quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O ALIMENTO DO SERVIÇO, Mc.10.35-45.

O ALIMENTO DO SERVIÇO, Mc.10.35-45.

Introd.:           Comer e beber são necessidades básicas do ser humano. Ninguém vive sem se alimentar.
            Comer também é um dos grandes prazeres desta vida.
            “[...] Jesus [...] disse (a seus discípulos sobre) [...] uma comida (que) tinha para comer, que eles não conheciam”, Jo.4.32.
            “[...] Os discípulos (ficaram curiosos a ponto de) uns aos outros (perguntarem): Ter-lhe-ia, porventura, alguém trazido o que comer?”, Jo.4.33.
            Mas “[...] Jesus (revela que) [...] a sua comida consiste em fazer a vontade daquele que (o) [...] enviou e realizar a sua obra”, Jo.4.34.
            Para Jesus, como “[...] está [...] escrito no rolo do livro a seu respeito; agrada-lhe fazer a vontade (do) Pai [...] dentro do seu coração [...]”, Sl.40.7,8.
            Somos alimentados quando “[...] servimos (ao) nosso Deus [...]”, Dn.3.17.
Exposição
1 – Somo salvos para servir.
            O verdadeiro cristão é um servo de Deus.
            A Bíblia fala a respeito do povo “[...] de Israel (que eles) [...] são servos [...] os quais (foram) tirados da terra do Egito [...] (portanto) Deus é o SENHOR [...]”, Lv.25.55.          É preciso partir do coração do filho de Deus o desejo, assim como o salmista declarou: “[...] deveras sou teu servo [...]”, Sl.116.16.
            Jesus fala que “[...] depois de havermos feito quanto nos foi ordenado, dizemos: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”, Lc.17.10.       
            Deve haver em cada coração o desejo de se “[...] oferecer como servos para obediência [...] (a Cristo Jesus, pois foi através dele que fomos) libertos do pecado, fomos feitos servos da justiça. Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, temos o nosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna”, Rm.6.16,18,22.           
            A nossa “[...] pregação (deve ser a de que) [...] somos servos (de) Cristo Jesus como Senhor [...]”, 2Co.4.5. 
            Servo é uma posição de confiança e honra na presença de Deus.
            Foi um privilégio para “[...] Abraão [...] (ser chamado de) servo (de Deus)”, Sl.105.42.       “[...] Moisés [...] (é considerado de) servo (do) SENHOR”, Ex.14.31.           
            É falado de “[...] Josué [...] (como) servo do SENHOR [...]”, Js.24.29.         
            De “[...] Davi (se fala que era) [...] servo [...] (do SENHOR)”, Sl.132.10.           
            A Bíblia fala a respeito de Jesus “[...] que (era) [...] Servo (sofredor, o qual) [...] seria exaltado e elevado [...] (mas, ao mesmo tempo) era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso”, Is.52.13; 53.3.
            Ainda existem muitos servos de Deus que vivem “[...] encarcerados [...] sofrem maus tratos [...] (outros) que sofrem segundo a vontade de Deus [...] (quando) praticam [...] (o) bem (mas, cada um) obterá o fim da (sua) [...] fé: a salvação da (sua) [...] alma”, Hb.13.3; 1Pe.4.19; 1Pe.1.9.           
            No texto básico Jesus faz uma distinção entre o serviço prestado pelos irmãos na igreja e pelos funcionários de uma instituição secular:
            “[...] Jesus (fala que na empresa, ou,) [...] os que são considerados governadores dos povos (querem ser servidos, pois) tem sob seu domínio (o empregado), e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade (manda)”, Mc.10.42, “mas entre nós (igreja) não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre nós, será esse o que [...] serve (e obedece)”, Mc.10.43, pois “[...] quem quiser ser o primeiro entre nós será servo de todos”, Mc.10.44.      
            Hoje nas igrejas, os que frequentam, agem como consumidores ao pé do balcão; pedem e desejam logo serem atendidos.
            Muitos esquecem que servir é um alimento que nutre a alma.
2 – Motivos para servir.
            Há cinco razões básicas para servirmos:
            2.1 – Devemos servir seguindo o exemplo do Chefe.
            Enquanto não aceitarmos que “[...] o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”, Mc.10.45, vamos continuar querendo ser servidos.
            É preciso deixar gravado em nosso coração que “[...] Jesus [...] diz que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado (Jesus), maior do que aquele (Pai) que o enviou”, Jo.13.16.
            Assim como “[...] Jesus nos deu o exemplo [...] como ele nos fez, façamos nós também”, Jo.13.15.
            O que Jesus fez foi algo simples, “[...] lavou os pés (dos discípulos), tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? ”, Jo.13.12.
            Será que estamos dispostos a abrir a porta do carro, ceder o lugar, lavar as louças, pedir perdão, aceitar os erros?
            Muitas vezes “nós chamamos Jesus (de) o Mestre e o Senhor e dizemos bem; porque ele o é”, Jo.13.13, mas, será que estamos aceitando o conselho de sermos servos?
            É preciso saber que “[...] se Jesus, sendo o Senhor e o Mestre [...] lavou os pés (dos discípulos), também nós devemos lavar (abaixar, humilhar, servir) os pés uns dos outros”, Jo.13.14, principalmente a nossa família.
            A partir do momento em que “[...] sabemos destas coisas, bem-aventurados somos se as praticarmos”, Jo.13.17.
            Vamos tentar imitar Jesus?
            2.2 – Devemos servir porque somos servos.
            Quando “lembro [...] (que sou) servo (de Deus e que) [...] ele não (se) [...] esquece de mim”, Is.44.21 estou “ciente de que receberei do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estamos servindo”, Cl.3.24.
            É por este motivo que devemos “servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (portanto) [...] se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”, 1Pe.4.10,11.
            Esse servir é uma consequência natural daquilo que somos, servos de Cristo Jesus.
            2.3 – Devemos servir porque temos uma tarefa para cumprir.
            Quando reconhecemos que “não foram nós que escolhemos a Jesus; pelo contrário, ele nos escolheu a nós outros (o propósito maior de Jesus em nós é que o sirvamos, pois) [...] Jesus nos designou para [...] dar fruto, e o nosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirmos ao Pai em nome (de) Jesus, ele no-lo conceda”, Jo.15.16.
            Essa disposição para servir não nasce de nós mesmo, “pois somos feitura (de) Deus, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.
            2.4 – Devemos servir porque fomos capacitados espiritualmente por Deus.
            A nossa capacitação é do “[...] homem que, ausentando-se do país (Jesus) [...] nos confiou os seus bens (ministério, evangelização). A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu”, Mt.25.14,15.
            A tarefa que recebemos é somente “[...] pela graça (de Deus) que nos foi dada [...] segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um (sendo assim) temos [...] diferentes dons (presente) segundo a graça que nos foi dada: se profecia (mensagem), seja segundo a proporção da fé; se ministério (serviço), dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta (chamar para o meu lado, encorajar, confortar) faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência (dedicação); quem exerce misericórdia, com alegria”, Rm.12.3,6-8.
            Quando somos capacitados por Deus, desejamos “servir uns aos outros [...] conforme o dom que recebemos, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (portanto) [...] se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”, 1Pe.4.10,11.
            2.5 – Devemos servir porque seremos recompensados por Deus.
            A recompensa, “[...] assentar-se à direita (de) Jesus ou à sua esquerda (prêmio) [...] é para aqueles a quem está preparado”, Mc.10.40, por isso, longe de pensar que somos merecedores, pois “[...] não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor [...]”, Ec.9.11, “[...] Deus é quem opera tudo em todos”, 1Co.12.6.
            Quando julgamos merecedores de qualquer recompensa, muitos ficam “[...] indignados [...] contra (nós) [...]”, Mc.10.41.
            É por este motivo que “[...] Jesus [...] (nos) chama para junto de si (através da Sua Palavra), dizendo: Sabeis que os que são considerados governadores (querem ser servidos, pois) tem sob seu domínio (o empregado), e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade (manda)”, Mc.10.42.
            Quanto aos servos de Deus, “tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que receberemos do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estamos servindo”, Cl.3.23,24.
            Ao servir a Jesus, sabemos que “[...] Deus não é injusto para ficar esquecido do nosso trabalho e do amor que evidenciamos para com o seu nome [...]”, Hb.6.10; seremos recompensados.
            Kent M. Keith, em seu livro “Faça a coisa certa apesar de tudo”, apresenta os paradoxos para nos motivar:
            Ame as pessoas, apesar de tudo; faça o bem, apesar da maldade; busque o sucesso, apesar dos demais o desanimarem; seja honesto, apesar da desonestidade; pense grande, quando outros não desejam; lute pelos oprimidos, ainda que todos sejam contra; construa, quando outros destroem; ajude as pessoas, mesmo que elas não façam nada por você; dê ao mundo o melhor, ainda que você não receba nada.
3 – Os riscos em servir.
            Servir não é algo fácil.
            Servir é algo contrário à natureza humana e pecadora.
            Queremos ser servidos pelos outros, mas nunca servir.
            No texto estudado Jesus aponta alguns perigos relacionados ao serviço cristão.
            3.1 – O perigo de desejarmos uma posição de privilégio na igreja, usando influências políticas ou familiares.
            “[...] Tiago e João, filhos de Zebedeu se aproximaram (de) Jesus [...] (apenas por interesse) dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos concedas o que te vamos pedir”, Mc.10.35.
            Amigo do gerente de banco para facilitar empréstimo, médico para conseguir uma cirurgia.
            Ora, como a pessoa é sua amiga, a resposta/pergunta dela será a mesma que Jesus deu aos discípulos: “[...] Que quereis que vos faça?”, Mc.10.36.
            O que queremos é poder sobre os demais, mandar, que possamos receber “[...] permissão que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda”, Mc.10.37.
            Na igreja muitos não querem ser eleitos diáconos, mas desejam o presbiterato.
            3.2 – O perigo de uma família querer ser a dona da igreja.
            Muitos laços de sangue sobrepujam os laços espirituais.
            “[...] Jesus [...] disse (para os filhos de Zebedeu, Tiago e João que eles) [...] não sabiam o que pediam (destaque, posição. Em breve Jesus passaria pela morte, tal a simbologia do) [...] beber o cálice (receber na alma o que serve para fortalecer) [...] ou receber o batismo (de calamidades, aflições) [...]”, Mc.10.38.
            Muitos de nós, assim como os filhos de Zebedeu “disseram (para) Jesus: Podemos (PF - frequentar a igreja, dizimar, orar, ler a Bíblia). Torna [...] Jesus (a nos dizer): (podemos) beber o cálice (passar pela sombra da morte, mas somos fortalecidos por Deus) [...] e receber o batismo (enfrentar calamidades, aflições) com que Jesus (passou) [...]”, Mc.10.39, mas, “quanto, porém, ao assentar-se à minha direita ou à minha esquerda (ser e agir como dono da igreja) [...] Jesus não [...] concede; porque é para aqueles a quem está preparado”, Mc.10.40 e o único preparado e dono da igreja “[...] é Cristo [...] o cabeça da igreja, (além de ser o dono é) [...] o salvador do corpo [...] (e) o cabeça de todo principado e potestade”, Ef.5.23; Cl.2.10.
            3.3 – O perigo de disputas pessoais por cargos e posições de liderança na igreja.
            “[...] Jesus [...] (nos) chama para junto de si (através da Sua Palavra), dizendo: Sabeis que os que são considerados governadores (querem ser servidos, pois) tem sob seu domínio (o empregado), e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade (manda)”, Mc.10.42.
            Essa disputa por cargos posições e lideranças acontece nas empresas, “mas entre nós (na igreja) não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar- se grande entre nós (mandar), será esse o que [...] serve”, Mc.10.43 tal como Jesus fez.
            Quando você oferece uma festa ou participa de alguma confraternização na igreja, você é o primeiro a se servir?
            Jesus ordena aquele que “[...] quiser ser o primeiro entre nós será servo de todos”, Mc.10.44.
            Você está disposto a servir ou ser servido?
            3.4 – O perigo de servir apenas para aparecer.
            Com a ânsia de servir, podemos correr o risco de querer aparecer, daí, não é aceito por Deus.
            Quando “[...] o Filho do Homem (veio a este mundo) não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”, Mc.10.45 e, a “[...] oferta e sacrifício (que) Cristo (fez) [...] Deus [...] (aceitou como) aroma suave”, Ef.5.2.
            O único que deve “[...] crescer (na igreja e em nossas vidas é) Jesus e que eu diminua”, Jo.3.30.
            3.5 – O perigo de usarmos o discurso do serviço apenas para nos servirmos da igreja.
            Muitos se servem da igreja para ganhar uma cesta básica, estudos, aperfeiçoar a língua estrangeira – missionários.
            “[...] O Filho do Homem [...] (foi além) deu a sua vida em resgate por muitos”, Mc.10.45, não ficou apenas nas palavras, Ele cumpriu.
            E nós, ficamos apenas na palavra ou cumprimos com o nosso discurso?
Conclusão:      O cristão que trabalha, cresce, então, vamos “[...] seguir a verdade em amor, crescer em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”, Ef.4.15,16.
            1 – Você tem agido como servo de Deus?
            2 – Quais são as suas maiores dificuldades para servir?
            3 – Você tem usado o serviço cristão para se promover?



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Dieta espiritual – Z3 Editora – Rev. Arival Dias Casimiro

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