sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O EXERCÍCIO DO QUEBRANTAMENTO, Is.57.11.

O EXERCÍCIO DO QUEBRANTAMENTO, Is.57.11.

            Objetivo da lição: aprender a se quebrantar diante de Deus.
Introd.:
            O profeta Isaías faz uma declaração de exaltação ao Deus que pode mudar, transformar e renovar cada coração.
            Deus tem esse poder “porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos”, Is.57.15.
            Interessante notar que Deus tem dois endereços de habitação.
            O primeiro fala que Deus “[...] habita a eternidade [...] habita no alto e santo lugar [...]”, Is.57.15, ou seja, “no céu está o nosso Deus [...]”, Sl.115.3.
            O segundo lugar de “[...] habitação [...] do Santo (é) [...] também com o contrito (arrependido, esmagado, quebrantado) e abatido (humilde, baixo) de espírito [...]”, Is.57.15.
            A respeito desses “[...] humildes de espírito (Jesus declara que eles são) bem-aventurados, porque deles é o reino dos céus”, Mt.5.3.
            Davi reconhece que “sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado (esmagado); coração compungido (tristeza por haver pecado) e contrito (arrependido), não o desprezarás, ó Deus”, Sl.51.17.
            O problema é que temos um coração orgulhoso, cheio de si, mesmo após a nossa conversão, sendo habitação de Deus, o nosso coração continua duro é por este motivo de Deus reclamar: “Mas de quem tiveste receio ou temor (deuses), para que mentisses e não te lembrasses de mim, nem de mim te importasses? Não é, acaso, porque me calo, e isso desde muito tempo, e não me temes?”, Is.57.11.
            A declaração do profeta Jeremias mostra cada um de “nós fazendo pior do que nossos pais; pois eis que cada um de nós anda segundo a dureza do nosso coração maligno, para não [...] dar ouvidos a Deus”, Jr.16.12.
            Sendo um coração em constante desejo para desviar-se de Deus, “[...] o Alto, o Sublime, que habita a eternidade [...] (deseja) vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos”, Is.57.15.
            Quebrantamento é a solução para o nosso coração orgulhoso.
            Você tem praticado o exercício do quebrantamento (desanimado, aflito, ferido)?
Exposição
1 – O que é quebrantamento?
            A palavra quebrantamento traduz a palavra bíblica contrição (arrependimento).
            Essa palavra sugere algo que foi esmagado em minúsculos pedaços, tal como uma rocha que se tornou em pó.
            Davi fala que “perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado (arrependido, esmagado, minúsculo) e salva os de espírito oprimido”, Sl.34.18.
            Nancy L. DeMoss afirma que quebrantamento consiste em três coisas:
            1 – Quebrantamento é o rompimento da nossa vontade pessoal e total rendição à vontade de Deus.
            Ao renegar a vontade de Deus em nossas vidas, agimos como Simeão e Levi que “[...] na sua vontade perversa [...] (misturado a) seu furor mataram homens [...] jarretaram (aleijar) touros”, Gn.49.6.
            O sinal do quebrantamento é quando o servo “[...] que [...] diz: Senhor, Senhor! [...] faz a vontade do [...] Pai, que está nos céus”, Mt.7.21.
            2 – Quebrantamento é abrir mão da autoconfiança e da independência de Deus.
            Muitos ainda neste mundo agem como “[...] Faraó (que era autoconfiante e totalmente independente de Deus ao afirmar): Quem é o SENHOR para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir a Israel”, Ex.5.2.
            O quebrantamento começa quando “amamos o SENHOR, nosso Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-nos a ele; pois disto depende a nossa vida e a nossa longevidade [...]”, Dt.30.20.
            3 – Quebrantamento é o amolecimento do solo do nosso coração para que a Palavra de Deus penetre e lance raízes.
            Assim como “[...] Faraó [...] (muitos) corações continuam endurecidos e não [...] ouvem [...] o (que o) SENHOR tem dito”, Ex.8.15.
            O quebrantamento nos levar “[...] ouvir [...] (as) palavras (de) Jesus e as praticar (daí) será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha [...] (este) semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um”, Mt.7.24; 13.23.
2 – Avalie o seu orgulho.
            J. N. Darby declara que “o orgulho é o pior dos males que podem nos sobrevir. De todos os nossos inimigos, ele é o que perece com mais dificuldade e mais lentamente”.
            É preciso combater o orgulho, pois “Deus, certamente, escarnece dos escarnecedores [...]”, Pv.3.34.
            Devemos gravar em nosso coração que “[...] Deus resiste aos soberbos (orgulho) [...]”, Tg.4.6; 1Pe.5.5.
            É impossível o orgulhoso esconder do “[...] SENHOR [...] (porque) ele os conhece de longe”, Sl.138.6.
            Faça um check-up espiritual do seu coração. Avalie o nível de orgulho presente no seu coração.
            1 – O orgulhoso olha para os fracassos dos outros e está sempre pronto a mencioná-los tal como “[...] Judá (depois que soube que) [...] Tamar, sua nora, adulterou [...] (mandou) tirá-la fora para que ser queimada”, Gn.38.24;
            2 – O orgulhoso tem um espírito crítico e está sempre procurando erro nos outros. “[...] Ele vê o argueiro (cisco) no olho do [...] irmão, porém não repara na trave que está no seu próprio [...]”, Mt.7.3;
            3 – O orgulhoso tem a tendência de criticar quem se encontra em posição de autoridade (presidente, patrão, marido, pai, pastor), e comenta com outras pessoas as falhas percebidas.
Isto aconteceu com “Miriã e Arão (que) falaram contra Moisés, por causa da mulher cuxita (etíope) que tomara [...]”, Nm.12.1;  
            4 – O orgulhoso se autojustifica; tem um conceito elevado de si mesmo a ponto de, “[...] posto em pé, orar de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou (mas ao mesmo tempo menospreza os outros) porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano”, Lc.18.11;
            6 – O orgulhoso quer provar que sempre está certo e deseja sempre ter a última palavra a ponto de dizer: “[...] Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros”, Tg.4.13;
            7 – O orgulhoso exige sempre os seus direitos e a preservação de sua reputação. Foi o que fez a esposa do rei Acabe. Ela, para não ficar humilhada por um dos súditos do rei, que recusou vender um pedaço de terra ao soberano, primeiro quis saber se “[...] com efeito (Acabe) governava [...] sobre Israel [...] (com o seu orgulho prometeu) dar(-lhe) a vinha de Nabote [...] (por meio) homens malignos, que testemunharam (falsamente) [...]”, 1Rs.21.7,10.
            8 – O orgulhoso deseja sempre ser servido, quer que a vida gire em torno de si e de suas necessidades, tal como “[...] os governadores dos povos (que) os dominam e que os maiorais exercem autoridade (mandam) sobre eles”, Mt.20.25;
            9 – O orgulhoso tem o sentimento de que a igreja é privilegiada por poder contar com ele, pois somente ele “resolve [...] rege [...] empreende [...]edifica [...] planta [...] faz [...] compra [...] possui [...] amontoa [...] sobrepuja [...]”, Ec.2.3-5,7-9 a todos, portanto, ele é único;
            10 – O orgulhoso busca sempre se autopromover;
            11 – O orgulhoso deseja intensamente ser reconhecido e apreciado por seus esforços, pois “amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens”, Mt.23.6,7;
            12 – O orgulhoso fica magoado quando outros são promovidos em vez dele, tal como “[...] o filho mais velho [...] quando [...] ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo”, Lc.15.25,28;
            13 – O orgulhoso se deixa abater pelas críticas;
            14 – O orgulhoso não aceita ser corrigido ou disciplinado;
            15 – O orgulho se preocupa com a opinião das pessoas a respeito dele;
            16 – O orgulhoso tem dificuldade de aceitar os seus erros e pedir perdão;
            17 – O orgulhoso não conhece a verdadeira condição do seu coração;
            18 – O orgulhoso considera que não precisa de arrependimento e avivamento espiritual.
            Essa lista te ajudou a reconhecer o quanto você é orgulhoso?
            Não fique desesperado, “as misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim”, Lm.3.22.
3 – Pratique o quebrantamento.
            O quebrantamento é uma obra de Deus, mas exige a nossa participação.
            Alguns passos para o quebrantamento:
            3.1 – Aproxime-se de Deus.
            Deve nascer o desejo em cada coração de “chegar-se a Deus [...]”, Tg.4.8 por meio da oração, leitura bíblica e frequência aos cultos.
            Duas coisas importantes:
            3.1.1 – Deus não rejeita a oração de alguém que o busca de todo o coração.
            Quando buscamos a presença de “[...] Deus (temos a certeza de que Ele) me tem ouvido e me tem atendido a voz da oração. (Portanto) bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça”, Sl.66.19,20.
            Quando nos dispomos a “buscar Deus o [...] achamos quando o buscamos de todo o nosso coração”, Jr.29.13.
            E quando “[...] não sabemos orar como convém [...] o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza [...] (e) intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis”, Rm.8.26.
            3.1.2 – “[...] A palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração (mais duro)”, Hb.4.12.
            “[...] A palavra (é) fogo, diz o SENHOR, e martelo que esmiúça a penha (coração mais endurecido) [...]”, Jr.23.29.
            3.2 – Confesse os seus pecados.
            Ao aproximar-se de Deus, pela oração e meditação bíblica, enxergamos o quanto “[...] estamos perdido! Porque somos homem de lábios impuros, habitamos no meio de um povo de impuros lábios [...]”, Is.6.5.
            Quando somos impulsionados a “chegar a Deus, e ele se chega a nós [...] (então, a nossa obrigação é) purificar as mãos, (somos) pecadores [...] (devemos) limpar o coração. Afligir (atormentar), lamentar e chorar [...] (a fim de) nos humilhar na presença do Senhor, e ele nos exaltará”, Tg.4.8-10.
            Cada um de nós pode ter a certeza, pois, “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”, 1Jo.1.9.
            3.3 – Tome atitudes de obediência a Deus.
            John Maxwell diz que atitude é um sentimento interior que se expressa pelo comportamento exterior. É a capacidade de transformar pensamentos em ações.
            Para Tiago, você tem atitude quando se “torna [...] praticante da palavra e não somente ouvinte, enganando a (si) [...] mesmo”, Tg.1.22.
            Atitude é “[...] apresentar o nosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional. E não nos conformar com este século, mas (ser) transformados pela renovação da nossa mente, para que experimentemos qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, Rm.12.1,2.
            Faça uma lista de decisões a ser tomadas:
            1 – Ajoelhe-se diante de Deus e reconheça a sua dependência;
            2 – Reúna a sua família e peça perdão pelas suas ofensas e reconheça os seus erros;
            3 – Desista de brigar e entregue os seus ressentimentos para Deus;
            4 – Comece a dar testemunho de cristão no seu ambiente de trabalho;
            5 – Comprometa-se com a sua igreja através dos dízimos;
            6 – Passe a falar de Jesus para as pessoas que estão ao seu redor.
Conclusão:      O meio-irmão de Jesus fala que todos nós devemos “nos humilhar na presença do Senhor, e ele nos exaltará”, Tg.4.10.
            Não podemos “[...] ter receio ou temor (de) Deus (para sermos quebrantados) [...]”, Is.57.11.

Discussão:       1 – Você é uma pessoa soberba?
            2 – Você tem se esforçado para buscar o quebrantamento?



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Dieta espiritual – Z3 Editora – Rev. Arival Dias Casimiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário