A TEMPORALIDADE DA VIDA, Ec.3.1-15.
Uma das dádivas de Deus
para toda humanidade é que “tudo tem o seu tempo determinado [...]”, Ec.3.1.
Sendo assim, todos os
homens precisam administrar o seu tempo, mas, sabemos que existe uma correria
desenfreada para conseguir cumprir com todos os seus compromissos.
E, como o tempo para
muitos está curto, daí, gera ativismo prejudicial, corre-corre, estresse.
Como administrar e
utilizar corretamente o tempo que Deus nos dá?
Não tenho tempo. É o que
dizem quase todos os homens, mas conforme o poeta, “tudo tem o seu
tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu [...]”, Ec.3.1.
Cada homem na face da
terra tem um momento apropriado para cada atividade humana.
Como você tem
administrado o seu tempo?
O texto básico apresenta
14 situações que cobrem varias atividades desta vida.
Esses vários aspectos da
temporalidade da vida são apresentados em pares, indicando a universalidade do
controle de Deus.
Essa forma literária de
apresentação é comum no Antigo Testamento quando fala “[...] nenhum homem
ou mulher [...] desde o menor deles até ao maior [...] o mar e a terra”, Ex.36.6; Jr.6.13; Jn.1.9.
O quadro do texto básico
oferece uma linguagem em pares, sobre as várias tonalidades da vida humana,
onde apresenta “[...] Deus [...] (como) soberano Senhor, que fez o céu, a terra, o mar e
tudo o que neles há”, At.4.24:
Texto
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Pares
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Sentido básico
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v.2
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“[...] nascer [...] morrer [...] plantar [...] arrancar [...]”.
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Eventos mais importantes da vida humana
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v.3
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“[...] matar [...] curar [...] derribar [...] edificar”.
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Atividades criativas e destrutivas, ou seja coisas boas e más.
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v.4
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“[...] chorar [...] rir [...] prantear [...] saltar de alegria”.
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Situações que envolvem emoções humanas.
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v.5
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“[...] espalhar pedras [...] ajuntar pedras [...] abraçar [...]
afastar-se de abraçar”.
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Trata das amizades e inimizades nesta vida.
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v.6
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“[...] buscar [...] perder [...] guardar [...] deitar fora”.
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Refere-se às posses humanas.
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v.7ª
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“[...] rasgar [...] coser [...]”.
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Expressa atividades destrutivas e criativas.
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v.7b,8
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“[...] estar calado [...] falar”.
“[...] amar [...] aborrecer [...] guerra [...] paz”.
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Significa falas humanas sentimentais e empreendimentos nacionais.
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Sendo a vida temporária
neste mundo, neste estudo será apresentado o viver humano à luz da soberania de
Deus.
Tópicos para reflexão.
1 – A temporalidade da vida e sua fragilidade.
Como “tudo tem o seu
tempo determinado [...] debaixo do céu [...]”, Ec.3.1, então é verdade que “há tempo de nascer e tempo de morrer [...]”, Ec.3.2 que é determinado por Deus, isto
acontece pelo simples motivo de “[...] Deus, somente Deus, e mais nenhum deus além dele
[...] (pode) matar e [...] fazer viver [...] ferir e [...] sarar; e não há quem
possa livrar alguém da sua mão”,
Dt.32.39.
Essa fragilidade da vida
é porque “[...] Deus impôs aos filhos dos homens [...]”, Ec.3.10 o tempo da sua permanência neste
mundo.
É preciso saber que “tudo fez Deus
formoso no seu devido tempo (homem algum morre fora do tempo); também pôs a
eternidade no coração do homem (Deus agiu dessa forma “porque os vivos sabem
que hão de morrer [...]”, Ec.9.5, então, é por este motivo) [...] que (nenhum
homem) [...] pode descobrir as obras que Deus fez (dia exato de nascer ou morrer)
desde o princípio até ao fim”,
Ec.3.11.
O ser humano se
considera inútil, frágil e sem possibilidades em todas as coisas, até mesmo de
se controlar, isto acontece porque, além do “[...] trabalho imposto (por) Deus [...]
aos filhos dos homens, (também, as demais atividades neste mundo é tão somente)
para com ele os afligir”,
Ec.3.10.
Deus é aquele que
comanda a vida temporal.
A prova da temporalidade
da vida do homem é retratada pelo Salmista onde ele declara que o “SENHOR [...] sondas
e [...] conhece (o homem) [...] cercas por trás e por diante [...] se (o homem
resolve) subir aos céus, lá estás; se faz a sua cama no mais profundo abismo,
lá estás também”, Sl.139.1,5,8.
De fato, o homem é tão
limitado que muitos chegam a “[...] dizer: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade
tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros (autossuficiente,
independente). (A resposta dAquele que comanda é:) Vocês não sabem o que
sucederá amanhã (Deus está no controle). Que é a vossa vida? Somos, apenas,
como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devemos dizer:
Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora,
entretanto, nos jactamos (gloriar) das nossas arrogantes pretensões. Toda
jactância (glória) semelhante a essa é maligna”, Tg.4.13-16.
David A. Hubbard em seu
livro, Muito Além da Futilidade – “O alcance total da vida está além do
controle humano, quando se observa que os eventos que o Pregador alinhou eram
todos opostos entre si. Nosso labor é basicamente sem lucro, porque Deus
planejou de tal maneira, e de tal maneira controla os fatos de nossa vida, que
todos os nossos esforços são impotentes para produzir qualquer mudança
essencial”.
2 – A temporalidade da vida e o prazer de viver.
Salomão “sabe que nada há
melhor para o homem do que regozijar-se e levar vida regalada”, Ec.3.12 quando aprende a viver debaixo do
poder soberano de Deus.
Para o Pregador e,
também deve ser para cada cristão, o dever de reconhecer “[...] que também é
dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu
trabalho”, Ec.3.13, tudo isso “[...] vem da mão de
Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se?”, Ec.2.24,25.
O filósofo Aristóteles
dizia que “prazer é o ato de um hábito que é conforme a natureza”, mas o
escritor bíblico, Salomão, declara que “[...] Deus (é quem) dá [...] prazer ao homem (de
viver neste mundo) [...]”,
Ec.2.26.
É por este motivo que o
filho do rei Davi declara que “tudo fez Deus formoso no seu devido tempo [...]”, Ec.3.11 a fim de que, o servo de Deus
reconheça que todos os homens são temporários neste mundo, então é dever de
cada um ter prazer na vida, pois “[...] é dom de Deus [...]”, Ec.3.13.
Ora, como Deus nos
oferece o presente de ter o prazer neste mundo, o “[...] jovem [...] (precisa
aprender a) recrear o seu coração nos dias da sua mocidade; andar pelos
caminhos que satisfazem ao seu coração e agradam aos seus olhos; (mas deve) saber
[...] que de todas estas coisas Deus [...] pedirá contas”, Ec.11.9.
Existem muitos que
apenas vivem neste mundo sem ter alegria completa.
São pessoas que não tem
prazer de viver, vivem inquietas e sem direção.
Esses homens inquietos e
sem prazer na vida perguntam incessantemente: “Que proveito tem o trabalhador naquilo
com que se afadiga?”, Ec.3.9.
O prazer de viver não
depende das circunstâncias deste mundo, depende daquilo que está dentro do
coração, pois “são os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu
corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo
estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes
trevas serão!”, Mt.6.22,23.
3 – A temporalidade da vida e a sua segurança.
No verso 14 Salomão se
volta para a segurança da vida.
Essa “segurança (precisa
ser buscada constantemente no) [...] SENHOR [...] (que é soberano e pode) responder
no dia da tribulação [...]”,
Sl.20.1.
Alguns aspectos da ação
soberana de Deus, a qual proporciona segurança:
1 – Segurança
permanente.
Precisamos gravar na
mente e coração que o “[...] SENHOR [...] (é o) Deus Eterno”, Gn.21.33, então, fica mais claro
reconhecer e “saber que tudo quanto Deus faz durará eternamente [...]”, Ec.3.14.
A ideia principal é que
não há possibilidade de fracasso quando se vive sob o comando divino.
O salmista declara que “o SENHOR é quem te
guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. O SENHOR te guardará de todo
mal; guardará a tua alma”,
Sl.121.5,7.
Sendo o Senhor o nosso
guarda, temos a certeza que “[...] o seu favor dura a vida inteira [...]”, Sl.30.5.
A prova dessa segurança
constante é quando “o SENHOR ia adiante (do seu povo no deserto) [...] durante o dia, numa
coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de
fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. Nunca se
apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a
noite”, Ex.13.21.22.
2 – Segurança
completa.
Todos os homens,
especial, aquele “[...] que confia no SENHOR está seguro”, Pv.29.25.
Tudo quanto Deus faz é
perfeito e completo, por isso, “[...] nada se lhe pode acrescentar e nada lhe tirar
[...]”, Ec.3.14.
Nenhuma obra de Deus
precisa ser abandonada ou desprezada porque “tudo fez Deus formoso no seu devido
tempo [...]”, Ec.3.11.
3 – Segurança
insuperável (invencível).
Deus continua pergunta
para todos os homens: “Quem pode numerar com sabedoria as nuvens? Ou os
odres (chuva) dos céus, quem os pode despejar (?)”, Jó 38.37.
Deus é invencível em
todas as coisas. Ninguém pode ser maior do que Ele.
Nada fica fora do
alcance, controle e conhecimento de Deus.
“[...] Deus faz tudo
[...] isto para que os homens temam (reverenciar, honrar, respeitar) diante
dele”, Ec.3.14.
Como Deus é total
segurança, podemos “[...] estar bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem
os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a
altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do
amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”, Rm.8.38,39.
Conclusão: Como “tudo tem o seu tempo determinado [...]”, Ec.3.1 neste mundo para todos os homens,
então, só nos resta “[...] que é dom (presente) de Deus que possa o homem comer, beber e
desfrutar o bem de todo o seu trabalho”, Ec.3.13.
Então, “o que é já foi (o
trato com todos os homens de lhe oferecer a comida e bebida), e o que há de ser
também já foi (o bem concedido a todos nós, haverá de ser igual para os que
vierem depois); Deus fará renovar-se o que se passou (tal como Salomão já havia
escrito: “o que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer;
nada há, pois, novo debaixo do sol”, Ec.1.9)”, Ec.3.15.
Discussão: É possível gozar a vida sem pecar contra
Deus?
É possível os fatores
externos oferecer alegria completa para o homem?
Para o salmista, o que
proporciona alegria completa é “[...] a graça (do) Senhor (que) é melhor do que a
vida [...]”, Sl.63.3.
Você sabe aproveitar a
vida?
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana – Estudo – Vida abundante – Didaquê – Rev.
Anderson Sathler.
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