ELCANA E ANA – Bênçãos em
meio à crise, 1Sm.1.1-28.
Introd.: Desde o casal Adão e Eva até Priscila
e Áquila, 1Co.16.19, passaram por momentos difíceis.
E
você, já teve crises em seu casamento?
Crises
são comuns, e isso porque “se dissermos
que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está
em nós”, 1Jo.1.8.
O
desafio é aprender a lidar com estas situações e buscar um ponto de equilíbrio
que vislumbre a resolução do problema.
A
lição de Elcana e Ana nos dá uma boa lição sobre como um casal pode lidar com
as crises no casamento, superando-as com maturidade.
I – Contexto.
Esse
livro de Samuel narra o início da monarquia em Israel.
A
narrativa nos mostra como Deus foi providente e misericordioso para com o seu
povo, suprindo-o e sustentando-o em todas as coisas, principalmente, quando
eles se levantaram para pedir que um rei (humano) fosse estabelecido sobre
eles.
Depois
de um início difícil, com um reinado confuso e rebelde de Saul, o Senhor
estabeleceu Davi como rei em Israel.
Antes
de discorrer sobre o assunto da monarquia, o livro começa com a narrativa de
como Deus providenciou, extraordinariamente, um novo ‘líder espiritual’ sobre o
seu povo, Samuel – último juiz, profeta e sacerdote.
Na
Bíblia Hebraica, o livro de 1 Samuel vem logo depois de Juízes, que termina
afirmando que “naqueles dias, não havia
rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto”, Jz.21.25.
Nesse
tempo Israel começa sem um rei humano e com o descaso do povo com o seu rei
divino a tal ponto de “[...] os filhos
de Eli (juiz, profeta e sumo sacerdote serem conhecidos como) filhos de Belial (má
índole, sem valor, diabólica) e não se importavam com o SENHOR”,
1Sm.2.12.
A
situação era tão séria que “[...] o
costume daqueles sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém sacrifício,
vinha o moço do sacerdote, estando-se cozendo a carne, com um garfo de três
dentes na mão; e metia-o na caldeira, ou na panela, ou no tacho, ou na marmita,
e tudo quanto o garfo tirava o sacerdote tomava para si [...] antes de se
queimar a gordura, vinha o moço do sacerdote e dizia ao homem que sacrificava:
Dá essa carne para assar ao sacerdote; porque não aceitará de ti carne cozida,
senão crua. Se o ofertante lhe respondia: Queime-se primeiro a gordura, e,
depois, tomarás quanto quiseres, então, ele lhe dizia: Não, porém hás de ma dar
agora; se não, tomá-la-ei à força. Era, pois, mui grande o pecado destes moços
perante o SENHOR (geralmente, filhos de pastores, presbíteros e diáconos são
péssimos em testemunho na cidade. Desta mesma forma muitos ainda) [...]
desprezavam a oferta (culto) do SENHOR”, 1Sm.2.13-17.
Devido
a desobediência de Eli e seus filhos, tempos depois, “expulsou, pois, Salomão a Abiatar, para que não mais fosse
sacerdote do SENHOR, cumprindo, assim, a palavra que o SENHOR dissera sobre a
casa de Eli, em Siló”, 1Rs.2.27.
O
nascimento e o chamado profético de Samuel já haviam começado desde a
eternidade. Se completa quando Ana “[...]
faz um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos, se benignamente atentares para a
aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres,
e lhe deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida
(cumprido), e sobre a sua cabeça não passará navalha”, 1Sm.1.11.
Esse
fato é a demonstração de como Deus atua no meio do seu povo.
É
Deus que conduz o seu povo em retidão e santidade.
“É (somente) o SENHOR [...] que tira a vida e
a dá; faz descer à sepultura e faz subir. Ele (é quem) guarda os pés dos seus
santos, porém os perversos emudecem nas trevas da morte; porque o homem não
prevalece pela força”, 1Sm.2.6,9.
É
a partir dessa direção divina que conhecemos [...]
II – Elcana e Ana.
Os
pais de Samuel, Ana e “[...] Elcana (eram
comprometidos com Deus, pois, “de madrugada se levantavam [...] (para) adorar
perante o SENHOR [...]”, 1Sm.1.19. “Subia Elcana, seu marido, com toda a sua
casa, a oferecer ao SENHOR o sacrifício anual e a cumprir o seu voto”,
1Sm.1.21. Eles moravam na) região montanhosa de Efraim (segundo filho de José,
abençoado por Jacó) [...]”, 1Sm.1.1.
Aqui
acontece uma ruptura, causada por Deus, quando é tirada da tribo de Levi o
sacerdócio para ser transportado para Efraim!!??
É
possível que Elcana fosse homem de posição no meio da sociedade, pois ele teve
condições de “[...] levar consigo [...]
um novilho de três anos, um efa (17,5 l) de farinha e um odre (saco de couro) de
vinho, e o apresentou à Casa do SENHOR (como oferta de agradecimento) [...]”,
1Sm.1.24.
Apesar
de “Elcana ter duas mulheres (ainda
assim era um homem de Deus ou deixamos de ser servos de Deus por causa dos
nossos pecados? Lembra de Davi?) [...] uma (das mulheres) se chamava Ana
(graça, favor), e a outra, Penina (joia – apesar desse significado, quando)
“[...] Ana subia à Casa do SENHOR [...] Penina (joia) a irritava [...]”,
1Sm.1.7 (porque) Penina (joia) tinha filhos; Ana, porém, não os tinha”,
1Sm.1.2.
A
família de “[...] Elcana subia da sua
cidade de ano em ano a adorar e a sacrificar ao SENHOR dos Exércitos, em Siló
[...]”, 1Sm.1.3, porém, desestruturada e confusa emocionalmente.
Por
causa desse problema dentro de casa, Elcana procurava tratar das crises dentro
do seu lar.
Onde
se encontra a [...]
III – Origem das crises (do
seu lar?).
O
próprio pecado por si só já é um grande potencializador de crises e disso nem o
homem nem mulher escapam, pois “não há
homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque”, Ec.7.20.
Existem
algumas situações, sentimentos, atitudes que geram e ou intensificam as crises
em nosso meio.
Havia
na vida de Elcana algo que alimentava em muito a crise em seu relacionamento
matrimonial [...]
a.
A poligamia (mais de dois cônjuges).
Quantos
cônjuges você tem?
Ao
falar sobre o pecado, pensamos apenas na prática.
Não
precisa ter mais um cônjuge fisicamente, basta apenas “[...] olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já
adulterou com ela”, Mt.5.28.
Elcana
enfrentava problemas por causa do seu relacionamento poligâmico.
Esta
“[...] rivalidade (importunar, apertar,
oprimir acontecia) dentro de casa (vizinha/o, quando Penina - Joia) [...] provocava
Ana excessivamente (a ponto de deixá-la) [...] irritada (enfurecida. Tudo isso
acontecia porque) [...] o SENHOR lhe havia cerrado a madre [...]”,
1Sm.1.6.
Muitas
vezes irritamos as pessoas porque Deus as trouxe a este mundo com necessidades especiais
– defeitos físicos, gagueira, estrábico, pecados.
A
verdade é que o pecado afetou o padrão criado por Deus para os relacionamentos
humanos.
O
primeiro relacionamento poligâmico, abusando da instituição do casamento, foi “Lameque (que) tomou para si duas esposas
[...]”, Gn.4.19.
Esse
abuso se alastrou e foi transformado numa questão cultural, embora continuasse
sendo pecaminoso.
Era
e ainda é tolerado “[...] por causa da
dureza do nosso coração [...] (daí, a consequência afeta toda a família, pois) não
foi assim desde o princípio”, Mt.19.8.
Na
época de Moisés, a lei determinou que, quando “[...]
um homem tiver duas mulheres, uma a quem ama e outra a quem aborrece, e uma e
outra lhe derem filhos, e o primogênito for da aborrecida, no dia em que fizer
herdar a seus filhos aquilo que possuir, não poderá dar a primogenitura ao
filho da amada, preferindo-o ao filho da aborrecida, que é o primogênito. Mas
ao filho da aborrecida reconhecerá por primogênito, dando-lhe dobrada porção de
tudo quanto possuir, porquanto aquele é o primogênito do seu vigor; o direito
da primogenitura é dele”, Dt.21.15-17.
Brigas
surgem quando existem filhos fora do casamento na época da partilha da herança.
É
preciso lembrar que o padrão de Deus para o casamento sempre foi de “[...] o homem deixar pai e mãe e se unir à
sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”, Gn.2.24.
Qual
é a sua decisão a esse respeito de cônjuges?
Querendo
continuar, pode, mas haverá [...]
b.
Frustração (falhar, fracassar, destruir).
Ana
desejava ser mãe, mas “[...] o SENHOR
lhe havia cerrado a madre (para não ter filhos [...]”, 1Sm.1.6, por este
motivo ela se sentia fracassada, destruída.
A
pressão não é apenas de Penina – Joia, mas também da sociedade de sua época.
Mulheres que não geravam filhos podiam ser abandonadas ou devolvidas aos seus
pais. Eram consideradas rejeitadas ou amaldiçoadas por Deus.
Diante
dessa frustração, todo “[...] ano [...]
(quando) Elcana subia à Casa do SENHOR [...] Penina (Joia) [...] irritava Ana;
pelo que chorava e não comia”, 1Sm.1.7.
Você
tem a experiência de ser molestado, chateado, aborrecido momento antes de vir
para a igreja?
A
frustração que enfrentamos neste mundo pode nos erguer ou nos derrotar.
“Ana (não se deixou abater. Ela tomou uma
atitude correta) levantou-se [...] e, com amargura (tristeza, ressentimento,
angústia) de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente (a única solução que
podemos tomar em momentos de crise)”, 1Sm.1.10.
Mas,
quando começamos a orar, parece que a situação não melhora e outro aparece para
tentar nos desestimular.
Assim
que “[...] Ana (chegou em Siló (lugar
provisório da Arca, lugar de culto) só no coração falava; seus lábios se
moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso, Eli a teve por embriagada
(mais frustração, fracasso, acusação) e lhe disse: Até quando estarás tu
embriagada? Aparta de ti esse vinho!”, 1Sm.1.13,14.
Na
igreja, crentes antigos parecem não desejar que outros frequentem quando
começam a reclamar do seu jeito de se comportar – acolha o visitante.
A
“[...] resposta (de) Ana (eu e você)
(para os dirigentes da igreja ou mesmo para Deus é que) [...] somos [...] atribulados
de espírito (devido alguém da família nos deixar angustiados, por isso, podemos
afirmar que) [...] não bebemos nem vinho nem bebida forte; porém viemos derramar
a nossa alma perante o SENHOR (a igreja serve para acolher os feridos)”,
1Sm.1.15.
A
frustração piora quando você é considerado pelos outros como “[...] filho de Belial (má índole, sem valor,
diabólico. Essa acusação é feita por aqueles que estão dentro da igreja e não
perguntamos se o problema que a pessoa enfrenta é) [...] pelo excesso da sua ansiedade
e da sua aflição (dentro de casa ou no trabalho) [...]”, 1Sm.1.16.
A
advertência de Jesus é que nem eu e nem você podemos “[...] julgar [...] (para) não ser julgado; não condenar (para)
[...] não ser condenado; perdoai e sereis perdoados”, Lc.6.37.
Tristeza
gerava mais tristeza, pois “[...]
Elcana, [...] marido (de) Ana, lhe dizia: por que choras? E por que não comes?
E por que estás de coração triste? Não te sou eu melhor do que dez filhos?”,
1Sm.1.8.
Devemos
saber que, quando existe frustração, falha, fracasso, destruição em algum
membro da família, tal como fala o apóstolo Paulo de “[...] que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um
deles é honrado, com ele todos se regozijam”, 1Co.12.26.
A
crise pode acontecer quando imaginamos [...]
c.
A projeção.
Projetar
ou imaginar um ideal no cônjuge ou considerar que somos ideais para ele é mais
um erro que gera crises em nossos relacionamentos.
Queremos
que o cônjuge seja e aja segundo o que achamos que ele deveria ser ou fazer –
mais companheiro/a, carinhoso/a, atencioso/a, cheiroso/a, amigo/a, elegante,
sorridente, trabalhador com a finalidade de ele me fazer feliz.
Achamos
que somos a pessoa certa para ele/a.
“[...] Ana (sofria porque achava que se
engravidasse, tornaria Elcana mais feliz. Mas, ela esqueceu) [...] que o SENHOR
a [...] deixou estéril”, 1Sm.1.5.
Também
“[...] Elcana, seu marido [...] (pensava)
que [...] (“[...] dando porção dupla [...] (presentes e) amando (o meu amor
vale mais que o seu) [...]”, 1Sm.1.5 era suficiente e podia acabar com o
sofrimento da esposa) [...]”, 1Sm.1.8.
Pensamos
erradamente que, só pelo motivo de se preocupar que o outro “[...] não comes [...] (ou) por que (percebemos
que o seu) coração está triste (ou que) [...] somos [...] melhor do que dez
filhos (família de origem) [...]”, 1Sm.1.8, o outro não vai sofrer.
Não
podemos planejar o futuro do outro. Não sabemos o que se passa em seu coração.
Somente o pode “SENHOR [...] sondar e [...]
conhecer. (Ele) sabe quando nos assentamos e quando nos levantamos; de longe
penetra o nosso pensamentos”, Sl.139.1,2.
É
preciso levar em consideração os sentimentos, anseios e temperamentos um do
outro, sempre respeitando e tratando com zelo e gentileza as características
particulares de ambos, para não cair no erro de criar projetar enganosas e
danosas para o nosso relacionamento.
Ao
enfrentar qualquer problema no relacionamento, precisamos saber quais [...]
IV – Atitudes (devemos tomar) diante
das crises.
O
casamento é uma ideia de Deus e não do homem.
Quando
Elcana enfrentou em sua família crises, ele procurou encontrar atitudes para
superar e transformar o seu relacionamento.
a.
Elcana amava Ana.
No
relacionamento matrimonial o marido tem o dever de “[...] amar a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeitar
ao marido”, Ef.5.33 e “[...] as
jovens recém-casadas (precisam) [...] amar ao marido [...]”, Tt.2.4.
A
fim de superar as crises no relacionamento, “[...]
Elcana [...] amava [...] (e) dava porção dupla (presentes, honra) (para) Ana
[...]”, 1Sm.1.5.
Isso
não quer dizer que dando presentes ou respeitando irá suprir a falta de amor.
Elcana
amava com abnegação, pois Ana não tinha nada para oferecer, “[...] mesmo que o SENHOR a houvesse deixado
estéril”, 1Sm.1.5.
Elcana
tinha até motivo para se aborrecer da sua esposa, pois “Ana se levantava [...] com amargura de alma (tristeza, semblante
cerrado, dizendo ser infeliz, renegada e rejeitada) [...]”, 1Sm.1.10,
mas “[...] Elcana [...] a amava [...]”,
1Sm.1.5.
Esse
homem não apenas amava [...]
b.
Elcana conduzia sua família em uma vida de comunhão com Deus.
Muitas
famílias “[...] estão sendo destruídas,
porque lhe falta o conhecimento. Porque [...] (o pai) rejeita o conhecimento
[...] esquece da lei de [...] Deus [...]”, Os.4.6.
Elcana
tinha o compromisso de “três vezes no
ano celebrar festa (ao) Senhor”, Ex.23.14.
Ele
“guardava a Festa dos Pães Asmos
(libertação) [...] como [...] ordenado [...] porque nele (o povo) saiu do Egito
[...]”, Ex.23.15.
“Guardava a Festa da Sega (colheita), dos
primeiros frutos do [...] trabalho (para agradecer a Deus) [...] e a Festa da Colheita,
à saída do ano, quando recolheres do campo o fruto do teu trabalho”,
Ex.23.16.
Era
obrigação e Elcana levava a sua família “três
vezes no ano (Páscoa, Colheita e Tabernáculo) [...] diante do SENHOR Deus”,
Ex.23.17.
Não
era apenas religiosidade, não aparecia na igreja apenas para cumprir a
obrigação, mas “no dia em que Elcana
oferecia o seu sacrifício (cada um recebia a sua) [...] porção [...] Penina (Joia),
sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas”, 1Sm.1.4 para que todos
pudessem aprender a ter comunhão com Deus.
O
texto fala que “a Ana, porém, (Elcana) dava
porção dupla [...]”, 1Sm.1.5 para lhe mostrar que o servir a Deus é mais
importante que as coisas deste mundo.
O
modo de Elcana instruir a sua família era aprender e conhecer “estas palavras que [...] Deus ordenou estar no
[...] coração; (a fim de fazer) [...] inculcar a seus filhos, e delas falar
assentado em sua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar, e ao levantar”,
Dt.6.6,7.
Você
conduz a sua família a Deus ou para você não faz diferença?
Quando
os cônjuges procuram administrar as crises fica mais fácil [...]
c.
Ana (a mulher ser) era submissa a Elcana.
Lembrar
que submissão não é ficar debaixo dos pés do marido e nem se sujeitar aos maus
tratos.
A
Bíblia fala que “as mulheres sejam
submissas (obedecer, render-se ao conselho, submeter ao controle) ao seu
próprio marido, como ao Senhor”, Ef.5.22.
Apesar
de todo transtorno que Ana sofria, principalmente, quando “[...] a outra, Penina (joia) [...] a irritava
[...]”, 1Sm.1.2 e a entristecia, ela nunca se esquivou de seguir o seu
marido.
Em
nenhum momento o relato bíblico aponta que Ana tenha culpado Elcana ou o
culpado pela sua situação.
O
que ouvimos em nossos dias? “Você é o culpado de eu estar assim, você acabou
com a minha vida, não sei por que eu casei com você”.
Embora
sendo uma mulher abatida, sofrida, perseguida, angustiada, “Ana demorava na oração perante o SENHOR [...]”,
1Sm.1.12;
“[...] Ana (soube) orar e dizer (que) [...] o
seu coração se regozijava no SENHOR, a sua força estava exaltada no SENHOR; a sua
boca se ria dos seus inimigos, porquanto se alegrava na [...] salvação (do)
SENHOR”, 1Sm.2.1;
Apesar
da crise em família, Ana achava tempo para “[...]
comer e beber em Siló (confraternizar) [...] junto [...] (ao) templo do SENHOR”,
1Sm.1.9 com os irmãos;
Diante
de tanta aflição causada por outros em sua vida, Ana buscava uma palavra amiga
do sumo sacerdote “[...] Eli [...] (para
depois ouvir dos lábios do sacerdote:) Vai-te em paz, e o Deus de Israel te
conceda a petição que lhe fizeste”, 1Sm.1.17;
Mesmo
enfrentando dificuldades neste mundo, podemos aprender com Ana tomar o “[...] caminho (de volta para casa; lugar de
conflitos, crises, dificuldades, brigas, voltar com) [...] o semblante (rosto
sem) [...] tristeza”, 1Sm.1.18;
Pode
ser por este motivo que, na oração de Ana, ela declara: “Não multipliqueis palavras de orgulho, nem
saiam coisas arrogantes da sua boca; porque o SENHOR é o Deus da sabedoria e
pesa todos os feitos na balança”, 1Sm.2.3.
“[...] Mulheres [...] (vocês) são submissas (obedece,
render-se ao conselho, submete ao controle) ao seu próprio marido, como ao
Senhor (?)”, Ef.5.22.
Conclusão: Como está o
nosso relacionamento em família?
Como
enfrentamos as crises do dia a dia – Deixando para depois, não conversando
sobre o assunto, fazendo inimizade com todos?
Lembre-se
de que podemos “irar e não pecar; não
se ponha o sol sobre a sua ira”, Ef.4.26. Precisamos reconhecer as origens das nossas crises (o
pecado, e sempre o pecado), saber lidar com cada uma delas (pautar nossa vida
segundo o padrão bíblico) e “entregar o
nosso caminho ao SENHOR, confiar nele, e o mais ele fará”, Sl.37.5.
Após
as crises enfrentadas por Ana, ela conseguiu vitória quando:
“Ela concebeu e, passado o devido tempo, teve
um filho, a que chamou Samuel, pois dizia: Do SENHOR o pedi (com lágrimas)”,
1Sm.1.20 – não podemos deixar de orar;
Após
o nascimento de Samuel, “Ana [...] (resolveu)
não subir e (submissa) disse a seu marido: Quando for o menino desmamado,
levá-lo-ei para ser apresentado perante o SENHOR e para lá ficar para sempre”,
1Sm.1.22 – filhos não são nossos, são de Deus; Ele faz o que bem deseja sobre
todos nós;
Ana
saiu vitoriosa quando “[...] Elcana,
seu marido [...] (depois de ouvir as explicações de sua esposa – submissa, de
não ir para a festa, ele concordou que ela) fizesse o que melhor (lhe) [...]
agradasse; ficando até que [...] desmamasse (Samuel, mas ele não deixou de pedir
a confirmação de Deus ao dizer:) tão somente confirme o SENHOR a sua palavra.
Assim, ficou a mulher e criou o filho ao peito, até que o desmamou”,
1Sm.1.23 – comunicação, diálogo – tudo o que é tratado não fica caro; Ana e
Elcana se entenderam;
Ana
se sentiu abençoada na crise quando foi à Siló “imolar
o novilho (culto) e trouxeram o menino a Eli”, 1Sm.1.25 cumprindo o voto
“[...] dizendo [...] Ah! Meu senhor,
tão certo como vives, eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, orando ao
SENHOR (e não fazendo campanhas). Por este menino orava eu; e o SENHOR me
concedeu a petição que eu lhe fizera”, 1Sm.1.26,27.
Ana e
Elcana, vivendo em meio às crises, tiveram condições de “[...] devolver ao SENHOR (não somente o
Samuel, mas todos os seus problemas, angústias, aflições, brigas, intrigas),
por todos os dias que viveram; pois do SENHOR o pedi (exceto as dificuldades,
mas elas veem e vão). E eles adoraram ali o SENHOR”, 1Sm.1.28 pelas
muitas bênçãos recebidas.
Aplicação: Faça um
autoexame para encontrar em você erros, problemas que estejam influenciando os
atritos em seu relacionamento;
Procure
entender os sentimentos um do outro;
Busque
uma vida espiritual mais intensa e verdadeira e “confia
os teus cuidados ao SENHOR, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja
abalado”, Sl.55.22.
Todos
nós podemos ser abençoados em meio às crises.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Nossa fé – Casais da Bíblia – CCC –
Rev. José Antônio de Góes Filho.
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