A TECNOLOGIA TOMOU O TEMPO
“[...]
Ela, filme que entra em cartaz [...] a intimidade com a tecnologia torna as
pessoas cada vez mais solitárias [...] um homem devastado pelo fim de seu
casamento encontra consolo na companhia de um aplicativo de computador, que
parece compreendê-lo como ninguém fora capaz [...] vivemos isolados em bolhas
tecnológicas [...] a psicóloga americana
Sherry Turkle [...] tem escutado [...] pessoas
desejam uma versão mais avançada da Siri, a assistente digital do iPhone [...]
será uma melhor amiga, alguém que nos escutará quando os outros não estão nos
escutando [...] (isso tem gerado)
um velho conhecido humano: o medo da solidão [...] programas como a Siri [...] fazem pouco mais
do que responder a comandos diretos [...]” – Época – Edição 819 – 10/02/14 – pag
93,94 – Amor virtual, vida real – por Ivan Martins e Marcela Buscato.
Nos
tempos bíblicos ainda não existia tanta tecnologia como as deste século. A que
surgiu, cerca de 2.500 a.C. fora útil para o trabalho no campo. Pelo que indica
o relato Sagrado, “[...] Tubalcaim [...] (foi o primeiro) artífice de todo
instrumento cortante (arado, relha, enxada, enxadões, foice, forquilha), de
bronze e de ferro [...]” (Gn 4.22). Essa tecnologia não impedia dos homens se
relacionarem.
O
costume daqueles homens era, “[...] levantar-se de madrugada e seguir o [...]
caminho [...]” (Gn 19.2) para as suas atividades diárias. Essa atitude dos
“[...] donos de casa [...] sair de madrugada (era) para assalariar
trabalhadores para a sua vinha” (Mt 20.1). A jornada era dura. A contratação
começava cedo, a fim de que, na primeira hora do dia, seis horas da manhã,
começassem a trabalhar, até “[...] por volta da hora undécima (dezessete horas),
(caso) encontrasse outros que estavam desocupados [...]” (Mt 20.6), eram
chamados ao trabalho até às dezoito horas. Eram doze horas de trabalho com
“[...] poucos (intervalos) [...] na choça (abrigo)” (Rt 2.7) para o lanche da
manhã, o almoço e o lanche da tarde. Cheios de tarefas, ainda assim, esses
homens encontravam tempo para a família.
No
deserto, quando o povo de Israel foi libertado do jugo da escravidão do Egito,
muitos homens foram “[...] enchidos do Espírito de Deus, de habilidade, de
inteligência e de conhecimento, em todo artifício” (Ex 31.3). A tecnologia
dessa época serviu “para elaborar
desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, para lapidação de pedras de
engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores”, (Ex 31.4,5). A
tecnologia da época não era entrave para um bate-papo.
É
preciso que nestes dias, invadido pelos aparelhos tecnológicos, as famílias que
se assentam à mesa para as refeições, deixem de lado toda arte, toda ciência,
até mesmo as de instrumentos de trabalho, para se “reunir [...] (com) todos os
homens do lugar (quando oferecer) e der um banquete (e com toda a sua família)”
(Gn 29.22), a fim de sorrir um pouco, jogar conversar fora.
Que
Deus te dê forças para conseguir livrar-se de todo exercício extra no momento
da alimentação!
Rev. Salvador P. Santana
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