quinta-feira, 14 de agosto de 2014

QUANTO CUSTA SAIR A FUMAÇA DA CHAMINÉ



QUANTO CUSTA SAIR A FUMAÇA DA CHAMINÉ
            “Uma cerimônia carregada de simbologia histórica acontecerá no Rio de Janeiro no próximo sábado. A princesa Amélia de Orleans e Bragança, filha do príncipe e aquarelista Dom Antônio e da princesa belga Christine de Ligne, se casará com o jovem barão escocês Alexander James Spearman [...] a festa acontece no Palacete Modesto Leal [...] Amélia é irmã do príncipe Pedro Luiz, que morreu aos 26 anos no trágico acidente do voo Air France 447, em maio de 2009 [...]” – Revista Época, Casamento imperial – no 845, 11 agosto 2014, pág. 96.
            Para este casamento imperial e tantos outros não haverá nenhum problema o somente sair a fumaça da chaminé, mas existem valores que precisam ser examinados antes de dizer o sim para firmar o enlace matrimonial. O Sr. Emídio Vieira Machado, morador da cidade de Fernandópolis, com 94 anos, costuma dizer àquele que deseja contrair matrimônio: “Agora você vai ver quanto custa sair a fumaça da chaminé”.
            Aqui não está em jogo a escolha da lenha seca ou molhada e bem cortada. O que está em jogo na escolha de um cônjuge é “[...] conhecer (bem) o seu caráter provado [...]” (Fp 2.22). Alguns jovens em tom jocoso perguntam: “Ela sabe cozinhar, lavar, passar roupa, limpar a casa? Ele estuda, trabalha, tem casa, carro e algum centavo na poupança?”. Não basta apenas o jovem ter essas propriedades. É preciso muito mais e isso envolve a vida diária de cada um com a sua família e com Deus.
            O valor de uma pessoa não se mede apenas por aquilo que ela faz. Os jovens precisam aprender a escolher melhor o seu futuro consorte. Tanto um quanto o outro “não (pode se) por em jugo desigual com os incrédulos [...] (caso não andar por este caminho, não haverá) comunhão [...] da luz com as trevas [...]” (2Co 6.14). Um e outro precisam “[...] confessar que Jesus é o Filho de Deus, (só assim) Deus permanecerá nele, e ele, em Deus” (1Jo 4.15).
            Outro aspecto de fundamental importância é a família dos nubentes. A criação de filhos é totalmente diferente, mesmo que sejam irmãos ou que professem a mesma fé sempre haverá diferenças. Haverá casos em que um vem de um lar permissivo, o outro procede de uma família rígida e que não aceita certos costumes.
            Verdade é que muitos jovens não se preocupam em conhecer a família de origem do/a amado/a. Ficam tão envolvidos com o namoro que muitos deixam para conhecer os familiares somente no dia do casamento. Nada de última hora é proveitoso, muito menos para os contraentes. Pode acontecer neste dia da sogra não gostar do futuro genro ou futura nora; e aí, qual solução para este grande problema?
            O casal de namorados precisa conhecer ao máximo a família procedente daquele/a a quem tanto ama. Procurar saber se ele é grosseiro com a mãe, se age sem respeito com o pai, se espanca a irmã, se não se importa com o pagamento das contas básicas, ou se fica bravo, estúpido por qualquer motivo, é melhor investigar um pouco mais. Buscar conhecer se a dondoca não gosta de sujar as mãos após as refeições, se a limpeza da casa fica por conta da mamãe, se as suas roupas não são passadas a ferro por ela mesma e se o sofá já tem a sua marca.
            Enfim, se o garotão fica o dia todo batendo perna na rua, de bermuda quase arrastando no chão, que esteja envolvido com drogas lícitas e ilícitas, tem o nome sujo no SPC, CERASA e a polícia anda a procura dele, caia fora. Garotas envolvidas com muitas amiguinhas, que não perde nenhuma balada, não sai da roda das fofocas e odeia estudar, é melhor você pensar um pouco mais antes de levar os nomes ao cartório.
            Antes do desejo de casar, faça uma pesquisa da vida dele/a com a família, amigos, internet e dos preços de água, luz, telefone, vestuário e alimentação para saber o “quanto custa sair a fumaça da chaminé”.
Rev. Salvador P. Santana

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