quinta-feira, 15 de novembro de 2018

FALHA NA COMUNICAÇÃO.


FALHA NA COMUNICAÇÃO

            Conversa entre marido e mulher. Ele perguntou: – Você vai tomar banho? Ela respondeu com uma pergunta: – Será que eu posso almoçar primeiro? Ele retrucou: – Só quero saber se você vai tomar banho. Responde ela: – Sim, eu vou tomar banho.

            Conversa entre dois amigos. – O número do telefone de fulano de tal mudou? A outra respondeu: – Não, ela mandou cortar.

            Os dois diálogos acima apresentam falha na comunicação. Fica difícil definir se a falha está no emissor ou no receptor. Para detectar é preciso você prestar atenção em suas próprias falhas.

            Para que não ocorra falha na comunicação é preciso definir algumas regras: Não deve haver apenas proximidade física, isso não é o suficiente, é preciso ter disposição para ouvir o que o outro tem a dizer, sem esse interesse, haverá falha na comunicação; não é necessário ouvir apenas, é dever de cada um prestar atenção com os olhos, ou seja, olhar nos olhos do emissor/receptor. Dessa forma você mostrará que está interessado na comunicação.

            A falha na comunicação fala sobre o agravamento de muitos relacionamentos, principalmente entre marido e mulher. O que ocorre muitas vezes em um relacionamento entre marido e mulher é que o receptor deduz o que o emissor irá falar e de pronto se põe a responder.

            A esse respeito Salomão fala que “responder antes de ouvir é estultícia (insensatez, falta de juízo) e vergonha” (Pv 18.13). É exatamente isso o que tem ocorrido entre casais, pais e filhos, patrões e empregados, amigos e supostos inimigos.

            O receptor não ouve e de pronto dá a resposta sem sabedoria. Geralmente a resposta é para ofender, machucar, avisar que sabe mais ou denegrir a imagem do emissor. Agindo dessa forma só haverá brigas, pancadarias, inimizades e podendo chegar ao ponto de separação judicial. Tudo por não ter ouvido bem e respondido mal.

            Por ser tolo ou sem juízo, respondendo antes de ouvir, passa vergonha. Sim, porque depois não quer dar o braço a torcer, não reconhece o seu grave erro diante do seu opositor, não aceita o outro pedir perdão, então, começa a dar desculpas dizendo que foi mal entendido, de que o emissor não sabe falar, que é um caipira, enfim, ele continua ainda na sua tolice, sempre pensando que o outro é o errado.

            Para que não haja falha na comunicação é preciso que tanto o emissor quanto o receptor fiquem atentos para tratar o outro com amor, respeito e educação.

            Uma sugestão ao receptor é que ele pergunte novamente ao emissor a pergunta para que tenha certeza de que está ouvindo corretamente.

            É possível que o emissor não entenda a pergunta do receptor, e ao invés de repetir a mesma pergunta feita, ele lhe faça outra pergunta sem deixar a possibilidade do receptor entender.

            Pode acontecer neste caso do emissor fazer outra pergunta acusativa ou ofensiva: – Você está surdo? – Estou falando grego? – Não entende o que falo?

            Mantenha a calma! Respire fundo. Conte um pouco mais para responder educadamente ao seu oponente.

            Não fique chateado caso o seu interlocutor esteja chamando você de surdo. Você sabe melhor que todo mundo que você não é e mesmo se fosse surdo; que mal tem a verdade ser dita? Não custa nada você repetir o que de fato você deseja como resposta da pessoa que está à sua frente. O único gasto é com a sua saliva. Experimente!

            A comunicação sem falhas é o ponto chave para boas amizades entre marido e esposa, pais e filhos, patrões e empregados, professores e alunos, amigos e inimigos.

            Caso não haja uma boa comunicação você será “[...] estulto (tolo por ter) respondido antes de ouvir [...] e (o pior, passará) vergonha” (Pv 18.13) diante de todos.

            “Se, porém, algum [...] necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tg 1.5) para que você aprenda a se comunicar melhor e sem falhas para com o seu próximo.

Rev. Salvador P. Santana     

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