FIQUE ESPERTO
“[...]
Empresário franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana [...] amigo de
craques [...] negociava a venda de [...] ingressos da
categoria 1, a melhor localização no estádio [...] R$ 33 mil por bilhete, ante
R$ 2 mil no mercado legal [...] Fofana fala inglês, francês, alemão,
árabe e também português. Tem dois passaportes [...] mora em
Dubai [...] opera um escritório em Genebra, na Suíça, país sede da Fifa
[...] administra uma empresa em Atlanta [...] organizou uma festa [...] só com
garrafas de uísque em formato de chuteira, ele gastou R$ 9 mil [...]” – Revista
Época – A festa do uísque em forma de chuteira – edição 840, 7 de julho de 2014
– pag. 33,34 – Hudson Corrêa.
Ao
olhar para a vida regalada de muitas celebridades na atualidade, é possível que
cada brasileiro fique de boca aberta de tanta regalia que muitos demonstram.
Mas, os dias de farra podem acabar. Desta forma se deu, em parte, com a farra
da Petrobrás, do Mensalão e agora da Fifa. Como a história se repete, é
possível que haja outros escândalos, com outras personalidades e com outros
volumes de dólares, euros ou reais sendo gastos à vontade por aqueles que se
dizem espertos demais para enriquecer.
Certa
vez Paulo deixou um lembrete para aqueles “[...] que querem ficar ricos caem em
tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as
quais afogam os homens na ruína e perdição” (1Tm 6.9). Vê-se que homens como
“[...] Ló [...] (que) olhou e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem
regada [...]” (Gn 13.10), “[...] Acã (que) prevaricou [...] (e) tomou das
coisas condenadas [...]” (Js 7.1) e “[...] Balaão [...] que amou o prêmio da
injustiça” (2Pe 2.15), todos estes tiveram um fim trágico.
Não
é à toa o que fala novamente o apóstolo Paulo sobre a riqueza indevida. A sua
declaração é de que “[...] o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e
alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com
muitas dores” (1Tm 6.10). Outra palavra mais dura é a de Jeremias. A respeito
daqueles que ficam ricos através da malandragem, ele os compara “como a gaiola
cheia de pássaros, são as suas casas cheias de fraude; por isso, se tornaram
poderosos e enriqueceram. Engordam, tornam-se nédios e ultrapassam até os
feitos dos malignos [...]” (Jr 5.27,28).
Muitas
vezes os servos de Deus agem como o salmista quando declarou que “[...]
invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos” (Sl 73.3). Na
percepção do salmista, para os ricos fraudulentos, “[...] não havia
preocupações, o seu corpo é sadio e nédio” (Sl 73.4). Devido a essa má
atitude de ficar olhando para a vida do outro, muitos sofrem com a
prosperidade alheia e dizem ser molestados por aqueles que não creem em Deus,
perguntando-lhes “[...] continuamente: O teu Deus, onde está?” (Sl 42.3).
A
resposta para todos estes males ainda não chegou. Haverá um dia em que “[...]
contas serão pedidas a esta geração” (Lc 11.51), então, “[...] cada um [...]
dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14.12). Ainda que, Fofana e tantos outros
saiam ilesos, não sejam condenados, ainda assim “[...] de Deus não se (pode)
zombar; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).
Portanto, fique esperto com toda essa riqueza, mesmo porque, ela não o
acompanhará para sempre, pois “o rico se deita com a sua riqueza, abre os seus
olhos e já não a vê” (Jó 27.19).
Rev. Salvador P. Santana
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