BENEFÍCIOS DO SOFRIMENTO
2Co.4.16-18
Introd.: Todos
se preocupam com o sofrimento e passam a perguntar: Por que sofro tanto neste
mundo?
Por
que Deus permite tantos desastres, catástrofes e perigos em nossas vidas?
Até
quando irei passar por essas provações?
Essas
são algumas perguntas sem resposta que encontramos em todo o decorrer dos
nossos dias.
São
perguntas que os nossos pais fizeram e mesmo quando respondidas, eles não ficaram
satisfeitos.
Nar.: O apóstolo
Paulo responde, não o por quê do sofrimento, mas ele fala sobre os benefícios que
traz o sofrimento.
Paulo
não era masoquista, ele não tinha prazer no sofrimento, pelo contrário, o seu
sofrimento foi por imposição divina e humana, “pois
Jesus lhe mostrou quanto lhe importava sofrer pelo seu nome”,
At.9.16.
Continuamos
a perguntar: quais benefícios têm o sofrimento?
Para
esclarecer melhor este texto é preciso saber que Paulo foi martirizado.
Os
sofrimentos começaram imediatamente após a sua conversão e continuaram sem
interrupção por mais de trinta anos.
Judeus
procuraram tirar-lhe a vida por duas vezes.
Expulsaram-no
de Antioquia e Bereia.
Apedrejaram-no
e deram-no como morto em Listra.
Foi
açoitado com varas e puseram-no ao tronco em Filipos.
Quase
perdeu a vida em Éfeso nas mãos da multidão, e em Jerusalém foi salvo pelos
soldados romanos.
Por
dois anos esteve preso em Cesareia e mais dois em Roma.
Sem
contar com os naufrágios, privações e a sua execução como criminoso.
O
benefício do sofrimento era visto pelo apóstolo quando ele olhava para a
eternidade e enxergava com os olhos da fé.
Enxergava
o seu espírito sendo renovado, o peso da glória acima de toda comparação e
contemplando a própria eternidade.
Propos.: Os
sofrimentos nos capacitam a olhar firmemente para o autor da vida eterna; Jesus
Cristo.
Trans.: Quando
sofro [...]
1 – O corpo se corrompe, mas o espírito se renova.
A
estranha mistura de vitórias e derrotas nos leva a entregar as nossas almas aos
cuidados eternos de Deus.
Isto
nos diz que sentimos a própria mortalidade do corpo físico.
“Por isso, não desanime [...]”,
2Co.4.16 ainda que tudo pareça contrário; não perca a coragem, não se canse,
não se desespere com os sofrimentos deste mundo.
Paulo
via luz abundante proveniente da face de Jesus para fazer desaparecer o gigante
desespero do sofrimento, embora não tivesse ele deixado de sofrer.
Ele
sabia que “[...] o nosso homem exterior
se corrompe [...]”, 2Co.4.16, o corpo físico não resiste aos ataques do
tempo e das enfermidades, mas ainda assim Paulo via benefício no sofrimento.
Caso
você esteja oprimido, não desanime, ainda que “[...]
o homem exterior se corrompa [...] o
homem interior se renova [...]”, 2Co.4.16 mais e mais nos trabalhos por
Cristo.
Esse é um
processo contínuo na vida.
Como
se voltasse ao assunto, Paulo fala: “[...]
contudo [...] por isso [...]”, 2Co.4.16, buscando esperança na
ressurreição e o fim dos seus sofrimentos, logo, fica animado e vê benefícios
no sofrimento.
Ainda
haverá muito sofrimento neste mundo, mas na vida eterna só haverá alegria e
renovação “[...] de dia em dia”, 2Co.4.16.
No
sofrimento [...]
2 – A aflição é grande para os padrões humanos, mas a glória
ultrapassa essas aflições.
Para
a mente humana todo sofrimento é apenas sofrimento e nunca irá reverter em
benefício para as nossas vidas.
Para
Paulo o sofrimento pode ser grande, mas ele considera como “[...] leve e momentâneo [...]”, 2Co.4.17.
Se
você estiver sofrendo e ficar só pensando no sofrimento, vai sofrer mais.
Caso
você olhe para a eternidade, verá que na eterna morada não haverá mais
sofrimento.
É
desse modo que Paulo olha para os seus sofrimentos.
Ele
sofre, mas será beneficiado na eternidade.
O
pensamento é como se colocasse na balança o sofrimento e a glória eterna.
Ao
falar da glória, fala do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal, em que
serão transformados e o lugar onde eles viverão.
Quando
as duas coisas são postas na balança “[...]
a tribulação é leve e momentânea [...] (enquanto a) glória produz para nós
eterno peso [...]”, 2Co.4.17.
Quando
os acontecimentos são encarados do ponto de vista da eternidade, até mesmo os
desastres mais aflitivos serão vistos como benefícios em nossas vidas.
Quando
a aflição se torna “[...] leve e
momentânea [...]”, 2Co.4.17 é porque confiamos no cuidado eterno de
Deus.
Após
todo sofrimento o benefício que alcançamos é que a “[...] glória [...] (está) acima de toda comparação”,
2Co.4.17.
Paulo conclui [...]
Conclusão: Dando-nos
esperança.
A
nossa esperança é que “[...] nós não (podemos)
fixar a nossa atenção nas coisas que se veem [...] porque”, 2Co.4.18
logo passa.
É
inútil desejar ficar neste mundo porque “[...]
o que pode ser visto dura apenas um pouco [...]”, 2Co.2.18 e as
enfermidades logo passam.
Devemos ficar atentos “[...] nas (coisas) que não se veem [...]
porque”, 2Co.4.18 é invisível, eterno, real e mais importante.
O
céu, o trono de Deus e o próprio Jesus “[...]
não pode ser visto (quando nos encontrar com Ele; a nossa vida cheia de paz, de
saúde e prosperidade) durará para sempre”, 2Co.2.18.
Rev.
Salvador P. Santana
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