quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

AINDA É POSSÍVEL.



AINDA É POSSÍVEL
            É muito cansativo esperar nas filas de bancos, hospitais, supermercados. Enfadonho é saber que o atendente está enrolando para sair, e por obrigação tem que esperar.
            Pais ficam nervosos e desesperados quando esperam por seus filhos para dar algum passeio. Crianças não sabem permanecer quietas quando pais, professores ou parentes lhes dão algum tipo de castigo. Elas não sabem dar tempo ao tempo.
            Quem espera fica inquieto, sem ação, não sabe o que fazer para ver o tempo passar. Então, é muito bom quando não se espera quase nada, mas muito inquietante quando a espera começa extrapolar o tempo determinado, angustiante no momento em que todas as tentativas de contato foram esgotadas para saber sobre o paradeiro daquele que devia comparecer ao encontro marcado.
            O homem precisa aprender a esperar. De nada adianta entrar em desespero quando algum compromisso com terceiro não tenha dado certo. A preocupação, o aborrecimento não trarão mais rápido a pessoa para junto de si.
            Faça uma análise! Quando o patrão aguarda o seu funcionário chegar mais cedo para atender algum compromisso urgente, ainda que ele fique nervoso e grite a todos os pulmões de que irá despedi-lo, de nada adianta.
            Caso esse funcionário tenha perdido o horário para acordar, não tenha tido condições de alcançar a condução ou ficara preso no trânsito, querendo ou não, o patrão precisa aguardar silenciosamente ou ainda, que use a sua garganta não para gritar.
            Nenhuma das atitudes tem poder para resolver ou apressar o demorado, atrasado, talvez até mesmo faltoso do trabalho.
            Caso você esteja cansado de tanto aguardar por algum parente, amigo ou alguma resposta à sua petição, é preciso repensar, porque nada depende nem de você, nem da outra pessoa e nem mesmo do acaso.
            Faz-se urgente você acreditar que tudo “[...] está nas mãos de Deus [...] (tanto) os justos, e os sábios, e (principalmente) os seus feitos [...] (mesmo porque) tudo [...] está oculto no futuro” (Ec 9.1) para todos os homens.
            Por esse motivo, quando o homem aguarda alguma resposta, fica inquieto, simplesmente por desconhecer o que vai acontecer hoje ou amanhã. Tal como o apóstolo Tiago, todo homem impaciente precisa dizer: “[...] Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tg 4.15).
            Ao saber que tudo depende unicamente do Senhor Deus, a respeito do presente e também do futuro, não existe outra saída para o servo de Deus a não ser o de colocar-se nas mãos do “[...] poderoso Deus, cujo nome é o SENHOR dos Exércitos” (Jr 32.18).
            Talvez você esteja muito decepcionado com as falsas promessas humanas e, com toda razão, pode dizer: - Impossível confiar em alguém para esperar algum feito em meu favor ou que venha em meu socorro.
            Fácil não é, mas você está sendo convidado pelo salmista, que teve a experiência de “esperar pelo SENHOR [...]” (Sl 27.14) quando “[...] malfeitores ]...] sobrevieram para (o) destruir [...]” (Sl 27.2).
            Esse tipo de espera não cansa, não aborrece, não decepciona. Davi soube aguardar para que o seu problema fosse solucionado por aquele que sonda os coração. Por esse motivo, ele “[...] teve bom ânimo (e ficou) fortalecido o seu coração [...]” (Sl 27.14).
            Esse revigorar da alma, das forças e do desejo de esperar aconteceu “porque (o salmista sabia que) a palavra do SENHOR é reta, e todo o seu proceder é fiel” (Sl 33.4).
            Ainda que tudo esteja perdido, sem solução, mesmo que os seus amigos mais íntimos e os seus parentes não tenham dado uma resposta satisfatória aos seus problemas, Davi ainda insiste, apesar de você estar desanimado, cansado com tantas promessas de homens iguais a você e falho, ainda é possível “[...] esperar, pois, pelo SENHOR” (Sl 27.14).
Rev. Salvador P. Santana

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