quinta-feira, 26 de setembro de 2013

BEIJAR

BEIJAR
                O beijo é um costume antigo entre os povos. O beijo pode ser uma expressão de amor, desejar alguém por perto, beija aquele que se ama ou beijar por se sentir alegre. Não é costume beijar o inimigo, o estranho, o desafeto, aquele que causou a dor ou que usou de astúcia para contigo.
                São muitos os que beijaram na Bíblia. O beijo de amor para ser abençoado, foi quando Jacó “[...] se chegou e beijou (o seu pai) Isaque [...] e (este) o abençoou [...]” (Gn 27.27). O “[...] beijo (de interesse conjugal de) Jacó a Raquel [...]” (Gn 29.11) quando a encontrou. O “beijo (do reencontro de) José [...] (com) todos os seus irmãos [...]” (Gn 45.15) para colocarem um fim ao ódio e estenderem o perdão.
                Houve também “[...] o beijo [...] (do profeta Samuel que acompanhou o) ungir [...] por príncipe (Saul) sobre [...] o povo de Israel [...]” (1Sm 10.1). Entre pais e filhos, aconteceu de Eliseu “[...] deixar [...] os bois, correr [...] (para) beijar a seu pai e a sua mãe [...]” (1Rs 19.20) em sinal de amor, respeito e honra.
                Quando Paulo esteve em Mileto, pediu que chamassem os presbíteros de Éfeso, “[...] houve grande pranto entre todos, e, abraçando afetuosamente a Paulo, o beijavam, entristecidos especialmente pela palavra que ele dissera: que não mais veriam o seu rosto [...]” (At 20.37,38), porque em breve seria preso em Jerusalém e levado para Roma. Logo após essa prisão, Paulo aconselha que todos os irmãos em Cristo precisam “saudar uns aos outros com ósculo santo [...]” (Rm 16.16) com a finalidade de estreitarem “[...] com laços de amor [...]” (Os 11.4) a amizade, o companheirismo, a intercessão, a comunhão, a fidelidade a Deus “[...] e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
                Jesus também foi agraciado com vários beijos. Um deles, o de adoração quando “[...] uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o unguento” (Lc 7.37,38). Praticamente, este beijo foi um prenúncio de que o Mestre estava prestes a ser entregue para ser crucificado. Este outro, um dos mais terríveis registrados na Bíblia, foi quando Judas Iscariotes “[...] chegou, aproximando-se, disse-lhe: Mestre! E o beijou” (Mc 14.45).
                Por causa desse beijo que Jesus Cristo recebeu em sua face, até hoje ecoa por todos os cantos a mais intrigante e inquietante pergunta do Filho de Deus: “[...] Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?” (Lc 22.48). Outra pergunta precisa acontecer em cada coração: Com que interesse ou finalidade você tem beijado? Saiba “[...] que aquele que ama a Deus ama também a seu irmão” (1Jo 4.21).
Rev. Salvador P. Santana

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