segunda-feira, 14 de julho de 2014

BOAZ E RUTE - Preâmbulo da monarquia em Israel, Rt.4.13-22.



BOAZ E RUTE – Preâmbulo (exposição inicial) da monarquia em Israel, Rt.4.13-22.

Introd.:           Sara P. Kalley, missionária inglesa que atuou junto ao seu marido, Rev. Roberto Reid Kalley, no exercício no Brasil, nos anos 1855-876, ela escreve um hino que fala sobre a ação providente de Deus na vida do seu povo – Direção divina – 163 – Novo cântico.
As tuas mãos dirigem meu destino,
Acasos para mim não haverá!
O grande Pai vigia o meu caminho,
E sem motivo não me afligirá!
Encontro em seu poder constante apoio,
Forte é seu braço, insone o seu amor;
Por fim, entrando na cidade eterna,
Eu louvarei meu guia e Salvador”.
            Este hino ilustra muito bem a forma como Deus envolve e dirige nossa vida.
            É um convite à reflexão sobre a providência que nos é concedida, assim como ele fez durante toda a história de seu povo.
            Vemos esse poder soberano de Deus sobre a vida de Boaz e Rute.
            Olhamos para a nossa vida e pensamos que somos os mais infelizes na face da terra.
            O maior problema em nós é que não aceitamos que “o coração do homem (pode) traçar o seu caminho, mas o SENHOR (é quem) lhe dirige os passos”, Pv.16.9.
            A sua família, seja ela boa ou má, foi Deus quem dirigiu ou permitiu você estar inserido nela. Dê valor a sua família.
            Deus traça a história como Ele deseja.
            O próprio Deus permitiu “[...] Boaz (descendente de Judá) tomar a Rute (moabita– proveniente do incesto de Ló com a filha), e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o SENHOR lhe concedeu (permitiu) que concebesse, e teve um filho”, Rt.4.13.
            Do mesmo modo, como nós fazemos escolhas, Deus permitiu que eu e você fizéssemos parte da nossa família.
            Então, o nosso “[...] dever (é) [...] amar uns aos outros”, 1Jo.4.11.
1 – A providência.
            Podemos definir a providência como a atividade do Deus Triúno por meio da qual Ele:
            a) “[...] Sustenta (não somente) [...] as aves do céu (mas toda a sua criatura) [...]”, Mt.6.26;
            b) Preserva todo o universo criado;
            c) Dirige todos os caminhos individualmente e até mesmo “[...] fixa [...] os limites da nossa habitação”, At.17.26;
            d) “[...] Retribui ao homem segundo as suas obras [...]”, Jó 34.11;
            e) Concorre em todos os atos de suas criaturas racionais, sejam atos bons ou maus, de modo que “[...] nada lhe escapa”, Jl.2.3 – A providência e a sua realização histórica, Heber Carlos de Campos, Cultura Cristã.
            Isso significa que Deus, o grande Criador de todas as coisas, não só sustenta, mas também governa soberanamente todas elas, por meio de seu grande poder, então, “todos os moradores da terra são por ele (Deus) reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”, Dn.4.35.
            A providência divina nos ensina que nada ocorre por “acaso” ou por “sorte”, senão que as coisas que acontecem é pela vontade e decreto de Deus.
            C.F.W. – Providência – “I. Pela sua muito sábia providência, segundo a sua infalível presciência e o livre e imutável conselho da sua própria vontade, Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória da sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as suas criaturas, todas as ações e todas as coisas, desde a maior até a menor”.
            Então, devemos saber que “no céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada”, Sl.115.3.
2 – O contexto.
            Boaz e Rute são personagens importantes e exemplares na história do povo de Deus.
            O livro de Rute começa falando que “nos dias em que julgavam os juízes (transição para a Monarquia), houve fome na terra (3ª); e um homem de Belém de Judá (4º filho Jacó; pai de gêmeos de Tamar, sua nora; recebeu a bênção do cetro, Gn.49.10; antepassado de Davi e de Cristo) saiu a habitar na terra de Moabe (neto de Ló - incesto), com sua mulher e seus dois filhos”, Rt.1.1 – providência ou domínio universal de Deus.
            Tanto “[...] Elimeleque, e sua mulher, Noemi; (e) os filhos [...] Malom e Quiliom [...] (foram) à terra de Moabe e ficaram ali”, Rt.1.2.
            Nota-se que toda a família se envolve nas dificuldades enfrentadas para tentar solucionar o problema.
            Os problemas da sua família são um problema seu ou você ignora?
            Toda a família precisa “[...] lutar juntos (não somente) pela fé evangélica (mas também para tentar resolver as dificuldades enfrentadas)”, Fp.1.27.
            Essa ajuda mútua deve acontecer, pois, caso “morrer Elimeleque, marido de Noemi (seu cônjuge); e ficar [...] (apenas) com seus dois filhos”, Rt.1.3, haverá menor risco para você não entrar em desespero – Augusta sente falta do esposo Valmir – mau.
            Ainda que o seu cônjuge não seja aquele que você sonhava, mas foi escolhido no tempo do namoro e noivado, sendo “[...] incrédulo [...] não o deixe [...]”, 1Co.7.13, “(se, porém [...] vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu ‘cônjuge’) [...]”, 1Co.7.11.
            Quando “os (filhos) [...] casarem com mulheres moabitas (que você não aprova; “nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações [...]”, Dt.7.3) [...] Orfa (dura cerviz), e [...] Rute (amizade, parceira, companheira) [...]”, Rt.1.4, mostra-nos que “[...] devemos [...] amar uns aos outros”, 1Jo.4.11.
            Pode ainda acontecer de você “[...] se dispor [...] com as suas noras (uma dura outra amiga) e voltar da terra de Moabe (sofrimento onde enfrentou a morte do cônjuge e filhos, mas é preciso saber) [...] que o SENHOR (ainda) se lembra do seu povo, dando-lhe pão (alimento espiritual para você se erguer e vencer com toda a sua família)”, Rt.1.6.
            Aquelas mulheres “saíram [...] (Noemi, Rute e Orfa) [...] do lugar onde estivera (Moabe – sofrimento – morte); e, [...] caminhando, de volta para a terra de Judá (região do nascimento de Jesus em nossos corações, mudança de vida, transformação)”, Rt.1.7.
            Nem eu e nem você pode mudar os corações, precisamos fazer como “[...] Noemi [...] (que) disse (à Rute – amiga e Orfa – dura cerviz - família) voltai cada uma à casa de sua mãe (aos seus deuses); e o SENHOR use convosco de benevolência (boa vontade a fim de salvar a quem Ele deseja) [...]”, Rt.1.8.
            Tanto a salvação quanto “[...] o crescimento (espiritual) vem de Deus (para todos os membros da nossa família)”, 1Co.3.6.
            É somente “o SENHOR (que pode fazer com) [...] que (você e toda a sua família) seja feliz (com a salvação alcançada) [...]”, Rt.1.9.
            O nosso testemunho pode contribuir para algum dos nossos “[...] dizerem [...] (que) irá [...] (ficar) ao (lado do) [...] povo (santo, escolhido para servir a Deus)”, Rt.1.10, mas, podemos agir como “[...] Noemi (amabilidade, favor, ao) dizer (para os nossos) voltar (para o seu povo, o seu deus) [...]”, Rt.1.11, mas quando Deus deseja salvar, não conseguimos impedir.
            Noemi já não tinha mais “esperança (pois havia passado por várias aflições – fome e morte. Ela dizia, assim como nós, que) [...] o SENHOR descarregou contra [...] (nós) a sua mão”, Rt.1.13.
            Muitas vezes, a nossa atitude é apenas “[...] chorar em voz alta (pelas perdas, e ficamos inertes não procuramos mudar a situação, então, agimos com); Orfa, com um beijo, se despede de sua sogra (e dizemos: é isso mesmo, sou um perdedor), porém Rute se apegou a ela (para lutar pela vida)”, Rt.1.14.
            Assim como “[...] Noemi [...] (preferimos insistir com os nossos parentes que eles) voltem ao seu povo e aos seus deuses [...]”, Rt.1.15.
            Agimos desta forma com os nossos atos, palavras, amizades e locais onde frequentamos.
            É possível dizer que foi permissão de Deus agir de tal e tal modo, mas é bom lembrar que “[...] cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”, Rm.14.12.
            Tudo quanto fazemos com os nossos para impedir de eles conhecerem a verdade, “[...] de todas estas coisas Deus nos pedirá contas”, Ec.11.9.
            Por mais que Noemi, eu e você, façamos de tudo para deixar o outro fora dos planos de Deus, na verdade não depende de nós dele ser salvo.
            A história desse livro mostra que Deus tinha um plano maravilhoso para a Moabita (Ló – incesto) e também para cada um de nós.
            Para Deus não importa o quanto você pecou, o que tem valor é que “todo aquele que o Pai [...] dá (para) Jesus, esse (irá) [...] a Ele; e o que vai a Jesus, de modo nenhum [...] (será) lançado fora”, Jo.6.37. 
            Embora eu e você tentássemos ajudar ou atrapalhar os planos de Deus, o que prevalece é se “[...] Ele tem misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz”, Rm.9.18.
            Assim aconteceu com a Moabita (Ló – incesto), por determinação de Deus e a aplicação da regeneração em seu coração, “[...] Rute (pediu à sua sogra, Noemi para) [...] não [...] insistir para que (a) [...] deixasse e (a) [...] obrigasse a [...] (não) segui-la (servir a Deus); porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”, Rt.1.16.
            Por determinação divina, “Rute se foi (para servir ao Deus verdadeiro sem interferência de homem algum. Assim acontece com todos os homens escolhidos por Ele) [...]”, Rt.2.3.
            Ali, nas terras de Israel, Rute “[...] chegou ao campo e apanhava após os segadores (buscando alimento para ela e sua sogra), “esteve ela apanhando naquele campo até à tarde; debulhou o que apanhara, e foi quase um efa (17,5 l) de cevada (grão alimentar homem e animais)”, Rt.2.17) [...]”, Rt.2.3.
            Rute, apesar de ter ficado viúva, não desamparou a sua sogra.
            De tudo quanto ela colhia na roça, “tomava (para si e) [...] o que lhe sobejava depois de fartar-se tirava e dava a sua sogra”, R.2.18.
            [...] Rute, a moabita [...] (trabalhou) com os [...] servos (de) Boaz [...] até que acabou toda a sega (colheita) que tinha”, R.2.21 para oferecer o melhor para si e Noemi.
            É possível que “[...] a (sua) sogra (Noemi já não tinha mais condições de trabalhar – idosa, viúva. Talvez a melhor ajuda da sogra fosse a intercessão quando ela fala): Onde colheste hoje? Onde trabalhaste? Bendito (invocando a bênção de Deus sobre) [...] aquele que [...] acolheu Rute favoravelmente [...]”, R.2.19.
            Toda família precisa se empenhar no trabalho e ajudar financeiramente a família para o bem-estar de todos.
            Vemos em nossos dias filhos tardios em sair de casa para constituir família e outros separados que voltam com os filhos e até netos para a casa dos pais.
            Projeto de Lei do Senado, 145, 2008; desde 2013 aguardando inclusão da ordem do dia; “altera o art. 35 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para elevar a idade dos dependentes para fins de Imposto de Renda da Pessoa Física de 21 para 28 anos”.
            Todos trabalham, mas o salário que entra para as despesas fixas e alimentares é apenas dos progenitores e muitos contam apenas com a aposentadoria.
            O texto fala que, “[...] por casualidade (evento inesperado sem que não tivesse planejado, sendo providencial de Deus, Rute) entrou na parte que pertencia a Boaz (seu futuro esposo), o qual era da família de Elimeleque”, Rt.2.3.
            Rute procurou algo para fazer, mesmo estando acima dos 40 anos e sua sogra com mais de 70 anos.
            A instrução de Paulo é que todos procurem “[...] trabalhar, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”, Ef.4.28 e, no caso de Rute que ela devia acudir era “[...] a viúva (Noemi) que estava dentro da sua (casa para) [...] comer, e se fartar, para que o SENHOR, [...] Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem”, Dt.14.29.
            Sendo assim, “[...] Noemi (impossibilitada de trabalhar – algum dos nossos, fica na retaguarda cuidando dos afazeres ou) [...] bendizendo (pedindo ao) [...] SENHOR [...] que [...] não [...] deixe a sua benevolência (em favor de sua) nora (Rute – família - buscando um) [...] homem [...] parente chegado e [...] resgatador (casar com a viúva a fim de conceber um filho em nome do falecido)”, R.2.20.
            Esse relacionamento imprevisto aos olhos humanos, mas totalmente conduzido por Deus.
            Os atos de “[...] Noemi [...] (e) Rute (são comparados aos filhos que começam a namorar e os pais dizem): Bom será, filho [...] que saias com as servas dele (reconhecendo que a pessoa interessada é trabalhador, honesto, de boa índole e família), para que, noutro campo, não te molestem (ou, não se envolva com pessoas que não tem bons costumes)”, R.2.22.
            Geralmente, filhos que escutam seus pais, “[...] passam [...] à companhia das servas de Boaz (pessoas de valor), para colher (bons frutos), até que a sega (colheita) da cevada (grãos alimentar animais e humanos – boas amizades) [...] e fica com a sua sogra (família até o casamento)”, R.2.23.
            Toda família precisa conduzir seus filhos a buscar relacionamentos que possa ser durável.
            Nesta família, Noemi, sempre apoiando Rute, chegou a ponto das “[...] vizinhas [...] dizerem: A Noemi nasceu um filho. E (as vizinhas) lhe chamaram Obede (aqui é o preâmbulo – início da Monarquia). Este é o pai de Jessé, pai de Davi (o qual foi “[...] achado [...] homem segundo o [...] coração (de) Deus, que fará toda a sua vontade”, At.13.22)”, Rt.4.17.
            Rute, uma mulher estrangeira, que não tinha parte na vida do povo escolhido, Deus trabalhou desde a eternidade para salvar esta mulher e esse mesmo Deus pode salvar a sua família. Você crê?
            Deus resgatou Abraão, Isaque, Jacó, Judá, “[...] Perez [...] Esrom [...] Rão [...] Aminadabe [...] Naassom [...] Salmom [...] Boaz (esposo de Rute que) gerou a Obede, Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi”, Rt.4.18-22 salvos pela misericórdia de Deus e que pode salvar você e toda a sua família.
            É a partir do agir de Deus na vida que podemos encontrar [...]
3 – As características de Rute.
            Nota-se que “[...] Rute (fez a opção e você também pode) [...] não (permitir que alguém) [...] insista para [...] (você) deixar (de servir a Deus) e te obrigar a não seguir (os caminhos do Senhor Jesus); porque, aonde quer que vá (servir a Deus, irei) [...] e, onde quer que pouse (os seus pés para adorar, adorarei. Procure buscar estar junto ao) [...] povo [...] (de) Deus (e tenha) Deus (como) o seu Deus”, Rt.1.16.
            A partir dessa decisão, de servir a Deus, é que você pode se tornar [...]
            a) Aguerrida (guerreira) e decidida.
            Quando “Noemi viu, pois, que de todo Rute estava resolvida (corajosa, audaciosa, firme no propósito de) [...] acompanhar Noemi (com o desejo de conhecer Deus), (esta) deixou de insistir com ela”, Rt.1.18.
            Cabe a todos nós ser mais guerreiros para lutar pela vida espiritual e decididos a “buscar o SENHOR e o seu poder, buscando perpetuamente a sua presença”, 1Cr.16.11 com todo o nosso coração.
            Vemos em Rute uma mulher [...]
            b) Amorosa.
            Primeiro vemos amor na vida de Noemi que “[...] beijou (mesmo que seja a Orfa - dura cerviz e Rute - amizade, parceira, companheira. A sogra não fez acepção de pessoas). Elas, porém, choraram em alta voz (devido o amor da sogra)”, Rt.1.9.
            O amor de Rute e Orfa é demonstrado quando elas “[...] disseram: Não! Iremos contigo ao teu povo (para servir a Deus)”, Rt.1.10.
            No entanto, “[...] Noemi (amorosa, querendo o bem das noras, insiste para que elas) [...] voltem (à família, ao seu povo e aos seus deuses, chamando-as carinhosamente de) [...] minhas filhas (como você trata a sua família? Amor, respeito, dedicação ou brutalidade, palavras de baixo calão, desrespeito?) [...]”, Rt.1.11.
            Com dedicação amorosa “[...] Noemi [...] (se preocupa com o futuro de suas noras dizendo que não) terá [...] no ventre filhos, para que [...] sejam por maridos [...]”, Rt.1.11 das filhas.
            Garotas brasileiras buscando relacionamentos breves com estrangeiros em época de copa – “O look tem itens recorrentes: cabelo esticado por chapinha, shorts curtos – alguns deixam a popa do bumbum à mostra –, maquiagem carregada e, vez ou outra, um piercing no nariz ou no dente [...]” – Época 840 – 07/07/14, pág. 40.
            Quanto você tem de preocupação em buscar um cônjuge para o seu filho? Bíblia, oração.
            O amor da nora em favor de sua sogra é percebido quando “[...] de novo, choraram em voz alta; Orfa (dura cerviz), com um beijo, se despede (volta para os seus deuses) [...] porém Rute (amiga, parceira, companheira) se apega a ela”, Rt.1.14 para cuidar, ajudar, andar juntas a ponto de “querer morrer (onde Noemi) morrer [...] (de que) o SENHOR faça o [...] bem (que) lhe aprouver (deseja), se outra coisa (ela) que não (desejar para) ser separada (da sogra, que) seja a morte [...]”, Rt.1.17.
            Amor gera amor. Assim como Noemi demonstrou amor, ele foi correspondido por Rute.
            Ame os seus a ponto de [...]
            c) Temer a Deus.
            [...] Temer (reverenciar, adorar, admirar, respeitar) o SENHOR, nosso Deus, (deve ser) todos os dias que vivermos sobre a terra [...]”, Dt.31.13.
            [...] Rute (teme a Deus quando decide) [...] não [...] deixar Noemi [...] a [...] segue (na certeza de servir ao) [...] Deus (verdadeiro e, a partir de então, Rute declara com os seus próprios lábios:) [...] o meu Deus”, Rt.1.16.
            Devido a essa disposição, Rute é [...]
            d) Favorecida.
            Rute é “[...] favorecida (achada, adquirida, encontrada) e muito [...] consolada [...]”, Rt.2.13 como resposta às suas boas dádivas feitas à sua sogra Noemi.
            É como fala Jesus: “dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente nos darão; porque com a medida com que tivermos medido nos medirão também”, Lc.6.38.
            Boaz é o instrumento que Deus usa para retribuir a dedicação e amor de Rute para com Noemi.
            Qual é a medida de amor que você tem oferecido aos seus parentes?
            Quanto tempo você tem dispensado à sua família no momento de tristeza, enfermidade, amargura e alegria?
            O “[...] favorecimento (achada, adquirida, encontrada) [...]”, Rt.2.13 que Rute recebeu não foi apenas no campo dos benefícios materiais, ela foi escolhida para compor a geração do rei Davi, antepassado de Cristo.          
            Rute agiu desta forma porque ela foi [...]
            e) Fiel, modesta e trabalhadora.
            Rute demonstrou fidelidade ao se dispor acompanhar e ajudar a sua sogra no que fosse necessário. Filhos precisam buscar essa qualidade.
            Rute é modesta (simplicidade) ao pedir aos empregados de Boaz para “[...] deixá-la rebuscar (trabalho duro de pobre, estrangeiro, viúva recolher) espigas (caídas) e ajuntá-las entre as gavelas (feixe) após os segadores. Assim [...] Rute (esteve) desde pela manhã até (o final da tarde) [...]”, Rt.2.7.
            Devemos dar valor ao trabalho honesto, ele pode dignificar (eleva) a nossa vida.
            Não é somente Rute que tem qualidades, todos nós temos condições de exercitar, assim como vemos [...]
4 – As características de Boaz.
            Boaz surge na vida de Rute quando esta se dispõe trabalhar em seu campo para buscar sustento e sobrevivência. Percebe-se que Boaz é [...]
            a) Temente a Deus.
            O cumprimento que usamos quando nos encontramos: “Oi, bom dia, tudo bem, como vai, e aí mano”.
            O temor é demonstrado quando “[...] Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O SENHOR seja convosco! (Esta saudação é típica aos servos de Deus em situações mais específicas, como no período de colheita com a finalidade de abençoar uns aos outros. Também os seus servos eram tementes ao) respondem: O SENHOR te abençoe!”, Rt.2.4.
            Quando Boaz se encontra com Rute ele ratifica esse temor ao dizer para Rute que “o SENHOR retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do SENHOR, Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio”, Rt.2.12.
            Quanto de bênção você oferece à sua família?
            Fique sabendo que todo aquele que “ama a maldição; ela o apanha; não quer a bênção; aparta-se [...] dele”, Sl.109.17.
            Sendo temeroso, temos disposição para ser [...]
            b) Generoso e protetor.
            A generosidade fala daquele que gosta de dar. Essa qualidade bíblica é totalmente diferente da que usamos em nossos dias.
            Quando Boaz se mostra generoso, ele obedece a lei.
            Na lei dizia: “Quando segardes (colher) a messe (plantação) da [...] terra, não rebuscareis (restolho dos) cantos do [...] campo, nem colhereis as espigas caídas [...] para o pobre e para o estrangeiro as deixareis. Eu sou o SENHOR [...]”, Lv.23.22.
            Agindo de acordo com a lei “[...] Boaz (se dispôs) a (ser generoso para com) Rute [...] (dizendo-lhe para) não [...] colher em outro campo [...] (que) ficasse com as suas servas”, Rt.2.8.
            Que “estivesse atenta ao campo [...] (pois Boaz) deu ordem aos servos, que não te toquem [...] quando tiveres sede, vai às vasilhas e bebe do que os servos tiraram”, Rt.2.9.
            Muitas vezes não somos generosos para com os nossos – alimento, carro, veste é controlado para os nossos, mas para o estranho, somos generosos.
            [...] Boaz (além de generoso em dar, oferece também proteção à Rute quando) lhe diz: Achega-te para aqui [...]”, Rt.2.14 e ainda “[...] deu ordem aos seus servos [...] (para que) a deixasse colher e não a censurar (envergonhar, humilhar)”, Rt.2.15.
            O salmista nos faz um alerta: “Não sejam envergonhados por minha causa os que esperam em ti, ó SENHOR, Deus dos Exércitos; nem por minha causa sofram vexame os que te buscam, ó Deus de Israel”, Sl.69.6.
            Quantos por minha causa ficam envergonhados por causa dos meus atos? Bebidas, mulheres, dinheiro.
            Cada um de nós precisa ter [...]
            c) Consciência de que tudo provém de Deus.
            Assim como Boaz, devemos reconhecer que é “o SENHOR (que) retribui o nosso feito [...] (que é o) SENHOR [...] Deus (que nos) recompensa [...] (quando decidimos) buscar refúgio sob [...] (suas) asas [...]”, Rt.2.12 tal como o salmista declarou que “[...] sob suas asas, estarás seguro [...]”, Sl.91.4.
            Boaz é reconhecido também como [...]
            d) O resgatador.
            Boaz reconhecia que era o segundo “[...] resgatador (dos bens e casar com a viúva tal como “o SENHOR (que) guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva [...]”, Sl.146.9); mas ainda (havia) outro resgatador mais chegado do que Boaz”, Rt.3.12.
            A função do resgatador: “O vingador do sangue, ao encontrar o homicida (do seu parente), matá-lo-á”, Nm.35.19 – Jesus fez isso em nosso lugar “[...] despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”, Cl.2.15.
            Aconteceu também de “Jesus nos dá vida, estando nós mortos nos nossos delitos e pecados”, Ef.2.1.
            Quando o resgatador/eu e você souberem que o “[...] nosso irmão empobreceu e vender alguma parte das suas possessões, então [...] o [...] resgatador (eu e você) [...] resgatará o que seu irmão vendeu”, Lv.25.25 – muito difícil agir desta forma com os nossos parentes – preferimos comprar as terras a preços baixos do que ajudá-lo a sair da dificuldade.
            Boaz soube que Noemi ficou como “[...] estrangeira ou peregrina (na terra de Moabe) [...] empobreceu [...] (quase se) vendeu [...] (Ele tomou a atitude de) [...] resgatá-la (junto com Rute) [...]”, Lv.25.47,48.
            A ordem bíblica a respeito das viúvas era que, “se irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem filhos, então, a mulher do que morreu não se casará com outro estranho, fora da família; seu cunhado a tomará, e a receberá por mulher, e exercerá para com ela a obrigação de cunhado”, Dt.25.5 – Boaz assume essa responsabilidade dizendo que “[...] é [...] (o seu) resgatador; mas havia [...] outro resgatador mais chegado do que ele”, Rt.3.12.
            Boaz (foi rápido nas decisões, não deixou para depois) subiu à porta da cidade e assentou-se ali. Eis que o resgatador de que Boaz havia falado ia passando; então, lhe disse: Ó fulano, chega-te para aqui e assenta-te; ele se virou e se assentou”, Rt.4.1 para resolverem logo a situação, mas nós esperamos um pouco mais quando se trata de família.
            Quando a nossa família está em apuro, temos que fazer como “[...] Boaz tomar dez homens dos anciãos (juízes, o próprio Deus) [...] (se) assentar [...]”, Rt.4.2 a fim de resolver a questão – dívida, casamento, filhos, trabalho, amizades.
            Por não conseguir estudar, trabalhar, casar, culpamos as outras pessoas.
            Boaz buscou resolver a situação, então, expôs o caso como uma pessoa interessada, “dizendo ao resgatador: Aquela parte da terra que foi de Elimeleque, nosso irmão, Noemi, que tornou da terra dos moabitas, a tem para venda”, Rt.4.3 – o problema é seu, mas se você não resolver eu posso.
            Muitas vezes preferimos jogar a culpa no outro.
            Boaz “resolveu [...] informar (ao resgatador sobre Noemi e Rute para que ele) [...] comprasse na presença (das testemunhas) sentadas [...] se não, declara-me para que eu o saiba, pois outro não há senão tu que a resgate, e eu, depois de ti [...]”, Rt.4.4.
            Mas havia um problema, “disse [...] Boaz: No dia em que tomares a terra da mão de Noemi, também a tomarás da mão de Rute, a moabita, já viúva, para suscitar o nome do esposo falecido, sobre a herança dele”, Rt.4.5.
            Lançar o problema na mão do membro da família para ele resolver, mas caso ele “[...] disser [...] (que) não a poderá resgatar (resolver o problema) [...]”, Rt.4.6, então, estará em suas mãos para “[...] resgatar [...] comprando [...]”, Rt.4.8, fazendo como Jesus que se sacrificou por nós “[...] comprando com o seu próprio sangue”, At.20.28 a nossa dívida.
            A minha ação mostrará para Deus se sou [...]
            e) Homem justo.
            Noemi instrui Rute a pedir Boaz em casamento.
            Este homem se mostra justo quando reconhece que “[...] é [...] resgatador; mas havia ainda outro resgatador mais chegado do que ele”, Rt.3.12 – na compra de bens muitos fazem de tudo para trapacear, enganar, levar vantagem, dizendo “nada vale, nada vale, diz o comprador, mas, indo-se, então, se gaba”, Pv.20.14.
            Boaz cumpriu com a sua palavra “e [...] tomou por mulher Rute, a moabita, que foi esposa de Malom, para suscitar o nome deste sobre a sua herança [...]”, Rt.4.10.
            E você tem cumprido com a palavra que você tem empenhado?
            Que fique bem lembrado: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno”, Mt.5.37.          
Conclusão:     Boaz e Rute se uniram segundo os propósitos de Deus e o fizeram seguindo o que determinava a Palavra de Deus.
            Em meio a uma grande crise inicial, que apontava para um quadro de desesperança, Deus direcionou todas as coisas segundo sua providência unindo Boaz e Rute e que teria entre seus descendentes o rei Davi, de cuja linhagem viria o Salvador.
            Todos nós precisamos aprender a confiar na providência de Deus, pois “sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”, Rm.8.28.
Aplicação:      Quanto para você “[...] o SENHOR (tem sido) bendito (abençoador), que não (te) deixou [...] (de te) resgatar (?) [...]”, Rt.4.14.
            A promessa para Noemi foi que o filho de Rute e Boaz “[...] seria restaurador (da relação espiritual) da sua vida e consolador da sua velhice [...]”, Rt.4.15 e você tem sido para a sua família?
            Noemi tomou o menino (família), e o pôs no regaço (colo), e entrou a cuidar (da proteção) dele”, Rt.4.16.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Nossa fé – Casais da Bíblia – CCC – Rev. José Antônio de Góes Filho.

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