quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Ob.1.1-21 - O PECADO E PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS.



O PECADO E PUNIÇÃO DOS ÍMPIOS, Ob.1.1-21.

Introd.:           O livro de Obadias é o menor dos livros proféticos. É também o livro mais curto do Antigo Testamento.
            Com poucas palavras ele oferece uma lição sobre o fim que espera todos aqueles que vivem na iniquidade.
            Nele aprendemos sobre as manifestações do pecado que denunciam a vinda do juízo de Deus e seus propósitos em derramar sua ira sobre os ímpios.
            Esta lição descreve um modelo do que Deus fará no juízo final e deve servir de alerta e incentivo para nos preparar para este dia.
1 – Contexto histórico.
            A “visão (em sonhos ou êxtase) de Obadias [...] (veio do) Senhor Deus a respeito de Edom (um dos nomes de Esaú, como lembrança de ter vendido o seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas, Gn.25.30) [...]”, Ob.1.1.
            [...] Edom [...]”, Ob.1.1, atual Jordânia, Amã, fica ao sul do Mar Morto – Mapa Mundial, Reinos de Judá e Israel.
            O texto fala que “[...] o Senhor Deus [...] enviou [...] Obadias (como) mensageiro [...] e levantou [...] nações (Assíria, Babilônia) [...] contra Edom, para a guerra (então, eles) ouviram as novas do Senhor [...]”, Ob.1.1 de derrotas para as suas vidas. 
            Por este motivo “[...] Deus fez [...] Edom pequeno entre as nações [...] (e acabou sendo) mui desprezado”, Ob.1.2. 
            A – Sobre o profeta.
            [...] Obadias (servo do Senhor) [...] (é o) mensageiro (missionário) enviado [...]”, Ob.1.1.
            Há cerca de 10 pessoas com esse nome no Antigo Testamento e nenhuma pode ser identificada com o profeta.
            Alguns escritores tentam apontar o escritor como o mordomo de Acabe que se encontrou com Elias, 1Rs.19, no entanto, não há base concreta para isso.
            O livro não registra informações de parentesco nem que eles viveram na mesma época.
            O conteúdo do livro indica que Obadias escreveu em 587 a.C., pouco depois da destruição de Jerusalém, em 586 a.C.).
            Obadias fala [...]
            B – Sobre o conflito entre Israel e Edom.
            A profecia dirigida fala “[...] a respeito de Edom [...]”, Ob.1.1.
            É uma denúncia contra os pecados cometidos por eles, especialmente durante o ataque de Nabucodonosor a Jerusalém.
            Edom é também chamado de “[...] monte Seir (ocupado pelos descendentes de Esaú, gêmeo de Jacó. Tem 90.000km2. Fica ao sul de Moabe) [...] Os do monte Seir [...] Amom e [...] Moabe [...] Deus não permitiu a Israel invadir, quando vieram da terra do Egito, mas deles se desviaram e não os destruíram”, 2Cr.20.10.
            O conflito entre Edom e Israel vem desde os dias de seus patriarcas.
            Os filhos (de Isaque e Rebeca) lutavam no ventre dela; então, disse: Se é assim, por que vivo eu? E consultou ao SENHOR. Respondeu-lhe o SENHOR: Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte (Israel) que o outro (Edom), e o mais velho (Esaú) servirá ao mais moço (Jacó)”, Gn.25.22, 23.     
            A servidão começou quando “[...] Jacó fez um cozinhado [...] (e) esmorecido, veio do campo Esaú [...] pedindo que o deixasse comer um pouco (do) [...] cozinhado vermelho [...] daí chamar-se Edom [...] Jacó (suplantador, enganador, pediu que) lhe vendesse primeiro o [...] direito de primogenitura (recebia porção dobrada da herança) [...] Esaú [...] comeu e bebeu, levantou-se e saiu. Assim, desprezando Esaú o seu direito de primogenitura (herança)”, Gn.25.29-31, 34.     
            Houve uma promessa de Isaque de “[...] abençoar diante do SENHOR [...] Esaú (depois dele) trazer (uma) caça [...]”, Gn.27.7.
            Antes de Esaú chegar com a caça, Jacó enganou seu pai, Isaque quando entrou em acordo com sua mãe nestes termos: “[...] Atende às minhas palavras [...] te ordeno (não aceitou as palavras de seu esposo em abençoar Esaú. Tudo por causa das mulheres estrangeiras). Vai ao rebanho (Rebeca foi astuta. Sabia que Esaú foi caçar, portanto, vamos encurtar o caminho) e traze-me dois bons cabritos; deles farei uma saborosa comida para teu pai, como ele aprecia (sabia do gosto do esposo e, possível, do tempero de Esaú); levá-la-ás a teu pai, para que a coma e te abençoe, antes que morra”, Gn.27.8-10.
            As consequências:
            1 – “[...] Caiu sobre Rebeca (a) maldição [...]”, Gn.27.13;
            2 – A mentira prevaleceu dentro do seu lar quando “[...] Isaque [...] apalpou Jacó e disse: A voz é de Jacó, porém as mãos são de Esaú”, Gn.27.13, 22, daí, Jacó mentiu e seus 10 filhos mentiram também;
            3 – Proporcionou que seu filho Esaú perdesse a bênção de “povos (o) servirem, e nações (o) [...] reverenciarem; (de ele) ser senhor de seus irmãos, e os filhos de sua mãe (de) se encurvarem a (ele e,) [...] maldito seriam os que (o) [...] amaldiçoassem, e abençoados o que (o) [...] abençoassem”, Gn.27.29;   
            4 – Teve que suportar e saber que Esaú passou a “viver da sua espada e (passou a) servir a seu irmão; (mas) quando, porém, se libertou (época de Obadias), sacudiu o seu jugo da sua cerviz (e se vingou do seu irmão Jacó/Israel, [...] entrando pela porta do [...] povo (de) Deus (Israel), no dia da sua calamidade [...] (e) olhou com prazer para o seu mal, no dia da sua calamidade [...] (e) lançou mão nos seus bens, no dia da sua calamidade”, Ob.1.13)”, Gn.27.40;           
            5 – O cheiro de vingança e homicídio passou perto do seu lar quando “[...] passou Esaú a odiar a Jacó por causa da bênção [...] e disse consigo: Vêm próximos os dias de luto por meu pai; então, matarei a Jacó, meu irmão”, Gn.27.41;            6 – Perdeu a companhia do filho “[...] Jacó (quando teve que) se retirar para a casa de Labão [...] em Harã”, Gn.27.43 – Mapa Jornada de Abraão;
            7 –  E, o que Rebeca mais odiava, teve que suportar, pois “Esaú foi à casa de Ismael (irmão de Isaque) e, além das mulheres que já possuía, tomou por mulher a Maalate, filha de Ismael, filho de Abraão, e irmã de Nebaiote”, Gn.28.9. Parece que Esaú fez para provocar os pais.  
            Após vinte anos esperando vingança, Gn.31.41, Jacó e Esaú se reconciliam, Gn.33.11.
            Muitas tragédias podem ser causadas por causa de palavras na hora errada.
            Depois de mais ou menos 560 anos, quando “Moisés enviou [...] mensageiros ao rei de Edom [...] dizendo-lhe que deixasse [...] seu irmão Israel [...] passar pela [...] terra (de) Edom [...] Edom (ainda conservava ódio, vingança e traição e) [...] não (deixou) passar [...] para que não saísse [...] de espada ao [...] encontro (de Israel)”, Nm.20, 14, 17, 18.     
            Quando Davi subiu ao trono, cerca de 1.000 anos, após o encontro de Jacó e Esaú se reconciliando, Davi “pôs guarnições em Edom (derrotando-o) [...] e todos os edomitas ficaram por servos de Davi (cumprindo a profecia de Isaque, Gn.27.29) [...] (é bom lembrar que) o SENHOR dava vitórias a Davi, por onde quer que ia”, 2Sm.8.14.
            Nos dias de Jeorão (rei de Judá, cerca de 1.700 anos depois de Jacó enganar seu irmão, Esaú), se revoltaram os edomitas contra o poder de Judá e constituíram o seu próprio rei”, 2Rs.8.20 e Edom ficou livre para se vingar do seu irmão Jacó.
            Todas essas ocorrências geraram em Edom uma disposição amarga e pecaminosa, que é denunciada por Obadias.
            Por tudo isso, Obadias aponta os [...]           
2 – Pecados que condenaram Edom.
            As primeiras palavras de Obadias (587 a.C.), são citadas integralmente pelo profeta Jeremias (586 a.C.).
            Jeremias fala que “ouviu novas da parte do SENHOR, e um mensageiro (Obadias) foi enviado às nações (Assíria e Babilônia), para lhes dizer: Ajuntai-vos, e vinde contra (Edom) [...] e levantai-vos para a guerra. Porque eis que Deus fez Edom pequeno entre as nações, desprezado entre os homens (servo de Jacó). O terror que inspiras (de contra-atacar) e a soberba do seu coração [...] enganaram Edom. Edom que habitas nas fendas das rochas, que ocupas as alturas dos outeiros, ainda que eleves o teu ninho como a águia, de lá te derribarei, diz o SENHOR”, Jr.49.14-16.
            Essa repetição mostra a importância da profecia de Obadias no contexto da queda de Jerusalém.
            Deus já havia decidido e providenciado a destruição de Edom e convocado “[...] Babilônia (como) martelo (para) quebrar, fazer em pedaços (Judá) [...]”, Jr.50.23. 
            A partir do 5º Século a.C., o território dos edomitas foi pouco a pouco invadido pelos árabes nabateus (tribo Árabe do Sinai – Mapa Petra), e Edom perdeu sua independência política.
            Na época do profeta Malaquias, “[...] Edom (que) [...] fora destruído, porém tornou a edificar as ruínas [...] eles edificaram, mas Deus destruiu [...]”, Ml.1.4 e em 312 a.C., seu território estava completamente tomado pelos nabateus.     
            Então, Obadias aponta os pecados que levaram os edomitas a essa condição de completa destruição.
            Esses pecados caracterizam a forma de pensar e agir dos ímpios.
            Estudá-los nos servirá de alerta sobre os caminhos que o Senhor desaprova.
            Pecado e punição dos ímpios fala sobre [...]
            A – Arrogância.
            O primeiro pecado de Edom foi a arrogância.
            O profeta fala que “a soberba (orgulho, insolência-desrespeito, presunção-altivez) do coração (de) Edom (o) [...] enganou [...]”, Ob.1.3. 
            Os edomitas deram ouvidos ao que dizia o seu coração, assim enganaram a si mesmos.
            O profeta Jeremias adverte de que “é enganoso o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”, Jr.17.9. 
            Muitos dentro da igreja aderem ao lema: “Siga o seu coração”, “meu coração me diz para fazer isso”.
            Para muitas dessas pessoas, esse argumento é suficiente para rejeitar qualquer conselho, ensino ou admoestação.
            O único poder que o nosso coração tem é o de enganar.
            O próprio Jesus fala sobre “[...] o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”, Mt.15.18, 19.           
            Por causa dessa “[...] soberba (arrogância) do coração (de) Edom [...] (ele pensou que era indestrutível porque suas cidades foram edificadas para eles) habitarem nas fendas das rochas, na [...] alta morada [...]”, Ob.1.3 – Tenda da Rocha e Ruínas de Edom. 
            Com montanhas a 1.500 metros de altura, Edom enchia o seu coração de “[...] soberba (arrogância a ponto de perguntar:) [...] Quem me deitará por terra?”, Ob.1.3.
            Com esse sentimento de proteção, os edomitas se julgavam invencíveis.
            A arrogância é um pecado muito comum em nossos dias.
            Os homens são agraciados com bens e recursos dessa vida. Talentos, riquezas, posições.
            No entanto, ao invés de agradecer a Deus por essas bênçãos e servi-lo com elas, passam a se considerar melhores ou mais importantes que outros.
            Descuidam-se dos seus atos e de sua vida espiritual e se distanciam de Deus.
            A resposta de Deus é muito clara quando perguntamos ao nosso coração: “[...] Quem me deitará por terra?”, Ob.1.3.
            Independente de quão importante, poderoso, talentoso ou rico que alguém seja, sempre estará abaixo de Deus, pois “se te remontares (elevado, exaltado, soberbo, arrogante) como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas (mais alto pedestal), de lá te derribarei, diz o Senhor”, Ob.1.4. 
            Não importa quão seguro alguém possa se sentir, diante do Senhor Deus, pois “[...] toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva [...] (é por este motivo que) Deus os arrastas [...] são como um sono, como a relva que floresce de madrugada; de madrugada, viceja (cresce) e floresce; à tarde, murcha e seca”, Is.40.6, 7; Sl.90.5, 6.
            O pecado e punição dos ímpios é devido as [...]      
            B – Falsas amizades.
            O segundo pecado que levou os edomitas à ruína foram as más companhias, que foram “todos os seus aliados [...]”, Ob.1.7 e dentre muitos, estava “o Egito (que) se tornou [...] (e) causou [...] violência [...] aos filhos de Judá [...] (e) derramaram sangue inocente”, Jl.3.19 – Mapa Oriente Médio.
            Essa amizade e aliança foi muito prejudicial para Edom a ponto de “[...] levarem Edom para fora dos seus limites (a princípio essa amizade parecia vantajosa, porque, através dela, conquistaram vitórias, adquiriram riquezas e poder) [...]”, Ob.1.7.
            Aqueles homens malignos, o Egito, Assíria e Babilônia, “[...] os que gozaram da paz (de) Edom (por não ser atacado por Israel) [...] enganaram Edom (não tendo condições de dar-lhe proteção) [...]”, Ob.1.7 porque “[...] o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel [...] castigou [...] a Faraó, ao Egito, aos deuses e aos seus reis, ao próprio Faraó e aos que confiavam nele (Edom e Israel)”, Jr.46.25.
            O pior é que, os seus amigos, o Egito, Assíria e Babilônia, “[...] prevaleceram (venceram) contra Edom [...]”, Ob.1.7.
            Assim como Edom, muitos homens buscam comunhão; “[...] os que comem o seu pão (com homens traiçoeiros – festas, bebedices, engano) põem armadilhas para seus pés (com o intuito de derrotar, trair) [...]”, Ob.1.7.
            Todos aqueles que caem na armadilha das falsas amizades é como “[...] Edom (que) não havia [...] entendimento (compreensão, inteligência, percepção do que é certo e errado)”, Ob.1.7. 
            As falsas amizades chegam a “[...] dizer: Vem conosco, embosquemos para derramar sangue, espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes; traguemo-los vivos, como o abismo, e inteiros, como os que descem à cova; acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos de despojos a nossa casa; lança a sua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa”, Pv.1.11-14.
            Ao findar a armadilha, geralmente, cai o mais fraco; ele é abandonado e não recebe nenhum apoio.
            É por este motivo que “não (devemos) nos enganar: as más conversações (companhia, relação, comunhão) corrompem (estragam) os bons costumes”, 1Co.15.33.     
            Eis a razão de “não nos pôr em jugo desigual com os incrédulos; porquanto (não) pode haver sociedade entre a justiça (modo que o homem pode alcançar um estado aprovado por Deus) e a iniquidade (contrário a moral, não suporta regras e não cumpre a lei. Também é impossível haver) [...] união [...] do crente com o incrédulo [...]”, 2Co.6.14, 15.
            Pode acontecer também, de um buscar adorar apenas no “[...] santuário de Deus e (o outro, se inclinar para) os ídolos [...] (é preciso saber que) nós somos santuário do Deus vivente [...] por isso (do conselho bíblico:) [...] retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor [...] serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”, 2Co.6.16-18.
            Não devemos ver isso como uma proibição arbitrária, dependendo da escolha ou da vontade de alguém.
            É preciso ter olhos abertos para a insensatez ou falta de equilíbrio de tais uniões.
            A moralidade do homem sem Deus tem o limite de seu próprio interesse.
            O marido não crente não terá dúvida de recorrer ao divórcio quando o amor ‘acabar’.
            O sócio incrédulo certamente romperá o contrato se o negócio der prejuízo.
            Muitos são amigos apenas nos dias de festa, mas se afasta nas horas de aflição.   
            Infelizmente, até crentes tem agindo assim.
            Edom não buscou amizades sólidas, firmadas na Palavra de Deus.
            Devemos saber que Deus “[...] tem [...] prazer (nos seus) santos que há na terra [...]”, Sl.16.3.
            Edom fez como Salomão que, “[...] além da filha de Faraó, amou Salomão muitas mulheres estrangeiras: moabitas (Quemos – sacrifício humano), amonitas (idem), edomitas (Moloque – sacrifício de criança), sidônias (Astarote – deusa da fertilidade) e heteias (Terra, a grande mãe) [...] sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o Senhor, seu Deus, como fora o de Davi, seu pai”, 1Rs.11.1, 4 – Mapa – Outros povos de Canaã.
            No momento que Edom entrou em angústia, seus amigos “[...] pôs armadilhas para seus pés (enganando-o) [...]”, Ob.1.7.
            É preciso lembrar que Jesus “já não nos chama servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tem (nos) chamado amigos, porque tudo quanto ouviu de seu Pai nos tem dado a conhecer”, Jo.15.15.          
            Pecado e punição dos ímpios é porque Edom fez [...]
            C – Mal ao próximo.
            Um dos maiores pecados cometidos pelos edomitas foi o mal, a “[...] violência (dano, crueldade, injustiça) feita a seu irmão (filho mesmo pai, meio-irmão, semelhante) Jacó [...]”, Ob.1.10 quando eles se juntaram aos babilônios para destruir Jerusalém – Ruína de Jerusalém destruída pelos babilônicos – 586 a.D.
            E, “por causa (dessa) [...] violência [...] (dano, crueldade, injustiça, Deus) cobriu (Edom de) vergonha (humilhação, culpa, fracasso), e seria exterminado (cortado, derrubado) para sempre”, Ob.1.10 – 586 a.D.
            Em 25 de julho de 1994, foi posto fim das hostilidades da Jordânia com Israel e assinado um tratado de paz. Desde então, a Jordânia procura ficar em paz com todos os seus vizinhos.
            No dia (586 a.D.) em que, estando Edom presente (com a Babilônia, não para defender, mas para destruir, ferir, aproveitar para saquear o seu irmão Jacó - semelhante) [...]”, Ob.1.11.
            Naquele dia, 586, “[...] estranhos (Babilônia) [...] levaram os bens (de Jerusalém-Jacó, ajudados por Edom), e estrangeiros (o exército babilônico) [...] entraram pelas portas (de Jerusalém) e deitaram sortes (a fim de descobrir qual objeto tocaria para cada um) sobre Jerusalém [...] (e Edom) era um deles (para descobrir quem levaria mais despojo)”, Ob.1.11.
            Mas Edom não devia ter olhado com prazer (alegria, violência, maldade, quando a desgraça veio para o próximo) para o dia da (destruição, morte, exílio do) seu irmão (Jacó pelos Babilônicos. Foi) o dia da sua calamidade (desastre, infortúnio) [...]”, Ob.1.12 – Mapa Império Babilônico.
            Edom, assim como muitos homens, desejam sempre o mal ao próximo.
            [...] Edom (e também muitos de nós, nos) alegramos sobre (a destruição dos nossos amigos, inimigos e parentes tal como) Edom (agiu contra) os filhos de Judá, no dia da sua ruína (saque, morte, estupro, cativeiro) [...]”, Ob.1.12. 
            O pior é que muitos não conseguem ficar com a boca fechada, daí, “[...] tem falado de boca cheia (como que agradecendo a maldade acontecida com o nosso próximo), no dia da (sua) angústia”, Ob.1.12 – Tirinha – Peixe de boca fechada.
            A oração do Salmista é que Deus comece a agir “contra os filhos de Edom, lembrando, Senhor, do dia da (desgraça) Jerusalém, pois diziam (com desejo da alma): Arrasai, arrasai-a, até aos fundamentos”, Sl.137.7. 
            Nenhum de nós e nem Edom “[...] devia ter entrado pela porta (com o intuito de saber o que tem de mais valioso) do [...] povo (de) Deus (para saquear ou desejar o mal), no dia da sua calamidade (cativeiro, saque, morte, estupro, enfermidade) [...]”, Ob.1.13. 
            Ainda acontece em nossos dias é que, além de “[...] entrar (para o saque) [...] (muitos) olham com prazer para o seu mal, no dia da sua calamidade (desgraça) [...] lançam mão nos seus bens (levá-los), no dia da sua calamidade (desastre)”, Ob.1.13. 
            Edom, no dia em que Judá foi levada cativa, “[...] parou nas encruzilhadas, para exterminar os que escaparam [...] entregou (ao exército Babilônico) os que [...] restaram, no dia da angústia (dificuldade, aperto, cerco, fome)”, Ob.1.14.
            A Bíblia fala que devemos, “[...] enquanto tivermos oportunidade, fazer o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé”, Gl.6.10.        
            Os salvos são aqueles que “[...] dá de comer [...] dá de beber [...] hospeda [...] veste [...] visita (o) enfermo [...] (e o) preso [...] o Rei, responderá (a cada um de nós) [...]: Em verdade [...] afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”, Mt.25.35, 36, 40.
            Aquele que for omisso, será reprovado, Mt.25.41-46; Lc.10.25-37.
            Fique sabendo que, “[...] aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando”, Tg.4.17.        
            Logo, se eu e você “[...] espancar os criados e as criadas [...] comer [...] beber e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo, em dia em que não o esperamos e em hora que não sabemos, e castigar-nos-á, lançando a (nossa) sorte com os infiéis”, Lc.12.45, 46.      
            Quando alguém mente, insulta, olha com intenção impura, toma o que é do outro, está lançando sobre si um terrível pecado.
            Paulo fala “[...] que [...] ninguém (tem o direito de) ofender nem defraudar (levar vantagem) a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes [...] avisou e testifica claramente, é o vingador”, 1Ts.4.6.          
            Aos ímpios, Deus fala que eles “tem feito essas coisas, e Deus se calou; (no entanto, esse homem) pensa que Deus (é) [...] igual (ao homem que pratica o mal ao próximo); mas Deus (o) [...] arguirá (reprovar, repreender, castigar, mostrar o que é certo e errado) e porá tudo à sua vista (e até mesmo o julgamento final)”, Sl.50.21.
            Deus cobrará cada ato dos homens ímpios.  
            A ação de Deus na vida do homem mostra [...]
            3 – Os propósitos do Senhor no castigo dos ímpios.
            A mensagem profética não se limita a apontar os pecados e anunciar o juízo.
            O propósito da mensagem é didático – entender os princípios divinos e os padrões que governam os atos de Deus.
            Deus simplesmente pode apontar o pecado e punir.
            Deus agindo assim, seria absolutamente justo.
            Quando Deus revela os motivos de agir como age, nos faz apreciar a perfeição de seus propósitos.
            Pecado e punição avisa que haverá [...]
            A – Retribuição dos pecados.
            A ênfase que as Escrituras dão à misericórdia e à longanimidade (paciência) de Deus não deve ser usada para obscurecer a verdade de que Ele é rigorosamente justo na punição do pecado.
            Edom receberia a exata paga de todos os seus pecados.
            O profeta declara que “[...] o Dia (586 a.C. de vingança) do Senhor está prestes a vir (não apenas) sobre todas as nações [...]”, Ob.1.15, – Mapa Egito e Sinai, porque alguns homens são vingados antes mesmo do “[...] dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o seu evangelho”, Rm.2.16.
            Ninguém escapará, porque “[...] os mortos, os grandes e os pequenos, (estarão) postos em pé diante do trono [...] e os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros”, Ap.20.12.
            A declaração de Deus é que, “[...] como Edom fez (ajudou Babilônia, saqueou Jerusalém, cercou os que fugiam), assim se fará com Edom [...]”, Ob.1.15.
            A sentença do “[...] Senhor [...] (é) por (causa das) [...] transgressões de Edom [...] (Deus) não sustou o castigo, porque (Edom) perseguiu o seu irmão à espada e baniu toda a misericórdia; e a sua ira não cessou de despedaçar, e reteve a sua indignação (fúria, ira, arrogância) para sempre (contra o seu irmão Jacó)”, Am.1.11 – Profetas menores.
            O pior é que, “[...] o [...] malfeito (de Edom se) tornou sobre a sua cabeça (foram levados cativos)”, Ob.1.15.
            O motivo é “porque [...] Edom bebeu no [...] santo monte (de Deus, ou seja, desfrutou das bênçãos da posse da terra e proteção) [...]”, Ob.1.16. 
            A recompensa para Edom não podia ser outra, pois “[...] assim beberam (o cálice da ira de Deus), de contínuo, (não apenas Edom, mas) todas as nações (ao seu redor sofreram as consequências) [...]”, Ob.1.16. 
            O pior é que para o tempo futuro, “[...] beberão (o cálice da ira de Deus), sorverão (continuarão bebendo) e serão como se nunca tivessem sido (um povo abençoado)”, Ob.1.16. 
            Deus exorta o seu povo “[...] dizendo: Retirai-vos (do meio do homem pecador, violento) [...] para não ser cúmplice em seus pecados e para não participar dos seus flagelos; porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembra dos atos iníquos que (esse homem) [...] pratica. (Será) dado em retribuição (a ele) como também ele retribuiu, (será) pago em dobro segundo as suas obras e, no cálice em que ele misturou bebidas, (será) misturado dobrado para ele”, Ap.18.4-6.
            Por algum tempo pode parecer que os perversos podem praticar seus pecados e prejudicar as pessoas impunemente.
            Mais cedo ou mais tarde “Deus certamente os porá em lugares escorregadios e os fará cair na destruição”, Sl.73.18.
            A comparação que Deus faz é que, “se viessem a Edom ladrões ou roubadores (destruir violentamente) de noite (como estás destruído!) (assim como Jerusalém estava arrasada por causa da invasão dos Babilônios), não furtariam só o que lhes bastasse? (Edom foi além do saque, levou mais do que suportou em suas mãos) Se a ti viessem os vindimadores (colheita de uvas), não deixariam pelo menos alguns cachos? (Edom arrancou os pés de uvas, destruiu toda esperança de Israel sobreviver)”, Ob.1.5. 
            Por causa do pecado, Deus permitiu que “[...] fossem rebuscados (roubados) os bens de Esaú (pelos seus próprios amigos – Babilônia)! Como foram esquadrinhados (investigados, divididos) os seus tesouros escondidos (pelos Egípcios e Babilônicos)!”, Ob.1.6. 
            Deus faz uma pergunta intrigante aos homens ímpios: “Não acontecerá [...]? (Com essas palavras muitos insistem dizendo que Deus não permitirá uma desgraça, sofrimento), naquele dia (marcado por Deus de derrota), diz o Senhor [...]”, Ob.1.8.
            Na verdade, Deus “[...] fará perecer os sábios de Edom (levados cativos para Babilônia) e o entendimento do monte de Esaú (não terá mais utilidade) [...]”, Ob.1.8.
            Algo ainda mais trágico estava para acontecer com “os [...] valentes (de guerra de) [...] Edom, estariam atemorizados (abalados, quebrados, amedrontados devido outros guerreiros mais fortes, os babilônicos, virem para destruir) [...] cada um exterminado pela matança (pois haveria enfrentamento)”, Ob.1.9.
            Quando o Senhor pune Edom, quer nos ensinar a crer que cada pecado cometido receberá o justo castigo que merece.
            O desejo de Deus para o seu povo é que se “[...] purifique de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a sua santidade no temor de Deus”, 2Co.7.1.
            Pecado e punição do ímpio contribuem para [...]
            B – O bem do povo de Deus.
            Você “sabe (e tem certeza) que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (?)”, Rm.8.28.
            Por que reclamamos de quase todas as coisas?
            O ensino do juízo sobre Edom é que o castigo dos ímpios é realizado em prol do bem do povo de Deus, por isso, “[...] no monte Sião (povo de Deus), haverá livramento (para o resto que escapou do cativeiro e que não foi desobediente a Deus) [...]”, Ob.1.17. 
            [...] O monte (Jerusalém, morada do povo de Deus) será santo (separado da destruição); e os [...] (descendentes) possuirão as suas herdades (possessão, propriedade, salvação)”, Ob.1.17.
            Deus faz lembrar a promessa feita à Abraão de que Ele “abençoa os que nos abençoam e amaldiçoa os que nos amaldiçoam; (logo, através do povo de Deus) [...] serão benditas (abençoadas) todas as famílias da terra”, Gn.12.3.
            Como somos abençoados por Deus, então, “a casa de Jacó (escolhidos de Deus) será fogo (chama, destrói, instrumento da ira de Deus), e a casa de José (salvos), chama (ponta de arma) [...]”, Ob.1.18 que serão usados por Deus para disciplinar o homem ímpio.
            Essa verdade é corroborada quando Paulo escreve para os Coríntios: “[...] Os santos hão de julgar o mundo [...] o mundo deverá ser julgado por nós [...]”, 1Co.6.2.
            Quando “[...] a casa de Esaú (Edom, homens ímpios se tornar), restolho (palha que presta apenas para o fogo); aqueles (Israel, o povo de Deus) incendiarão a este e o consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú (ímpio), porque o Senhor o falou”, Ob.1.18. 
            Acontecerá no último dia, quando Cristo voltar, que “[...] o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”, Mt.25.41.
            Obadias não menciona apenas Edom, mas todos os povos que circundavam Israel.
            Havia israelitas que moravam no “[...] Neguebe (sul de Judá) possuíram o monte de Esaú, e os da planície (oeste de Judá), aos filisteus; possuirão também os campos de Efraim (Reino do norte) e os campos de Samaria (capital do Reino do norte); e Benjamim possuirá a Gileade (leste de Judá)”, Ob.1.19 – Mapa Reinos de Israel e Judá.
            Os cativos do exército dos filhos de Israel (que foram levados para Babilônia, voltarão e) possuirão os cananeus até Sarepta (cidade na Fenícia), e os cativos de Jerusalém, que estão em Sefarade (localização desconhecida onde os israelitas foram exilados), possuirão as cidades do Sul”, Ob.1.20 – Mapa Canaã.
            O Senhor mostra que todo o seu favor se dirige aos que fazem parte da descendência de Abraão, portanto, muitos neste mundo “[...] recebem os seus bens em sua vida, e [...] (outros) igualmente, os males; agora, porém (na eternidade, estes filhos de Deus) estarão consolados; (aqueles que receberam bens) [...] em tormentos”, Lc.16.25.
            Ainda que por algum tempo soframos a hostilidade daqueles que desobedecem a Deus e perdas por mantermos fidelidade ao Senhor, podemos ter esperança na bondade do Senhor.
            Cada um de nós pode esperar a restauração e salvação oferecida por Cristo Jesus.
            Pecado e punição do ímpio favorecem ao [...]
            C – O estabelecimento do Reino do Senhor.
            A última frase do livro traz de forma magnífica o ensino do principal propósito que leva o Senhor a punir os ímpios: Glória do Senhor.
            Quando a “salvação [...] subir ao monte Sião (povo de Deus), para julgarem o monte de Esaú (Edom, só então) [...] o reino será do Senhor”, Ob.1.21.
            O propósito final do derramamento da ira de Deus é derrotar toda a rebelião contra a sua vontade e subjugar todos os inimigos do Senhor.
            O salmista fala sobre “[...] aquele que habita nos céus ri; o Senhor zomba deles”, Sl.2.4.
            Não precisamos ficar com medo, pois o próprio Deus “[...] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos”, At.17.31.
            E, então, virá o fim (para todos o nossos sofrimentos), quando Jesus entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos”, 1Co.15.24-28.
            No Dia final, quando “o sétimo anjo tocar a trombeta [...] haverá no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos”, Ap.11.15.
            Nesse momento “[...] chegará [...] a ira (de) Deus, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos seus servos [...]”, Ap.11.18.
            Senhor quer que eu e você saiba que  o castigo dos ímpios é tão certo quanto o reino de Deus.
            Que a plenitude da glória de Deus não se manifestará totalmente até que todos os ímpios sofram sua justa condenação.
Conclusão:      O livro de Obadias descreve algumas das principais características do modo de viver e pensar dos ímpios e nos ensina as razões pelas quais, Deus impõe sobre eles o seu juízo.
            A arrogância, as falsas amizades, a prática do mal contra o próximo são algumas práticas que revelam o distanciamento de Deus e o iminente juízo.
            A justiça de Deus exige “que (Ele) retribuirá a cada um segundo o seu procedimento”, Rm.2.6.
            Fique sabendo que Deus quer promover o bem do seu povo e estabelecer plena e definitivamente o seu reino sobre o mundo.
Aplicação:       Você tem esperado a volta de Jesus?
            Tem combatido em sua vida os pecados que atraem a ira do Senhor?
            Você ouve o seu coração ou a Palavra de Deus?
            Você consegue enxergar o favor de Deu em sua vida?

            Adaptado pelo Rev. Salvado P. Santana para Estudo – Expressão – Os profetas falam hoje – CCC – Rev. Dario de Araújo Cardoso.

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