APRENDENDO DA ALIANÇA,
Ef.1.3-14.
Introdução.
Aliança – é o que acontece no
casamento entre um homem e uma mulher – contrato entre as partes.
No contrato deve existir fidelidade,
caso contrário, haverá perda parcial ou total – nenhuma das partes fica
satisfeita.
Na aliança entre homens tanto um
como o outro estão sujeitos a quebrar, mas na aliança entre Deus e o homem,
apenas este está sujeito a quebrar porque “[...] o SENHOR é fiel em todas as suas
palavras [...]”, Sl.145.13.
Deus fez dois contratos de vida
eterna para a humanidade, mas que, na realidade, trata apenas de um.
O pacto ou aliança das obras foi
estabelecido pelo “[...] SENHOR Deus [...] dando [...] ordem (ao homem): De toda
árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do
mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”, Gn.2.16,17.
O homem não suportou a tentação,
quebrou a aliança quando “viu [...] que a árvore era boa para se comer,
agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do
fruto e comeu [...]”, Gn.3.6.
O resultado não podia ser outro, “o SENHOR Deus [...]
o lançou fora do jardim do Éden [...]”, Gn.3.23 e o homem perdeu o acesso à presença de Deus.
E para reintroduzir o homem à presença santa de Deus, só
havia um meio: “Por
inimizade entre (Satanás) e a (raça humana) [...] (Então, Jesus)
ferirá
a cabeça (de Satanás) [...]”,
Gn.3.15 a fim de que o homem seja “[...] escolhido nele (Jesus) antes da fundação do mundo,
para ser santo e irrepreensível [...]”, Ef.1.4.
Esse é o plano efetivo de Deus para recolocar
o homem na presença de Deus definitivamente “[...] por meio do glorioso aparecimento de
Cristo Jesus, o nosso Salvador [...]”, 2Tm.1.10.
1 – A aliança do trabalho.
O pacto estabelecido entre Deus e o
homem partiu do próprio “[...] Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que
nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em
Cristo”, Ef.1.3.
A aliança partiu de Deus porque somente
Ele é “[...]
que faz todas as coisas”,
Ec.11.5.
A única finalidade dessa aliança é “para louvor da
glória de (Deus) [...]”, Ef.1.6
pela sua criação.
O homem quebrou a aliança quando
rejeitou “[...]
o SENHOR [...] (como sendo) o único SENHOR”, Dt.6.4 de sua vida.
“[...] A serpente [...] (levou o homem a
duvidar de que) não (ia) morrer”,
Gn.3.4 por apenas comer o fruto da árvore da vida.
O homem preferiu obedecer “[...] a serpente
[...] (do) que o SENHOR Deus (que a) tinha feito [...]”, Gn.3.1.
Acontece com todos os homens, depois
de “abertos
[...] os olhos [...] (para a maldade que fez) percebe que está nu [...] (e para
tentar disfarçar, faz qualquer coisa, até mesmo) coser folhas de figueira [...]”, Gn.3.7, mas já é tarde.
Após o pecado, ao “[...] ouvir a voz
do SENHOR Deus [...] (muitos homens) escondem-se da presença do SENHOR Deus
[...]”, Gn.3.8.
Deus havia estabelecido felicidade
eterna no Jardim, mas o remorso e a vergonha trouxeram desespero para o homem.
A ordem de Deus era somente de “[...] não comer da
árvore do conhecimento do bem e do mal; porque, no dia em que dela comesse,
certamente morreria”, Gn.2.17 e
Adão não cumpriu com essa aliança.
“[...] A serpente [...] (enganou Eva falseando
a verdade com uma pergunta) [...] Não comereis de toda árvore do jardim?”, Gn.3.1.
Adão perdeu a oportunidade de permanecer
“[...]
no jardim do Éden para o cultivar e o guardar”, Gn.2.15. Foi “[...] expulso o homem [...]”, Gn.3.24 do Jardim e da presença de Deus.
Toda criação foi afetada pela
desobediência; “[...]
à mulher [...] multiplicou [...] os sofrimentos da [...] gravidez; em meio de
dores darás à luz filhos [...] o [...] marido [...] (a) governará [...] Adão [...]
(por ter) atendido a voz (da) [...] mulher e comido da árvore que Deus [...] ordenara
não comesses, a terra (foi) amaldiçoada [...] o sustento (será) obtido (com) fadigas
[...] (a terra) produzirá [...] cardos e abrolhos, e (o homem) comerá a erva do
campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela
foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás”, Gn.3.16-19.
É por este motivo “[...] que toda a
criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora”, Rm.8.22, pois o homem não foi capaz de
cumprir com o contrato firmado.
2 – A aliança da graça.
Bem antes da queda, mas revelado
logo após, “[...]
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, [...] (já) nos tinha abençoado com
toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo”, Ef.1.3.
Ora, sabendo que “o SENHOR, estabeleceu
nos céus o seu trono [...] fica fácil aceitar (que) [...] o seu reino domina
sobre tudo”, Sl.103.19.
Deus tinha todo poder para acabar
com o homem e toda a sua criação, mas como o conselho de Deus já havia “nos predestinado
para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o
beneplácito de sua vontade”,
Ef.1.5, foi-nos apresentado Jesus Cristo como a solução para levar o homem de
volta a Deus.
Deus deu a oportunidade de o homem
voltar ao Jardim de Deus, através de Seu Filho Jesus, “[...] o santo, o
verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que
fecha, e ninguém abrirá”,
Ap.3.7.
Somente Jesus pode nos conduzir ao
céu, porque “Ele
é a porta. Se alguém entrar por Ele, será salvo; entrará, e sairá, e achará
pastagem”, Jo.10.9.
Assim como “o SENHOR Deus fez
vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu”, Gn.3.21, Deus faz conosco “[...]
redimindo-nos, pelo sangue (de) Jesus [...] (para nos oferecer) a remissão dos
pecados, segundo a riqueza da sua graça”, Ef.1.7.
É preciso ter em mente “que Deus derramou
abundantemente sobre nós [...]”,
Ef.1.8 apenas a sua graça – favor imerecido.
Na aliança Adâmica o homem cancelou a
amizade e o contato com Deus, mas a aliança feita com Jesus, “[...] temos ousadia
e acesso com confiança, mediante a fé (em) Jesus”, Ef.3.12.
O único que teve condições, Jesus
Cristo, “[...]
o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu [...]”, Ap.5.5 por nós e nos dá a oportunidade de
entrar no céu.
Por este motivo, em Gênesis, Deus já
havia falado que o “[...] descendente (da) mulher [...] (ia) ferir a cabeça (da
serpente) [...]”, Gn.3.15.
Aleluia! “[...] A graça de
Deus se manifesta salvadora a todos os homens”, Tt.2.11.
3 – Características da aliança.
O plano de Deus é perfeito para a
remissão do homem pecador.
A aliança é relacional – A
relação entre o homem e Deus deve ser aquela em que Deus resgata o homem como
sendo “[...]
o povo (de) Deus [...] (para o homem O aceitar como) [...] o seu Deus [...]”, Os.2.23.
Após o pecado, Deus não descartou o
homem, pelo contrário, se revelou a ele como sendo “[...] o Deus
Todo-Poderoso [...] (que ainda o convida para) andar na Sua presença [...]”, Gn.17.1.
O modo de Deus se relacionar com o
homem é como um pai ao dizer que nos “toma por seu povo e será (o) nosso Deus [...]”, Ex.6.7.
Para confirmar essa ideia de
paternidade, Deus nos chama de “filhos [...] do SENHOR [...] povo santo ao SENHOR
[...] para lhe ser seu povo próprio”,
Dt.14.1,2.
A aliança é eternamente
sustentada – como a aliança foi feita com o “[...] preço de sangue”, Mt.27.6, ela jamais será quebrada.
Quando o profeta Isaías escreveu “[...] que a virgem
conceberia e daria à luz um filho e lhe chamaria Emanuel (Deus conosco)”, Is.7.14, escreveu apenas para comprovar o
que Deus já havia prometido em Gn.3.15 – esmagar a cabeça da serpente.
Paulo também fala que “[...] toda sorte de
bênção espiritual (vem das) [...] regiões celestiais em Cristo”, Ef.1.3.
O contrato agora é feito através do
Deus Pai com o Deus Filho.
Jesus Cristo é o único capaz de nos “[...] dar a vida
eterna (e quando isso acontece); jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da
mão (de) Jesus”, Jo.10.28.
Não existe mais o risco de a
serpente enganar os escolhidos de Deus, pois “[...] Jesus [...] ordenou: Retira-te, Satanás,
porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto”, Mt.4.10.
A aliança é trinitária – aconteceu
primeiro um pacto entre as pessoas da Trindade; esse é o motivo dessa aliança
ser infalível.
No conselho celeste “[...] Deus propôs
(a salvação do homem para) Jesus, (através do) [...] seu sangue, como
propiciação (aplaca a ira de Deus), mediante a fé, para manifestar a justiça
(de) Deus [...]”, Rm.3.25.
A Trindade é mencionada quando “[...] disse Deus:
Façamos o homem à nossa imagem [...] (e, após a queda quando) disse o SENHOR
Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal
[...]”, Gn.1.26; 3.22.
Aos Efésios Paulo “desvenda-nos o
mistério da vontade (de) Deus, segundo o seu beneplácito (prazer, vontade) que
propusera em Cristo”, Ef.1.9
para salvar “todo
aquele que crê que Jesus é o Cristo (daí, ele) é nascido de Deus [...]”, 1Jo.5.1.
A aliança trinitária é percebida
quando Paulo fala de “[...] Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo
[...] nas regiões celestiais [...] (e do) Santo Espírito da promessa; o
qual é o penhor da nossa herança [...]”, Ef.1.3,13,14.
Para que o homem fosse salvo, na
eternidade, Deus “[...] fez convergir (em) Jesus, na dispensação (do A.T. – pacto
das obras e do N.T. – pacto da graça) da plenitude (total) dos tempos, todas as
coisas, tanto as do céu (anjos), como as da terra (homens)”, Ef.1.10.
É interessante notar que essa “[...] escolha (em)
Jesus antes da fundação do mundo, (é) para sermos santos e irrepreensíveis
perante ele; e em amor”, Ef.1.4
de Deus por nós.
E o caminho para chegar a Deus é “[...] depois [...] (de)
ouvir a palavra da verdade, o
evangelho
da nossa salvação, tendo também crido (em) Jesus, (daí seremos) [...] selados
com o Santo Espírito da promessa”,
Ef.1.13.
A aliança é corporativa – o
pacto não é individual.
A aliança é representativa.
Adão representou toda a humanidade,
e a sua “[...]
ofensa [...] por meio [...] (dele) só, reinou a morte [...] (por este motivo) por
uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação [...]”, Rm.5.17,18.
Jesus Cristo é o representante dos
eleitos, daí, “[...]
recebemos muito mais [...] a abundância da graça e o dom (presente) da justiça (para)
reinar em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo [...] por [...] (esse) ato
de justiça (de Jesus), veio a graça sobre todos os homens para a justificação (perdoa
a culpa) que dá vida”,
Rm.5.17,18.
A representatividade é vista também
quando Deus fala que a partir de Abraão, Deus “[...] faria uma grande nação [...]”, Gn.12.2.
E através “[...] de Jesus, o
povo (de) Deus [...] (será) salvo dos (seus) pecados [...]”, Mt.1.21.
Todos nós temos um representante,
mas cada “[...]
alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o
pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a
perversidade do perverso cairá sobre este”, Ez.18.20.
Ao mesmo tempo em que somos
individuais, devemos pertencer a comunidade.
Teve um “[...] tempo (que) estávamos
sem Cristo [...] estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem
Deus no mundo. Mas, agora, em Cristo Jesus [...] fomos aproximados pelo sangue
de Cristo [...] (desde então) somos da família de Deus”, Ef.2.12,13,19.
A aliança é de geração a geração
– As “[...]
palavras [...] ordenadas (por Deus) estarão (em nosso) [...] coração [...]
(para) as inculcar [...] (aos) filhos [...] assentado [...] e andando [...] e
ao deitar, e ao levantar”,
Dt.6.6,7.
Salomão mostra o valor de “ensinar a criança
no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”, Pv.22.6.
Essa aliança deve ser comunicada não
somente “[...]
para [...] (os) filhos [...] (mas também) para quantos o Senhor, nosso Deus,
chamar”, At.2.39.
A aliança é compassiva – Jesus sempre demonstrou “[...] compaixão [...]”, Mc.9.22 pela alma perdida.
Como servo de Deus devo agir de igual modo quando alguém
“[...] tiver fome
[...] dou de comer; tiver sede [...] dou de beber [...] (encontrando um) forasteiro
(estranho, será) [...] hospedado; estando nu [...] (o) visto; enfermo, [...]
visito; preso, [...] (vou) ver”,
Mt.25.35,36 – esse é o caminho da inclusão do necessitado na graça de Deus.
A aliança é integradora – Não existem dois mundos.
O mundo é o mundo de Deus. Caído, maculado pelo pecado, mas permanece nas mãos de
Deus.
Como servos de Jesus Cristo devemos saber que “[...] tudo provém de Deus, (e)
que (nós fomos) [...] reconciliados [...] por meio de Cristo e (que por isso,
recebemos) [...] o ministério da reconciliação (levar outros a Cristo, eis o
motivo de) [...] sermos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse
por nosso intermédio [...]”, 2Co.5.18,20.
Cabe a todos nós dar um novo rumo às perversões dos
homens. Cada um precisa ser levado a Cristo.
A aliança é exclusiva – Significa que “não (podemos) ter outros
deuses diante de Deus”, Ex.20.3.
Não adianta querer esconder nem do homem e nem de Deus, “[...] porque o SENHOR
esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento [...]”, 1Cr.28.9.
A aliança é inclusiva (amplia a participação) – A
pregação do evangelho deve atingir “[...] toda tribo, língua, povo e nação”, Ap.5.9.
A ordem de Jesus é que seja ampliado o “[...] ide por todo o mundo e
pregai o evangelho a toda criatura”,
Mc.16.15.
Ao cumprir com o meu dever, não preciso fazer outra
coisa, “porque
a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não
há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as
coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar
contas”, Hb.4.12,13.
Conclusão: O pacto das obras foi
quebrado, mas o pacto da graça é mantido porque em “Jesus [...] fomos
também feitos herança, predestinados segundo o propósito (de) Deus que faz
todas as coisas conforme o conselho da sua vontade”, Ef.1.11.
Meditação: Ao desejar a salvação vou aprender a “esperar em Cristo a
fim de ser para louvor da sua glória [...]”, Ef.1.12.
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