O ALIMENTO DA MORDOMIA, Mt.25.14-30.
Introd.: Mordomia tem tudo a ver com comida.
O
mordomo é a pessoa que administra os bens do seu senhor e cuida de alimentar
todos os integrantes da família.
O
mordomo tem a chave da despensa, lugar onde se guarda os alimenta da casa.
Como
o crente pode crescer ou desenvolver-se espiritualmente?
Todo
crescimento relaciona-se com uma boa alimentação.
Para
crescer, o cristão precisa seguir uma dieta espiritual balanceada, composta por
cinco alimentos básicos: oração, estudo bíblico, adoração, serviço e mordomia.
Hoje
vamos estudar sobre a mordomia.
Exposição
1 – A parábola dos talentos.
Jesus
fala de “[...] um homem que,
ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens”,
Mt.25.14 para nos mostrar a importância da mordomia.
Como
servos de Cristo precisamos saber que [...]
1.1
– Deus é o dono de tudo que existe.
Precisamos
gravar em nosso coração que “ao SENHOR
pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam”,
Sl.24.1.
Toda
propriedade pertence a “Deus (por)
criação [...] (pois) Ele [...] fez o mundo e tudo o que nele existe (e o
melhor) [...] Ele (sendo o) Senhor do céu e da terra (é o preservador de tudo.
É tão interessante esse ato de Deus que Ele) [...] fez toda a raça humana [...]
habitar sobre toda a face da terra [...] (traçando) os limites da sua habitação”,
Gn.1.27; At.17.24,26.
Como
Deus é o dono, Ele também é o Redentor que, através do “[...] sangue (de) Jesus comprou para Deus os que procedem de
toda tribo, língua, povo e nação”, Ap.5.9.
A
mordomia fala sobre [...]
1.2
– Tudo que temos nos foi confiado por Deus, colocando-nos na condição de
mordomos.
Não
somos proprietários definitivos de nada, “pois
[...] (cada um de nós foi) chamado [...] (por Deus como) seus servos e (Ele) nos
confiou os seus bens (para sermos mordomos)”, Mt.25.14.
O
rei “[...] Davi louvou (o) SENHOR (por
aquilo que Ele é e faz) [...] (dizendo que ao) SENHOR [...] (pertence) o poder,
a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque (de) Deus é tudo quanto há
nos céus e na terra [...] (do) SENHOR [...] é o reino, e Ele [...] (é) exaltado
por chefe sobre todos. (Portanto) riquezas e glória vêm de Deus, Ele domina
sobre tudo, na sua mão há força e poder; (com) Deus está o engrandecer e a tudo
dar força [...] (então, só nos resta) [...] dar graças e louvar (a) Deus [...]
porque quem somos nós [...] (devemos saber que) tudo vem de Deus [...]”,
1Cr.29.10-14.
Cada um de
nós pode até requerer escrituras de imóveis e registrar como proprietário, mas
ainda assim precisamos aceitar que somos apenas “[...]
o mordomo fiel [...] a quem o senhor confiará os (nossos bens) [...]”,
Lc.12.42.
1.3
– Deus distribui soberanamente talentos (bens) a cada pessoa, em quantidades
diferentes (cinco, dois e um) e conforme a capacidade de cada um.
Como
“[...] o Rei dos reis (é o) único
Soberano [...]”, 1Tm.6.15 sobre todas as coisas, Ele tem total poder de
“[...] a um abater, a outro exaltar”,
Sl.75.7.
Sendo
assim, somente Deus tem autoridade para conceder “a um dá cinco talentos (bens), a outro, dois e a outro, um [...]”,
Mt.25.15.
Não
podemos reclamar se temos muito ou poucos bens, mesmo porque, “[...] nunca deixará de haver pobres na terra
[...]”, Dt.15.11.
Como
Deus é o doador de todas as coisas, os “[...]
talentos (bens recebidos; seja) cinco (muito rico) [...] dois (rico) [...] (ou)
um (pobre), (é) dado a cada um segundo a nossa própria capacidade (qualidade
para produzir, habilidade) [...]”, Mt.25.15, então, “[...] àquele a quem muito foi dado, muito lhe
será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”,
Lc.12.48.
Então,
eu e você temos que “[...] prestar
contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos”, 1Pe.4.5 sobre
os “[...] talentos [...]”,
Mt.25.15 recebidos.
1.4
– Cada mordomo (cristão) deve se preocupar em multiplicar o que Deus tem lhe
confiado.
Interessante
notar que muitas pessoas não conseguem multiplicar o que tem.
Quem ganha
salário mínimo fala que não tem condições de guardar, mas se todo mês economizar
10%, no final do ano terá R$ 868,80 + juros e correção.
Mas,
algo muito valioso Deus requer de cada servo dEle, “[...] além [...] (de economizar) o que se requer dos
despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel”, 1Co.4.2.
Veja
como agem as pessoas no mundo:
“Os que recebem cinco talentos (muito rico) saem
imediatamente a negociar com eles e ganham outros cinco (a riqueza é dobrada e
com isso, se destacam no mundo dos mais ricos)”, Mt.25.16.
“Do mesmo modo, o que recebera dois (ricos) ganham
outros dois (dobra a riqueza e, para entrarem no mundo dos mais ricos, basta
apenas mais algumas aplicações)”, Mt.25.17.
“Mas o que recebera um (pobre), saindo, abre
uma cova (gasta tudo – vícios, supérfluo, querem andar como rico) e esconde (dízimo)
o dinheiro do seu senhor”, Mt.25.18.
É
impossível o homem que esconde o dinheiro, “[...]
os dízimos [...] (quando for) provado [...] (como se) abrirá [...] as janelas
do céu e [...] (receber) bênção sem medida (?)”, Ml.3.10.
Deus
“[...] requer [...] que cada um [...]
seja encontrado fiel”, 1Co.4.2 em tudo.
1.5
– Deus exigirá prestação de contas, individualmente, de seus mordomos.
“Não nos enganemos: de Deus não se zomba; pois
aquilo que o homem semear, isso também ceifará”, Gl.6.7 e, “o (próprio) SENHOR [...] jamais inocenta o
culpado [...]”, Na.1.3.
Em
breve, é esse “depois de muito tempo, (que)
voltará o senhor (“[...] que há de julgar vivos e mortos [...]”, 2Tm.4.1 e,
principalmente,) ajustará contas com (os seus) [...] servos [...]”,
Mt.25.19.
Note
bem que ninguém escapa desse acerto de contas.
Aqueles
que “[...] receberam cinco talentos
(muito rico) [...]”, Mt.25.20, “e,
[...] também o que recebera dois talentos (rico) [...]”, Mt.25.22, e “[...] por fim, o que recebera um talento
(pobre) [...]”, Mt.25.24, terão de ajustar as contas com Deus.
Todos
nós sabemos, mas aquele que é negligente, “[...]
o que recebera um talento (pobre, muitos ricos também são negligentes) [...]
sabe que (o) Senhor é homem severo (sério em todo o seu trato), que ceifas
onde não semeou e ajunta onde não espalhou* (*pode ser uma alusão ao
permitir que um seja mais rico que outro conforme a vontade permissiva de Deus)”,
Mt.25.24.
É verdade
que o negligente sempre ficará “receoso
(medroso de investir, então), esconderá na terra o [...] talento (bens) [...]”,
Mt.25.25, então, a “resposta [...] (do)
senhor (será): Servo mau (aborrecido, cansado) e negligente (lento), sabias que
ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que
entregasses o meu dinheiro aos banqueiros (investimento), e eu, ao voltar,
receberia com juros o que é meu”, Mt.25.26,27.
Que
fique bem esclarecido, “[...] todos nós
compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o
bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”, 2Co.5.10.
1.6
– Deus abençoa o mordomo fiel.
A
dinâmica da recompensa de Deus sobre a vida dos seus filhos é muito simples: “[...] a (quantidade de) talentos (bens) que (você)
recebera [...] confiados (pelas mãos do) Senhor [...] entrega (devolva) outros [...]
talentos (bens) que (você) ganhou”, Mt.25.20.
A
bênção sobre a vida desse servo fiel é que “o
senhor lhe dirá: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o
muito te colocarei (galardão); entra no gozo do teu senhor (céu??!!)”,
Mt.25.21.
Mas,
aquele que foi negligente, medroso, deve ser “tirado,
pois, o talento (que recebera) e (esse talento/bem será) dado ao que tem dez
(mais rico, que foi fiel)”, Mt.25.28.
A
bênção do Senhor é para o mordomo fiel “[...]
que tem (recebido talentos/bens) se lhe dará (mais ainda), e terá em abundância
(excesso, sobra); mas ao que não tem (não aplicou), até o que tem lhe será
tirado”, Mt.25.29.
2 – O compromisso da
fidelidade.
A
ordem bíblica é que todo cristão “[...]
seja fiel até à morte, e (Jesus nos) dará a coroa da vida”, Ap.2.10.
Salomão
declara que “o homem fiel será cumulado
de bênçãos [...]”, Pv.28.20.
O
autor da lição nos convida para assumirmos o compromisso da fidelidade a Deus.
Somos
motivados a esse compromisso porque “sabemos
[...] que o SENHOR [...] é Deus [...] o Deus fiel, que guarda a aliança e a
misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos”,
Dt.7.9.
A
fidelidade a Deus compreende todas as áreas da nossa vida.
2.1
– Fidelidade no relacionamento com Deus.
O
relacionamento com Deus “não (pode ser
trocado a ponto de) ter outros deuses diante de dEle”, Ex.20.3.
Como
Deus é ciumento, então, devemos “guardar
(para que) não suceda que o nosso coração se engane, e nos desviemos, e sirvamos
a outros deuses, e nos prostremos perante eles”, Dt.11.16.
Não
é somente imagens de esculturas que toma o lugar de Deus, precisamos evitar que
os bens materiais, poder, posições sociais, relacionamentos, trabalho e prazer
roube o lugar central de Deus em nosso coração.
A
orientação bíblica é para “não fazer
para nós outros ídolos, nem [...] levantar imagem de escultura nem coluna, nem
por pedra com figuras na nossa terra, para nos inclinarmos a ela; porque Deus é
o SENHOR, nosso Deus”, Lv.26.1.
2.2
– Fidelidade à sã doutrina.
Todo
cristão fiel a Deus se torna “apegado à
palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para
exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem”,
Tt.1.9.
Por
isso é importante “[...] perseverar na
doutrina dos apóstolos [...]”, At.2.42.
2.3
– Fidelidade nos votos feitos.
O
voto (promessa) não é obrigatório, é voluntário, mais que depressa, “não te precipites com a tua boca, nem o teu
coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está
nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras”,
Ec.5.2.
“Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes
em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes”,
Ec.5.4.
O
salmista declara que quando “fazemos votos
(devemos) [...] pagar ao SENHOR, nosso Deus [...]”, Sl.76.11.
É
bom lembrar e cumprir com os votos que fizemos no dia da PF e batismo,
casamento, ordenação como oficial da igreja. Cumpra-os!
2.4
– Fidelidade na mordomia.
Deus
nos confia não somente os bens, mas também o corpo, o tempo, as oportunidades,
o trabalho, os relacionamentos para sermos “[...]
servos bons e fiéis [...] no pouco, (para) sobre o muito nos (Ele) colocar; (e
depois) entrar no gozo do nosso senhor”, Mt.25.21.
O
que Deus “[...] requer dos despenseiros
é que cada um (de) nós seja encontrado fiel”, 1Co.4.2.
A
fidelidade é requisito para o crescimento espiritual.
Conclusão: O texto básico encerra falando que “[...] o servo inútil, (será) lançado para
fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes”, Mt.25.30.
Esse texto
me impulsiona a praticar melhor a mordomia.
Devo
servir melhor o próximo, os bens que recebo das mãos de Deus e aceitar que, “[...] morrendo, nada levarei comigo [...] (isto
acontece porque) nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e
o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR”, Sl.49.17; Jó 1.21.
Vamos
cuidar melhor de tudo que temos!
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana da revista da E.D. – Dieta espiritual – Z3 Editora
– Rev. Arival Dias Casimiro.
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