quarta-feira, 8 de abril de 2015

Is.57.15 - QUEM É O DEUS DE ISAÍAS.



 
QUEM É O DEUS DE ISAÍAS? Is.57.15.

Introd.:           Existem diferentes maneiras de estudar a Bíblia.
            Podemos selecionar um trecho específico e tentar entendê-lo à luz de seu contexto, ou podemos escolher um assunto e estudar o que fala a Bíblia toda, ou um trecho dele, fala sobre o tema escolhido.
            Esse segundo método é o que escolhemos para nossa primeira lição sobre o livro de Isaías.
            Nesta lição veremos o que o livro de Isaías nos ensina a respeito de Deus.
            O conceito que temos de Deus determina o que pensamos sobre nós mesmos, como agimos no mundo e como nos relacionamos com as pessoas e com o próprio Deus.
            O Deus de Isaías é [...]
I – O Deus santo e santificador.
            O Deus de Isaías “[...] tem o nome de Santo [...] (e pode) vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos (arrependido, triste por ter ofendido um amigo)”, Is.57.15.
            O profeta Isaías menciona mais de 50 vezes o nome “santo” ou “santidade”, isto nos prova que a “[...] Santidade [...]”, Is.57.15 é o atributo divino mais enfatizado nesse livro.
            Assim como Isaías, devemos servir e reconhecer Deus como “[...] o SENHOR dos Exércitos (que vence todas as batalhas) [...] Deus, o Santo [...]”, Is.5.16 em contraste com nós, que somos pecadores.
            Até mesmo entre aqueles que não reconhecem Deus “[...] dizem: Apresse-se Deus, leve a cabo a sua obra, para que a vejamos (certa incredulidade); aproxime-se, manifeste-se o conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos”, Is.5.19.
            Para aqueles “[...] rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de Israel (será para eles) [...] como a língua de fogo consome o restolho, e a erva seca se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó [...]”, Is.5.24.
            A definição teológica fala que a santidade “é a perfeição de Deus, em virtude da qual ele eternamente quer manter e mantém a sua excelência moral, aborrece o pecado, e exige pureza moral em suas criaturas” – (Teologia sistemática, Louis Berkhof, p. 76).
            Deus se revelou ao profeta Isaías de maneira muito especial.
            Assim como “[...] Isaías viu o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono (nós também podemos vê-lo em nosso coração a ponto de) [...] encher (esse) templo”, Is.6.1.
            Todo aquele que tem Cristo Jesus em seu coração pode “[...] clamar [...] dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”, Is.6.3.
            Assim como os “serafins (seres angelicais) [...] cobriam o rosto [...]”, Is.6.2 diante de um Deus perfeito em santidade, também nós, “[...] perdidos [...] sendo homens de lábios impuros, habitando no meio de um povo de impuros lábios, (ainda assim) [...] os nossos olhos veem o Rei, o SENHOR dos Exércitos!”, Is.6.5.
            Não conseguimos achegar a Deus com a nossa própria vontade ou força.
            Como Deus deseja um povo santo, Ele próprio envia “[...] um dos serafins voando para mim, trazendo na mão uma brasa viva (para queimar as nossas impurezas) [...]”, Is.6.6.
            É digno de nota que, “com a brasa toca a minha boca e [...] a nossa iniquidade (culpa) foi tirada, e perdoado, o nosso pecado”, Is.6.7.
            Foi logo “depois (de Isaías) [...] ouvir a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse ele (e nós também podemos): eis-me aqui, envia-me a mim”, Is.6.8 para pregar o evangelho.
            A nossa pregação muitas vezes tem que ser como a de Isaías, de acusação e endurecimento, pois a ordem de Deus é “[...] : Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais”, Is.6.9.
            Esse tipo de mensagem é para “tornar insensível o coração (do) [...] povo, endurecendo-lhe os ouvidos e fechando-lhe os olhos, para que não venham [...] a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se convertam, e sejam salvos”, Is.6.10.
            Daí, podemos perguntar como Isaías: “[...] até quando, Senhor? Ele responde: Até que sejam desoladas (destruídas) as cidades e fiquem sem habitantes, as casas fiquem sem moradores, e a terra seja de todo assolada (arruinada, estragada)”, Is.6.11.
            Então, o desejo do “[...] SENHOR (é de) afastar (da cidade) [...] os homens, e no meio da terra seja grande o desamparo”, Is.6.12 por não terem dado crédito à Palavra de Deus.
            O objetivo das mensagens duras e da destruição é a santificação do povo de Deus.
            Mesmo que “[...] ainda fique a décima parte (da cidade) [...] tornará a ser destruída. Como terebinto e como carvalho, dos quais, depois de derribados, ainda fica o toco, assim a santa semente é o seu toco”, Is.6.13 que glorificará a Deus.
            Isaías fala que o seu ministério era prestado a um Deus santo, que exigia que o vocacionado fosse santo para formar um povo santo para Deus.
            O preparo de um povo santo é o desejo de Deus, portanto, o desenrolar do livro de Isaías é com esse intuito.
            A lição de Isaías é que possamos pregar tragédias e castigos ao invés de curas e milagres a um povo impuro, visando que pelo menos “[...] os restantes [...] os que ficarem (na igreja) [...] sejam chamados santos; todos os que estão inscritos [...] para a vida”, Is.4.3.
            A santificação vai acontecer quando houver “[...] conversão [...]”, Is.30.15, daí, “[...] o SENHOR [...] nos redimirá (resgata) [...] por amor de nós, enviará inimigos contra (os nossos inimigos) [...]”, Is.43.14.
            Ora, como é o próprio Deus, “[...] o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo [...]”, Is.57.15, pode nos e “nos chamar (de) Povo Santo, Remidos-Do-SENHOR [...]”, Is.62.12.
            No livro de Isaías encontramos também [...]
2 – O Deus soberano.
            Podemos contar com um Deus soberano em todas as épocas.
            “No ano da morte do rei Uzias (um dos melhores reis de Israel, o trono ficou vazio, mas) [...] Isaías viu o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono (comandando Israel a ponto de) [...] encher o templo (o meu e o seu coração). E (esse) [...] SENHOR dos Exércitos é Santo, santo, santo [...] toda a terra está cheia da sua glória (honra, louvor, majestade)”, Is.6.1,3.
            Esse mesmo Deus é soberano sobre todas as nações. Ninguém escapa ao Seu comando.
            Foi o próprio “[...] SENHOR (que) suscitou contra Israel (eu e você) os adversários [...] e instiga os inimigos. Do Oriente vêm [...] do Ocidente [...] e (nos) devora [...] com tudo isto, não se aparta a sua ira, e a mão dele continua ainda estendida”, Is.9.11,12 para nos corrigir.
            Para restaurar, também é o próprio “Deus (que) irá adiante de nós, endireitando os caminhos tortuosos, quebrando as portas de bronze e despedaçando as trancas de ferro; dando-nos os tesouros escondidos e as riquezas encobertas, para que saibamos que Deus é o SENHOR [...] que nos chama pelo [...] nome”, Is.45.2,3.
            Todos nós podemos ter a certeza, “porque o SENHOR é o nosso juiz, o SENHOR é o nosso legislador, o SENHOR é o nosso Rei; ele nos salvará”, Is.33.22.
            O Deus soberano que servimos é aquele que “[...] na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos [...] (Ele) recolheu na terça parte de um efa (17,5 l) o pó da terra e pesou os montes em romana (balança) e os outeiros em balança de precisão [...] Ele guiou o Espírito do SENHOR [...] como seu conselheiro, o ensinou [...] (sendo esse o nosso Deus) com quem ele tomou conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de entendimento?”, Is.40.12-14.
            A verdade é que, diante da soberania de Deus “[...] as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta. Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo”, Is.40.15,17.
            Como temos um Deus grande e soberano, “nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um holocausto”, Is.40.16 e muito menos qualquer ato que fazemos é suficiente para fazer um sacrifício à altura do Senhor.
            O Deus soberano é o “[...] Deus (que não pode ser) comparado [...] (não existe) coisa semelhante que (possa) confrontá-Lo [...] a quem, pois, (podemos) [...] comparar para que [...] seja igual (a) Deus? — diz o Santo”, Is.40.18,25.
            Podemos ficar tranquilos, pois, “[...] o SENHOR [...] (é o) Rei de Israel, nosso Redentor, o SENHOR dos Exércitos [...] o primeiro e [...] o último [...] (então) não (fique) [...] assombrado, nem tema [...] (porque não) há outro Deus além de Deus [...] não há outra Rocha que eu conheça”, Is.44.6,8.
            O Deus que temos é Aquele “[...] que as primeiras predições (que fez) já se cumpriram, e novas coisas Deus nos anuncia; e, antes que sucedam, Ele no-las fará ouvir”, Is.42.9.
            Um exemplo de profecia anunciada que se cumpriu 700 depois foi a respeito de “[...] um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”, Is.9.6.
            O Deus soberano nos mostra [...]
III – A loucura da idolatria.
            Os capítulos 40-41 faz uma descrição dos atributos de Deus, mas também encontramos as características dos ídolos que são antagônicos a tudo o que é falado a respeito de Deus, sua santidade, majestade e poder, os ídolos são obra das mãos de homens.
            “[...] Os ídolos são postos sobre os animais, sobre as bestas; as cargas que costumam levar são canseira para as bestas já cansadas”, Is.46.1.
            Isaías zomba dos ídolos ao dizer que “o artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro e cadeias de prata forja para ela. O sacerdote idólatra escolhe madeira que não se corrompe e busca um artífice perito para assentar uma imagem esculpida que não oscile”, Is.40.19,20.
            O pior dos ídolos é que eles são carregados “sobre os ombros [...] levam-no e o põem no seu lugar, e aí ele fica; do seu lugar não se move; recorrem a ele, mas nenhuma resposta ele dá e a ninguém livra da sua tribulação”, Is.46.7.
            Diferentemente dos ídolos, “até à nossa velhice, Deus será o mesmo e, ainda até às cãs, Deus nos carregará; já o tem feito; levar-nos-á, pois, carregar-nos-á e nos salvará”, Is.46.4.
            Cada um de nós que crê em Deus, devemos “lembrar-se das coisas passadas da antiguidade: que Deus é Deus, e não há outro, Ele é Deus, e não há outro semelhante a Ele”, Is.46.9.
            Esse nosso Deus [...]
IV – Habita também com o contrito e abatido de espírito.
            O texto base fala que, apesar de Deus ser “[...] Alto [...] Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar [...] (ainda assim Ele) habita também com o contrito e abatido (humilde) de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos (arrependido)”, Is.57.15 que tem a oportunidade de comunhão com Deus.
            O livro de Isaías foi escrito em torno de 739 a.C., o contexto pressupõe que a punição de Deus por meio do exílio já aconteceu, e que Deus agora está restaurando seu povo.
            Deus, então, fala, no verso 16, que, se desejasse, “[...] contenderia para sempre (com o seu povo, mas), Deus (não se) [...] indignou continuamente; porque, do contrário, o espírito definharia diante de dEle, e o fôlego da vida, que Ele criou”, Is.57.16.
            A ação de Deus em favor do seu povo é que Ele “tem visto os nossos caminhos e o sara; também o guia e nos torna a dar consolação [...] (então, Ele) cria a paz, paz para os que estão longe e para os que estão perto [...] mas os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo. Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz”, Is.57.18-21.
            O nosso Deus é [...]
V – O Deus que é digno de louvor.
            O livro de Isaías pode ser resumido assim:
            1 – O Deus da aliança escolheu um povo;
            2 – Este povo está vivendo em pecado;
            3 – Deus pune Israel por meio dos assírios e adverte Judá;
            4 – Deus anuncia punição a Judá por meio dos babilônios;
            5 – Deus anuncia punição para todos os povos;
            6 – Deus promete a vinda do Messias;
            7 – Deus promete restauração futura e completa para aqueles que se arrependerem, inclusive pessoas de outras nações.
            Através do livro de Isaías, Deus se revela um Deus santo, grande e poderoso, e também misericordioso e gracioso.
            Esse Deus é digno de todo louvor porque “[...] o Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do seu povo [...]”, Is.11.11.
Conclusão:      Deus, além de santo e santificador é soberano.
            É por este motivo que os ídolos nada são.
            Então, cada um de nós precisa louvar a Deus por aquilo que Ele é e faz em nosso favor.
Aplicação:       Ora, se Deus é “[...] Alto [...] Sublime [...] habita a eternidade [...] (e) tem o nome de Santo [...]”, Is.57.15; até quanto você acredita nessa verdade?
            O texto fala que Deus “[...] habita com o contrito (arrependido) e abatido (tristeza) de espírito [...]”, Is.57.15.
            A sua vida é caracterizada pelo arrependimento e tristeza por ter pecado contra Deus?
            Pensa bem: Se Deus “[...] vivifica o espírito dos abatidos (triste) e vivifica o coração dos contritos (arrependido)”, Is.57.15, o que você tem feito para andar na presença de Deus?
            Faça da sua vida uma verdadeira expressão de louvor a Deus.



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Expressão – CCC – Rev. João Paulo Thomaz de Aquino.

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