BUSCAR A JUSTIÇA
OU A PERVERSIDADE, Ec.7.15-22.
Tópicos para reflexão
Muitos falam que, se você for bom
terá muito dinheiro, prosperidade e boa saúde.
Outros acreditam que todas as
pessoas más sofrerão adversidade e terminará morrendo prematuramente.
De acordo com Salomão, essa máxima
está equivocada, com muita ou pouca frequência, o oposto é o que mais acontece.
O Pregador fala que “[...] se aplicou a todas estas coisas para
claramente entender tudo isto: que os justos, e os sábios, e os seus feitos
estão nas mãos de Deus (então, não depende das minhas ações, propriamente dita);
e, se é amor ou se é ódio que está à nossa espera, não o sabe o homem. Tudo lhe
está oculto no futuro”, Ec.9.1 e somente Deus é quem sabe.
Interessante notar também que “[...] tanto do sábio como do estulto, a
memória não durará para sempre; pois, passados alguns dias, tudo cai no
esquecimento. Ah! Morre o sábio, e da mesma sorte, o estulto!”,
Ec.2.16.
Ao perceber que todos nós estamos
sujeitos a tristezas e alegrias da vida e que não depende de buscar ou rejeitar
a maldade, dá-nos a ideia de que todos nós estamos em um beco sem saída.
Verdade é que, assim como Salomão, “tudo isto vemos nos dias da nossa vaidade
(desejo exagerado de atrair atenção, ilusão, vapor, fôlego de vida) [...]”,
Ec.7.15 que temos neste mundo.
Sempre
“[...] haverá justo que perece (morte) na
sua justiça [...]”, Ec.7.15.
Mas também “[...] haverá perversos que prolonga os seus
dias na sua perversidade (ruim, desagradável, maligno)”,
Ec.7.15.
É triste, mas muitos de nós ainda
vamos “[...] invejar os
arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos”, Sl.73.3.
Precisamos saber que tanto o “[...] justo [...] perecendo na [...] justiça
[...] (quanto o) perverso [...] prolongando os seus dias na [...] perversidade”,
Ec.7.15, um dia terá fim.
A resposta virá para cada um de nós
quando “[...] entrarmos no
santuário de Deus e atinar com o fim deles”, Sl.73.17.
Ao saber dessa realidade, “não (podemos) ser demasiadamente (aumentar,
multiplicar, buscar a grandeza da) justiça (correto na conduta e no caráter)
[...]”, Ec.7.16 mais que todos que estão à nossa volta.
Essa mesma ideia é expressa para eu
e você “não ser demasiadamente (exagerado
na) perversidade, (mas também não podemos) [...] ser louco (demais); (pois
neste caso) por que morrerias fora do seu tempo (por causa da loucura)?”,
Ec.7.17.
A respeito da morte o salmista fala
que “[...] no livro (de) Deus foram
escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um
deles havia ainda”, Sl.139.16, então, esse fora de
tempo pode ser a morte espiritual devido a minha perversidade.
Jesus é bem claro ao dizer que
podemos “fazer e guardar [...]
tudo quanto (os homens) [...] nos disserem, porém não os imitar nas suas obras;
porque dizem e não fazem”, Mt.23.3.
Salomão também nos aconselha a “[...] não ser [...] exageradamente (superior,
tirar vantagem da) sabedoria (que temos) [...]”, Ec.7.16,
isto é porque, “na verdade, há
um espírito no homem, e o sopro do Todo-Poderoso (que) o faz sábio”,
Jó 32.8.
Ora, sabedor de que a sabedoria não
vem de nós, mas de Deus, é perigoso este homem “[...] destruir a si mesmo [...]”, Ec.7.16.
Por este motivo, em outra Escritura
Salomão declara: “Confia no
SENHOR de todo o teu coração e não te estribes (apoiar) no teu próprio
entendimento”, Pv.3.5.
Diante de todo o exposto “é bom que retenhas (agarrar, segurar com
firmeza) isto (a perversidade e a loucura) e também daquilo (a justiça e a
perversidade) não retirar a mão (para agir moderadamente); pois quem teme a
Deus de tudo isto sai ileso (são e salvo)”, Ec.7.18.
Mais que depressa, precisamos
adquirir “a sabedoria (“[...] lá
do alto [...] pura [...] pacífica, indulgente (tolerância), tratável, plena de
misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento”, Tg.3.17 que pode) fortalecer
ao sábio, mais do que dez poderosos que haja na cidade”,
Ec.7.19.
Conclusão: Entre buscar justiça ou a perversidade,
todos nós devemos tomar a devida precaução e conhecer algumas verdades.
A
verdade é que “não há homem justo sobre
a terra que faça o bem e que não peque”, Ec.7.20.
Jesus fala que “[...] aquele que dentre nós estiver sem
pecado seja o primeiro que [...] atire pedra”, Jo.8.7.
E Paulo declara que “[...] todos pecaram e carecem da glória de
Deus”, Rm.3.23.
Sendo assim, “não (podemos) aplicar o coração a todas as
palavras que se dizem (dar ouvidos a qualquer falatório, sair de perto do
falador. Isto serve) [...] para que (eu e você) não venha a ouvir o nosso servo
a amaldiçoar-nos”, Ec.7.21 com palavras que não
gostaríamos de ouvir.
É preciso “[...] saber (também) que muitas vezes nós mesmos
temos amaldiçoado a outros”, Ec.7.22 com o nosso muito falar
quando tentamos buscar ser justo demais ou procuramos andar pelos caminhos da perversidade.
Rev.
Salvador P. Santana
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