terça-feira, 10 de setembro de 2013

O LÍDER E A PRÁTICA, 2Tm.4.1-8

O LÍDER E A PRÁTICA, 2Tm.4.1-8.

Introdução.
            Antes da mensagem de Paulo, Jesus falou para os seus discípulos sobre o dever de cada um “[...] ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura”, Mc.16.15.
            Talvez, pelo andamento do processo criminal em Roma, Paulo sabia que “[...] o tempo da sua partida [...] (estava) chegando”, 2Tm.4.6.
            Preocupado com o estado de urgência da evangelização, Paulo faz uma “conjuração (implora a) Timóteo [...]”, 2Tm.4.1 para continuar com essa obra.
            Ao cobrar a prática do aprendizado, Paulo recorda que “[...] Deus e Cristo Jesus [...] há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino”, 2Tm.4.1 – todos nós somos responsáveis pela evangelização e o evangelizado precisa saber dessa verdade.
            A insistência de Paulo ainda prevalece em nossos dias para “pregar a palavra [...]”, 2Tm.4.2 com urgência, pois “[...] o mundo passa, bem como a sua concupiscência (forte e contínuo desejo) [...] (mas) aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”, 1Jo.2.17.
            Paulo já havia avisado que “[...] nos últimos dias, sobreviriam tempos difíceis”, 2Tm.3.1, por isso devemos “[...] estar prontos (para) [...] anunciar o evangelho [...]”, Rm.1.15.
            Este mundo mau só pode ser transformado depois que o homem “[...] conhecer a verdade [...] (para) a verdade o libertar”, Jo.8.32, eis o motivo de Paulo “[...] pregar o evangelho [...]”, Gl.2.2.
            Aprendemos mais e raramente colocamos em prática – A E.D. é o lugar onde aprendemos para instruir a outros.
            A prática daquilo que aprendo deve me conduzir para [...]
1 – Pregar independente de ter oportunidade.
            Existem muitos crentes chatos, insistentes, entra sem pedir autorização. Esse não é o modo correto de pregar sem ter oportunidade.
            Quando Paulo fala sobre o dever de “pregar a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não [...]”, 2Tm.4.2, o apóstolo exclui toda falta de delicadeza.
            Para que o evangelizado nos dê atenção àquilo que vou falar, preciso me identificar e pedir permissão – nos apartamentos ninguém entra sem autorização.
            É possível em qualquer abordagem o crente se “portar com sabedoria para com os que são de fora; aproveitando as oportunidades”, Cl.4.5.
            Na pregação do evangelho não devo ser grosseiro, arrogante – eu sou salvo; ele é condenado ou já está no inferno.
            Desse modo vamos afastar o evangelizado, logo, “a nossa palavra (deve) ser sempre agradável, temperada com sal (sabor, conservar), para saber como devemos responder a cada um”, Cl.4.6.
            Ao falar sobre ter “[...] oportunidade [...] (ou) não [...]”, 2Tm.4.2, fala sobre o dever de não perder tempo ou deixar a preguiça de lado.
            É nesse momento da evangelização que será aplicado a “[...] correção, repreensão, exortação com toda a longanimidade (paciente, tolerante, constante) e doutrina (ensino de Jesus)”, 2Tm.4.2.
            Essa forma de trabalho não pode ser intromissão na vida alheia, mesmo porque, de antemão pede autorização.
            Paulo sempre aproveitava as “[...] oportunidades [...]”, 2Tm.4.2 “[...] na sinagoga entre os judeus e os gentios piedosos; também na praça (de Atenas), todos os dias, entre os que se encontravam ali”, At.17.17.
            Ele resolveu “ficar [...] em Éfeso [...] porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se [...] abriu [...]”, 1Co.16.8,9 para pregar o evangelho.
            As “[...] oportunidades [...]”, 2Tm.4.2 podem ser criadas ou provocadas – (broche – ?? – cruz).
            Paulo teve muita habilidade neste aspecto, mas outros servos de Jesus também o fizeram.
            Quando o “[...] etíope, eunuco, alto oficial de Candace [...] (estava de volta para sua terra depois de) [...] adorar em Jerusalém [...] Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele”, At.8.27,30,31.
            Nenhum servo de Jesus Cristo foi chamado para ficar de braços cruzados, mas na época dos apóstolos havia muita proibição.
            Pedro e João foram “[...] ordenados que [...] não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus”, At.4.18, mas eles “[...] não [...] deixaram de falar das coisas que viram e ouviram”, At.4.20.
            Naquela época, desobedecendo as autoridades romanas e o Sinédrio, pagavam com a própria vida; tal é que “[...] Estêvão (foi) apedrejado [...]”, At.7.59.
            O apóstolo “Tiago, irmão de João (foi morto) [...] a fio de espada”, At.12.2.
            Herodias pediu “[...] num prato, a cabeça de João Batista”, Mt.14.8 porque ele falara para Herodes que “[...] não [...] (era) lícito (ele) possuir”, Mt.14.4 a mulher do seu irmão.
            Em tempos de risco de vida esses homens não deixaram de “[...] pregar o evangelho a toda criatura [...] (a fim de que todo que) cresse (em Jesus) [...] fosse batizado [...]”, Mc.16.15,16.
            Esses homens não perdiam tempo, “[...] todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”, At.5.42, por este motivo eram perseguidos.
            Quando houver “[...] oportunidade [...] [...] (para pregar o evangelho, não podemos deixar de aplicar a) doutrina (ensino de Jesus)”, 2Tm.4.2.
            Ao pregar o evangelho devemos ensinar tudo que “[...] Jesus [...] ensinou aos seus discípulos”, Lc.11.1.
            A minha prática é [...]
2 – Pregar independente de ter quem queira ouvir.
            Nada neste mundo pode ser empecilho para pregar o evangelho.
            Nas visitas domiciliares, muitos maridos entram no quarto para não nos receber – de qualquer modo eles ouvem a mensagem.
            Outros olham pela janela, fresta da porta ou portão, conforme a pessoa, não convida para entrar.
            A Bíblia é verdadeira e fala a verdade, “pois (já chegou o) [...] tempo em que não suportam a sã doutrina (ensino de Jesus) [...]”, 2Tm.4.3.
            “[...] A verdade [...] (que) liberta”, Jo.8.32 nem sempre encontra guarida, adeptos, porque, simplesmente eles vivem “[...] cercados de mestres segundo as suas próprias cobiças (desejo) [...]”, 2Tm.4.3 – TJ, AD 7º Dia, Espíritas, Mórmons.
            Muitos homens ainda “[...] [...] sentem coceira (ouvir algo agradável) nos ouvidos”, 2Tm.4.3 – você será curado, vai enriquecer, praga nenhuma vai chegar a sua casa, para ir ao céu basta vir para o nosso grupo.
            São pessoas ávidas por novidades picantes.
            Gosta de ouvir aquilo que satisfaça o seu ego.
            Ficam chateadas quando falamos sobre pecado, arrependimento, conversão e o dever de “[...] sofrer (por) [...] Jesus”, At.9.16.
            Como deixamos de anunciar a verdade, muitos dos ouvintes “[...] se recusam a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas (invenção, falsidade)”, 2Tm.4.4.
            Paulo fala algo interessante neste texto. Diz que muitas pessoas “[...] não suportam a sã doutrina (ensino de Jesus) [...]”, 2Tm.4.3, que aponta o pecado, a maldade do nosso coração e mostra que a solução é apenas o “arrependimento [...] e (a) conversão para serem cancelados os nossos pecados”, At.3.19.
            Enquanto o homem não se arrepender e converter dos seus erros, ele “[...] será inimigo da cruz de Cristo”, Fp.3.18.
            Mas, ainda que existam pessoas contrárias à pregação, não podemos ficar calados e nem “[...] cessar de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”, At.5.42.
            Não podemos ficar com medo de pregar a verdade porque “todo aquele que o Pai der (para) Jesus, esse virá a Ele; e o que vem a Jesus, de modo nenhum (será) [...] lançado fora”, Jo.6.37.
            Praticando, o líder [...]
3 – Prega sobriamente, para cumprir o ministério.
            Jesus deixou avisado que “levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos”, Mt.24.11.
            Diante dessa situação, o líder tem que “[...] ser sóbrio (manter equilibrado) em todas as coisas [...]”, 2Tm.4.5.
            É preciso tomar todo cuidado porque os “[...] falsos cristos e falsos profetas (vão) operar grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos [...] (e ainda) (irão) se apresentar disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores”, Mt.24.24; 7.15.
            Paulo já havia falado que “[...] a linguagem deles corrói como câncer [...]”, 2Tm.2.17 e todo aquele que ouve e aceita o seu ensino fica embriagado, por isso Timóteo devia “[...] ser sóbrio (manter-se equilibrado) [...]”, 2Tm.4.5.
            Estando rodeado pelos embriagados por outras doutrinas, devemos “[...] suporta as aflições [...]”, 2Tm.4.5 ainda que o resultado não seja o esperado.
            Muitas vezes somos tentados a imitar outros grupos que estão crescendo para obter bons resultados – coreografia, marcha para Jesus, cortina colorida, sal, artigos para Santa Ceia e óleo ungido de Israel para problemas emocionais, espirituais – René Terra Nova.
            Em meio aos falsos ensinos precisamos ser “[...] fiel ministro de Cristo”, Cl.1.7.
            O líder não pode trocar a fidelidade pelos resultados.
            Diante de tanta ganância pelo membro de outra igreja, cada líder deve se preocupar em “[...] fazer o trabalho de um evangelista (mensageiro da salvação) [...]”, 2Tm.4.5 e não se preocupar com os resultados e buscar pessoas de outras igrejas.
            É bem possível que Timóteo recebeu “[...] o dom (de evangelista) [...] mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério”, 1Tm.4.14.
            Muitos líderes abandonam o trabalho por falta de resultado, baseado na outra igreja ou, por dificuldades que encontram.
            Os resultados só podem ser avaliados no final do trabalho.
            O líder deve esperar o resultado apenas pelo seu trabalho, isso é, se ele “[...] cumprir cabalmente (pleno) o seu ministério”, 2Tm.4.5.
            Paulo sabia que a sua prática como evangelista e apóstolo estava encerrando ao falar que [...]
Conclusão:     “[...] Já estava sendo oferecido por libação (sangue derramado por morte violenta), e o tempo da sua partida era chegado”, 2Tm.4.6.
            Ele não duvidou que como líder “combateu o bom combate, completou a carreira, guardou a fé”, 2Tm.4.7.
            Assim como Paulo vai receber o prêmio, na volta de Cristo, todos os líderes precisam saber que desde “já (,) agora (,) a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda”, 2Tm.4.8.

            Meditação – Na prática do líder, Deus “[...] requer que cada despenseiro [...] seja encontrado fiel”, 1Co.4.2 ao Senhor Jesus Cristo.

                Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana da Revista da E.D. Nossa Fé – CCC – Modelo Bíblico de Liderança

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