A IGREJA PERSEGUIDA, Jo.15.18-27; At.8.1-8; Mt.16.13-20.
Introd.: Desde que
a igreja de Cristo existe, ela é perseguida.
Portas Abertas – Os dez países onde os cristãos enfrentaram a maior
pressão e violência em 2014 por exercer a sua fé em Jesus foram: a Coreia do
Norte, Somália, Iraque, Síria, Afeganistão, Sudão, Irã, Paquistão, Eritreia e
Nigéria.
Muitos missionários que estão nesses
países entram como profissionais autônomos, mas não pode pregar o evangelho,
apenas testemunho e fazem ações sociais; se forem descobertos, são mortos.
Por que a igreja de Cristo é
perseguida?
As perseguições impedem a igreja de
avançar e progredir?
A perseguição pode extinguir a
igreja?
A Bíblia nos fala sobre [...]
I – A união com Cristo e as perseguições, Jo.15.18-27.
A união com Cristo com sua igreja é
retratada nas Escrituras de diversas maneiras e por meio de diferentes figuras.
A igreja é considerada como “edificada sobre o fundamento
dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no
qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no
qual também nós juntamente estamos sendo edificados para habitação de Deus no
Espírito”, Ef.2.20-22.
Jesus
Cristo é considerado como “[...] o cabeça [...] (da) igreja [...] e (também como marido
que) se une à sua mulher [...]”, Ef.1.22,
5.31,31.
“Jesus (utiliza a figura da) [...] videira
(para falar da união entre Ele e) [...] nós, (que somos) os ramos [...] porque
sem Jesus nada podemos fazer”, Jo.15.5.
A união com Cristo é a fonte de vida
e bênçãos para a igreja.
Muitas vezes essa união com Cristo
leva o mundo a se voltar contra a igreja, assim como foi contra Jesus.
É através dessa união com Cristo que
“[...] o mundo (sistema
pecaminoso em oposição que) nos odeia, (mas) sabemos que, primeiro do que a nós
outros [...] odiaram a Jesus”, Jo.15.18.
Todos sabem que, “se nós fôssemos do mundo
(sistema pecaminoso em oposição), o mundo amaria o que era seu; como, todavia,
não somos do mundo, pelo contrário, dele nos escolheu (Jesus), por isso, o
mundo nos odeia”, Jo.15.19 porque não
compactuamos, não aceitamos e não participamos dos atos que o mundo pratica.
Essa perseguição é tão séria que “Jesus (nos faz) lembrar da
palavra que ele nos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me
perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros [...]”, Jo.15.20.
A perseguição é a prova de que somos
servos de Cristo Jesus, isto acontece porque “[...] todos quantos querem viver piedosamente em
Cristo Jesus serão perseguidos”, 2Tm.3.12.
Essa
perseguição é motivada “porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos
que são salvos como nos que se perdem”,
2Co.2.15.
“Estêvão (foi perseguido porque era) [...] cheio de
graça e poder [...] (então, o) lançaram fora da cidade, o apedrejaram [...]
Saulo (apoiava) perseguindo [...]”, At.6.8; 7.58;
9.4, não somente a igreja, mas principalmente a Jesus.
Mas Saulo se converteu, então, ele
passou a “[...]
guardar a [...] palavra (de) Jesus, também (outros, através da pregação de
Paulo) guardaram a (palavra falada pelo apóstolo) [...]”, Jo.15.20.
Toda perseguição, em todos os
tempos, é “[...]
por causa do [...] nome (de) Jesus, porquanto não conhecem [...] (o Pai) que o
[...] enviou”, Jo.15.21.
Devemos entender que só se pode
caracterizar a perseguição contra a igreja quando seus discípulos são
perseguidos por viver e pregar a Cristo Jesus.
É diferente de casos em que vizinhos
de igrejas apresentam reclamações contra a igreja que utiliza som em volume
acima do permitido.
Neste caso não é a pregação do
evangelho que incomoda, mas o desrespeito à lei.
Logo, “quem [...] odeia Jesus odeia
também a seu Pai”, Jo.15.23.
É por este motivo que, “se Cristo não viesse, nem [...]
houvesse falado (a respeito do reino), pecado não teríamos; mas, agora, não temos
desculpa do nosso pecado”, Jo.15.22.
Jesus
Cristo falou a verdade e “[...] fez entre (os Judeus muitas) [...] obras [...] mas, [...]
(os) Judeus viram, mas também odiaram, tanto a Jesus como a seu Pai”, Jo.15.24.
Esse tipo de perseguição aconteceu “[...] para que se cumpra a
palavra escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo”, Jo.15.25.
Se Jesus foi perseguido, o que pode
acontecer com os servos de Deus?
Sendo
filho de Deus, “quando
[...] vier o Consolador (em nosso coração), que Jesus nos enviou da parte do
Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de Jesus e nós
também testemunharemos, porque estamos com Cristo desde o princípio”, Jo.15.26,27.
Você está
preparado para ser perseguido?
II – As perseguições e a
expansão do evangelho, At.8.1-8.
Encontramos
relatos em Atos dos Apóstolos sobre o desenvolvimento da igreja após os
discípulos “[...] receberem poder, ao
descer sobre eles o Espírito Santo, e serem [...] testemunhas (de) Jesus tanto
em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”,
At.1.8.
Logo
após os Judeus apedrejarem “Estevão
[...] alguns homens piedosos (o) sepultaram e fizeram grande pranto sobre ele”,
At.8.2, desse dia em diante a perseguição tomou rumos de crueldade a ponto de “Saulo [...] assolar (tratar vergonhosamente) a
igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no
cárcere”, At.8.3.
Essa
perseguição contribuiu para que a Palavra de Cristo alcançasse o mundo partindo
de “[...] Jerusalém [...] pelas regiões
da Judeia e Samaria”, At.8.1 conforme profecia de Jesus em At.1.8.
Como
a perseguição e o envio nascera no coração de Deus, em Samaria, “as multidões atendiam, unânimes, às coisas
que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava”, At.8.6.
Esse
ouvir é porque “[...] o Senhor [...]
abre o coração (do homem) para atender às coisas que [...] (os pregadores) dizem”,
At.16.14.
Ali
em Samaria até “[...] os espíritos
imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e
coxos foram curados”, At.8.7 pelo poder de Deus.
Esse
despertar para a evangelização aconteceu não por vontade própria dos “[...] apóstolos (mesmo porque, eles ficaram
na) [...] igreja em Jerusalém (para comandar a obra); e todos [...] (os
discípulos) foram dispersos pelas regiões [...]”, At.8.1 testemunhando e
pregando o evangelho.
Os
discípulos também não foram pregar porque desejaram, mas por ter “[...] se levantado grande perseguição contra
a igreja em Jerusalém [...] e Saulo consentia [...]”, At.8.1 tanto com a
morte de Estevão a ponto de perseguir com ferocidade a igreja nessa época.
A
perseguição foi o que serviu de combustível para o crescimento do evangelho,
proporcionando avanço rápido.
Deus
usou a perseguição como instrumento de sua graça para levar o evangelho a
lugares distantes de Jerusalém e salvar pessoas.
Notar
que Deus distribuiu seus sevos para lugares predeterminados.
“Filipe (o evangelista), desceu à cidade de
Samaria, anunciava-lhes a Cristo”, At.8.5, os demais “[...] que foram dispersos iam por toda parte
pregando a palavra”, At.8.4 “[...]
até à Fenícia (norte Israel), Chipre (ilha mediterrâneo) e Antioquia (Síria)
[...]”, At.11.19.
Para
a cidade de “[...] Antioquia
(a) igreja de Jerusalém [...] enviou Barnabé (a fim de fortalecê-los na fé
porque) [...] a mão do Senhor estava com eles, e muitos, crendo, se converteram
ao Senhor”, At.11.22,21.
Embora
a igreja Primitiva tenha passado por lutas, dissabores e perseguições, ela nunca
deixou de pregar o evangelho.
Antes
desses acontecimentos, Pedro e João já haviam sido “[...] presos, recolhidos ao cárcere [...] (porque os sacerdotes
ficaram) ressentidos por (Pedro e João) ensinarem [...] o povo e anunciarem, em
Jesus, a ressurreição dentre os mortos”, At.4.3,2.
A
perseguição era tanta que o Sinédrio “chamando
(Pedro e João), ordenaram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem
em o nome de Jesus. Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante
de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus”, At.4.18,19.
Naquela
época, ao invés dos irmãos orarem pela libertação dos prisioneiros, pediu ao “[...] Senhor [...] (que) olhasse para as [...]
ameaças (dos perseguidores) e concedesse aos seus servos que anunciassem com
toda a intrepidez a [...] palavra (de) Deus”, At.4.29.
Quando
a igreja alcançou o 4º século, no tempo de Constantino, o cristianismo alcançou
o favor do Estado e a gozar de certa paz e liberdade, nota-se um declínio em
sua pureza e vigor.
Então,
parece ser viável que a igreja “[...]
passe por várias provações”, Tg.1.2 a fim de que, “[...] haja grande alegria [...] (na) cidade”,
At.8.8 onde o evangelho está sendo pregado.
Você
está sendo perseguido por pregar o evangelho?
Ao
pregar o evangelho [...]
III
– O triunfo é da igreja, Mt.16.13-20.
Certa vez Jesus perguntou a seus
discípulos: “[...]
quem dizeis que eu sou?”, Mt.16.15.
Quem é Jesus em nossa vida?
A “resposta (de) Simão Pedro (foi) [...]: Tu és o
Cristo (enviado), o Filho do Deus vivo”, Mt.16.16
que sempre está atuando em nossas vidas.
O interesse de “[...] Jesus (quando foi) para
os lados de Cesaréia de Filipe (território Samaritano; odiados pelos Judeus),
perguntando a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem?”, Mt.16.13.
Talvez muitos dos que estão dentro
da igreja não sabem quem, de fato, é Jesus Cristo em sua vida.
Aqueles “[...] discípulos responderam
(segundo o que eles conheciam do povo da cidade de que): Uns dizem: João
Batista (ou seja, Jesus está preparando o caminho para a vinda do Messias);
outros: Elias (Jesus é o único que pode enfrentar os romanos); e outros:
Jeremias (a mensagem de Jesus é rejeitada pelo Sinédrio e pelo povo Judeu) ou
algum dos profetas (que devia anunciar a vinda do Messias)”, Mt.16.14.
Ainda nesses dias devemos reafirmar
que “[...] o (nosso)
Cristo [...] (é) o Filho do Deus vivo”,
Mt.16.16.
Quando eu e você fizermos essa
confissão, “então,
Jesus [...] afirmará (para cada um de nós): Bem-aventurado és [...] (filho) porque não foi carne e sangue que (nos) [...] revelou,
mas (o) [...] Pai, que está nos céus”,
Mt.16.17.
É a partir dessa confissão que “[...] Jesus edificará
(constrói) a sua igreja (habita em nosso coração) [...]”, Mt.16.18.
Haverá uma guerra espiritual e
Satanás irá fazer de tudo para nos derrotar, mas “[...] Jesus (garante que)
[...] as portas do inferno não prevalecerão contra (a) igreja (seus servos)”, Mt.16.18.
Pode haver muitas baixas na igreja
de Cristo, como as sete igrejas da Ásia que desapareceram, mas os fiéis, “[...] o remanescente é que será
salvo”, Rm.9.27.
Logo, Jesus “dará as chaves do reino dos
céus (aquele que “não temer as coisas que terá de sofrer. (Isto se dever porque)
[...] o diabo está para lançar em prisão alguns dentre nós, para ser posto à
prova, e teremos tribulação de dez dias. (A nossa decisão precisa) ser (de) fidelidade
até à morte, e (Jesus nos) dará a coroa da vida”, Ap.2.10)”, Mt.16.19.
Sendo fiel, temos condições de
pregar o evangelho a fim de “[...] ligar na terra (a fim de que o ouvinte) [...] tenha sido
ligado nos céus; e o que desligamos na terra terá sido desligado nos céus”, Mt.16.19.
É também por este motivo que seremos
perseguidos.
O texto de
Mateus encerra Jesus “[...] advertindo os discípulos de que a ninguém dissessem ser ele o Cristo”, Mt.16.20, pois o seu testemunho era suficiente, após a
morte e ressurreição de Jesus, cada discípulos tem que mostrar a lealdade de
servir ao seu Senhor e Salvador.
Você está
disposto a ser perseguido?
Conclusão: Ainda não somos perseguidos no Brasil.
Caso
acontecer a perseguição, você dará testemunho?
Aplicação: Ore em favor dos missionários que estão nos
países proibidos de servirem ao Senhor.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa fé – CCC – Rev. Valdemar
Alves da Silva Filho.
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