A PRIORIDADE DO LÍDER,
2Tm.2.14-26.
Introdução.
A
relevância (importância) do cristão no mundo depende da concentração da força
naquilo que realmente importa.
Perguntaram
para Jonas: “[...] Que ocupação é a
tua? [...] (ele respondeu:) temo ao SENHOR, o Deus do céu, que fez o mar e a
terra”, Jn.1.8,9.
Perguntaram
para um seminarista: O que você faz? Para ocultar a sua identidade ele respondeu:
sou advogado.
Ninguém
consegue atender várias frentes de combate ao mesmo tempo. Temos que escolher
as batalhas a serem enfrentadas.
Existem cristãos
agressivos que atiram para todo lado com o intuito de conseguir encher a
igreja.
Para
conquistar a terra prometida a ordem é simples: “seja
forte e [...] corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei [...]
dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que
sejas bem-sucedido por onde quer que andares”, Js.1.7.
Somos
fascinados por discussões.
Ficamos
preocupados com o que está errado, esquecendo de fazer o que está certo.
O mais correto,
aconselha Paulo a Timóteo, cada um “[...]
deve testemunhar [...] a todos perante Deus [...] evitar contendas de palavras
que para nada aproveitam [...]”, 2Tm.2.14.
A
prioridade do líder é [...]
1 – Manejar bem a Palavra
de Deus.
Patrocínio,
MG – evangelista ouvia comentário das demais religiões para contradizer.
Discutimos
para saber se a palavra pregada por este ou aquele programa evangélico está
certa ou errada e deixamos de “examinar
as Escrituras [...]”, Jo.5.39.
As “[...] contendas de palavras [...] para nada
aproveitam [...]”, 2Tm.2.14 para aqueles que entram pelo simples prazer
de discutir.
Paulo “[...] resistiu Cefas [...] face a face,
porque se tornara repreensível (merece repreensão)”, Gl.2.11.
Paulo
notou que Pedro, “[...] antes de
chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém,
chegaram, afastou-se [...]”, Gl.2.12.
Paulo sai
em defesa do evangelho ao “[...] (perceber)
que Pedro não procedia corretamente segundo a verdade do evangelho [...] (era) judeu,
(mas) vivia como gentio e não como judeu [...] obrigava os gentios a viverem
como judeus [...]”, Gl.2.14.
Praticamos
o mesmo que o incrédulo pratica, mas queremos que ele se torne evangélico –
bebedeira, brigas nos lares, divórcio.
Não podemos
ser como os políticos ou clubes de amigos que encobrem os erros uns dos outros,
e ainda, “[...] conhecendo [...] a sentença de Deus, de que são
passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazemos, mas
também aprovamos os que assim procedem”, Rm.1.32.
Ao falar “[...] para (Timóteo) [...] evitar contendas
de palavras [...]”, 2Tm.2.14, Paulo dá o indicativo de que certas
pessoas usam palavras para enganar.
Ele falou
para a igreja de Colossenses tomar “cuidado
(para) [...] ninguém [...] (os) enredar (enlaçar, atrapalhar) com sua filosofia
(sabedoria humana) e vãs sutilezas (engano, falsidade) [...]”, Cl.2.8.
Espalharam-se
pela Grécia filósofos chamados “[...]
sofistas (argumento correto, mas leva ao erro)”, 2Co.10.4 – Platão os
criticava.
Paula
alerta Timóteo sobre certo “[...]
Himeneu e Fileto”, 2Tm.2.17 hábeis para enganar.
“[...] A linguagem deles corrói como câncer
[...]”, 2Tm.2.17.
A falta
de manejo da Palavra de Deus desses homens se percebe no “[...] desvio da verdade, asseverando que a
ressurreição já se realizou, (com isso) estavam pervertendo a fé a alguns”,
2Tm.2.18.
O
pensamento de muitos – o corpo é mau e o espírito é bom – não pode haver
ressurreição para aprisionar novamente o espírito.
Todos que
desejam provar a não ressurreição será em vão porque “[...] Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,
e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”,
1Co.15.3,4.
A fim de
combater todo tipo de erro, todo líder deve “procurar
[...] (ser) aprovado (por) Deus [...]”, 2Tm.2.15 para ter condições de interpretar
a Palavra de Deus como ela é e não ao modo de cada um.
A
prioridade do líder é [...]
2 – Fugir das
paixões destruidoras.
Paulo
orienta Timóteo a não se preocupar com minúcias desnecessárias e sim fugir das
paixões destruidoras – “acho que ela não gosta de mim”.
“Os fariseus [...] disseram (para) Jesus [...]
que os [...] discípulos faziam o que não era lícito fazer em dia de sábado”,
Mt.12.2 – comendo espigas.
“Falou João [...] (para) Jesus (que) viu certo
homem que, expelia demônios (no) nome (de) Jesus [...] (foi) proibido, porque
não seguia com eles”, Lc.9.49.
Assunto
como dessa natureza só causa destruição no meio da igreja.
O texto
fala que o líder deve “procurar [...]”,
2Tm.2.15 como se algo estivesse perdido.
A “procura (deve ser por) apresentar-se a Deus
aprovado [...]”, 2Tm.2.15.
Em certo
lugar Paulo fala para o líder fugir do “[...]
amor (ao) [...] dinheiro [...]”, 1Tm.6.10, “[...] das paixões da mocidade [...]”, 2Tm.2.22, “[...] evitar os falatórios (discussão) inúteis
e profanos (desrespeitar coisas, pessoas) e as contradições do saber [...]”,
1Tm.6.20, “fugir da impureza
(adultério) [...]”, 1Co.6.18, “[...]
fugir da idolatria”, 1Co.10.14.
Para ser
líder nada pode “[...] envergonhar (o)
obreiro (é preciso) [...] manejar bem a palavra da verdade”, 2Tm.2.15 –
testemunho e fidelidade na pregação da Palavra de Deus.
Certa vez
Jesus criticou os “[...] escribas e
fariseus [...] porque davam o dízimo da hortelã, do endro (erva aromática para
temperar Salmão e batata) e do cominho e [...] negligenciava os preceitos mais
importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; (o) dever [...] (é) fazer
estas coisas, sem omitir aquelas [...]”, Mt.23.23.
Devido
“[...] o Senhor conhecer os que lhe
pertencem [...] (é lícito) apartar-se da injustiça todo aquele que professa o
nome do Senhor”, 2Tm.2.19.
Por este
motivo devemos deixar de “[...] enxergar
[...] o argueiro (pequenas falhas) no olho [...] (do) irmão [...] não reparando
na trave que está no (nosso) [...] próprio [...]”, Mt.7.3.
Como
todos nós temos erros, “[...] trave (em
nosso) olho [...] é (impossível) dizer a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro (cisco)
do teu olho [...]”, Mt.7.4.
Para
chamar atenção do irmão devo “[...] tirar
primeiro a trave do meu olho e, então, verei claramente para tirar o argueiro (cisco)
do olho de meu irmão”, Mt.7.5.
Caso
contrário, serei “[...] um cego guiando
outro cego, (daí) cairão ambos no barranco”, Mt.15.14.
Para
fugir das paixões destruidoras devo reconhecer que na minha “[...] casa (coração) não há somente
utensílios de ouro e de prata (durável/sem pecado que serve) [...] para honra (fama,
glória); há também de madeira e de barro (apodrece, quebra/pecados ocultos que
serve) [...] para desonra”, 2Tm.2.20.
Quando
houver a decisão de “[...] a si mesmo
se purificar destes erros, seremos utensílio para honra (fama), santificado e
útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra”, 2Tm.2.21.
Todas as idades
têm suas paixões – jovens – aventura, adultos –
estabilidade/reconhecimento/fama/dinheiro, velho – saudosismo de práticas
pecaminosas/vida espiritual/eternidade com Deus.
Sendo
assim, é preciso “fugir (dos falsos
anunciadores do evangelho) [...] das paixões da mocidade [...]”,
2Tm.2.22.
A
prioridade do líder é “[...] seguir (perseguir)
a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”,
2Tm.2.22.
A
prioridade do líder é [...]
3 – Procurar a
salvação dos perdidos.
A preocupação
primeira do líder é a salvação do homem perdido.
Cada um é
obrigado “[...] apresentar-se a Deus
aprovado (livre de acusação), como obreiro [...] que maneja bem a palavra da
verdade”, 2Tm.2.15 – não no sentido de saber onde se encontra os livros da
Bíblia, mas viver em santidade a fim de conduzir o homem pecador ao
arrependimento e salvação.
Paulo
deseja que o servo de Deus “[...] repila
(afaste) as questões insensatas (algo secreto) e absurdas (sem valor), pois [...]
só engendra (faz nascer) contenda”, 2Tm.2.23.
John Stott
– “Não ficar implicando com coisas sem valor”.
Na igreja
encontramos pessoas zelosas demais com coisas matérias, mas sem disposição para
ajudar o necessitado, orar, ler a Bíblia, evangelizar, visitar – Nilza,
Arlindo, Marcelo.
O zelo é
bom, mas deve ser equilibrado.
Jesus foi
zeloso quando “[...] encontrou no
templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e [...] os cambistas [...] fez um
azorrague (chicote) de cordas, expulsou todos [...]”, Jo.2.14,15.
Criticamos
os erros dos outros sem demonstrar amor.
Sentimos
guardiãs do culto e da doutrina.
Muitas
vezes apontamos o pecado do outro, encobrimos o nosso.
Por causa
do pecado, existe no ser humano o desejo de ser igual ao “[...] acusador de nossos irmãos [...] que [...]
acusa (uns aos outros) de dia e de noite, diante do nosso Deus”,
Ap.12.10.
Em todas
as coisas, “no zelo (ciúme), não (devemos)
ser remissos (negligente) [...]”, Rm.12.11.
Não é
questão de ignorar ou encobrir os erros dos outros, mas é dever de cada um “evitar [...] os falatórios inúteis [...] pois
os que deles usam passarão a impiedade (maldade) ainda maior”, 2Tm.2.16.
Para “[...] a impiedade (maldade não se tornar) ainda
maior”, 2Tm.2.16, Paulo ordena “[...]
que o servo do Senhor [...] deve ser brando (amável) para com todos, apto para
instruir, paciente”, 2Tm.2.24.
É devido “[...] a contendas (guerra de palavras) [...]”,
2Tm.2.24 que muitos saem da igreja, entra em briga corporal e acaba na justiça.
É verdade
que o pecado precisa ser reconhecido como pecado, mas também é preciso definir
o nosso alvo [...]
Conclusão: Não se ocupar com aquilo que não é
prioritário.
Algumas
coisas são necessárias para o crescimento espiritual do líder: Ser “[...] aplicado à leitura, à exortação
(convencer por meio de palavras), ao ensino”, 1Tm.4.13, “combater
o bom combate da fé. Tomar posse da vida eterna [...]”, 1Tm.6.12, “ter cuidado de mim mesmo e da doutrina [...]”,
1Tm.4.16, esforçar por “[...] livrar-me da corrupção (putrefação) das
paixões que há no mundo”, 2Pe.1.4.
Após esse
cuidado com a própria vida, terei condições de “disciplinar
com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda [...] o
arrependimento para conhecerem plenamente a verdade”, 2Tm.2.25.
Tanto eu
como eles “[...] retornará à sensatez
(sóbrio/moderado/controlado para se tornar) [...] livre [...] dos laços do
diabo [...]”, 2Tm.2.26.
Meditação:
A prioridade do líder é: “Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade”, 2Tm.2.15.
Adaptado
por Rev. Salvador P. Santana para Escola Dominical da Revista Nossa fé da CCC –
Modelo Bíblico de Liderança
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