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QUEM É O DEUS DE ISAÍAS? Is.57.15.
Introd.: Existem diferentes maneiras de
estudar a Bíblia.
Podemos
selecionar um trecho específico e tentar entendê-lo à luz de seu contexto, ou
podemos escolher um assunto e estudar o que fala a Bíblia toda, ou um trecho
dele, fala sobre o tema escolhido.
Esse
segundo método é o que escolhemos para nossa primeira lição sobre o livro de
Isaías.
Nesta
lição veremos o que o livro de Isaías nos ensina a respeito de Deus.
O
conceito que temos de Deus determina o que pensamos sobre nós mesmos, como
agimos no mundo e como nos relacionamos com as pessoas e com o próprio Deus.
O
Deus de Isaías é [...]
I – O Deus santo e
santificador.
O
Deus de Isaías “[...] tem o nome de Santo [...] (e pode) vivificar o espírito dos
abatidos e vivificar o coração dos contritos (arrependido, triste por ter
ofendido um amigo)”, Is.57.15.
O
profeta Isaías menciona mais de 50 vezes o nome “santo” ou “santidade”, isto
nos prova que a “[...] Santidade [...]”, Is.57.15 é o atributo divino mais
enfatizado nesse livro.
Assim
como Isaías, devemos servir e reconhecer Deus como “[...] o SENHOR dos Exércitos (que vence
todas as batalhas) [...] Deus, o Santo [...]”, Is.5.16 em contraste com
nós, que somos pecadores.
Até
mesmo entre aqueles que não reconhecem Deus “[...] dizem: Apresse-se Deus, leve a cabo a sua
obra, para que a vejamos (certa incredulidade); aproxime-se, manifeste-se o conselho
do Santo de Israel, para que o conheçamos”, Is.5.19.
Para
aqueles “[...]
rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de
Israel (será para eles) [...] como a língua de fogo consome o restolho, e a
erva seca se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua
flor se esvaecerá como pó [...]”, Is.5.24.
A
definição teológica fala que a santidade “é a perfeição de Deus, em virtude da
qual ele eternamente quer manter e mantém a sua excelência moral, aborrece o
pecado, e exige pureza moral em suas criaturas” – (Teologia sistemática, Louis
Berkhof, p. 76).
Deus
se revelou ao profeta Isaías de maneira muito especial.
Assim
como “[...]
Isaías viu o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono (nós também podemos
vê-lo em nosso coração a ponto de) [...] encher (esse) templo”, Is.6.1.
Todo
aquele que tem Cristo Jesus em seu coração pode “[...] clamar [...] dizendo: Santo, santo, santo é
o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”, Is.6.3.
Assim como
os “serafins (seres
angelicais) [...] cobriam o rosto [...]”, Is.6.2 diante de um Deus
perfeito em santidade, também nós, “[...] perdidos [...] sendo
homens de lábios impuros, habitando no meio de um povo de impuros lábios, (ainda
assim) [...] os nossos olhos veem o Rei, o SENHOR dos Exércitos!”,
Is.6.5.
Não
conseguimos achegar a Deus com a nossa própria vontade ou força.
Como
Deus deseja um povo santo, Ele próprio envia “[...] um dos serafins voando para mim, trazendo
na mão uma brasa viva (para queimar as nossas impurezas) [...]”, Is.6.6.
É
digno de nota que, “com a brasa toca a minha boca e [...] a nossa iniquidade (culpa)
foi tirada, e perdoado, o nosso pecado”, Is.6.7.
Foi
logo “depois
(de Isaías) [...] ouvir a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há
de ir por nós? Disse ele (e nós também podemos): eis-me aqui, envia-me a mim”,
Is.6.8 para pregar o evangelho.
A
nossa pregação muitas vezes tem que ser como a de Isaías, de acusação e
endurecimento, pois a ordem de Deus é “[...] : Vai e dize a este povo:
Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais”,
Is.6.9.
Esse
tipo de mensagem é para “tornar insensível o coração (do) [...] povo, endurecendo-lhe
os ouvidos e fechando-lhe os olhos, para que não venham [...] a ver com os
olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se convertam, e sejam
salvos”, Is.6.10.
Daí,
podemos perguntar como Isaías: “[...] até quando, Senhor? Ele responde: Até que
sejam desoladas (destruídas) as cidades e fiquem sem habitantes, as casas
fiquem sem moradores, e a terra seja de todo assolada (arruinada, estragada)”,
Is.6.11.
Então,
o desejo do “[...] SENHOR (é de) afastar (da cidade) [...] os homens, e no meio da
terra seja grande o desamparo”, Is.6.12 por não terem dado crédito à
Palavra de Deus.
O
objetivo das mensagens duras e da destruição é a santificação do povo de Deus.
Mesmo
que “[...]
ainda fique a décima parte (da cidade) [...] tornará a ser destruída. Como
terebinto e como carvalho, dos quais, depois de derribados, ainda fica o toco,
assim a santa semente é o seu toco”, Is.6.13 que glorificará a Deus.
Isaías
fala que o seu ministério era prestado a um Deus santo, que exigia que o
vocacionado fosse santo para formar um povo santo para Deus.
O
preparo de um povo santo é o desejo de Deus, portanto, o desenrolar do livro de
Isaías é com esse intuito.
A
lição de Isaías é que possamos pregar tragédias e castigos ao invés de curas e
milagres a um povo impuro, visando que pelo menos “[...] os restantes [...] os que
ficarem (na igreja) [...] sejam chamados santos; todos os que estão inscritos [...]
para a vida”, Is.4.3.
A
santificação vai acontecer quando houver “[...] conversão [...]”, Is.30.15, daí, “[...] o SENHOR
[...] nos redimirá (resgata) [...] por amor de nós, enviará inimigos contra (os
nossos inimigos) [...]”, Is.43.14.
Ora,
como é o próprio Deus, “[...] o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem
o nome de Santo [...]”, Is.57.15, pode nos e “nos chamar (de) Povo Santo,
Remidos-Do-SENHOR [...]”, Is.62.12.
No livro de
Isaías encontramos também [...]
2 – O Deus soberano.
Podemos
contar com um Deus soberano em todas as épocas.
“No ano da morte
do rei Uzias (um dos melhores reis de Israel, o trono ficou vazio, mas) [...]
Isaías viu o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono (comandando Israel
a ponto de) [...] encher o templo (o meu e o seu coração). E (esse) [...] SENHOR
dos Exércitos é Santo, santo, santo [...] toda a terra está cheia da sua glória
(honra, louvor, majestade)”, Is.6.1,3.
Esse
mesmo Deus é soberano sobre todas as nações. Ninguém escapa ao Seu comando.
Foi
o próprio “[...]
SENHOR (que) suscitou contra Israel (eu e você) os adversários [...] e instiga os
inimigos. Do Oriente vêm [...] do Ocidente [...] e (nos) devora [...] com tudo
isto, não se aparta a sua ira, e a mão dele continua ainda estendida”,
Is.9.11,12 para nos corrigir.
Para
restaurar, também é o próprio “Deus
(que) irá adiante de nós, endireitando os caminhos tortuosos, quebrando as
portas de bronze e despedaçando as trancas de ferro; dando-nos os tesouros
escondidos e as riquezas encobertas, para que saibamos que Deus é o SENHOR
[...] que nos chama pelo [...] nome”, Is.45.2,3.
Todos nós
podemos ter a certeza, “porque o SENHOR
é o nosso juiz, o SENHOR é o nosso legislador, o SENHOR é o nosso Rei; ele nos
salvará”, Is.33.22.
O
Deus soberano que servimos é aquele que “[...]
na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos [...] (Ele)
recolheu na terça parte de um efa (17,5 l) o pó da terra e pesou os montes em
romana (balança) e os outeiros em balança de precisão [...] Ele guiou o Espírito
do SENHOR [...] como seu conselheiro, o ensinou [...] (sendo esse o nosso Deus)
com quem ele tomou conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na
vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de
entendimento?”, Is.40.12-14.
A
verdade é que, diante da soberania de Deus “[...]
as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um
grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta. Todas as
nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que
nada, como um vácuo”, Is.40.15,17.
Como
temos um Deus grande e soberano, “nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um
holocausto”, Is.40.16 e muito menos qualquer ato que fazemos é
suficiente para fazer um sacrifício à altura do Senhor.
O Deus soberano
é o “[...] Deus (que não pode ser) comparado
[...] (não existe) coisa semelhante que (possa) confrontá-Lo [...] a quem,
pois, (podemos) [...] comparar para que [...] seja igual (a) Deus? — diz o Santo”,
Is.40.18,25.
Podemos
ficar tranquilos, pois, “[...] o SENHOR
[...] (é o) Rei de Israel, nosso Redentor, o SENHOR dos Exércitos [...] o
primeiro e [...] o último [...] (então) não (fique) [...] assombrado, nem tema
[...] (porque não) há outro Deus além de Deus [...] não há outra Rocha que eu
conheça”, Is.44.6,8.
O
Deus que temos é Aquele “[...] que as
primeiras predições (que fez) já se cumpriram, e novas coisas Deus nos anuncia;
e, antes que sucedam, Ele no-las fará ouvir”, Is.42.9.
Um
exemplo de profecia anunciada que se cumpriu 700 depois foi a respeito de “[...] um menino nos nasceu, um filho se nos
deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”, Is.9.6.
O
Deus soberano nos mostra [...]
III – A loucura da idolatria.
Os
capítulos 40-41 faz uma descrição dos atributos de Deus, mas também encontramos
as características dos ídolos que são antagônicos a tudo o que é falado a
respeito de Deus, sua santidade, majestade e poder, os ídolos são obra das mãos
de homens.
“[...] Os ídolos são postos sobre os animais,
sobre as bestas; as cargas que costumam levar são canseira para as bestas já
cansadas”, Is.46.1.
Isaías
zomba dos ídolos ao dizer que “o
artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro e cadeias de prata forja
para ela. O sacerdote idólatra escolhe madeira que não se corrompe e busca um
artífice perito para assentar uma imagem esculpida que não oscile”,
Is.40.19,20.
O
pior dos ídolos é que eles são carregados “sobre
os ombros [...] levam-no e o põem no seu lugar, e aí ele fica; do seu lugar não
se move; recorrem a ele, mas nenhuma resposta ele dá e a ninguém livra da sua
tribulação”, Is.46.7.
Diferentemente
dos ídolos, “até à nossa velhice, Deus
será o mesmo e, ainda até às cãs, Deus nos carregará; já o tem feito; levar-nos-á,
pois, carregar-nos-á e nos salvará”, Is.46.4.
Cada
um de nós que crê em Deus, devemos “lembrar-se
das coisas passadas da antiguidade: que Deus é Deus, e não há outro, Ele é Deus,
e não há outro semelhante a Ele”, Is.46.9.
Esse
nosso Deus [...]
IV – Habita também com o
contrito e abatido de espírito.
O
texto base fala que, apesar de Deus ser “[...] Alto [...] Sublime, que habita a
eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar [...] (ainda
assim Ele) habita também com o contrito e abatido (humilde) de espírito, para
vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos (arrependido)”,
Is.57.15 que tem a oportunidade de comunhão com Deus.
O
livro de Isaías foi escrito em torno de 739 a.C., o contexto pressupõe que a
punição de Deus por meio do exílio já aconteceu, e que Deus agora está restaurando
seu povo.
Deus,
então, fala, no verso 16, que, se desejasse, “[...]
contenderia para sempre (com o seu povo, mas), Deus (não se) [...] indignou continuamente;
porque, do contrário, o espírito definharia diante de dEle, e o fôlego da vida,
que Ele criou”, Is.57.16.
A
ação de Deus em favor do seu povo é que Ele “tem
visto os nossos caminhos e o sara; também o guia e nos torna a dar consolação [...]
(então, Ele) cria a paz, paz para os que estão longe e para os que estão perto
[...] mas os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas
águas lançam de si lama e lodo. Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz”,
Is.57.18-21.
O
nosso Deus é [...]
V – O Deus que é digno de
louvor.
O
livro de Isaías pode ser resumido assim:
1
– O Deus da aliança escolheu um povo;
2
– Este povo está vivendo em pecado;
3
– Deus pune Israel por meio dos assírios e adverte Judá;
4
– Deus anuncia punição a Judá por meio dos babilônios;
5
– Deus anuncia punição para todos os povos;
6
– Deus promete a vinda do Messias;
7
– Deus promete restauração futura e completa para aqueles que se arrependerem,
inclusive pessoas de outras nações.
Através
do livro de Isaías, Deus se revela um Deus santo, grande e poderoso, e também
misericordioso e gracioso.
Esse Deus é
digno de todo louvor porque “[...] o
Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do seu povo [...]”,
Is.11.11.
Conclusão: Deus, além de santo e santificador é
soberano.
É
por este motivo que os ídolos nada são.
Então,
cada um de nós precisa louvar a Deus por aquilo que Ele é e faz em nosso favor.
Aplicação: Ora, se Deus é “[...] Alto [...] Sublime [...]
habita a eternidade [...] (e) tem o nome de Santo [...]”, Is.57.15; até
quanto você acredita nessa verdade?
O
texto fala que Deus “[...] habita com o contrito (arrependido) e abatido (tristeza)
de espírito [...]”, Is.57.15.
A
sua vida é caracterizada pelo arrependimento e tristeza por ter pecado contra
Deus?
Pensa
bem: Se Deus “[...] vivifica o espírito dos abatidos (triste) e vivifica o coração dos
contritos (arrependido)”, Is.57.15, o que você tem feito para andar na
presença de Deus?
Faça
da sua vida uma verdadeira expressão de louvor a Deus.
Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo
– Expressão – CCC – Rev. João Paulo Thomaz de Aquino.
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