AINDA É POSSÍVEL
É muito cansativo esperar nas filas
de bancos, hospitais, supermercados. Enfadonho é saber que o atendente está
enrolando para sair, e por obrigação tem que esperar.
Pais ficam nervosos e desesperados
quando esperam por seus filhos para dar algum passeio. Crianças não sabem
permanecer quietas quando pais, professores ou parentes lhes dão algum tipo de
castigo. Elas não sabem dar tempo ao tempo.
Quem espera fica inquieto, sem ação,
não sabe o que fazer para ver o tempo passar. Então, é muito bom quando não se
espera quase nada, mas muito inquietante quando a espera começa extrapolar o
tempo determinado, angustiante no momento em que todas as tentativas de contato
foram esgotadas para saber sobre o paradeiro daquele que devia comparecer ao
encontro marcado.
O homem precisa aprender a esperar.
De nada adianta entrar em desespero quando algum compromisso com terceiro não
tenha dado certo. A preocupação, o aborrecimento não trarão mais rápido a
pessoa para junto de si.
Faça uma análise! Quando o patrão
aguarda o seu funcionário chegar mais cedo para atender algum compromisso
urgente, ainda que ele fique nervoso e grite a todos os pulmões de que irá
despedi-lo, de nada adianta.
Caso esse funcionário tenha perdido
o horário para acordar, não tenha tido condições de alcançar a condução ou ficara
preso no trânsito, querendo ou não, o patrão precisa aguardar silenciosamente
ou ainda, que use a sua garganta não para gritar.
Nenhuma das atitudes tem poder para
resolver ou apressar o demorado, atrasado, talvez até mesmo faltoso do
trabalho.
Caso você esteja cansado de tanto
aguardar por algum parente, amigo ou alguma resposta à sua petição, é preciso
repensar, porque nada depende nem de você, nem da outra pessoa e nem mesmo do
acaso.
Faz-se urgente você acreditar que
tudo “[...] está nas mãos de Deus [...] (tanto) os justos, e os sábios, e
(principalmente) os seus feitos [...] (mesmo porque) tudo [...] está oculto no
futuro” (Ec 9.1) para todos os homens.
Por esse motivo, quando o homem
aguarda alguma resposta, fica inquieto, simplesmente por desconhecer o que vai
acontecer hoje ou amanhã. Tal como o apóstolo Tiago, todo homem impaciente
precisa dizer: “[...] Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos
isto ou aquilo” (Tg 4.15).
Ao saber que tudo depende unicamente
do Senhor Deus, a respeito do presente e também do futuro, não existe outra
saída para o servo de Deus a não ser o de colocar-se nas mãos do “[...]
poderoso Deus, cujo nome é o SENHOR dos Exércitos” (Jr 32.18).
Talvez você esteja muito
decepcionado com as falsas promessas humanas e, com toda razão, pode dizer: -
Impossível confiar em alguém para esperar algum feito em meu favor ou que venha
em meu socorro.
Fácil não é, mas você está sendo
convidado pelo salmista, que teve a experiência de “esperar pelo SENHOR [...]”
(Sl 27.14) quando “[...] malfeitores ]...] sobrevieram para (o) destruir [...]”
(Sl 27.2).
Esse tipo de espera não cansa, não
aborrece, não decepciona. Davi soube aguardar para que o seu problema fosse solucionado
por aquele que sonda os coração. Por esse motivo, ele “[...] teve bom ânimo (e
ficou) fortalecido o seu coração [...]” (Sl 27.14).
Esse revigorar da alma, das forças e
do desejo de esperar aconteceu “porque (o salmista sabia que) a palavra do SENHOR
é reta, e todo o seu proceder é fiel” (Sl 33.4).
Ainda que tudo esteja perdido, sem
solução, mesmo que os seus amigos mais íntimos e os seus parentes não tenham
dado uma resposta satisfatória aos seus problemas, Davi ainda insiste, apesar
de você estar desanimado, cansado com tantas promessas de homens iguais a você
e falho, ainda é possível “[...] esperar, pois, pelo SENHOR” (Sl 27.14).
Rev. Salvador P. Santana
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