A ALIANÇA QUEBRADA, Is.1.16-20.
Introd.: Muitos cristãos vivem a fé
nominalmente. Proclamam pertencer ao Senhor, mas sem o obedecer e render
adequadamente a devida adoração.
Nar.: Isaías profetizou
ao povo de Deus de seu tempo e as coisas pareciam não ser muito diferentes das
de hoje.
O povo foi
convocado para estar diante do Justo Juiz.
O próprio
profeta, ao ser chamado por Deus e se ver diante dele só pôde chegar à
conclusão de que morreria.
Como seria
conosco?
Vamos
buscar compreender a mensagem de juízo pelo povo de Deus ter quebrado a
aliança, mas que vem acompanhada pela graça do Senhor.
I – A situação espiritual de Israel na época de Isaías.
O cenário
que devemos imaginar no capítulo 1 de Isaías é o de um tribunal.
A
convocação é feita para que todos possam “ouvir [...] (os) céus, e (a) terra dar ouvidos (a esse julgamento),
porque o SENHOR é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão
revoltados contra mim”, Is.1.2.
A
convocação dos “[...]
céus e (da) [...] terra [...] (é porque eles foram) testemunhas contra (o povo
de Deus de) [...] que Ele propôs a vida e a morte, a bênção e a maldição [...] (a
fim de eles) escolherem, pois, a vida, para que vivam, [...]”, Dt.30.19, mas eles não cumpriram com a promessa.
Uma vez
convocada as testemunhas, Deus começa a fazer as acusações contra o seu povo.
Ele
declara que “o boi
conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel (povo
de Deus) não tem conhecimento (perece), o meu povo não entende (os caminhos do
Senhor)”, Is.1.3.
A verdade
é que toda “[...] nação
(é) pecaminosa, povo carregado de iniquidade (perverso, não reconhece o direito
de cada um), raça de malignos (se relaciona com práticas satânicas), filhos
corruptores (destrói, estraga); abandonaram o SENHOR (continuaram indo ao
templo, mas as práticas religiosas os levaram a) [...] blasfemarem do Santo de
Israel, voltaram para trás”, Is.1.4.
A situação
era tão séria que Deus reclama da “[...] multidão de sacrifícios (que o povo fazia) [...] o SENHOR
[...] estava farto [...] (do comparecimento do povo ao templo, portanto, não
se) agradava (dos seus atos de adoração) [...]”,
Is.1.11.
E quanto a
mim; Deus se agrada do culto que lhe ofereço?
Na
verdade, Deus não requer que “[...] viemos (ao templo apenas) para comparecer perante Ele [...] (não
apenas para) pisar (nos) átrios (pátio) [...]”,
Is.1.12. Deus deseja um coração adorador.
Deus
reclama que muitas vezes “[...] continuamos a trazer ofertas vãs; o incenso (orações) é para
Deus abominação (rejeitado, impuro), e também as Festas [...] e a convocação
das congregações; Deus não [...] suporta iniquidade (não reconhece o direito do
próximo) associada ao ajuntamento solene”,
Is.1.13.
É tão
séria a situação espiritual de muitos crentes que “[...] a [...] alma (de) Deus as
aborrece; já lhe são pesadas; Deus está cansado de as sofrer”, Is.1.14.
É por este
motivo “[...] que,
quando estendemos as mãos, Deus esconde de nós os olhos; sim, quando multiplicamos
as nossas orações, Deus não as ouve, porque as nossas mãos estão cheias de
sangue (todo tipo de crime)”, Is.1.15.
O problema
desse povo é que muitos agem “como [...] prostituta (outros deuses) a cidade (que outrora era) fiel
(ao único Deus verdadeiro)! Ela, que estava cheia de justiça (vida espiritual,
vida moral)! Nela, habitava a retidão (de acordo com a lei de Deus), mas,
agora, homicidas (só resta a cidade de refúgio)”,
Is.1.21.
A igreja é
como “a [...] prata (mas)
se tornou em escórias (sobra metais derretidos) [...]”, Is.1.22.
A situação
piora a cada instante, pois “os teus príncipes (servos de Jesus, At.5.31) são rebeldes e
companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno e corre atrás de
recompensas. Não defendem o direito do órfão, e não chega perante eles a causa das
viúvas”, Is.1.23.
A sua vida
espiritual se assemelha ao povo de Israel?
O povo de
Deus no tempo de Isaias nada se difere dos atuais.
Eles foram
“[...] desamparados
(pelo) SENHOR [...] (porque eram) agoureiros (prediz males e desgraças. O pior
é que) [...] a terra está cheia de ídolos (mamom, Lc.16.13); adoram a obra das
suas mãos, aquilo que os seus próprios dedos fizeram. Com isso, a gente se
abate (prostrado), e o homem se avilta (humilha); portanto, não lhes perdoarás”, Is.2.6,8,9, pois já é tarde demais para se achegar a
Deus.
A vida
espiritual de Israel era tão degradante que nem as mulheres escaparam.
É falado “[...] que as filhas de Sião são
altivas (exaltada) e andam de pescoço emproado (levantado), de olhares
impudentes (flertar com os olhos, malicioso), andam a passos curtos, fazendo
tinir os ornamentos de seus pés”, Is.3.16 sem
se importar com a vida espiritual.
A verdade
é que “o SENHOR não teve
afeição (por) nós, nem nos escolheu porque fôssemos mais numerosos do que
qualquer povo, pois éramos menor de todos os povos, mas porque o SENHOR nos amava
e, para guardar o juramento que fizera a nossos pais, o SENHOR nos tira com mão
poderosa e nos resgata da casa da servidão [...]”,
Dt.7.7,8.
O profeta
Isaías nos compara a uma “[...] vinha (do SENHOR, em que a sua vida espiritual está
definhando, plantada) [...] num outeiro (colina) fertilíssimo [...] limpou-a
das pedras (que impede o crescimento) e a plantou de vides escolhidas (oferece o
melhor); edificou no meio dela uma torre (protege) e também abriu um lagar
(mata a sede). Ele esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas. Agora,
pois, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e
a minha vinha. (Qual é a sua decisão?) Que mais se podia fazer ainda à minha vinha,
que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a
produzir uvas bravas? Agora, pois, vos farei saber o que pretendo fazer à minha
vinha: tirarei a sua sebe (cerca), para que a vinha sirva de pasto; derribarei
o seu muro, para que seja pisada; torná-la-ei em deserto (sofrimento). Não será
podada, nem sachada, mas crescerão nela espinheiros e abrolhos (machucar); às
nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela. Porque a vinha (eu e você)
do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta
dileta do SENHOR; este desejou que exercessem juízo, e eis aí quebrantamento da
lei (cometendo crimes); justiça, e eis aí clamor (gritos por socorro)”, Is.5.1-7.
Os pecados
que caracterizam o povo de Israel no tempo de Isaías foram a falta de
conhecimento de Deus e o consequente abandono e desprezo da parte do Senhor.
Essa
mensagem faz sentido para mim?
Temos sido
conivente com as práticas de injustiça social?
Nossa vida
particular é compatível com a nossa vida aos domingos?
A nossa
preocupação é com a aparência ou o conteúdo de nosso coração?
A fim de
que a nossa vida espiritual não seja como a dos Judeus na época de Isaías,
devemos “lavar-nos,
purificar-nos, tirando a maldade de nossos atos de diante dos olhos (do) SENHOR;
cessando de fazer o mal (qualquer coisa que não está em harmonia divina –
sofrimento, desgraça, dano, calúnia)”,
Is.1.16.
A aliança
quebrada fala dos [...]
II – Castigos por causa da desobediência.
Deus não
fica inativo ao ver tanta injustiça.
A aliança
que Deus faz com o seu povo tem promessas de bênçãos “se (cada um de nós) ouvir a voz
do SENHOR, nosso Deus, virão sobre nós e nos alcançarão todas [...] (as) bênçãos
[...] (caso) não der ouvidos à voz do SENHOR, nosso Deus, não cuidando em
cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos [...] então, virão todas [...]
maldições sobre nós e nos alcançarão [...] na cidade e [...] no campo”, Dt.28.2,15,16.
Sempre
existe a possibilidade de arrependimento e restauração.
O capítulo
1 de Isaías funciona como uma introdução para todo o livro.
Os
capítulos 2-5 fala sobre os castigos que virão por causa dos pecados
praticados.
Pecados intensos
e constantes, “[...]
quando (o povo) estende as mãos, Deus esconde (deles) [...] os olhos; sim, quando
multiplicam as suas orações, Deus não as ouve, porque as [...] mãos estão
cheias de sangue (toda espécie de crime)”,
Is.1.15.
Outra
advertência para todos nós é que, “[...] se (eu e você) recusar e for rebelde, seremos devorados à
espada (guerra contra os principados); porque a boca do SENHOR o disse”, Is.1.20.
O castigo
vem porque “os [...]
príncipes (autoridades) são rebeldes e companheiros de ladrões; cada um deles
ama o suborno e corre atrás de recompensas. Não defendem o direito do órfão, e
não chega perante eles a causa das viúvas. Portanto, diz o Senhor, o SENHOR dos
Exércitos, o Poderoso de Israel: Ah! Tomarei satisfações aos meus adversários e
vingar-me-ei dos meus inimigos”, Is.1,23,24.
Quando
vivemos em pecado, Deus “volta contra nós a sua mão, (com o desejo de nos) purificar como
com potassa (limpar, mais fraco que a soda cáustica) das nossas escórias (borra
fica fundo copo) e tira de nós todo metal impuro”,
Is.1.25.
Deus avisa
sem cerimônia de que “[...]
os transgressores e os pecadores serão juntamente destruídos; e os que deixarem
o SENHOR perecerão”, Is.1.28.
Para Deus
não importa se você se considera “[...] forte (Ele) te tornará em estopa, e a sua obra, em faísca;
ambos arderão juntamente, e não haverá quem os apague”, Is.1.31.
Neste
texto existe uma indicação da condenação eterna.
A aliança
quebrada aponta para [...]
III – O dia do Senhor.
O profeta
Isaías fala sobre aqueles que sofrerão no “[...] Dia do SENHOR dos Exércitos será [...] todo
soberbo (orgulho) e altivo (colocado acima) e [...] aquele que se exalta, para
que seja abatido; contra todos os cedros do Líbano, altos, mui elevados; e
contra todos os carvalhos de Basã (usavam para invocar outros deuses); contra
todos os montes altos e contra todos os outeiros elevados; (faziam seus
sacrifícios) contra toda torre alta e contra toda muralha firme (proteção
contra a guerra); contra todos os navios de Társis (busca do ouro, mas para
eles foi a perdição) e contra tudo o que é belo à vista (para viverem bem, mas
não se importavam com o Senhor)”, Is.2.12-16.
Neste dia
de julgamento “a
arrogância (de todas as coisas aos olhos) do homem será abatida, e a sua
altivez será humilhada; só o SENHOR será exaltado naquele dia”, Is.2.17.
É nesse
grande Dia que “os
ídolos serão de todo destruídos”, Is.2.18.
Como será
um dia espetacular, quando todos os homens verão “[...] no céu o sinal do Filho do Homem [...]
vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória”, Mt.24.30 todos “[...] os homens se meterão nas cavernas das rochas e nos buracos
da terra (tentando esconder), ante o terror do SENHOR e a glória da sua
majestade, quando ele se levantar para espantar a terra”, Is.2.19.
É
“naquele dia (do
Senhor, quando Cristo voltar que) [...] os homens (que adoram outros deuses) lançarão
às toupeiras (mamífero) e aos morcegos os seus ídolos de prata e os seus ídolos
de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem, (mas será tarde) e
meter-se-ão pelas fendas das rochas e pelas cavernas das penhas, ante o terror
do SENHOR e a glória da sua majestade, quando ele se levantar para espantar a
terra [...]”, Is.2.20,21.
Isaías
fala que ao se aproximar desse grande Dia, o próprio Deus “dará meninos por príncipes, e
crianças governarão sobre (o povo com total incapacidade para reinar) [...]”, Is.3.4.
Isso
acontece porque “o
SENHOR entra em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes
(governantes). Eles (mesmos) são os que consumiram [...] (o que a terra produz);
o que roubaram do pobre está em (suas) [...] casas”, Is.3.14 – é o retrato do Brasil.
Por causa
dessa desordem “[...]
o SENHOR dos Exércitos tirará [...] (todos os líderes) o valente, o guerreiro e
o juiz; o profeta, o adivinho e o ancião [...]”,
Is.3.1,2.
Como
punição às mulheres que se preocupam apenas com a aparência, “naquele dia, tirará o Senhor o
enfeite dos anéis dos tornozelos, e as toucas (ornamento para cabeça), e os
ornamentos em forma de meia-lua”, Is.3.18.
O castigo
será a completa ausência de adereços, perfumes, penteados e belas roupas.
Todos os
homens são alertados por Isaías de que virá o Dia do Senhor com severa punição
pelos pecados cometidos.
Cabe a
cada um de nós nos arrepender e andar retamente diante do Senhor.
A aliança
quebrada aponta para [...]
IV – O plano de Deus para o futuro de Jerusalém.
A palavra
final de Deus não é de destruição, mas de restauração.
O
desejo de Deus é que “nos
últimos dias (se inicia com a vinda de Jesus), acontece que [...] (a) Casa do
SENHOR será estabelecida [...] e para ela afluirão todos os povos”, Is.2.2 – muitas conversões.
Esse “[...] monte da Casa do SENHOR
será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros [...]”, Is.2.2 que outrora servia para adorar os falsos deuses.
É por este
motivo que a salvação não ficou restrita apenas a Israel, mas “[...] muitas nações [...] sobem ao
monte do SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que [...] (sejam) ensinados os
seus caminhos, e andem pelas suas veredas [...]”,
Is.2.3.
O plano de
Deus para as nações é que “Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estas
converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras;
uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a
guerra”, Is.2.4.
Mas, para
que a paz aconteça se faz necessário ouvir e aceitar o convite: “Vinde, ó casa de Jacó, e andemos
na luz do SENHOR”, Is.2.5.
Para obter
a paz todos precisam abandonar os ídolos, não confiar nas riquezas e nem em
suas armas, deve ser desta forma porque “nós somos a luz do mundo [...]”,
Mt.5.14.
O
cumprimento final da profecia de que não haverá mais guerra se dará quando “[...] a morte já não existir
[...] (quando) as primeiras coisas passarem”,
Ap.21.4.
O plano de
Deus para o seu povo fala que:
1 – A
destruição não será completa porque Deus deixará “[...] o Renovo (broto) do SENHOR [...]
(para os) que forem salvos”, Is.4.2;
2 – Esse
renovo “será [...]
chamado santo [...] os que ficarem em Jerusalém [...] que estão inscritos [...]
para a vida, quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar
Jerusalém da culpa do sangue do meio dela, com o Espírito de justiça e com o
Espírito purificador”, Is.4.3,4.
3 – Deus
protegerá esse renovo “pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e
os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda
lágrima”, Ap.7.17.
A aliança
quebrada nos mostra [...]
V – O convite da graça.
Deus
levantou Isaías para anunciar ao seu povo o seu pecado e as punições que este
povo receberá.
Quando
Deus aponta o pecado, Ele nos dá a chance de mudança.
Deus cobra
mudança de vida, de atitude e comecemos a “nos lavar, purificar (manter limpo), tirar (desviar)
a maldade de nossos atos de diante dos [...] olhos (de) Deus; cessar de fazer o
mal”, Is.1.16.
Precisamos
“aprender a fazer o
bem; atender à justiça, repreender ao opressor; defender o direito do órfão,
pleitear a causa das viúvas”, Is.1.17.
Após a
busca de mudança de vida, Deus nos convida para uma conversa de tribunal com
argumentos de acusação e defesa.
Somos
chamados: “Vinde,
pois, e arrazoemos (julgar, mostrar que está certo), diz o SENHOR; ainda que os
seus pecados sejam como a escarlata (vermelho), eles se tornarão brancos como a
neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã”, Is.1.18.
Vai
depender de mim e de você, “se quiser e [...] ouvir Deus, comeremos o melhor desta terra”, Is.1.19 recebendo muitas bênçãos nesta vida.
“Mas, se recusarmos e formos
rebeldes, seremos devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse”, Is.1.20.
Qual é a
sua escolha?
A sua
aliança com Deus [...]
Conclusão: Como está?
Todos nós
sabemos que é somente “[...] o SENHOR (que) esquadrinha todos os corações e penetra todos
os desígnios do pensamento [...]”, 1Cr.28.9.
Será que
Deus encontra em nosso coração: autossuficiência, idolatria da beleza,
confiança em pessoas e coisas mais do que em Deus, uma vida incompatível com o
culto prestado aos domingos?
Você
acredita que será julgado?
Fique
sabendo que “[...]
todos compareceremos perante o tribunal de Deus”,
Rm.14.10.
Faça uma
avaliação da sua vida espiritual e veja o que precisa mudar.
Ainda
temos tempo para buscar mudança de vida.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Expressão – CCC – Rev. João
Paulo Thomaz de Aquino.
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