SERVOS
O servo pode ser empregado,
escravo ou uma pessoa que presta culto e obedece a Deus. No
pós-exílio o sacerdote e escriba Esdras declarou que cada um pode “[...] ser
servo do Deus dos céus e da terra [...]” (Ed 5.11). Ele completa dizendo que “[...]
sendo servo, porém, na [...] servidão, Deus não [...] desamparou [...] (os seus
filhos); antes, estendeu sobre (cada um) [...] a sua misericórdia [...]” (Ed
9.9). O médico Lucas reclama que muitos são “[...] servos inúteis, porque fazem
apenas o que deve fazer” (Lc 17.10).
O profeta Isaías escreve um
poema aplicando-o à era do Reino de Deus, mas que reveste-se de caráter
universal que pode falar de qualquer época. Para ele, o servo foi nomeado por
decreto divino para realizar a tarefa da evangelização. É por este motivo que
“o Espírito do SENHOR Deus está sobre (o servo) [...] porque o SENHOR o ungiu
para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-o a curar os quebrantados de
coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados”
(Is 61.1).
É uma incoerência qualquer
servo tentar libertar os cativos estando na prática do pecado. Mas, o meio mais
seguro de libertar os cativos é a partir do momento em que “o
Espírito do SENHOR Deus estiver sobre [...]” a vida do servo de Deus. É a
partir desse momento que o homem pecador passa a ser considerado servo de Deus.
Desse momento em diante “[...] o SENHOR o unge [...]”. A unção lhe dá forças
“[...] para pregar boas-novas aos quebrantados (desanimado, aflito, ferido)
[...]”.
Ao ser escolhido como
servo, o dever é para ajudar os aflitos e pensar as feridas dos que tem o
coração ferido. A pregação aos feridos tem quatro finalidades: 1 – “[...] curar
o [...] coração [...]” espiritual. Isto acontece quando o coração está com o
sentimento ferido no namoro, doído por causa do pecado, esmagado por uma
tragédia; 2 – "[...] proclamar libertação aos cativos [...]" do
diabo, do vício, da maldade, da ira, da discórdia, das brigas, da mentira, do
erro; 3 – “[...] pôr em liberdade os algemados” que estão presos pelas garras
do diabo, morte causada pela prostituição, homossexualismo, drogas; 4 – “[...]
pôr em liberdade os algemados”. Tirar as amarras que o prendem ao diabo e a
seus anjos. Pregando as boas-novas, curando o coração e libertando o cativo – nada
de campanha de libertação, mesmo porque, “se, pois, o Filho [...] libertar (o
homem), verdadeiramente será livre” (Jo 8.36).
Muitos encontram ao seu
redor aqueles que choram à procura de paz com Deus. O dever do servo de Deus é
tão somente “[...] consolar todos os que choram” (Is 61.2), que estão
sobrecarregados pelo pecado. É preciso “[...] consolar todos os que choram” que
estão à procura da graciosa obra do evangelho. É dever “[...] consolar todos os
que choram” por causa de suas tragédias pessoais depois que abandonou a sua
família e está arrependido, após uma gravidez indesejada, DSTs ou algum
acidente provocado. A servidão para “[...] consolar [...] os que choram” é
porque pesa sobre cada um a responsabilidade de “apregoar (proclamar) o ano
aceitável do SENHOR [...]” (Is 61.3).
Quando do nascimento de
Jesus Cristo, foi inaugurado o dia da salvação; por este motivo, o servo tem
que espalhar essa notícia. A outra forma de “[...] consolar todos os que
choram” é avisar a todos sobre “[...] o dia da vingança de [...] Deus [...]”
(Is 61.2). Falar sobre o julgamento do mal, alertar sobre o dia do juízo final,
avisar aos despercebidos que aproveitem as oportunidades porque “[...] o dia da
vingança [...]” será realizado quando Jesus voltar. Ao olhar para a segunda
vinda de Cristo, cada um terá a oportunidade de observar a salvação e
julgamento; qual você espera?
Seja servo de Deus. Quando
esta decisão for tomada, a resposta de Deus é que Ele irá “[...] pôr sobre
(você) [...] uma coroa em vez de cinzas [...]” (Is 61.3). A cinza traz mais
sujeira, lamentação, mas a coroa fala sobre a vitória. As lágrimas no seu rosto
são devido a alguma decepção com namoro, casamento, filhos, parentes, trabalho?
Então, Deus irá colocar “[...] óleo de alegria, em vez de pranto [...]” (Is
61.3). Haverá pranto devido às derrotas, tristezas, amarguras, acidentes e
mortes. O “[...] óleo de alegria [...]” (Is 61.3) fala da hospitalidade,
amizade, alegria do Espírito Santo em sua vida. Seja servo e deixe Deus colocar
uma “[...] veste de louvor, em vez de espírito angustiado [...]” (Is 61.3).
Que todos tenham mudanças
“[...] a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para
a sua glória” (Is 61.3).
Rev.
Salvador P. Santana
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