25 - SOFRIMENTO.

SOFRIMENTO Rm.8.18-25 Introd.: A Bíblia fala que “muito sofrimento terá de curtir o ímpio [...]”, Sl.32.10. Sofrimento não é privilégio dos ímpios. O sofrimento está tanto para o incrédulo quanto para o crédulo. Para o rico e o pobre, o negro e o branco, o índio e o mulato. O sofrimento está para todos e toda a criação; ninguém escapa. Nar.: Para o apóstolo dos gentios a espera é ativa e dolorosa. Ele percebe o sofrimento da humanidade, coisa experimentada em sua própria pele. Mas a recompensa era a esperança de dias melhores. Propos.: No sofrimento há o glorioso livramento futuro. Trans.: Mesmo assim [...] 1 – Sofre a humanidade. Embora possuindo “[...] as primícias do Espírito [...]” e as suas bênçãos, “[...] gememos em nosso íntimo [...]”, Rm.8.23. No grego a palavra ‘gemido’ traz a ideia de “lamentar”. A humanidade lamenta por três razões: 1 – Por viver num mundo pecaminoso que entristece o nosso espírito, continua experimentando a imperfeição, a dor e a tristeza; 2 – Geme por suspirar por sua redenção total e pela plenitude do Espírito Santo que é outorgado na ressurreição; 3 - Geme pela glória a ser revelada e pelos privilégios da plena filiação celestial. Esse gemer é a aspiração por sermos revestidos da nossa habitação celestial. Eis o motivo “[...] da criação aguardar a revelação dos filhos de Deus”, Rm.8.19. “A ardente expectativa da criação [...]”, Rm.8.19 espera com ansiedade pelo dia em que os filhos de Deus serão manifestados em glória. É como diz Paulo: “E não somente (a criação), mas também nós [...] aguardamos a adoção de filhos [...]”, Rm.8.23. O sofrimento da humanidade é leve, temporário, comparado com a suprema e eterna glória. O sofrimento do momento – enfermidade, dor, calamidade, decepções, pobreza, maus-tratos, tristeza, perseguição, deve ser considerado insignificante, “porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”, Rm.8.18. Não significa que a glória é uma recompensa para o sofrimento, pois nada “[...] poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”, Rm.8.39. O sofrimento jamais irá abater o servo do Senhor, pois “[...] aguardamos [...] a redenção do nosso corpo”, Rm.8.23. Eu e você sofremos, mas também [...] 2 – Sofre a criação. Paulo mostra que não é somente a humanidade que sofre, mas também toda a criação natural “[...] geme e suporta angústias até agora”, Rm.8.22 por uma ordem melhor de existência. A criação lamenta o sofrimento. A criação inteira geme pedindo a Deus o dia da completa redenção. É como as dores e gemidos do parto, a qual anseia pela alegria que se segue. A natureza sofre porque se tornou sujeita ao sofrimento e às catástrofes físicas “[...] por causa daquele (Deus) que a sujeitou”, Rm.8.20. Adão levou a velha criação à ruína, da qual ele era o senhor e cabeça. Sobre a natureza “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”, Gn.1.31 e essa natureza ficou sujeita à vaidade e frustração quando o pecado entrou no mundo. Assim como o homem, “a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente [...]”, ou seja, sujeita à queda, determinado por Deus, Rm.8.20. A criação foi escravizada, mas em Deus existe “esperança de que [...] (ela) será redimida do cativeiro da corrupção [...]”, Rm.8.21. A criação recebeu a maldição da futilidade, todavia não sem esperança de livramento, ela irá participar da “[...] liberdade da glória dos filhos de Deus”, Rm.8.21. Essa criação torce e anseia pela mesma consumação dos filhos de Deus. Eis o motivo de Deus ter determinado que haverá novo céu e nova terra, nos quais, habita justiça. Em meio a tanto sofrimento da humanidade e da criação ainda existe [...] 3 – Esperança. A espera é ativa e dolorosa. Caso o nosso objetivo por que ansiamos já se houvesse alcançado, a esperança já teria deixado de existir. Paulo entende que a vida cristã envolve uma paciente espera. Ele diz que a nossa salvação apenas começou “porque, na esperança, fomos salvos [...]”, Rm.8.24. Num certo sentido não há necessidade de falar de esperança quando já existe posse. Temos o Espírito Santo como se fora uma primeira prestação, mas só chegará à consumação quando formos ressuscitados. Paulo fala que a “[...] esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?”, Rm.8.24. Paulo necessita da paciência como a graça necessária de Deus em sua vida. A paciência serve para conservar essa esperança, porque “[...] com paciência aguardamos”, Rm.8.25 novo céu e nova terra. Só é possível para aqueles que têm o Espírito de Deus, e quem tem o Espírito apresenta perseverança em meio aos obstáculos e sofrimentos neste mundo. A perseverança é necessária por três motivos: 1 – Fomos salvos; 2 – O bem esperado não vemos, está ausente aos olhos visíveis; 3 – Existe certa demora, mas “[...] com paciência o aguardamos”, Rm.8.25. Ainda não vemos a salvação concretizada, mas vemos através dos olhos da esperança. Sofro [...] Conclusão: Mas sofro feliz. Isto não quer dizer que através do sofrimento irei herdar a vida eterna. Não é devido o sofrimento que serei mais aperfeiçoado ou santificado. Ou que, através do sofrimento, Deus se compadecerá de mim e me transportará para a glória celestial. Quando sofro, não olho para o sofrimento, mas olho para a glória futura. Quando sofro, vejo que a glória futura sobrepuja em muito a aflição do presente. Farei o máximo possível para que a obra perfeita de Deus não sofra mais do que está sofrendo – eu trabalharei com o fim de tornar este universo abençoado. Sim, a esperança, não só a minha, mas de toda a criação será de um novo céu e uma nova terra, e, então poderemos dizer: “porque sabemos que toda a criação, a um só tempo [...] espera o que não vemos [...]”, Rm.8.22,25. Rev. Salvador P. Santana

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