sábado, 10 de dezembro de 2016

O SEXO CRIADO POR DEUS – Propósitos da relação sexual no casamento, Gn.2.22-24.



O SEXO CRIADO POR DEUS – Propósitos da relação sexual no casamento, Gn.2.22-24.

Introd.:           Que conceito (noção) você tem sobre o sexo?
            Para a pessoa não cristã, as respostas sobre a imagem do sexo pode ser distorcida, negativa, pervertida e, amoral.
            Algumas pessoas que professam ser cristãs também tem uma imagem negativa do sexo.
            Muitos evitam falar a respeito do sexo e, quando falam, parece que predomina um olhar pejorativo, e o sexo é considerado um ato isolado e que não faz parte de nossa devoção a Deus.
            A Palavra de Deus revela que o sexo é [...]             
1 – Prazeroso e tem continuidade.
            A visão reformada tenta resgatar o ensino bíblico, de que, o sexo foi criado por Deus.
            A – Uma série de equívocos.
            Para o mundo, o sexo deve ter sido criado pelo próprio homem ou pelo diabo, pois o prazer intenso que ele produz não pode ser obra de Deus.
            Na época da pré-reforma, com a visão dualista (filosofia grega – o gnosticismo penetrou na Igreja Primitiva – admite a existência de um princípio eterno do mal – sustenta que no homem o espírito representa o princípio do bem, e o corpo, o do mal – o único meio de escapar do pecado consiste em livrar-se do corpo – Teologia Sistemática – Louis Berkhof – 230), ensinava que as pessoas, para se tornarem santas, não poderiam ter prazer ‘na carne’, que, para eles tinha conotação erótica, por isso elas deveriam se abster de toda e qualquer forma de prazer, para evitar o pecado.
            Teólogos católicos da Baixa Idade Média (1.000-1.400 d.C) ensinavam que o celibato era obrigatório e, com o objetivo de viver uma vida mais próxima a Deus, eles se afastavam de


todos os prazeres, principalmente o do relacionamento, ainda que conjugal, com uma mulher.
            Monges se envolviam uns com os outros e, infelizmente, a pedofilia acabou se tornando uma das marcas do episcopado católico-romano.
            Para o povo a visão sobre o sexo foi transmitida de um modo defeituoso; o sexo devia ser praticado com fins reprodutivos, para procriação.
            Sentir o prazer do sexo, como diz a teologia romana, é pecado.
            A ideia de que sexo dentro do casamento é pecado permanece até hoje.
            B – O ensino bíblico sobre sexo.
            Para o cristão reformado, o sexo foi criado por “[...] Deus [...] (para a procriação) serem fecundos, multiplicar, encher a terra [...]”, Gn.1.28, mas sempre como um ato de prazer. Isso significa que não existe distinção entre procriação e prazer.
            [...] Deus [...] (criou) homem (e mulher) auxiliadora [...]”, Gn.2.18 para o prazer do outro e de cada um.                   
            Através do sexo, “[...] o homem [...] se uni à sua mulher [...]”, Gn.2.24 é a maneira mais profunda e pessoal que o ser humano tem de interação.
            Quando “[...] o homem [...] e a sua mulher se unem, os dois se tornam uma só carne”, Gn.2.24.
            Cântico dos Cânticos é um bálsamo em meio a tanta leitura agressiva sobre o sexo.
            A tendência do mundo é banalizar a sexualidade. Ela foi transformada em ídolo, ou apenas um prazer vazio e sem significado.
            Salomão, através do livro de Cântico dos Cânticos, nos faz conhecer o amor entre um “[...] homem [...] (e


uma) mulher [...]”, Gn.2.22, um marido e sua esposa; os quais se entregam um ao outro expressando desejo, carinho, afeto e compromisso.
            A linguagem entre casais deve ser a ensinada na Bíblia quando a mulher declara: “O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios”, Ct.2.16.             
            A linguagem poética é que, a mulher pode tecer convites a seu esposo: “[...] Ah! Venha o meu amado para o seu jardim e coma os seus frutos excelentes!”, Ct.5.16.                
            A esposa pode elogiar “[...] o seu esposo (para as) filhas de Jerusalém (dizendo que) o seu falar (beijo) é muitíssimo doce; sim, ele é totalmente desejável. Tal é o seu amado [...]”, Ct.5.16.               
            Salomão desfaz a ideia de que o homem não pode fazer elogios à sua esposa.
            Ao escrever, provavelmente o que aconteceu em seus relacionamentos, o rei de Israel fala para a sua esposa em forma elogiosa: “Os teus lábios, noiva minha, destilam mel (ao beijá-la). Mel e leite se acham debaixo da sua língua, e a fragrância (perfume) dos seus vestidos é como a do Líbano (floresta, corte madeira)”, Ct.4.11.
            A linguagem é erótica quando fala sobre “os seus dois seios (que) são como duas crias, gêmeas de uma gazela, que se apascentam entre os lírios”, Ct.4.5, é propícia para fazer calar a boca de muitos homens que denigrem, menosprezam e colocam defeitos em suas esposas.
            Essa linguagem bíblica não é vulgar como encontramos no meio incrédulo. 


            A linguagem de Salomão é Palavra de “[...] Escritura [...] inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”, 2Tm.3.16.
            A partir desse registro de Salomão, vemos que “[...] Deus [...] abençoou (o sexo não apenas para) [...] fecundar, multiplicar, encher a terra (mas também para o prazer humano) [...]”, Gn.1.28.                    
            O sexo criado por Deus exige [...]
2 – Cumplicidade e doação.
            Cumplicidade é a coparticipação com outro.
            Logo após a criação do homem, Adão reconheceu a cumplicidade de sua esposa ao “[...] dizer: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada”, Gn.2.23 e, após, Adão se doou “[...] se unindo à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”, Gn.2.24.
            Esses aspectos na vida do casal não são evidentes ou reconhecidos, mas procedem do ensino das Escrituras.
            Eles são motivos para melhorar o relacionamento conjugal (se você já é casado) ou colocá-lo em prática quando se casar (se ainda é solteiro).
            A – Sexo é união.
            O sexo e uma união não apenas física, mas também espiritual.
            O ato sexual entre um homem e uma mulher é a maior demonstração de vida em comum em um relacionamento.
            Não é sem propósito que o envolvimento entre um homem e uma mulher casados, nas Escrituras, é referido como “[...] tornar-se os dois uma só carne”, Gn.2.24.

            O “[...] tornar-se os dois uma só carne”, Gn.2.24 é uma alusão às primeiras palavras de Adão quando ele [...] disse [...]: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada”, Gn.2.23.
            O que se quer dizer é que o matrimônio revela intimidade e proximidade entre marido e mulher.
            O relacionamento matrimonial deve e precisa ser direcionado em submissão à vontade e glória de Deus.
            Paulo fala que é preferível, “[...] por causa da angustiosa situação presente, ser bom para o homem permanecer assim como está (solteiro)”, 1Co.7.26.
            Os solteiros, conforme Paulo, “[...] estão livres de preocupações. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, de como agradar ao Senhor”, 1Co.7.32.                              
            Mas o que se casou cuida das coisas do mundo, de como agradar à esposa (cumplicidade e doação) [...] e assim está dividido (entre fazer a vontade de Deus ou agradar o cônjuge)”, 1Co.7.33, 34.
            E “[...] também a mulher, tanto a viúva como a virgem, cuida das coisas do Senhor, para ser santa, assim no corpo como no espírito; a que se casou, porém, se preocupa com as coisas do mundo, de como agradar ao marido (vida em conjunto, que é vivida para o cônjuge)”, 1Co.7.34.
            O sexo representa na vida do casal o ápice dessa união de vida: sentimentos, propósitos, planos, carreiras, e tudo o mais que a vida de casado demanda.
            B – Sexo é serviço.

            Outro importante aspecto do sexo dentro do casamento é que ele ajuda a servir o cônjuge e expressa nossa obediência a Deus e nosso amor ao próximo.
            Para o apóstolo Paulo, quando ele fala a respeito do casamento, ele indica que a mulher reconhecendo o papel de liderança do marido e o marido que serve a esposa, ambos estão “sujeitando um ao outro no temor de Cristo”, Ef.5.21.
            Cumprimos os nossos deveres matrimoniais, e dentre eles, está a prática sexual e nessa prática, “sujeitamos um ao outro no temor de Cristo”, Ef.5.21.
            Infelizmente, muitos associam o sexo à impiedade ou à imoralidade.
            O marido (serve) concede à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente (serve), a esposa, ao seu marido”, 1Co.7.3.
            Isso pode surpreender alguns, mas o meio de servir ao cônjuge é levar uma vida sexual ativa e dinâmica.
            Como cristãos não podemos deixar de servir nossos cônjuges em uma área tão importante.
            Muitos casamentos têm afundado porque a prática sexual é distorcida.
            Não tem nada a ver com procedimentos que ferem a santidade do casamento, e sim sobre a constância, entrega e recebimento de prazer, diálogo sobre o assunto.
            O recado de Jesus é que eu e você aceitemos o “novo mandamento (que Jesus) nos dá: que nos amemos uns aos outros; assim como Ele nos amou, que também [...] amemos uns aos outros (dentro do casamento)”, Jo.13.34.   
Conclusão:      Um dos ensinos do catolicismo é que, na prática diária dos casais, Deus não tem nada a ver com o sexo.
            Sabemos que Deus criou o sexo justamente para servirmos a pessoa mais próxima de nós nesta vida; o cônjuge.

Aplicação:       Para aquele que é casado, aproveite e glorifique o Senhor na vida íntima.
            O solteiro, deve se guardar para o casamento, e comprovar, na sua vida, que “[...] a vontade de Deus (é) boa, agradável e perfeita [...]”, Rm.12.2.

             Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Nossa fé – Casais da Bíblia – CCC – Rev. André Scordamaglio.

    

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