AJUNTAMENTO TEMPORÁRIO
O homem passa muito pouco tempo em
família. Alguns podem chegar “[...] a setenta anos ou, em havendo vigor, a
oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa
rapidamente [...]” (Sl 90.10). Todos hão de convir que esse tempo é curto, mas
ele precisa ser saudável e cheio de expectativas de novos encontros com aqueles
que moram perto ou distante.
É maravilhoso viver em família,
mesmo porque, você pode planejar o presente e o futuro. Assim acontece com a
igreja do Senhor Jesus Cristo. Vivem juntos por breve tempo. Podem fazer novas
amizades, planejar o futuro, mas chega um dia em que cada um segue o seu
próprio caminho, mas, com a esperança de se encontrarem num futuro bem próximo,
na eternidade, pois “[...] ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a vida para
sempre” (Sl 133.3). Essa vida só pode ser eterna no céu, e a terrena, deve ser
com Jesus Cristo no coração.
Quanto tempo você viverá neste mundo
junto com os seus e com a igreja? Aproveite, “pois todos os [...] dias (do
homem) se passam na ira (de) Deus; acabam-se os (seus) anos como um breve
pensamento” (Sl 90.9). Por saber que a sua estadia neste mundo é breve,
esforça-te para “[...] viver unido (com) os irmãos” (Sl 133.1). Davi louva a
Deus através deste texto sabendo que pode existir união fraterna do povo de
Deus através da fé.
Nesse breve tempo de vida que o
servo de Deus há de passar neste mundo, Deus cobra daqueles que Os servem um
relacionamento abençoado a fim de que possam “[...] viver (de forma) agradável
(e) unidos [...]” (Sl 133.1). É preciso que haja em cada coração simpatia,
gentileza, tal como na linguagem repetitiva do salmista: “[...] bom e agradável
[...]” (Sl 133.1). Ao viverem deste modo, é como um penhor de prosperidade na
fé, no amor, na comunhão, na alegria e amizade, dentro e fora de casa. Esse
viver bem entre as pessoas só é possível com Cristo Jesus habitando nos
corações.
Por ser um ajuntamento temporário,
viva em unidade. A unidade desejada por Deus “é como o óleo preciso sobre a
cabeça [...]” (Sl 133.2). Nos tempos bíblicos esse óleo era usado para
consagração do sumo sacerdote, como aliviador nas feridas e refrescante. O
calor do corpo ia dissolvendo o óleo que escorria pelo rosto até as “[...] suas
vestes” (Sl 133.2). O óleo era perfumado, portanto, produzia um perfume
agradável no corpo. Toda família/igreja precisa buscar essa consagração, alívio
para as feridas, consolo para os momentos de tristeza, tal como o sumo
sacerdote se tornava santo para Deus e para o seu trabalho. Quem vive em união
vive separado para Deus. A unidade do povo de Deus é um rico perfume que torna
a adoração agradável diante de Deus.
Todos precisam saber que a unidade
do ajuntamento temporário não é proporcionada por homem algum. É necessário que
aconteça fertilidade para poder viver. Cada chefe de família ou cada
participante da igreja deve aceitar que é o próprio Deus que prepara “[...] o
orvalho [...]” (Sl 133.3) para regar a terra ou fazer aumentar a nascente de um
rio. Com as gotículas “[...] que descem sobre os montes [...]” (Sl 133.3), pode
existir promessa de vida renovada e contínua em casa e na igreja. Essa
maravilha só pode acontecer porque “[...] ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a
vida para sempre” (Sl 133.3).
Igreja Presbiteriana,
busque viver bem neste ajuntamento temporário!
Rev. Salvador P. Santana
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