terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O EXERCÍCIO DA INFLUÊNCIA, Mt.5.13-16.

O EXERCÍCIO DA INFLUÊNCIA, Mt.5.13-16.

            Objetivo da lição: Ser diferente e fazer a diferença neste mundo.
Introd.:           O sal em seu estado puro consiste de cloreto de sódio e é encontrado em grande quantidade na natureza.
            O sal pode ser extraído da água, especialmente do mar, ou da terra.
            Enciclopédia Mirador Internacional classifica o sal em dois grupos, de acordo com o teor de pureza: 1 – Sal bruto, subdividido em marinho verde ou curado; o de minas, proveniente de lagos salgados ou mares interiores; o de jazidas de sal-gema ou salde rocha, encontrado no subsolo; o de depósitos mistos; 2 – O beneficiado, subdividido em alimentício, de mesa, de cozinha ou grosso; e de conserva.
            O sal é usado há muito tempo pelo homem.
            O primeiro relato bíblico fala sobre “[...] a mulher de Ló (que) olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal”, Gn.19.26.
            O uso do sal é variado. Serve como tempero, na produção industrial (cloro, soda cáustica, vidro, alumínio, borracha, plástico, celulose).
            Também é usado como conservante de alimento como peixes, carnes e salames.
            Um homem adulto tem cerca de 250 gramas de sal em seu corpo.
            A dose recomendável de ingestão diária de sal para uma pessoa saudável é de 2,4g (colher de chá).
            O sal é importante na manutenção do metabolismo e equilíbrio do nosso sistema de defesa.
            O uso exagerado do sal produz hipertensão arterial, eclampsia, cálculos renais e arteriosclerose.
            Jesus já havia ensinado sobre o caráter do cristão, mostrando que cada um precisa ser “bem-aventurado [...]”, Mt.5.3.
            No texto básico, Jesus fala sobre a influência do cristão no mundo. Ela usa duas metáforas (sentido figurado por meio de comparação): sal e luz.
            A ênfase de Jesus é que um cristão verdadeiro, por meio da sua maneira de viver, influencie o mundo ou a sociedade em que vive.
            Como está o seu testemunho diante da sua família e sociedade?
Exposição
1 – O sal da terra.
            Na época em que Jesus viveu, o sal possuía um grande valor.
            Os gregos diziam que o sal era divino. Os romanos diziam: “Nada é mais útil do que o sol e o sal”.
            Por um longo tempo o sal foi considerado muito precioso para a preservação dos alimentos e foi chamado de ouro branco.
            Os gregos e romanos, utilizavam o sal como moeda para suas compras e vendas e com este condimento os romanos eram pagos, por isso surgiu a palavra salário, que deriva de sal.
            Foi considerado um artigo de luxo e só os mais ricos tinham acesso a ele.
            Naquela época o sal se associava a três qualidades:
            1.1 – O sal simboliza pureza.
            Pelo fato de ser extraído da natureza, o sal é essencialmente puro.
            Os romanos diziam que o sal era o mais puro dos alimentos porque procedia das duas coisas mais puras que existem: o sol e o mar.
            Entre os povos do oriente, o sal era usado como selo de alianças e acordos, simbolizando fidelidade e compromissos.
            No culto do Antigo Testamento, cada “[...] oferta [...] (de) manjares (era) temperada com sal [...] não (podia) deixar faltar o sal da aliança do teu Deus [...]”, Lv.2.13 com dois propósitos didáticos: compromisso com Deus e pureza.
            O cristão é comparado ao “[...] sal da terra [...]”, Mt.5.13, logo, ele deve ser um exemplo de pureza e santidade, ser “[...] limpo de coração, porque verá a Deus”, Mt.5.8.
            A fim de influenciar, cada cristão precisa se “[...] purificar de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a sua santidade no temor de Deus”, 2Co.7.1.
            Para influenciar é necessário “[...] tornar-se padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza”, 1Tm.4.12.
            Mas, para chegar a ponto de influenciar, “[...] ser [...] sal da terra [...]”, Mt.5.13 é preciso “chegar-se a Deus, e ele se chegará a (cada um de) nós outros. (Daí, vamos) purificar as mãos [...] limpar o coração”, Tg.4.8.
            O sal age secretamente, sem ser percebido.
            A influência do cristão muitas vezes não é vista, mas experimentada ou sentida.
            1.2 – O sal simboliza preservação.
            O sal impede a putrefação de alimentos.
            O cristão exerce influência positiva na sociedade, impedindo a sua deterioração moral.
            O cristão deve ser um elemento antisséptico e purificador dos homens maus.
            Certa vez “[...] disse o SENHOR: Se eu achar em Sodoma cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles [...] Abraão (foi um antisséptico e purificador do seu sobrinho a ponto de clamar pelos sodomitas) [...] na hipótese de faltarem cinco para cinquenta justos, destruirás por isso toda a cidade? Ele respondeu: Não a destruirei se eu achar ali quarenta e cinco [...] e se, porventura, houver ali quarenta? [...] não o farei por amor dos quarenta. Insistiu: [...] se houver, porventura, ali trinta? [...] Não o farei se eu encontrar ali trinta. [...] Se, porventura, houver ali vinte? [...] Não a destruirei por amor dos vinte. [...] Se, porventura, houver ali dez? [...] Não a destruirei por amor dos dez”, Gn.18.26-32.
            “Joás fez o que era reto perante o SENHOR [...] (porque) o sacerdote Joiada o dirigia”, 2Rs.12.2, preservando-o do pecado.
            Para evitar infecções nos recém-nascidos, “[...] esfregavam-no com sal [...]”, Ez.16.4, friccionando na carne para exercer a sua influência.
            O cristão, para influenciar, precisa sair do saleiro.
            O cristão não deve fugir ou “[...] esconder [...]”, Mt.5.14 do mundo, mas “[...] a si mesmo guardar-se incontaminado (livre de contaminação) do mundo”, Tg.1.27.
            1.3 – O sal simboliza sabor.
            O sabor é algo sobrenatural.
            Na época de Eliseu, em Jericó, havia um rio de “[...] águas [...] más [...] saiu ele ao manancial das águas e deitou sal nele; e disse: Assim diz o SENHOR: Tornei saudáveis estas águas; já não procederá daí morte nem esterilidade. Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas [...]”, 2Rs.2.19,21,22.
            O sal foi usado como elemento de restauração do sabor ou da qualidade da água.
            “[...] o sal [...] (dá) sabor [...]”, Mt.5.13 à comida.
            O cristão é para o mundo o que o sal é para a comida.
            Não é impossível “comer sem sal [...] (então) a nossa palavra (deve) ser sempre agradável, temperada com sal, para saber como devemos responder a cada um”, Jó 6.6; Cl.4.6.
            “[...] O sal [...] (só perde) o sabor [...]”, Mt.5.13 por um processo de adulteração, contaminação ou infiltração, daí, “[...] o sal (se torna) insípido [...]”, Mt.5.13 em razão das substâncias estranhas que se agregam a ele.
            Quando “[...] o sal vier a ser insípido [...] para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens”, Mt.5.13, tal como “[...] os [...] charcos (brejo) e os seus pântanos (brejo atoleiro) não serão feitos saudáveis; serão deixados para o sal”, Ez.47.11.
            Se cada um de “nós somos o sal da terra [...] (não podemos) ser insípido (sem gosto, é dever buscar) [...] restaurar o sabor [...] (se não buscar) para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens”, Mt.5.13.
            Você está disposto a ser jogado fora ou ser aproveitado?
2 – A luz do mundo.
            Conforme William Hendriksen, a luz na Bíblia, indica:
            1 – “[...] Na luz (de) Deus, vemos a luz”, Sl.36.9 que é o verdadeiro conhecimento.
            O evangelista Mateus declara que “são os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”, Mt.6.22,23.
            2 – Como todos nós “[...] outrora, éramos trevas, porém, agora, somos luz no Senhor; (então, precisamos) andar como filhos da luz (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade)”, Ef.5.8,9.
            3 – O salmista fala que “a luz difunde-se para o justo, e a alegria, para os retos de coração. (É por este motivo que) o povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz”, Sl.97.11; Is.9.2.
            A palavra luz sempre é empregada em conexão com alegria, bênção e vida, em contraste com tristeza, maldição e morte.
            Jó faz o contraste ao dizer: “antes que eu vá para o lugar de que não voltarei, para a terra das trevas e da sombra da morte; terra de negridão, de profunda escuridade, terra da sombra da morte e do caos, onde a própria luz é tenebrosa”, Jó 10.21,22.
            Quando Isaías profetiza sobre a vinda do Messias, ele fala “[...] que a terra [...] aflita não continuará a obscuridade (escuridão porque Jesus nasceu) [...]”, Is.9.1.
            É por isso que o evangelista João declara que “a vida estava nele e a vida era a luz dos homens. (E que) a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”, Jo.1.4,5.
            Sendo assim, é verdadeiro quando “[...] Jesus fala, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”, Jo.8.12.
            Mas é preciso saber que “enquanto Cristo estava no mundo, (era) [...] a luz do mundo”, Jo.9.5 e hoje, “[...] somos a luz do mundo. (Logo) não se pode esconder a cidade edificada (todo cristão) sobre um monte”, Mt.5.14.
            É como já fora falado de que “[...] outrora, éramos trevas, porém, agora, somos luz no Senhor; (devemos) andar como filhos da luz”, Ef.5.8.
            Quando andamos na luz, “[...] nos tornamos irrepreensíveis (não merece censura) e sinceros, filhos de Deus inculpáveis (inocente segundo os padrões de Deus) no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandecemos como luzeiros no mundo”, Fp.2.15.
            Mas é preciso “permanecer em Jesus, e ele permanecerá em nós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podemos dar, se não permanecermos em Jesus. (Isto é porque) Jesus é a videira, nós, os ramos. Quem permanece em Jesus, e Jesus, (em nós) [...] esse dá muito fruto; porque sem Jesus nada podemos fazer”, Jo.15.4,5.
            Jesus declara que “nós somos a luz do mundo [...]”, Mt.5.14, “[...] se o sal vier a ser insípido (sem gosto) [...] para nada mais presta (é uma função oculta) [...]”, Mt.5.13, então, “[...] a luz do mundo (que) somos. Não se pode esconder [...]”, Mt.5.14 porque ela brilha aberta e publicamente, por isso, “nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire (vaso medir cereais), mas no velador (suporte lamparina), e alumia a todos os que se encontram na casa”, Mt.5.15, e mais: “[...] não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte”, Mt.5.14.
            2.1 – A luz simboliza visibilidade.
            “[...] Luz (é a forma de energia que ilumina o) [...] mundo (por este motivo ela) não pode se esconder [...]”, Mt.5.14.
            A luz e outras radiações eletromagnéticas são emitidas por objetos energéticos ou quentes.
            No caso da terra, o maior exemplo é o sol.
            A luz é o único componente do espectro eletromagnético (que inclui as micro-ondas, os raios ultravioletas e os raios X) que pode ser detectado pelo olho humano.
            Vemos os objetos quando eles refletem a luz em direção a nossos olhos.
            Nada se movimenta tão rápido como a luz. No vácuo a luz se movimenta numa velocidade de 300.000 km por segundo.
            A missão primordial da luz é ser vista, então, “[...] não se pode esconder a cidade edificada (“[...] sobre esta pedra (Jesus, que é) edificada a igreja [...]”, Mt.16.18) sobre um monte (que dá a ideia do “[...] Senhor assentado sobre um alto e sublime trono [...]”, Is.6.1”, Mt.5.14.
            O cristão não pode se esconder “[...] depois de acender uma candeia (recebe o Espírito Santo) [...] pelo contrário, coloca-a sobre um velador, a fim de que os que entram vejam a luz”, Lc.8.16 que “somos nós a luz do mundo [...]”, Mt.5.14.
            Como servos de Cristo, “[...] nada (em nós deve) estar oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão para ser revelado”, Mc.4.22.
            A nossa visibilidade é tão séria que devemos estar “[...] atentos no que ouvimos (através da Palavra de Deus, pois) [...] com a medida com que tivermos medido nos medirão também, e ainda se nos acrescentará. Pois ao que tem se lhe dará; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado”, Mc.4.24,25 – galardão, talentos??!!
            2.1 – A luz simboliza direção.
            As três grandezas físicas básicas da luz são: brilho (ou amplitude), cor (ou frequência), e polarização (ou ângulo de vibração).
            Devido a dualidade onda-partícula, a luz exibe simultaneamente propriedades quer de ondas quer de partículas.
            Por causa do brilho, a luz é utilizada para dirigir ou orientar navegações. Esta é a função da luz de um farol.
            “A nossa luz também (deve) brilhar diante dos homens [...]”, Mt.5.16.
            É o nosso dever influenciar este mundo pelo motivo de “[...] Jesus [...] ser a luz do mundo [...] (portanto) quem segue Jesus não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”, Jo.8.12.
            Quando apresentamos a direção, que é Jesus, muitos irão “[...] perguntar: Onde está [...] (Jesus) Rei dos judeus? Porque [...] viemos para adorá-lo”, Mt.2.2.
            2.1 – A luz simboliza vida.
            Toda a vida no planeta e em tudo na natureza é dependente da luz do sol. Sem o sol, não haveria nenhuma vida no planeta.
            A luz, simboliza, na Bíblia, o verdadeiro conhecimento de Deus, “pois em Deus está o manancial da vida; na luz (de) Deus, vemos a luz”, Sl.36.9.
            É por este motivo que, “são os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”, Mt.6.22,23.
            Mas, para que possamos andar na luz e mostrar a vida que recebemos, é preciso conhecer Deus através de Jesus Cristo, porque “a vida está nele e a vida é a luz dos homens”, Jo.1.4, então, “[...] quem segue Jesus não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”, Jo.8.12.
            O exercício da influência [...]
Conclusão:      Nos fala que todos “nós somos o sal da terra (para salgar, temperar, dar sabor) [...]”, Mt.5.13 e “[...] a luz do mundo (que) não [...] pode esconder [...]”, Mt.5.14 com a finalidade de “[...] alumia a todos os que se encontram na casa (ao nosso redor)”, Mt.5.15, essa atitude serve “[...] para que vejam as nossas boas obras e glorifiquem a nosso Pai que está nos céus”, Mt.5.16.
            Se por acaso eu e você for negligente em “[...] ser o sal da terra (e “[...] a luz do mundo [...]”, Mt.5.14) [...] para nada mais prestar [...] (fique sabendo que será) lançado fora, (para) ser pisado (humilhado, ridicularizado, comparado aos demais homens que não tem Cristo) pelos homens”, Mt.5.13.
Discussão:       1 – As pessoas com quem você se relaciona reconhecem em você um cristão verdadeiro?
            2 – Qual o testemunho da igreja evangélica em Itapuí?
            3 – Qual é o seu poder de influência para os moradores de Itapuí?



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Dieta espiritual – Z3 Editora – Rev. Arival Dias Casimiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário