segunda-feira, 16 de setembro de 2013

APRENDENDO DA ALIANÇA, Ef.1.3-14.

APRENDENDO DA ALIANÇA, Ef.1.3-14.

Introdução.
            Aliança – é o que acontece no casamento entre um homem e uma mulher – contrato entre as partes.
            No contrato deve existir fidelidade, caso contrário, haverá perda parcial ou total – nenhuma das partes fica satisfeita.
            Na aliança entre homens tanto um como o outro estão sujeitos a quebrar, mas na aliança entre Deus e o homem, apenas este está sujeito a quebrar porque “[...] o SENHOR é fiel em todas as suas palavras [...]”, Sl.145.13.
            Deus fez dois contratos de vida eterna para a humanidade, mas que, na realidade, trata apenas de um.
            O pacto ou aliança das obras foi estabelecido pelo “[...] SENHOR Deus [...] dando [...] ordem (ao homem): De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”, Gn.2.16,17.
            O homem não suportou a tentação, quebrou a aliança quando “viu [...] que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu [...]”, Gn.3.6.
            O resultado não podia ser outro, “o SENHOR Deus [...] o lançou fora do jardim do Éden [...]”, Gn.3.23 e o homem perdeu o acesso à presença de Deus.
            E para reintroduzir o homem à presença santa de Deus, só havia um meio: “Por inimizade entre (Satanás) e a (raça humana) [...] (Então, Jesus)
ferirá a cabeça (de Satanás) [...]”, Gn.3.15 a fim de que o homem seja “[...] escolhido nele (Jesus) antes da fundação do mundo, para ser santo e irrepreensível [...]”, Ef.1.4.
            Esse é o plano efetivo de Deus para recolocar o homem na presença de Deus definitivamente “[...] por meio do glorioso aparecimento de Cristo Jesus, o nosso Salvador [...]”, 2Tm.1.10.
1 – A aliança do trabalho.
            O pacto estabelecido entre Deus e o homem partiu do próprio “[...] Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo”, Ef.1.3.
            A aliança partiu de Deus porque somente Ele é “[...] que faz todas as coisas”, Ec.11.5.
            A única finalidade dessa aliança é “para louvor da glória de (Deus) [...]”, Ef.1.6 pela sua criação.
            O homem quebrou a aliança quando rejeitou “[...] o SENHOR [...] (como sendo) o único SENHOR”, Dt.6.4 de sua vida.
            “[...] A serpente [...] (levou o homem a duvidar de que) não (ia) morrer”, Gn.3.4 por apenas comer o fruto da árvore da vida.
            O homem preferiu obedecer “[...] a serpente [...] (do) que o SENHOR Deus (que a) tinha feito [...]”, Gn.3.1.
            Acontece com todos os homens, depois de “abertos [...] os olhos [...] (para a maldade que fez) percebe que está nu [...] (e para tentar disfarçar, faz qualquer coisa, até mesmo) coser folhas de figueira [...]”, Gn.3.7, mas já é tarde.
            Após o pecado, ao “[...] ouvir a voz do SENHOR Deus [...] (muitos homens) escondem-se da presença do SENHOR Deus [...]”, Gn.3.8.
            Deus havia estabelecido felicidade eterna no Jardim, mas o remorso e a vergonha trouxeram desespero para o homem.
            A ordem de Deus era somente de “[...] não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal; porque, no dia em que dela comesse, certamente morreria”, Gn.2.17 e Adão não cumpriu com essa aliança.
            “[...] A serpente [...] (enganou Eva falseando a verdade com uma pergunta) [...] Não comereis de toda árvore do jardim?”, Gn.3.1.
            Adão perdeu a oportunidade de permanecer “[...] no jardim do Éden para o cultivar e o guardar”, Gn.2.15. Foi “[...] expulso o homem [...]”, Gn.3.24 do Jardim e da presença de Deus.
            Toda criação foi afetada pela desobediência; “[...] à mulher [...] multiplicou [...] os sofrimentos da [...] gravidez; em meio de dores darás à luz filhos [...] o [...] marido [...] (a) governará [...] Adão [...] (por ter) atendido a voz (da) [...] mulher e comido da árvore que Deus [...] ordenara não comesses, a terra (foi) amaldiçoada [...] o sustento (será) obtido (com) fadigas [...] (a terra) produzirá [...] cardos e abrolhos, e (o homem) comerá a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás”, Gn.3.16-19.

            É por este motivo “[...] que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora”, Rm.8.22, pois o homem não foi capaz de cumprir com o contrato firmado.
2 – A aliança da graça.
            Bem antes da queda, mas revelado logo após, “[...] o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, [...] (já) nos tinha abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo”, Ef.1.3.
            Ora, sabendo que “o SENHOR, estabeleceu nos céus o seu trono [...] fica fácil aceitar (que) [...] o seu reino domina sobre tudo”, Sl.103.19.
            Deus tinha todo poder para acabar com o homem e toda a sua criação, mas como o conselho de Deus já havia “nos predestinado para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade”, Ef.1.5, foi-nos apresentado Jesus Cristo como a solução para levar o homem de volta a Deus.
            Deus deu a oportunidade de o homem voltar ao Jardim de Deus, através de Seu Filho Jesus, “[...] o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá”, Ap.3.7.
            Somente Jesus pode nos conduzir ao céu, porque “Ele é a porta. Se alguém entrar por Ele, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem”, Jo.10.9.
            Assim como “o SENHOR Deus fez vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu”, Gn.3.21, Deus faz conosco “[...] redimindo-nos, pelo sangue (de) Jesus [...] (para nos oferecer) a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”, Ef.1.7.
            É preciso ter em mente “que Deus derramou abundantemente sobre nós [...]”, Ef.1.8 apenas a sua graça – favor imerecido.
            Na aliança Adâmica o homem cancelou a amizade e o contato com Deus, mas a aliança feita com Jesus, “[...] temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé (em) Jesus”, Ef.3.12.
            O único que teve condições, Jesus Cristo, “[...] o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu [...]”, Ap.5.5 por nós e nos dá a oportunidade de entrar no céu.
            Por este motivo, em Gênesis, Deus já havia falado que o “[...] descendente (da) mulher [...] (ia) ferir a cabeça (da serpente) [...]”, Gn.3.15.
            Aleluia! “[...] A graça de Deus se manifesta salvadora a todos os homens”, Tt.2.11.
3 – Características da aliança.
            O plano de Deus é perfeito para a remissão do homem pecador.
            A aliança é relacional – A relação entre o homem e Deus deve ser aquela em que Deus resgata o homem como sendo “[...] o povo (de) Deus [...] (para o homem O aceitar como) [...] o seu Deus [...]”, Os.2.23.
            Após o pecado, Deus não descartou o homem, pelo contrário, se revelou a ele como sendo “[...] o Deus Todo-Poderoso [...] (que ainda o convida para) andar na Sua presença [...]”, Gn.17.1.
            O modo de Deus se relacionar com o homem é como um pai ao dizer que nos “toma por seu povo e será (o) nosso Deus [...]”, Ex.6.7.
            Para confirmar essa ideia de paternidade, Deus nos chama de “filhos [...] do SENHOR [...] povo santo ao SENHOR [...] para lhe ser seu povo próprio”, Dt.14.1,2.
            A aliança é eternamente sustentada – como a aliança foi feita com o “[...] preço de sangue”, Mt.27.6, ela jamais será quebrada.
            Quando o profeta Isaías escreveu “[...] que a virgem conceberia e daria à luz um filho e lhe chamaria Emanuel (Deus conosco)”, Is.7.14, escreveu apenas para comprovar o que Deus já havia prometido em Gn.3.15 – esmagar a cabeça da serpente.
            Paulo também fala que “[...] toda sorte de bênção espiritual (vem das) [...] regiões celestiais em Cristo”, Ef.1.3.
            O contrato agora é feito através do Deus Pai com o Deus Filho.
            Jesus Cristo é o único capaz de nos “[...] dar a vida eterna (e quando isso acontece); jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da mão (de) Jesus”, Jo.10.28.
            Não existe mais o risco de a serpente enganar os escolhidos de Deus, pois “[...] Jesus [...] ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto”, Mt.4.10.
            A aliança é trinitária – aconteceu primeiro um pacto entre as pessoas da Trindade; esse é o motivo dessa aliança ser infalível.
            No conselho celeste “[...] Deus propôs (a salvação do homem para) Jesus, (através do) [...] seu sangue, como propiciação (aplaca a ira de Deus), mediante a fé, para manifestar a justiça (de) Deus [...]”, Rm.3.25.
            A Trindade é mencionada quando “[...] disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem [...] (e, após a queda quando) disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal [...]”, Gn.1.26; 3.22.
            Aos Efésios Paulo “desvenda-nos o mistério da vontade (de) Deus, segundo o seu beneplácito (prazer, vontade) que propusera em Cristo”, Ef.1.9 para salvar “todo aquele que crê que Jesus é o Cristo (daí, ele) é nascido de Deus [...]”, 1Jo.5.1.
            A aliança trinitária é percebida quando Paulo fala de “[...] Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo [...] nas regiões celestiais [...] (e do) Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança [...]”, Ef.1.3,13,14.
            Para que o homem fosse salvo, na eternidade, Deus “[...] fez convergir (em) Jesus, na dispensação (do A.T. – pacto das obras e do N.T. – pacto da graça) da plenitude (total) dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu (anjos), como as da terra (homens)”, Ef.1.10.
            É interessante notar que essa “[...] escolha (em) Jesus antes da fundação do mundo, (é) para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”, Ef.1.4 de Deus por nós.
            E o caminho para chegar a Deus é “[...] depois [...] (de) ouvir a palavra da verdade, o
evangelho da nossa salvação, tendo também crido (em) Jesus, (daí seremos) [...] selados com o Santo Espírito da promessa”, Ef.1.13.
            A aliança é corporativa – o pacto não é individual.
            A aliança é representativa.
            Adão representou toda a humanidade, e a sua “[...] ofensa [...] por meio [...] (dele) só, reinou a morte [...] (por este motivo) por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação [...]”, Rm.5.17,18.
            Jesus Cristo é o representante dos eleitos, daí, “[...] recebemos muito mais [...] a abundância da graça e o dom (presente) da justiça (para) reinar em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo [...] por [...] (esse) ato de justiça (de Jesus), veio a graça sobre todos os homens para a justificação (perdoa a culpa) que dá vida”, Rm.5.17,18.
            A representatividade é vista também quando Deus fala que a partir de Abraão, Deus “[...] faria uma grande nação [...]”, Gn.12.2.
            E através “[...] de Jesus, o povo (de) Deus [...] (será) salvo dos (seus) pecados [...]”, Mt.1.21.
            Todos nós temos um representante, mas cada “[...] alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este”, Ez.18.20.
            Ao mesmo tempo em que somos individuais, devemos pertencer a comunidade.
            Teve um “[...] tempo (que) estávamos sem Cristo [...] estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas, agora, em Cristo Jesus [...] fomos aproximados pelo sangue de Cristo [...] (desde então) somos da família de Deus”, Ef.2.12,13,19.
            A aliança é de geração a geração – As “[...] palavras [...] ordenadas (por Deus) estarão (em nosso) [...] coração [...] (para) as inculcar [...] (aos) filhos [...] assentado [...] e andando [...] e ao deitar, e ao levantar”, Dt.6.6,7.
            Salomão mostra o valor de “ensinar a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”, Pv.22.6.
            Essa aliança deve ser comunicada não somente “[...] para [...] (os) filhos [...] (mas também) para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar”, At.2.39.
            A aliança é compassiva – Jesus sempre demonstrou “[...] compaixão [...]”, Mc.9.22 pela alma perdida.
            Como servo de Deus devo agir de igual modo quando alguém “[...] tiver fome [...] dou de comer; tiver sede [...] dou de beber [...] (encontrando um) forasteiro (estranho, será) [...] hospedado; estando nu [...] (o) visto; enfermo, [...] visito; preso, [...] (vou) ver”, Mt.25.35,36 – esse é o caminho da inclusão do necessitado na graça de Deus.
            A aliança é integradora – Não existem dois mundos. O mundo é o mundo de Deus. Caído, maculado pelo pecado, mas permanece nas mãos de Deus.
            Como servos de Jesus Cristo devemos saber que “[...] tudo provém de Deus, (e) que (nós fomos) [...] reconciliados [...] por meio de Cristo e (que por isso, recebemos) [...] o ministério da reconciliação (levar outros a Cristo, eis o motivo de) [...] sermos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio [...]”, 2Co.5.18,20.
            Cabe a todos nós dar um novo rumo às perversões dos homens. Cada um precisa ser levado a Cristo.
            A aliança é exclusiva – Significa que “não (podemos) ter outros deuses diante de Deus”, Ex.20.3.
            Não adianta querer esconder nem do homem e nem de Deus, “[...] porque o SENHOR esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento [...]”, 1Cr.28.9.
            A aliança é inclusiva (amplia a participação) – A pregação do evangelho deve atingir “[...] toda tribo, língua, povo e nação”, Ap.5.9.
            A ordem de Jesus é que seja ampliado o “[...] ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”, Mc.16.15.
            Ao cumprir com o meu dever, não preciso fazer outra coisa, “porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas”, Hb.4.12,13.
Conclusão:     O pacto das obras foi quebrado, mas o pacto da graça é mantido porque em “Jesus [...] fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito (de) Deus que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade”, Ef.1.11.

            Meditação:      Ao desejar a salvação vou aprender a “esperar em Cristo a fim de ser para louvor da sua glória [...]”, Ef.1.12.

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana da Revista da Escola Dominical – Nossa Fé – O Lar segundo Deus - CCC

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