terça-feira, 8 de julho de 2014

BUSCAR A JUSTIÇA OU A PERVERSIDADE, Ec.7.15-22.



BUSCAR A JUSTIÇA OU A PERVERSIDADE, Ec.7.15-22.

Tópicos para reflexão
            Muitos falam que, se você for bom terá muito dinheiro, prosperidade e boa saúde.
            Outros acreditam que todas as pessoas más sofrerão adversidade e terminará morrendo prematuramente.
            De acordo com Salomão, essa máxima está equivocada, com muita ou pouca frequência, o oposto é o que mais acontece.
            O Pregador fala que “[...] se aplicou a todas estas coisas para claramente entender tudo isto: que os justos, e os sábios, e os seus feitos estão nas mãos de Deus (então, não depende das minhas ações, propriamente dita); e, se é amor ou se é ódio que está à nossa espera, não o sabe o homem. Tudo lhe está oculto no futuro”, Ec.9.1 e somente Deus é quem sabe.
            Interessante notar também que “[...] tanto do sábio como do estulto, a memória não durará para sempre; pois, passados alguns dias, tudo cai no esquecimento. Ah! Morre o sábio, e da mesma sorte, o estulto!”, Ec.2.16.
            Ao perceber que todos nós estamos sujeitos a tristezas e alegrias da vida e que não depende de buscar ou rejeitar a maldade, dá-nos a ideia de que todos nós estamos em um beco sem saída.
            Verdade é que, assim como Salomão, “tudo isto vemos nos dias da nossa vaidade (desejo exagerado de atrair atenção, ilusão, vapor, fôlego de vida) [...]”, Ec.7.15 que temos neste mundo.
            Sempre “[...] haverá justo que perece (morte) na sua justiça [...]”, Ec.7.15.
            Mas também “[...] haverá perversos que prolonga os seus dias na sua perversidade (ruim, desagradável, maligno)”, Ec.7.15.
            É triste, mas muitos de nós ainda vamos “[...] invejar os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos”, Sl.73.3.
            Precisamos saber que tanto o “[...] justo [...] perecendo na [...] justiça [...] (quanto o) perverso [...] prolongando os seus dias na [...] perversidade”, Ec.7.15, um dia terá fim.
            A resposta virá para cada um de nós quando “[...] entrarmos no santuário de Deus e atinar com o fim deles”, Sl.73.17.
            Ao saber dessa realidade, “não (podemos) ser demasiadamente (aumentar, multiplicar, buscar a grandeza da) justiça (correto na conduta e no caráter) [...]”, Ec.7.16 mais que todos que estão à nossa volta.
            Essa mesma ideia é expressa para eu e você “não ser demasiadamente (exagerado na) perversidade, (mas também não podemos) [...] ser louco (demais); (pois neste caso) por que morrerias fora do seu tempo (por causa da loucura)?”, Ec.7.17.
            A respeito da morte o salmista fala que “[...] no livro (de) Deus foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda”, Sl.139.16, então, esse fora de tempo pode ser a morte espiritual devido a minha perversidade.
            Jesus é bem claro ao dizer que podemos “fazer e guardar [...] tudo quanto (os homens) [...] nos disserem, porém não os imitar nas suas obras; porque dizem e não fazem”, Mt.23.3.
            Salomão também nos aconselha a “[...] não ser [...] exageradamente (superior, tirar vantagem da) sabedoria (que temos) [...]”, Ec.7.16, isto é porque, “na verdade, há um espírito no homem, e o sopro do Todo-Poderoso (que) o faz sábio”, Jó 32.8.
            Ora, sabedor de que a sabedoria não vem de nós, mas de Deus, é perigoso este homem “[...] destruir a si mesmo [...]”, Ec.7.16.
            Por este motivo, em outra Escritura Salomão declara: “Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes (apoiar) no teu próprio entendimento”, Pv.3.5.
            Diante de todo o exposto “é bom que retenhas (agarrar, segurar com firmeza) isto (a perversidade e a loucura) e também daquilo (a justiça e a perversidade) não retirar a mão (para agir moderadamente); pois quem teme a Deus de tudo isto sai ileso (são e salvo)”, Ec.7.18.
            Mais que depressa, precisamos adquirir “a sabedoria (“[...] lá do alto [...] pura [...] pacífica, indulgente (tolerância), tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento”, Tg.3.17 que pode) fortalecer ao sábio, mais do que dez poderosos que haja na cidade”, Ec.7.19.
Conclusão:     Entre buscar justiça ou a perversidade, todos nós devemos tomar a devida precaução e conhecer algumas verdades.
            A verdade é que “não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque”, Ec.7.20.
            Jesus fala que “[...] aquele que dentre nós estiver sem pecado seja o primeiro que [...] atire pedra”, Jo.8.7.
            E Paulo declara que “[...] todos pecaram e carecem da glória de Deus”, Rm.3.23.
            Sendo assim, “não (podemos) aplicar o coração a todas as palavras que se dizem (dar ouvidos a qualquer falatório, sair de perto do falador. Isto serve) [...] para que (eu e você) não venha a ouvir o nosso servo a amaldiçoar-nos”, Ec.7.21 com palavras que não gostaríamos de ouvir.
            É preciso “[...] saber (também) que muitas vezes nós mesmos temos amaldiçoado a outros”, Ec.7.22 com o nosso muito falar quando tentamos buscar ser justo demais ou procuramos andar pelos caminhos da perversidade.

Rev. Salvador P. Santana

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