O EXERCÍCIO DA INFLUÊNCIA, Mt.5.13-16.
Objetivo da lição: Ser
diferente e fazer a diferença neste mundo.
Introd.: O sal em seu estado puro consiste de
cloreto de sódio e é encontrado em grande quantidade na natureza.
O
sal pode ser extraído da água, especialmente do mar, ou da terra.
Enciclopédia
Mirador Internacional classifica o sal em dois grupos, de acordo com o teor de
pureza: 1 – Sal bruto, subdividido em marinho verde ou curado; o de minas,
proveniente de lagos salgados ou mares interiores; o de jazidas de sal-gema ou
salde rocha, encontrado no subsolo; o de depósitos mistos; 2 – O beneficiado,
subdividido em alimentício, de mesa, de cozinha ou grosso; e de conserva.
O
sal é usado há muito tempo pelo homem.
O
primeiro relato bíblico fala sobre “[...]
a mulher de Ló (que) olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal”,
Gn.19.26.
O
uso do sal é variado. Serve como tempero, na produção industrial (cloro, soda
cáustica, vidro, alumínio, borracha, plástico, celulose).
Também
é usado como conservante de alimento como peixes, carnes e salames.
Um
homem adulto tem cerca de 250 gramas de sal em seu corpo.
A
dose recomendável de ingestão diária de sal para uma pessoa saudável é de 2,4g
(colher de chá).
O
sal é importante na manutenção do metabolismo e equilíbrio do nosso sistema de
defesa.
O uso exagerado do sal produz
hipertensão arterial, eclampsia, cálculos renais e arteriosclerose.
Jesus
já havia ensinado sobre o caráter do cristão, mostrando que cada um precisa ser
“bem-aventurado [...]”, Mt.5.3.
No
texto básico, Jesus fala sobre a influência do cristão no mundo. Ela usa duas
metáforas (sentido figurado por meio de comparação): sal e luz.
A
ênfase de Jesus é que um cristão verdadeiro, por meio da sua maneira de viver,
influencie o mundo ou a sociedade em que vive.
Como
está o seu testemunho diante da sua família e sociedade?
Exposição
1 – O sal da terra.
Na
época em que Jesus viveu, o sal possuía um grande valor.
Os
gregos diziam que o sal era divino. Os romanos diziam: “Nada é mais útil do que
o sol e o sal”.
Por
um longo tempo o sal foi considerado muito precioso para a preservação dos
alimentos e foi chamado de ouro branco.
Os
gregos e romanos, utilizavam o sal como moeda para suas compras e vendas e com
este condimento os romanos eram pagos, por isso surgiu a palavra salário, que
deriva de sal.
Foi
considerado um artigo de luxo e só os mais ricos tinham acesso a ele.
Naquela
época o sal se associava a três qualidades:
1.1
– O sal simboliza pureza.
Pelo
fato de ser extraído da natureza, o sal é essencialmente puro.
Os
romanos diziam que o sal era o mais puro dos alimentos porque procedia das duas
coisas mais puras que existem: o sol e o mar.
Entre os povos do oriente, o sal era
usado como selo de alianças e acordos, simbolizando fidelidade e compromissos.
No
culto do Antigo Testamento, cada “[...]
oferta [...] (de) manjares (era) temperada com sal [...] não (podia) deixar
faltar o sal da aliança do teu Deus [...]”, Lv.2.13 com dois propósitos
didáticos: compromisso com Deus e pureza.
O
cristão é comparado ao “[...] sal da
terra [...]”, Mt.5.13, logo, ele deve ser um exemplo de pureza e
santidade, ser “[...] limpo de coração,
porque verá a Deus”, Mt.5.8.
A
fim de influenciar, cada cristão precisa se “[...]
purificar de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a sua
santidade no temor de Deus”, 2Co.7.1.
Para
influenciar é necessário “[...] tornar-se
padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza”,
1Tm.4.12.
Mas,
para chegar a ponto de influenciar, “[...]
ser [...] sal da terra [...]”, Mt.5.13 é preciso “chegar-se a Deus, e ele se chegará a (cada um
de) nós outros. (Daí, vamos) purificar as mãos [...] limpar o coração”,
Tg.4.8.
O
sal age secretamente, sem ser percebido.
A
influência do cristão muitas vezes não é vista, mas experimentada ou sentida.
1.2
– O sal simboliza preservação.
O
sal impede a putrefação de alimentos.
O
cristão exerce influência positiva na sociedade, impedindo a sua deterioração
moral.
O
cristão deve ser um elemento antisséptico e purificador dos homens maus.
Certa
vez “[...] disse o SENHOR: Se eu achar
em Sodoma cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor
deles [...] Abraão (foi um antisséptico e purificador do seu sobrinho a ponto
de clamar pelos sodomitas) [...] na hipótese de faltarem cinco para cinquenta
justos, destruirás por isso toda a cidade? Ele respondeu: Não a destruirei se
eu achar ali quarenta e cinco [...] e se, porventura, houver ali quarenta? [...]
não o farei por amor dos quarenta. Insistiu: [...] se houver, porventura, ali
trinta? [...] Não o farei se eu encontrar ali trinta. [...] Se, porventura,
houver ali vinte? [...] Não a destruirei por amor dos vinte. [...] Se,
porventura, houver ali dez? [...] Não a destruirei por amor dos dez”,
Gn.18.26-32.
“Joás fez o que era reto perante o SENHOR
[...] (porque) o sacerdote Joiada o dirigia”, 2Rs.12.2, preservando-o do
pecado.
Para
evitar infecções nos recém-nascidos, “[...]
esfregavam-no com sal [...]”, Ez.16.4, friccionando na carne para
exercer a sua influência.
O
cristão, para influenciar, precisa sair do saleiro.
O
cristão não deve fugir ou “[...]
esconder [...]”, Mt.5.14 do mundo, mas “[...]
a si mesmo guardar-se incontaminado (livre de contaminação) do mundo”,
Tg.1.27.
1.3
– O sal simboliza sabor.
O
sabor é algo sobrenatural.
Na
época de Eliseu, em Jericó, havia um rio de “[...]
águas [...] más [...] saiu ele ao manancial das águas e deitou sal nele; e
disse: Assim diz o SENHOR: Tornei saudáveis estas águas; já não procederá daí
morte nem esterilidade. Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas [...]”,
2Rs.2.19,21,22.
O
sal foi usado como elemento de restauração do sabor ou da qualidade da água.
“[...] o sal [...] (dá) sabor [...]”,
Mt.5.13 à comida.
O
cristão é para o mundo o que o sal é para a comida.
Não
é impossível “comer sem sal [...] (então)
a nossa palavra (deve) ser sempre agradável, temperada com sal, para saber como
devemos responder a cada um”, Jó 6.6; Cl.4.6.
“[...] O sal [...] (só perde) o sabor [...]”,
Mt.5.13 por um processo de adulteração, contaminação ou infiltração, daí, “[...] o sal (se torna) insípido [...]”,
Mt.5.13 em razão das substâncias estranhas que se agregam a ele.
Quando
“[...] o sal vier a ser insípido [...]
para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens”,
Mt.5.13, tal como “[...] os [...] charcos
(brejo) e os seus pântanos (brejo atoleiro) não serão feitos saudáveis; serão
deixados para o sal”, Ez.47.11.
Se
cada um de “nós somos o sal da terra
[...] (não podemos) ser insípido (sem gosto, é dever buscar) [...] restaurar o
sabor [...] (se não buscar) para nada mais presta senão para, lançado fora, ser
pisado pelos homens”, Mt.5.13.
Você
está disposto a ser jogado fora ou ser aproveitado?
2 – A luz do mundo.
Conforme William Hendriksen, a luz
na Bíblia, indica:
1
– “[...] Na luz (de) Deus, vemos a luz”,
Sl.36.9 que é o verdadeiro conhecimento.
O
evangelista Mateus declara que “são os
olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será
luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em
trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas
serão!”, Mt.6.22,23.
2
– Como todos nós “[...] outrora, éramos
trevas, porém, agora, somos luz no Senhor; (então, precisamos) andar como
filhos da luz (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e
verdade)”, Ef.5.8,9.
3
– O salmista fala que “a luz difunde-se
para o justo, e a alegria, para os retos de coração. (É por este motivo que) o
povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra
da morte, resplandeceu-lhes a luz”, Sl.97.11; Is.9.2.
A
palavra luz sempre é empregada em conexão com alegria, bênção e vida, em
contraste com tristeza, maldição e morte.
Jó
faz o contraste ao dizer: “antes que eu
vá para o lugar de que não voltarei, para a terra das trevas e da sombra da
morte; terra de negridão, de profunda escuridade, terra da sombra da morte e do
caos, onde a própria luz é tenebrosa”, Jó 10.21,22.
Quando Isaías profetiza sobre a
vinda do Messias, ele fala “[...] que a
terra [...] aflita não continuará a obscuridade (escuridão porque Jesus nasceu)
[...]”, Is.9.1.
É
por isso que o evangelista João declara que “a
vida estava nele e a vida era a luz dos homens. (E que) a luz resplandece nas trevas, e as trevas não
prevaleceram contra ela”, Jo.1.4,5.
Sendo
assim, é verdadeiro quando “[...] Jesus
fala, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo
contrário, terá a luz da vida”, Jo.8.12.
Mas
é preciso saber que “enquanto Cristo estava
no mundo, (era) [...] a luz do mundo”, Jo.9.5 e hoje, “[...] somos a luz do mundo. (Logo) não se
pode esconder a cidade edificada (todo cristão) sobre um monte”,
Mt.5.14.
É
como já fora falado de que “[...]
outrora, éramos trevas, porém, agora, somos luz no Senhor; (devemos) andar como
filhos da luz”, Ef.5.8.
Quando
andamos na luz, “[...] nos tornamos
irrepreensíveis (não merece censura) e sinceros, filhos de Deus inculpáveis (inocente
segundo os padrões de Deus) no meio de uma geração pervertida e corrupta, na
qual resplandecemos como luzeiros no mundo”, Fp.2.15.
Mas é preciso “permanecer em Jesus, e ele permanecerá em nós.
Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira,
assim, nem vós o podemos dar, se não permanecermos em Jesus. (Isto é porque)
Jesus é a videira, nós, os ramos. Quem permanece em Jesus, e Jesus, (em nós)
[...] esse dá muito fruto; porque sem Jesus nada podemos fazer”,
Jo.15.4,5.
Jesus
declara que “nós somos a luz do mundo
[...]”, Mt.5.14, “[...] se o sal
vier a ser insípido (sem gosto) [...] para nada mais presta (é uma função
oculta) [...]”, Mt.5.13, então, “[...]
a luz do mundo (que) somos. Não se pode esconder [...]”, Mt.5.14 porque
ela brilha aberta e publicamente, por isso, “nem
se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire (vaso medir cereais),
mas no velador (suporte lamparina), e alumia a todos os que se encontram na
casa”, Mt.5.15, e mais: “[...] não
se pode esconder a cidade edificada sobre um monte”, Mt.5.14.
2.1
– A luz simboliza visibilidade.
“[...] Luz (é a forma de energia que ilumina
o) [...] mundo (por este motivo ela) não pode se esconder [...]”,
Mt.5.14.
A
luz e outras radiações eletromagnéticas são emitidas por objetos energéticos ou
quentes.
No
caso da terra, o maior exemplo é o sol.
A
luz é o único componente do espectro eletromagnético (que inclui as
micro-ondas, os raios ultravioletas e os raios X) que pode ser detectado pelo
olho humano.
Vemos
os objetos quando eles refletem a luz em direção a nossos olhos.
Nada
se movimenta tão rápido como a luz. No vácuo a luz se movimenta numa velocidade
de 300.000 km por segundo.
A missão primordial da luz é ser
vista, então, “[...] não se pode
esconder a cidade edificada (“[...] sobre esta pedra (Jesus, que é) edificada a
igreja [...]”, Mt.16.18) sobre um monte (que dá a ideia do “[...] Senhor
assentado sobre um alto e sublime trono [...]”, Is.6.1”, Mt.5.14.
O
cristão não pode se esconder “[...]
depois de acender uma candeia (recebe o Espírito Santo) [...] pelo contrário,
coloca-a sobre um velador, a fim de que os que entram vejam a luz”,
Lc.8.16 que “somos nós a luz do mundo
[...]”, Mt.5.14.
Como
servos de Cristo, “[...] nada (em nós
deve) estar oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão
para ser revelado”, Mc.4.22.
A
nossa visibilidade é tão séria que devemos estar “[...] atentos no que ouvimos (através da Palavra de Deus, pois)
[...] com a medida com que tivermos medido nos medirão também, e ainda se nos
acrescentará. Pois ao que tem se lhe dará; e, ao que não tem, até o que tem lhe
será tirado”, Mc.4.24,25 – galardão, talentos??!!
2.1
– A luz simboliza direção.
As
três grandezas físicas básicas da luz são: brilho (ou amplitude), cor (ou frequência),
e polarização (ou ângulo de vibração).
Devido
a dualidade onda-partícula, a luz exibe simultaneamente propriedades quer de
ondas quer de partículas.
Por
causa do brilho, a luz é utilizada para dirigir ou orientar navegações. Esta é
a função da luz de um farol.
“A nossa luz também (deve) brilhar diante dos
homens [...]”, Mt.5.16.
É o nosso dever influenciar este
mundo pelo motivo de “[...] Jesus [...]
ser a luz do mundo [...] (portanto) quem segue Jesus não andará nas trevas;
pelo contrário, terá a luz da vida”, Jo.8.12.
Quando
apresentamos a direção, que é Jesus, muitos irão “[...] perguntar: Onde está [...] (Jesus) Rei dos judeus? Porque [...]
viemos para adorá-lo”, Mt.2.2.
2.1
– A luz simboliza vida.
Toda
a vida no planeta e em tudo na natureza é dependente da luz do sol. Sem o sol,
não haveria nenhuma vida no planeta.
A
luz, simboliza, na Bíblia, o verdadeiro conhecimento de Deus, “pois em Deus está o manancial da vida; na luz
(de) Deus, vemos a luz”, Sl.36.9.
É
por este motivo que, “são os olhos a
lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se,
porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto,
caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”,
Mt.6.22,23.
Mas,
para que possamos andar na luz e mostrar a vida que recebemos, é preciso
conhecer Deus através de Jesus Cristo, porque “a
vida está nele e a vida é a luz dos homens”, Jo.1.4, então, “[...] quem segue Jesus não andará nas trevas;
pelo contrário, terá a luz da vida”, Jo.8.12.
O
exercício da influência [...]
Conclusão: Nos fala que todos “nós somos o sal da terra (para salgar,
temperar, dar sabor) [...]”, Mt.5.13 e “[...]
a luz do mundo (que) não [...] pode esconder [...]”, Mt.5.14 com a
finalidade de “[...] alumia a todos os
que se encontram na casa (ao nosso redor)”, Mt.5.15, essa atitude serve “[...] para que vejam as nossas boas obras e
glorifiquem a nosso Pai que está nos céus”, Mt.5.16.
Se
por acaso eu e você for negligente em “[...]
ser o sal da terra (e “[...] a luz do mundo [...]”, Mt.5.14) [...] para nada
mais prestar [...] (fique sabendo que será) lançado fora, (para) ser pisado (humilhado,
ridicularizado, comparado aos demais homens que não tem Cristo) pelos homens”,
Mt.5.13.
Discussão: 1 – As pessoas com quem você se relaciona
reconhecem em você um cristão verdadeiro?
2
– Qual o testemunho da igreja evangélica em Itapuí?
3
– Qual é o seu poder de influência para os moradores de Itapuí?
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Dieta espiritual – Z3 Editora – Rev.
Arival Dias Casimiro.
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