terça-feira, 8 de julho de 2014

BENEFÍCIOS DO SOFRIMENTO, 2Co.4.16-18.



BENEFÍCIOS DO SOFRIMENTO 
2Co.4.16-18



Introd.:           Todos se preocupam com o sofrimento e passam a perguntar: Por que sofro tanto neste mundo?
            Por que Deus permite tantos desastres, catástrofes e perigos em nossas vidas?
            Até quando irei passar por essas provações?
            Essas são algumas perguntas sem resposta que encontramos em todo o decorrer dos nossos dias.
            São perguntas que os nossos pais fizeram e mesmo quando respondidas, eles não ficaram satisfeitos.
Nar.:   O apóstolo Paulo responde, não o por quê do sofrimento, mas ele fala sobre os benefícios que traz o sofrimento.
            Paulo não era masoquista, ele não tinha prazer no sofrimento, pelo contrário, o seu sofrimento foi por imposição divina e humana, “pois Jesus lhe mostrou quanto lhe importava sofrer pelo seu nome”, At.9.16. 
            Continuamos a perguntar: quais benefícios têm o sofrimento?
            Para esclarecer melhor este texto é preciso saber que Paulo foi martirizado.
            Os sofrimentos começaram imediatamente após a sua conversão e continuaram sem interrupção por mais de trinta anos.
            Judeus procuraram tirar-lhe a vida por duas vezes.
            Expulsaram-no de Antioquia e Bereia.
            Apedrejaram-no e deram-no como morto em Listra.
            Foi açoitado com varas e puseram-no ao tronco em Filipos. 
            Quase perdeu a vida em Éfeso nas mãos da multidão, e em Jerusalém foi salvo pelos soldados romanos.
            Por dois anos esteve preso em Cesareia e mais dois em Roma.
            Sem contar com os naufrágios, privações e a sua execução como criminoso. 
            O benefício do sofrimento era visto pelo apóstolo quando ele olhava para a eternidade e enxergava com os olhos da fé.
            Enxergava o seu espírito sendo renovado, o peso da glória acima de toda comparação e contemplando a própria eternidade.
Propos.:          Os sofrimentos nos capacitam a olhar firmemente para o autor da vida eterna; Jesus Cristo.
Trans.:           Quando sofro [...]
1 – O corpo se corrompe, mas o espírito se renova.
            A estranha mistura de vitórias e derrotas nos leva a entregar as nossas almas aos cuidados eternos de Deus.
            Isto nos diz que sentimos a própria mortalidade do corpo físico.
            Por isso, não desanime [...]”, 2Co.4.16 ainda que tudo pareça contrário; não perca a coragem, não se canse, não se desespere com os sofrimentos deste mundo.
            Paulo via luz abundante proveniente da face de Jesus para fazer desaparecer o gigante desespero do sofrimento, embora não tivesse ele deixado de sofrer.
            Ele sabia que “[...] o nosso homem exterior se corrompe [...]”, 2Co.4.16, o corpo físico não resiste aos ataques do tempo e das enfermidades, mas ainda assim Paulo via benefício no sofrimento.
            Caso você esteja oprimido, não desanime, ainda que “[...] o homem exterior se corrompa [...] o homem interior se renova [...]”, 2Co.4.16 mais e mais nos trabalhos por Cristo.
            Esse é um processo contínuo na vida.
            Como se voltasse ao assunto, Paulo fala: “[...] contudo [...] por isso [...]”, 2Co.4.16, buscando esperança na ressurreição e o fim dos seus sofrimentos, logo, fica animado e vê benefícios no sofrimento.
            Ainda haverá muito sofrimento neste mundo, mas na vida eterna só haverá alegria e renovação “[...] de dia em dia”, 2Co.4.16. 
            No sofrimento [...]
2 – A aflição é grande para os padrões humanos, mas a glória ultrapassa essas aflições.
            Para a mente humana todo sofrimento é apenas sofrimento e nunca irá reverter em benefício para as nossas vidas.
            Para Paulo o sofrimento pode ser grande, mas ele considera como “[...] leve e momentâneo [...]”, 2Co.4.17.
            Se você estiver sofrendo e ficar só pensando no sofrimento, vai sofrer mais.
            Caso você olhe para a eternidade, verá que na eterna morada não haverá mais sofrimento.
            É desse modo que Paulo olha para os seus sofrimentos.
            Ele sofre, mas será beneficiado na eternidade.
            O pensamento é como se colocasse na balança o sofrimento e a glória eterna.
            Ao falar da glória, fala do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal, em que serão transformados e o lugar onde eles viverão.
            Quando as duas coisas são postas na balança “[...] a tribulação é leve e momentânea [...] (enquanto a) glória produz para nós eterno peso [...]”, 2Co.4.17.
            Quando os acontecimentos são encarados do ponto de vista da eternidade, até mesmo os desastres mais aflitivos serão vistos como benefícios em nossas vidas.
            Quando a aflição se torna “[...] leve e momentânea [...]”, 2Co.4.17 é porque confiamos no cuidado eterno de Deus.
            Após todo sofrimento o benefício que alcançamos é que a “[...] glória [...] (está) acima de toda comparação”, 2Co.4.17.
            Paulo conclui [...]
Conclusão:     Dando-nos esperança.
            A nossa esperança é que “[...] nós não (podemos) fixar a nossa atenção nas coisas que se veem [...] porque”, 2Co.4.18 logo passa.
            É inútil desejar ficar neste mundo porque “[...] o que pode ser visto dura apenas um pouco [...]”, 2Co.2.18 e as enfermidades logo passam.
            Devemos ficar atentos “[...] nas (coisas) que não se veem [...] porque”, 2Co.4.18 é invisível, eterno, real e mais importante.
            O céu, o trono de Deus e o próprio Jesus “[...] não pode ser visto (quando nos encontrar com Ele; a nossa vida cheia de paz, de saúde e prosperidade) durará para sempre”, 2Co.2.18.

Rev. Salvador P. Santana

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