sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Lc.4.1-13 - A TENTAÇÃO DE CRISTO.

A TENTAÇÃO DE CRISTO, Lc.4.1-13.

Introdução:    Assim como Jesus foi tentado pelos Diabo, nós também somos tentados, portanto, devemos “vigiar e orar, para que não entremos em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”, Mt.26.41.
1 – Diferenças entre os sinóticos (parecidos).
            Os três evangelhos registram a tentação de Jesus, Marcos não trás detalhes.
            A ordem da narrativa de Mateus:
a)      [...] Manda que esta pedra se transforme em pães”, Mt.4.3.
b)      [...] Colocou-o sobre o pináculo do templo [...]”, Mt.4.5 “[...] Se és Filho de Deus, atira-te abaixo [...]”, Mt.4.6.
c)      Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostro-lhe todos os reinos [...]”, Mt.4.8 “[...] disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”, Mt.4.9.
Em Lucas a ordem é diferente: a) “[...] Manda que esta pedra se transforme em pão”, Lc.4.3; b) “[...] Dar-te-ei toda esta autoridade [...]”, Lc.4.6 “[...] se prostrado me adorares [...]”, Lc.4.7; c) “[...] Se és o Filho de Deus, atira-te daqui (pináculo) abaixo”, Lc.4.9.
            A única diferença é a ordem, mas as três tentações são apresentadas.
2 – O contexto.
            Tanto Mateus como Lucas falam sobre a tentação de Jesus após o batismo.
            “[...] O [...] batismo [...] (de) Jesus [...] (deu início ao Seu ministério com o) [...] Espírito Santo descendo sobre ele em forma corpórea como pomba [...]”, Lc.3.21,22.
            Mateus e Lucas registram que a “[...] voz [...] (do Pai) diz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”, Mt.3.17; Lc.3.22.
            Por duas vezes Satanás usa essas palavras na tentação, “[...] Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”, Lc.4.3.
            “[...] Se és o Filho de Deus, atira-te daqui abaixo”, Lc.4.9.
            No momento do batismo é afirmada a Divina filiação de Jesus que Satanás pretende distorcer.
            Antes de falar da tentação Lucas fala da genealogia de Cristo até Adão – escreveu para os gentios – prova a humanidade de Cristo, Lc.3.38.
            A genealogia de Mateus, escrita para o povo judeu, apresenta “[...] Jesus Cristo [...] (como) filho de Abraão”, Mt.1.1.
            É a partir desse momento que começa a tentação de Jesus.
3 – A realidade da tentação.
            A tentação de Jesus é real para você ou é uma fábula?
            Não importa a sua opinião, “[...] Deus não pode ser tentado pelo mal [...]”, Tg.1.13.
            Jesus era igual a nós.
            A Bíblia prova a humanidade de Cristo apresentando-O como “[...] tendo fome”, Mc.11.12; “[...] sede [...]”, Jo.19.28; “[...] cansado da viagem [...]”, Jo.4.6; “[...] dormindo sobre o travesseiro [...]”, Mc.4.38.
            Jesus sendo homem “[...] foi [...] tentado (externamente e não internamente) em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”, Hb.4.15.
            Outra característica humana de Jesus é que ele ficava “condoído (compaixão das pessoas) [...]”, Mt.20.34.
            “[...] algumas crianças [...] (levadas a Ele) para que lhes impusesse as mãos e orasse [...]”, Mt.19.13.
            Muitas vezes Ele ficou “[...] angustiado [...]”, Lc.12.50.
            Por causa dessa humanidade de Jesus que “[...] o diabo (fez a proposta de tentação): Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”, Lc.4.3.
            Qual foi a resposta? “[...] Não só de pão viverá o homem”, Lc.4.4.
            Jesus “[...] foi [...] tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”, Hb.4.15.
4 – Narrativa.
            Após o batismo “Jesus, cheio do Espírito Santo [...] foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto”, Lc.4.1.
            Jesus ficou “[...] quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome”, Lc.4.2.
            A – A primeira tentação põe em dúvida o poder de Deus sustentar o homem que passa fome.
            Jesus estava com fome, “[...] o diabo (aproveitou dessa fraqueza para tentar o Filho de Deus): Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”, Lc.4.3.
            A conjunção “[...] se [...]”, Lc.4.3 usado pelo diabo é retórico (falar bem para convencer), ele tinha certeza que Jesus é de fato “[...] Filho de Deus [...]”, Lc.4.3.
            Satanás queria colocar dúvida em Jesus a respeito da providência do Pai ao dizer: “Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir [pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir] um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra?”, Lc.11.11.
            Como resposta, Jesus usa a Palavra de Deus: “[...] Não só de pão viverá o homem”, Lc.4.4 usa Dt.8.3.
            O servo de Deus depende do sustento do criador; seja de alimento ou outra coisa qualquer.
            B – A segunda tentação sugere:
            “[...] Dar [...] autoridade e a glória [...]”, Lc.4.6 de “[...] todos os reinos (nações) do mundo”, Lc.4.5 para Jesus.
            A desculpa de que a “[...] autoridade (dos) reinos [...] foi entregue ao diabo (e que por isso) [...] dava a quem ele quisesse”, Lc.4.6.
            Satanás tem autoridade sobre as nações? Ele é mentiroso, Jo.8.44; “[...] Jesus (é que tem) autoridade sobre espíritos imundos [...]”, Mt.10.1.
            “Jesus [...] tem toda a autoridade [...] no céu e na terra”, Mt.28.18.
            O desejo do diabo era que Jesus “[...] prostrado o adorasse [...]”, Lc.4.7.
            “Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto”, Lc.4.8.
            O que o diabo faz neste mundo é “[...] atuar (controla, ajuda) nos filhos da desobediência”, Ef.2.2.
            “[...] O mundo inteiro jaz (debaixo) no Maligno”, 1Jo.5.19.
            Deus não deu nada para o diabo, “tudo [...] foi entregue a Jesus [...] (pelo) Pai [...]”, Mt.11.27.
            Somente Jesus tem poder para “[...] despojar os principados e as potestades, publicamente os expondo ao desprezo, triunfando deles na cruz”, Cl.2.15.
            Essa vitória de Jesus era certa devido a profecia, pois Ele “[...] será exaltado e elevado [...]”, Is.52.13.
            Antes dessa vitória foi preciso Jesus ser “[...] desfigurado, mais do que o de outro qualquer [...]”, Is.52.14.
            “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso”, Is.53.3.
            Chegou a ponto de pedir: “[...] Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”, Mt.26.39.
            O diabo sugeriu que Jesus não passasse pela cruz a fim de ser adorado, mas Jesus usa Dt.6.13: “[...] Ao Senhor, teu Deus, adorarás [...]”, Lc.4.8.
            C – Na terceira tentação Jesus é induzido a testar a sua confiança.
            “[...] O levou a Jerusalém, e o colocou sobre pináculo do templo (dizendo:) [...] Se és o Filho de Deus, atira-te daqui abaixo”, Lc.4.9.
            A desculpa do inimigo: “[...] Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem”, Lc.4.10.
            “e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra”, Lc.4.11.
            Conversas idiotas em que as pessoas pedem para provar que confiamos em Deus.
            Jesus mais uma vez contra-ataca com a Palavra de Deus: “[...] Não tentarás o Senhor, teu Deus”, Lc.4.12 citando Dt.6.16 quando Israel estava para possuir a terra prometida.
            Não tem necessidade de provar que confiamos ou não em Deus, “pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá”, Sl.1.6.
            Jesus venceu as tentações porque usou a Palavra de Deus. É por isso         que, “passadas que foram as tentações de toda sorte, apartou-se dele o diabo, até momento oportuno”, Lc.4.13.
5 – A tentação de Cristo e as nossas tentações
            A – Lições sobre a tentação.
            1 – Deus permite a tentação.
            Mas “[...] Deus é fiel e não permitirá que sejamos tentados além das nossas forças [...]”, 1Co.10.13.
            “Jesus, cheio do Espírito Santo [...] foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto”, Lc.4.1.

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            Jesus sendo Filho de Deus não foi poupado da tentação, nós não somos melhores, por isso a ordem é: “Vigiar e orar, para que não entremos em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”, Mc.14.38.
            Pede: “E não nos deixes cair em tentação [...]”, Mt.6.13.
            Deus não vai te deixar desamparado, pois, “[...] juntamente com a tentação, nos proverá livramento, de sorte que a possamos suportar”, 1Co.10.13.
            2 – A astúcia do inimigo.
            Você vai passar necessidade - “[...] fome”, Lc.4.2.
            Você terá fama - “[...] autoridade e a glória destes reinos [...]”, Lc.4.6.
            Você vai sofrer no futuro - “[...] atira-te daqui abaixo”, Lc.4.9.
            Para colocar medo, Satanás afirmou uma verdade usando textos isolados, você “[...] é [...] Filho de Deus [...]”, Lc.4.3 e “[...] atira [...] anjos [...] te guardam”, Lc.4.9,10.
            O diabo promete algo que não lhe pertence: “[...] Dar-te-ei [...] (os) reinos [...]”, Lc.4.6. 
            O inimigo arma ciladas, “[...] como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim [...] (ele insiste para que) seja corrompida a nossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo”, 2Co.11.3.
            A atitude do cristão deve ser de “revestir de toda a armadura de Deus, para podermos ficar firmes contra as ciladas do diabo”, Ef.6.11.
            Todo cuidado é pouco, “[...] porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz”, 2Co.11.14.
            3 – A importância da revelação escrita.

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            Jesus usou apenas textos da Palavra de Deus: “[...] Está escrito: Não só de pão viverá o homem”, Lc.4.4.
            “[...] Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto”, Lc.4.8.
            “[...] Dito está: Não tentarás o Senhor, teu Deus”, Lc.4.12.
            A Palavra de Deus é instrumento para a batalha espiritual; “[...] capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”, Ef.6.17.
            A “Palavra (quando) Guardada no coração [...] (evita) pecar contra o Senhor”, Sl.119.11.
            B – A identificação.
            “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”, 2Co.5.21.
            A obra de Jesus foi completa em nosso lugar, foi tentado, sofreu e morreu, por isso “[...] ele [...] é poderoso para socorrer os que são tentados”, Hb.2.18.
            Esse sofrimento humano irá acabar quando Jesus “[...] enxugar dos olhos toda lágrima, e a morte já não existir, [...] não houver luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”, Ap.21.4.
Conclusão:     Enquanto eu e você vivermos neste mundo, seremos tentados; não brinca com o inimigo e nem com a aparência do mal.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana da Revista da Escola Dominical – Esxpressão – A vida de Jesus – CCC. 

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