A REVELAÇÃO DA ALIANÇA, Hb.1.1-4.
Introdução.
Deus sempre se revelou ao homem e “nestes últimos
dias, nos fala pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas [...]”, Hb.1.2.
A mensagem é transmitida através de
Jesus porque Ele “[...] é o Verbo, e o Verbo está com Deus, e o Verbo é Deus”, Jo.1.1.
A Bíblia é a revelação de Deus de si
mesmo, do seu reino, da aliança e da salvação, portanto, devemos lê-la e
meditar sobre ela diariamente.
Deus não tem obrigação de se revelar
a nós, faz por amor.
Quando “[...] Deus,
outrora, falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas”, Hb.1.1 o autor de Hebreus nos conduz para
o V.T. onde Deus usou profetas, sacerdotes, reis, homens do campo, pastores de
ovelhas para entregar a mensagem da salvação ao seu povo.
E ao falar “nestes últimos dias
[...]”, Hb.1.2, somos
transportados para o período do N.T. desde o nascimento de Jesus Cristo até os “[...] últimos dias
[...] (nos quais) sobrevirão tempos difíceis”, 2Tm.3.1, o qual marca o nosso atual período de tempo de salvação que
os profetas predisseram.
Sobre
esse assunto Moisés afirmou: “quando
estiveres em angústia [...] nos últimos dias, e te voltares para o SENHOR, teu
Deus, e lhe atenderes a voz, então, o SENHOR, teu Deus, não te desamparará [...]”, Dt.4.30,31.
Isaías declarou que “nos últimos dias,
acontecerá que (a) [...] Casa do SENHOR será estabelecida [...] e para (ela)
afluirão todos os povos”, Is.2.2.
E Paulo falando sobre os
acontecimentos do V.T. que serviram de “[...] exemplo (para nós) e foram escritos
para advertência nossa [...] sobre quem os fins dos séculos têm chegado”, 1Co.10.11.
O texto básico fala que a revelação
de “[...]
Deus (fora) de muitas maneiras [...]”, Hb.1.1 por meio de visões, sonhos e enigmas (segredo).
Ao falar “[...] pelos
profetas”, Hb.1.1 Deus mostra
que o sistema sacrificial não podia eliminar a culpa pelo pecado, eis então o
motivo de “nestes
últimos dias, (Deus) nos falar pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas
as coisas, pelo qual também fez o universo”, Hb.1.2.
É somente através de Jesus Cristo
que [...]
1 - Deus revela a si mesmo.
Todos nós sabemos que “[...] Deus fez o
homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias”, Ec.7.29, daí, desde a queda Deus utilizou a fala para se comunicar
com o homem “[...]
perguntando: Onde estás?”,
Gn.3.9.
Após o pecado, todos os homens “[...] estavam
mortos nos [...] delitos e pecados (foi preciso) Deus nos dá vida”, Ef.2.1.
A fala foi o instrumento mais
natural e próximo do nosso entendimento que Deus usou para transmitir a sua
verdade.
Desde o V.T. o próprio Deus inclinou-se
de sua majestade e “[...]
desceu lá do céu, a saber, o Filho do Homem [que está no céu]”, Jo.3.13 para se revelar e
manifestar o principal propósito de seu plano a seu povo.
Na revelação sabemos quem é esse “[...] Deus; o
SENHOR (que) [...] nos escolheu, para que lhe fôssemos o seu povo próprio, de
todos os povos que há sobre a terra”,
Dt.7.6.
Através da revelação sabemos que “[...] todos (nós)
pecamos e carecemos da glória de Deus”, Rm.3.23.
Essa é a nossa situação após a
queda, morte, mas após a “justificação [...] mediante a fé, temos Paz com Deus
por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1.
É preciso aceitar que somente “Deus (é que pode) nos
libertar do império das trevas e nos transportar para o reino do Filho do seu
amor”, Cl.1.13.
Após Deus oferecer libertação para o
homem, é possível compreender a criação de todas as coisas, a queda, o plano de
salvar o seu povo e a perseguição que Jesus e o seu povo sofrem.
É através da Bíblia que Deus promete
“dar-nos
um só coração, espírito novo por dentro de nós; tirar da nossa carne o coração
de pedra e nos dar coração de carne”,
Ez.11.19.
O profeta Isaías faz uma pergunta
que é repetida por Jesus: “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o
braço do SENHOR?”, Is.53.1.
Tudo que precisamos saber acerca de
Deus e de nós mesmos está revelado nas Escrituras e Jesus responde: “[...] quem ouve a
palavra (de) Jesus e crê (no) Pai que o enviou tem a vida eterna [...]”, Jo.5.24.
O crente tem facilidade para crê nas
promessas de Deus, nos ensinos dos valores cristãos e na obediência que deve
prestar a Jesus Cristo.
A Confissão de Fé de Westminster
declara: “Todo
o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele
e para a salvação do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode
ser lógica e claramente deduzido dela” e “Na
Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo
evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e
observadas para a salvação, em uma ou outra passagem da Escritura são tão
claramente expostas e aplicadas, que não só os doutos, mas os indoutros, no
devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente compreensão
delas”.
Sobre a revelação de Deus Jesus
declara: “Examinais
as Escrituras [...] elas mesmas que testificam de mim”, Jo.5.39 e ainda, Deus mostrou “[...] o seu eterno
poder, como também a sua própria divindade [...]”, Rm.1.20.
A respeito da adoração Deus é
exclusivista e exige “não fazer para nós imagem de escultura, nem semelhança alguma do
que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”, Dt.5.9.
Ao saber que Deus revela-se a si
mesmo na Escritura Sagrada, precisamos de nos “[...] gloriar nisso: em conhecer Deus e saber
que ele é o SENHOR [...]”,
Jr.9.24.
Através
de Jesus [...]
2 – Deus revela seu reino.
Sendo “[...] Jesus [...]
herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo”, Hb.1.2 o reino de Deus é revelado através
dele.
Cristo reúne toda a forma de
revelação de Deus, sendo “Ele [...] o resplendor (brilha) da glória e a
expressão exata (semelhança perfeita) do seu Ser [...]”, Hb.1.3.
É através de “[...] Jesus (que)
toda a plenitude reside”,
Cl.1.19 “[...]
a imagem do Deus invisível, o primogênito (superior) de toda a criação”, Cl.1.15.
A pregação revelacional sempre foi
para mostrar o reino de Deus, constituído não de códigos humanos, mas de
princípios espirituais.
O reino de Deus não era, como
queriam os judeus, físico ou político, mas espiritual, em Cristo.
A necessidade do homem era ocupar os
lugares políticos no reino humano, como desejou Tiago e João se “[...] assentar um à
direita e o outro à esquerda (de) Jesus na glória”, Mc.10.37.
O principal desejo de “Deus (é) nos libertar
do império das trevas e nos transportar para o reino do Filho do seu amor”, Cl.1.13.
Ao revelar o seu reino, Deus deseja
que todos compreendam que ele dirige a história de modo a “[...] fazer
convergir (em) Jesus [...] todas as coisas, tanto as do céu como as da terra”, Ef.1.10.
O
projeto de Deus revelar o seu reino é “[...] purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente
seu, zeloso de boas obras”,
Tt.2.14 para vencer contra o inimigo.
Os crentes do A.T. tinham a
compreensão de um “[...] coração [...] humilhado perante o SENHOR [...]”, 2Rs.22.19 para percorrer o caminho para conhecer
o reino de Deus.
O salmista reconhece que “o SENHOR reina
[...] (que) desde a antiguidade, está firme o trono (de) Deus [...] desde a
eternidade”, Sl.93.1,2.
Para revelar o reino, Deus concedeu a
Jesus “[...]
toda a autoridade [...] no céu e na terra”, Mt.28.18.
A revelação do reino é feita através
de “[...]
Jesus [...] (porque) ele fez a purificação dos pecados, assentou-se à direita
da Majestade, nas alturas”,
Hb.1.3.
Essa revelação é somente para
mostrar que “[...]
Deus exaltou Jesus [...] e lhe deu o nome que está acima de todo nome”, Fp.2.9.
E no dia final, no retorno de Cristo,
“[...]
ao nome de Jesus se dobrará todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra”, Fp.2.10.
Nesse dia Jesus dará um fim
vergonhoso a todos os que se opuseram ao seu reinado neste mundo “e toda língua
confessará que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”, Fp.2.11.
Para muitos já não haverá mais
oportunidade de salvação porque “[...] virá o fim, quando Jesus entregar o reino ao
Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e
poder”, 1Co.15.24.
Por meio de Jesus [...]
Enquanto esse dia não chega, podemos
reconhecer e aceitar a revelação do reino de Deus, “porque convém que Jesus
reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés”, 1Co.15.25.
3 – Deus revela sua aliança.
Deus prometeu salvar eternamente o
seu povo “[...]
por meio de sofrimento, o Autor da salvação (do seu) povo”, Hb.2.10.
Certa vez Jesus garantiu que “Ele nos dá a vida
eterna; jamais pereceremos, e ninguém (nos) [...] arrebatará da sua mão”, Jo.10.28.
Temos essa garantia devido a “[...] morte (de)
Jesus, destruir aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo”, Hb.2.14.
Desde o início Deus se revelou no
relacionamento com o homem para “[...] os abençoar [...]”, Gn.1.28.
No decorrer da história Deus revela a
intenção no plano redentor, tornar cada vez mais o “[...] povo santo ao
SENHOR [...] para que lhe [...] (seja) o seu povo próprio, de todos os povos
que há sobre a terra”, Dt.7.6 –
A escolha é de Deus; não interferimos.
A revelação da aliança nos mostra
que “[...]
o SENHOR não teve afeição (amor), nem nos escolheu porque fôssemos mais
numerosos do que qualquer povo, pois éramos o menor de todos os povos, mas
porque o SENHOR nos amava e, para guardar o juramento que fizera com nossos
pais [...]”, Dt.7.7.
A revelação da aliança é perfeita
porque a “[...]
escolha (do homem perdido aconteceu em) Jesus, antes da fundação do mundo [...]”, Ef.1.4.
Na
revelação da aliança Deus ordena o homem “[...] dá ouvido à sua voz, e ele será o nosso Deus,
e nós seremos o seu povo [...]”,
Jr.7.23. E o livro da revelação
declara: “[...]
Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão
povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles”, Ap.21.3.
Por meio de Jesus [...]
4 – Deus revela sua salvação.
Após Deus revelar a si mesmo, o
reino e a sua aliança com o seu povo, Ele declara a salvação dos eleitos.
O projeto de Deus foi de libertar o
seu povo da escravidão dos “[...] egípcios (quando) Moisés (anunciou) o
livramento do SENHOR [...]”,
Ex.14.13.
Deus projetou libertar o seu povo do
cativeiro babilônico anunciando-lhes que “[...] a sua justiça durará para sempre, e a
sua salvação, para todas as gerações”, Is.51.8.
Deus revela a salvação das
tribulações pessoais criadas por nosso próprio coração, em razão de nossa
pecaminosidade, por este motivo a “[...] nossa alma tem sede de Deus, do Deus vivo
[...]”, Sl.42.2.
O ponto culminante do projeto de
Deus é que todos os seus filhos “[...] preguem [...] a palavra de Cristo (com o
desejo de que) a fé venha pela pregação [...]”, Rm.10.17.
Para proclamar a revelação da
salvação, Deus, através do Espírito Santo, “[...] nos reconciliou consigo mesmo por meio
de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação”, 2Co.5.18 para levar outros homens a Cristo.
O
Catecismo Maior de Westminster – pergunta/resposta 32, apresenta o plano de
salvação – “A graça de Deus se
manifesta no segundo pacto em que ele (Deus), livremente, provê e oferece aos pecadores
um Mediador, a vida e a salvação por meio dele, exigindo a fé como condição de
interessá-los nele, promete e dá seu Espírito Santo a todos os seus eleitos,
para neles operar essa fé, com todas as demais graças salvadoras, e para
habilitá-los a praticar toda a santa obediência, como evidência da veracidade
da sua fé e gratidão para com Deus, e como o caminho que Deus lhes designou
para a salvação”.
Conclusão: A partir do conhecimento de
que Deus se revela através da Sua Palavra, é dever de cada um de nós ser
incitados a ler as Escrituras e “[...] conhecer Deus e saber que ele é o SENHOR [...]”, Jr.9.24 das nossas vidas.
Meditar: Caso não temos conhecimento, é preciso
saber que Jesus “[...] se tornou tão superior aos anjos quanto herdou
mais excelente nome do que eles”,
Hb.1.4.
Jesus é o único que pode revelar a
aliança de Deus para cada um de nós.
Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana da Revista da Escola Dominical - Nossa fé - O lar segundo Deus - CCC.
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