DONS, Ef.2.8.
Dom
é “presente, favor que
alguém recebe sem qualquer mérito próprio, graça divina pela qual o perdão dos
pecados e salvação eterna é apontada aos pecadores em consideração aos méritos
de Cristo conquistados pela fé. É dom também quando somos capacitados a servir
a igreja de Cristo” – Bol.
Sobre a distribuição dos dons.
Devemos
entender que “[...] os dons são
diversos, mas o Espírito é o mesmo [...] (e que) realiza [...] (e) distribui
[...] (os dons) como lhe apraz, a cada um, individualmente”, 1Co.12.4,11.
O
dom procede do Pai e do Filho.
“O
Consolador (só veio) quando, porém [...] Jesus nos enviou da parte do Pai, o
Espírito da verdade, que dele (Jesus) procede [...]”, Jo.15.26.
Só foi
possível o Espírito Santo vir para nos conceder os dons porque “[...]
convinha que Jesus (fosse para o céu) [...] porque, se Ele não fosse, o
Consolador não viria para nós [...] se, porém, Ele fosse, Jesus (nos) [...] enviaria
(o Espírito Santo)”, Jo.16.7.
Então,
quando deixamos de fazer uso dos dons, nos tornamos inúteis.
A extensão dos dons.
Todos
os crentes têm pelo menos um dom, mas não todos, então, aquele que tem pelo
menos um deve “servir uns aos outros,
cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros (administrador para
cuidar do serviço na cada de Deus) da multiforme (variedade) graça de Deus”,
1Pe.4.10.
Todos
aqueles que recebem dons precisam dar frutos, porque “Jesus é a videira verdadeira, e seu Pai é o agricultor. Todo ramo
que, estando em Jesus, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa,
para que produza mais fruto ainda”, Jo.15.1,2.
O tempo dos dons.
Cada
geração pode ou não ter todos os dons.
Alguns
dons foram concedidos para o estabelecimento e a fundação da Igreja.
No
ministério terreno de “[...] Jesus (Ele
pregava a fim de que os seus ouvintes) [...] conhecessem o dom de Deus [...] e
ele [...] daria água viva”, Jo.4.10 a fim de cada convertido participar
da Sua igreja.
“[...] Pedro (também pregava o) arrependimento
[...] (para) cada um [...] ser batizado em nome de Jesus Cristo para remissão
dos seus pecados, e receber o dom (presente) do Espírito Santo”, At.2.38
e pertencer a igreja que estava nascendo.
Após
os discípulos terem “[...] recebido poder,
ao descer sobre eles o Espírito Santo [...] (eles passaram a) ser testemunhas (de)
Jesus tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da
terra”, At.1.8, daí, “[...]
Pedro [...] (ficou) admirado, porque também sobre os gentios foi derramado o
dom (presente) do Espírito Santo”, At.10.45, então, eles também
começaram a pertencer a Igreja de Jesus Cristo.
Como
o Senhor é o doador, “[...] Deus (resolve)
[...] conceder o mesmo dom que [...] (a seu povo foi) outorgado quando (eles) creem
no Senhor Jesus [...]”, At.11.17.
Desenvolvimento.
Essas
capacidades precisam ser desenvolvidas por quem as recebe, então, “se (Deus
te deu o dom de) ministério, dedique-se ao ministério; ou o que ensina
esmere-se no fazê-lo”, Rm.12.7.
Dons
existentes.
Dons gerais.
a)
Justificação – ato de Deus declarar o homem aceitável através de Jesus
Cristo.
Recebemos
esse “[...] dom [...] (pelo motivo de)
[...] não (ter sido) [...] somente um que pecou; porque o julgamento derivou de
uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas,
para a justificação”, Rm.5.16.
b)
Vida eterna.
Como
“[...] o salário do pecado é a morte, (a
sabedoria divina resolveu na Sua infinita bondade oferecer) [...] o dom
gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”, Rm.6.23.
Faltando
o dom da justificação e da vida eterna é o mesmo que “[...] não ter o Espírito de Cristo, (então) esse tal
não é dele”, Rm.8.9.
A todos
aqueles a quem Deus concede a salvação, pode ter a certeza, é garantida. Isto
acontece “porque os dons e a vocação de
Deus são irrevogáveis”, Rm.11.29.
c) Ministério
pessoal ou através de cartas.
Paulo
usava as cartas para dizer sobre o “[...]
muito desejo ver (os romanos), a fim de repartir com (eles) algum dom (presente)
espiritual [...]”, Rm.1.11, isto é “porque
a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”,
Hb.4.12.
d)
Forma particular de vida.
Alguns
“[...] homens são tais como também Paulo
[...] (era); no entanto, cada um tem de Deus o seu próprio dom (presente); um,
na verdade, de um modo; outro, de outro”, 1Co.7.7 a respeito de ficar ou
não solteiro.
Dons de serviço:
São
habilidades e capacidades que Deus concede a seu povo para que possa servir
adequadamente a Igreja para a sua edificação.
Os
dons devem ser descobertos, cultivados e praticados, isto se deve porque “temos, porém, diferentes dons (presentes,
favores) segundo a graça que nos foi dada: se profecia (porta voz da mensagem de tudo o que se relaciona com a causa e reino de
Deus e a salvação humana), seja segundo a proporção da fé; se ministério
(serviço como levitas, profeta, sacerdote), dediquemo-nos ao ministério; ou o
que ensina (instrução didática) esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta (exortar,
aconselhar, chamar para o lado) faça-o com dedicação; o que contribui (dar,
compartilhar), com liberalidade; o que preside (protetor, guardião), com diligência;
quem exerce misericórdia (ajudar, auxiliar o aflito), com alegria”,
Rm.12.6-8.
Existe
uma diferença entre dons e talentos. Os talentos visam proveito próprio, os
dons estão relacionados com a vida do corpo de Cristo.
Todos
os cristãos têm pelo menos um dom de serviço. Isto se deve porque, “a manifestação do Espírito é
concedida a cada um visando a um fim proveitoso”, 1Co.12.7 e outra, devemos “servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como
bons despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
Quem não
faz nada é porque está negligenciando ou ignorando o dom recebido.
Precisamos
exercer o dom do serviço “porque
[...] (estamos) num só corpo (Cristo, mas) temos muitos membros, mas nem todos
os membros têm a mesma função [...] (mas ainda assim devemos saber que sendo) muitos
membros, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros”,
Rm.12.4,5 para ajudar-nos mutuamente.
Assim
como “[...] Trifena e Trifosa [...] (e)
a estimada Pérside [...] trabalhavam no muito no Senhor [...] (e) Timóteo
[...] (que) cooperou (no ministério do apóstolo Paulo) [...]”,
Rm.16.12,21, cada um de nós precisa imitar esses irmãos em nossa igreja com os
dons que Deus nos deu.
É verdade
que dons enterrados só virão à luz quando despertados por uma necessidade.
Reconhecemos os dons pela
satisfação que sentimos ao usá-los.
Nem todos
têm o mesmo dom.
A fim de
tirar essa dúvida Paulo escreveu para a igreja de Corinto perguntando: “Têm todos dons de curar? Falam todos em
outras línguas? (idiomas ou dialetos usado por um grupo de pessoas) Interpretam-nas
todos?”, 1Co.12.30.
Os dons são distribuídos de acordo
com a vontade de Deus, porque existe “[...] um só e o mesmo Espírito realiza todas estas
coisas, distribuindo-as (dons), como lhe apraz, a cada um, individualmente”, 1Co.12.11.
Apesar dos
dons serem dados por Deus, cada um de nós tem a responsabilidade de buscar o melhor,
“de maneira que não nos falte
nenhum dom [...]”, 1Co.1.7.
É
dever de cada um “[...] procurar com
zelo, os melhores dons. (Porém) Paulo passa a mostrar [...] um caminho sobremodo
excelente (superioridade)”, 1Co.12.31.
A
superioridade que Paulo fala é se, “ainda
que eu tenha o dom de profetizar (anunciar a mensagem de Deus) e conheça todos
os mistérios (de Deus) e toda a ciência (humana); ainda que eu tenha tamanha
fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei”,
1Co.13.2.
Então,
o melhor é “seguir o amor e procurar,
com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis (anunciar a
mensagem de Deus)”, 1Co.14.1.
Como
precisamos “[...] procurar com zelo o dom
de profetizar não (podemos) proibir o falar em outras línguas (idiomas ou
dialetos usado por um grupo de pessoas)”, 1Co.14.39.
Cada Igreja tem pessoas com dons
para efetuar tudo o que a congregação dever fazer para o reino de Deus.
Jesus
compara a Sua igreja, “[...]
assim como num só corpo porque temos muitos membros, mas nem todos os membros
têm a mesma função”, Rm.12.4.
Haverá
alguns que “não (pode se) [...] fazer
negligente para com o dom que há em si, o qual [...] foi concedido mediante [...]
a imposição das mãos do presbitério (para o pastorado, presbiterato e diaconato)”,
1Tm.4.14.
Caso
esse dom já esteja adormecido, “por
esta razão [...] (somos) admoestados (a) [...] reavivar o dom de Deus que há em
nós pela imposição das [...] mãos”, 2Tm.1.6.
É preciso deixar bem claro que dom
não é evidência de grau de espiritualidade e nem de posição.
O propósito dos dons.
Unir o corpo, “para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em
favor uns dos outros”, 1Co.12.25;
Sofrer com o outro, “de
maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é
honrado, com ele todos se regozijam”, 1Co.12.26.
Pertencer ao corpo de Cristo,
isto porque, “[...] nós
somos corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo”, 1Co.12.27.
Os dons apresentados no livro aos
Romanos.
1 – Profecia.
Profecia não é predizer o futuro.
Profetizar é proclamar a Palavra de Deus aos que necessitam, então, se o seu “[...]dom (é) profecia (tem que
ser) segundo a graça que nos foi dada [...] segundo a proporção da fé”, Rm.12.6.
É por este motivo que Paulo fala
para aqueles “[...] que profetizam (deve) falar aos homens, edificando,
exortando e consolando”,
1Co.14.3.
E também, “foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e
inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a nós outros destinada”,
1Pe.1.10.
Paulo recomenda que todo crente precisa
“[...] procurar, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente
que profetize”, 1Co.14.1.
Outro dom que o livro de Romanos
alista é [...]
2 – Serviço ou ministério.
Paulo fala sobre aquele que exerce o
“[...]
ministério (serviço, diaconia, precisa) [...] se dedicar ao ministério [...]”, Rm.12.7.
A diaconia ou ministério nasceu
quando, “[...] naqueles dias (da igreja Primitiva), multiplicando-se o
número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas (Judeus que falavam
grego, criado fora da terra de Israel) contra os hebreus, porque as viúvas
deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária”, At.6.1.
Para resolver esse problema de
servir às pessoas, “[...] os doze convocaram a comunidade dos discípulos
e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às
mesas [...] (então) escolheram dentre eles sete homens de boa reputação, cheios
do Espírito e de sabedoria, aos quais (foram) encarregados deste serviço”, At.6.2,3.
A orientação para aquele que “[...]
serve, (deve) fazê-lo na força que Deus supre, para que, em todas as coisas,
seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o
domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”, 1Pe.4.11.
Para quem não serve, a “[...]
resposta (de Jesus será): [...] sempre que o deixastes de fazer a um destes
mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer”, Mt.25.45.
Foi ensinado por Cristo, que “[...]
quem quiser ser o primeiro entre nós será nosso servo; tal como o Filho do
Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
resgate por muitos”,
Mt.20.27,28.
Jesus é o maior exemplo em nosso “[...]
meio [...] (de) como [...] servir”, Lc.22.27.
Paulo também fala sobre o dom do
[...]
3 – Ensino.
Aquele que tem o dom do “[...] ensino
(deve) esmerar-se (caprichar) no fazê-lo”, Rm.12.7
a fim de instruir
outros na verdade do evangelho.
Palavras de sabedoria e a palavra do
conhecimento estão relacionadas com o dom de ensinar.
O ensino promove acréscimo gradual
do conhecimento.
O ensino pode ser passado através do
exemplo e da influência.
A Bíblia fala que o verdadeiro
mestre é ávido para aprender, é “[...] por isso (que) [...] todo escriba
versado no reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu
depósito coisas novas e coisas velhas”, Mt.13.52 a fim de instruir outros.
Muitas vezes ficamos amedrontados,
com medo de errar, mas, se somos de Deus, “[...] o Consolador, o Espírito
Santo, a quem o Pai enviou em nome (de) Jesus, esse nos ensinará todas as
coisas e nos fará lembrar de tudo o que nos tem dito”, Jo.14.26.
É possível que muitos tenham, mas nem
todos, o dom da [...]
4 – Exortação.
A “[...] exortação (não tem o sentido de repreender,
mas deve ser no sentido de aconselhar, animar, encorajar, mas precisa ser) feita
com dedicação [...]”,
Rm.12.8 o socorro que deve prestar a alguém,
ir ao lado de, estar junto de.
A exortação pode ser uma simples
presença no velório, não falar, ou uma palavra amiga.
O profeta Jeremias fala que “[...] o
SENHOR [...] livrou o (seu) povo [...] da espada (daí, eles) lograram (desfrutaram
da) graça no deserto [...]”, Jr. 31.2 da solidão.
Algumas pessoas tem o dom de [...]
5 – Contribuir.
A “[...] contribuição (deve ser) [...] com
liberalidade (generoso) [...]”, Rm.12.8.
Essa contribuição deve ser com o
coração cheio de amor a ponto de “dar (livremente), e (Deus) nos dará; boa
medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente nos darão; porque com
a medida com que tivermos medido nos medirão também”, Lc.6.38 o nosso Deus.
Esse dom da contribuição é “visto
como [...] prova [...] (da) glorificação (que prestamos) a Deus pela nossa obediência
[...] (ao) evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuímos [...]”, 2Co.9.13.
Caso você não tem o dom de
contribui, pode ser que tenha o dom de [...]
6 – Presidir.
O texto fala que aquele que é agraciado
com “[...] o (dom
de) [...] presidir, (necessita governar, tomar o comando) com diligência (cuidado,
dedicação) [...]”, Rm.12.8 da empresa, igreja ou o
nosso lar.
Por fim, o livro de Romanos fala
sobre o dom da [...]
7 – Compaixão.
É verdade que nem todos têm
compaixão ou dó pelos miseráveis. Pode ser que ele não tenha recebido da parte
de Deus esse dom, mas nem por isso pode deixar de amar o próximo.
Todo aquele que foi agraciado por
Deus para “[...] exercer
misericórdia (compaixão, se coloca no lugar do outro e isto), com alegria”, Rm.12.8.
É por este motivo que Jesus falou
que serão “bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”, Mt.5.7 de Deus.
Outros dons são apresentados na
carta aos Coríntios. A quantidade de dons é a mesma. Só há uma repetição do
dom, que é o dom da profecia, dada a sua importância.
1 – Sabedoria.
O dom “[...] da sabedoria é dada a um (não a todos),
mediante o Espírito (e não mediante o meu interesse de cada um) [...]”,
1Co.12.8.
Serve
para tornar aquele que recebe hábil no falar.
Esse dom
está relacionado ao dom de ensino e profecia, ou seja, falar aos homens para a
edificação, exortação e conforto sobre as maravilhas que Deus faz.
É preciso
reconhecer que somente o Espírito Santo é o nosso professor, “porque Ele nos dará boca e sabedoria a que
não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se nos opuserem”,
Lc.21.15.
O homem pode
ter muita sabedoria, no sentido de apreensão das coisas, sem, contudo, ser
sábia, isto é porque “o temor do SENHOR
é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência”, Pv.9.10.
Outro dom
relacionado à profecia é o dom do [...]
2 – Conhecimento.
Este dom
do “[...] conhecimento (também é) [...]
segundo o mesmo Espírito [...] dado a um (não a todos) [...]”, 1Co.12.8.
Esse dom
está relacionado à profecia porque, quem fala a homens precisa de “[...] Deus [...] (para lhe) resplandecer a
luz [...] em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus,
na face de Cristo”, 2Co.4.6 para não falar heresias (contrário à
verdade).
Esse que
recebe o dom do conhecimento não pode ser orgulhoso a ponto de dizer: “[...] reconhecemos que todos somos senhores
do saber. (Quando alguém chega a falar dessa forma, ele está demonstrando que)
o saber (de fato o está) ensoberbecendo [...]", 1Co.8.1.
Muitos de
nós pensamos que adquirimos fé por vontade própria. Paulo fala que é dom de
Deus [...]
3
– Fé.
“A [...] fé (que temos nos é dada pelo) [...] mesmo
Espírito [...]”, 1Co.12.9.
É bom
saber que a nossa “[...] salvação pela
graça [...] (é) mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus”, Ef.2.8.
É digno
de nota que cada um de nós recebe esse dom “[...]
segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um [...] segundo a proporção (partes
que formam um todo) da fé [...]”, Rm.12.3,6 que, segundo Deus, sabe que
podemos praticar.
A fé que
recebemos não é para alcançar aquilo que desejamos, mas aquilo que Deus requer
de nós.
Outro dom
que podemos receber, caso o Espírito Santo deseja é o [...]
4 – Dom
de cura.
A verdade
é que esse não é um dom universal que pode ser usado para o benefício de
qualquer pessoa, mas ainda assim é o “[...]
mesmo Espírito [...] (que concede o) dom de curar”, 1Co.12.9.
Devemos
entender que por vezes a cura não se realizou.
Aconteceu
“[...] para que Paulo não
ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-lhe posto um espinho na carne,
mensageiro de Satanás, para o esbofetear, a fim de que não se exaltar. Por
causa disto, três vezes pediu ao Senhor que o afastasse de dele. Então, Deus lhe
disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza [...]”,
2Co.12.7-9.
Apesar de
Paulo ter o dom de cura, no entanto, o apóstolo instruiu Timóteo a “[...] usar um pouco de vinho, por causa do seu
estômago e das suas frequentes enfermidades”, 1Tm.5.23 e também “[...] deixou Trófimo [...] doente em Mileto”,
2Tm.4.20.
O cristão
deve saber que todas as curas provêm de Deus, mesmo que seja “[...] aplicados óleo e vinho [...]”,
Lc.10.34 para restaurar a saúde do enfermo.
Paulo declara
nesta epístola que algumas pessoas recebem como presente [...]
5 –
Poderes miraculosos.
O dom das
“[...] operações de milagres [...]
(inclui expulsão de espíritos malignos, curas, ressurreição de mortos) [...]”,
1Co.12.10, são resultados que não podem ser produzidos por agentes ou meios
naturais.
Os
milagres de “[...] Jesus [...] (são
definidos (como) sinais [...] que ele fazia [...] (e os seus) discípulos creram
no seu nome [...]”, Jo.2.11,23.
Os “[...] sinais que Jesus fazia [...] (só era
possível) se Deus [...] estivesse com ele”, Jo.3.2 e assim também
acontece com aqueles que recebem esse dom.
Nenhum
outro homem recebeu esse dom como “[...]
Jesus (que) fez diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão
escritos neste livro”, Jo.20.30.
Os
poderes miraculosos são operados na vida do homem quando Deus põe em ordem uma
vida desordenada, “porque Deus [...] das
trevas (pode) resplandecer a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para
iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo”,
2Co.4.6.
Assim como
no livro de Romanos, o livro de Coríntios repete o dom da [...]
6 –
Profecia.
A
repetição pode ser por causa da importância da “[...]
profecia (para aquele que a recebe para ser porta voz da mensagem de tudo o que se relaciona com a causa e reino de
Deus e a salvação humana) [...]”, 1Co.12.10.
Alguns
irmãos parecem não acreditar em espíritos malignos, possessão demoníaca. Pode
ser que ele não tenha o dom de [...]
7 – Discernimento de espíritos.
Como o
dom da “[...] fé (que recebemos é) segundo
a medida [...] que Deus repartiu a cada um [...] segundo a proporção (partes
que formam um todo que temos) [...]”, Rm.12.3,6, é por este motivo que
algumas pessoas não acreditam em muitas coisas escritas na Bíblia. Ex. Predestinação,
preordenação, salvação de graça e alguns dons.
Precisamos
trazer à mente que “[...] é mediante o
Espírito (que é) dado [...] a outro, discernimento de espíritos (para aprender
a distinguir entre as coisas do Espírito e as do maligno, separar, discriminar,
determinar o que é certo e errado) [...]”, 1Co.12.8,10.
Por este
motivo é que “[...] não (podemos) dar
crédito a qualquer espírito (homem natural ou espiritual); antes, provar os
espíritos se procede de Deus (ou do espírito humano), porque muitos falsos
profetas têm saído pelo mundo fora”, 1Jo.4.1, e também, “porque surgirão falsos cristos e falsos
profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os
próprios eleitos”, Mt.24.24.
Um dos
dons mais discutidos e que enche muitos corações de dúvidas é o dom de [...]
8 – Línguas
ou variedade de idiomas.
Muitos
entendem que o dom de línguas é língua de anjos.
Existe um
texto da carta de Paulo aos Coríntios que gera muitas dúvidas.
Alguns
julgam que Paulo falava a língua dos anjos quando leem: “ainda que eu fale as línguas dos homens e dos
anjos [...]”, 1Co.13.1.
O texto
não dá nenhuma margem para pensar que Paulo falava em língua de anjos. Nenhum
outro texto prova a existência da língua de anjos.
Então, “[...] é mediante o Espírito (que é) dado
[...] a um, variedade de línguas; (idiomas ou dialeto) [...]”, 1Co.12.8,10.
Jesus,
como Filho de Deus e que veio do céu, caso existisse a língua de anjos, podia
ter falado com Paulo em uma língua diferente.
Pelo
contrário, quando Paulo “[...] caiu
[...] por terra, ouvi [...] (a) voz (de) Jesus que lhe falava em língua
hebraica (língua que foi escrito o A.T.): Saulo, Saulo, por que me persegues?
Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões”, At.26.14.
Paulo
usou esse mesmo idioma quando “Obteve a
permissão (de Cláudio Lísias, comandante romano em Jerusalém) [...] e ele falou
em língua hebraica [...]”, At.21.40.
João viu
no céu grande multidão, também de línguas (idiomas ou dialetos) e não menciona
a língua de anjos.
Ali, na
sua visão, João “[...] vê, e eis grande
multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e
línguas (idiomas ou dialetos), em pé diante do trono e diante do Cordeiro,
vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos”, Ap.7.9.
Paulo
recebeu esse dom, pois “ele quisera que
nós todos falássemos em outras línguas [...] (mas, ele fala que) quem profetiza
é superior ao que fala em outras línguas [...]”, 1Co.14.5, dando assim
mais ênfase em profetizar que línguas.
Paulo falava
o aramaico (dialeto relacionado ao hebraico), o hebraico, o grego, o latim e,
como ele deseja ir até a Espanha, é possível que falasse o espanhol.
Outra
confusão e dúvida são a respeito do dom de [...]
9 – Interpretação
de línguas (idiomas).
Esse dom
não é oferecido a todos como muitas igrejas pentecostais julgam ao dizer que o
crente tem que ser “batizado com o Espírito Santo”; esse é o modo de eles
entenderem o dom de línguas.
O texto da
epistolo aos Coríntos fala que “[...] é
mediante o Espírito (que é) [...] dado [...] a outro, capacidade para interpretar
(ou traduzir as línguas)”, 1Co.12.10.
É
transmitir o sentido do discurso de um idioma para outro.
Paulo
apresenta algumas explicativas a respeito dos dons.
Os
dons de idiomas.
“A respeito dos dons espirituais, Paulo não
quer [...] que sejamos ignorantes”, 1Co.12.1.
As
línguas aparecem como barreira para separar os homens uns dos outros.
Essa
barreira aconteceu na torre de Babel quando “[...]
o Senhor disse [...] que o povo era um, e todos tinham a mesma linguagem. Isto (foi)
[...] apenas o começo [...] Deus desceu e confundiu ali a [...] linguagem, para
que um não entendesse a linguagem de outro”, Gn.11.6,7.
As
línguas ou idiomas sempre fizeram parte do juízo de Deus para castigar o
orgulho pecaminoso humano.
No V.T.
as profecias referentes ao Espírito Santo foram detalhadas sem aparecer
qualquer menção a línguas ou idiomas.
A
mensagem anunciada pelo profeta Isaías foi “[...]
por lábios gaguejantes (zombador) e por língua estranha (Assíria e Babilônia) falará
o SENHOR a este povo”, Is.28.11 para discipliná-los.
Essa
mensagem fala sobre os juízos que caíram sobre Efraim, exercidos pelas mãos dos
assírios e babilônios, povo de língua estranha.
Nem João
Batista, nem Lucas e tampouco Jesus no ensino sobre o Espírito Santo, não
menciona algum sinal linguístico.
Jesus e
seus discípulos sempre usaram a língua nativa, o aramaico para falar ao povo.
A única referência a novas línguas é quando Jesus fala
sobre os “[...] sinais (que) hão de
acompanhar aqueles que creem: em nome (de) Jesus, expelirão demônios; falarão
novas línguas”, Mc.16.17.
Essa
língua não quer dizer que são línguas desconhecidas ou de anjos.
Em Atos
dos Apóstolos vemos três momentos do falar em línguas estranhas.
1
- Em Jerusalém.
No "[...] dia de Pentecostes [...] (os discípulos)
reunidos [...] de repente veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e
encheu toda a casa [...] e apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como
de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito
Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia
que falassem. (Havia na multidão de ouvintes) [...] partos (Irã), medos,
elamitas (divisa Babilônia) e os naturais da Mesopotâmia (Padã-Harã),
Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia (*província romana), da Frigia
(Turquia), da *Panfília, do Egito e das regiões da Líbia (**norte África) [...]
de **Cirene, e romanos que ali residiam, tanto judeus [...] cretenses e arábios
(mar vermelho). Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas
de Deus?”, At.2.1-3,9.
Lucas
descreve as línguas faladas e entendidas por cada ouvinte.
O
Espírito Santo deu o dom e capacidade aos apóstolos para falarem das grandezas
de Deus em línguas que nunca tinham aprendido.
No dia de
pentecostes não houve língua desconhecida (anjos).
Deus
estava revogando aquela atitude soberba do homem em Babel.
Sinal de
que Cristo estava derrubando todas as barreiras entre as nações para alcançar a
muitos para a salvação.
2 – Em
Cesareia (costa do Mediterrâneo).
Depois
que “[...] Pedro (pregou o evangelho em
Cesareia, aqueles que) [...] ouviam (“[...] foi derramado o dom do Espírito
Santo”, At.10.45, eles) falaram em línguas [...]”, At.10.46.
Aqui não
são escritos em detalhes, mas não tem razão para supor que seja diferente de
At.2 que fala sobre uma língua inteligível.
Estes de
Cesareia ouvindo a mensagem de Pedro entenderam a mensagem em Aramaico,
hebraico ou grego.
3 –
Éfeso.
Nesta
cidade, quando “[...] Paulo (lhes) impôs
as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como
profetizavam”, At.19.6 compreendendo a mensagem da salvação.
As
línguas aqui proferidas devem ser vistas como o avanço do evangelho.
Línguas
em Corinto.
A Igreja de
Corinto passava por problemas sérios.
É
possível que existissem dons genuínos e imitações humanas.
Algumas
pessoas podiam ser iludidas, “[...] visto
que (muitos) não entendiam o que (alguns) diziam (em suas orações)”,
1Co.14.16.
A língua
deve ser de fácil compreensão.
Em muitas
situações não haverá compreensão “[...]
quando [...] (alguém) falar em línguas estranhas [...] que proveito [...] terão?
[...] (Paulo responde que não haverá nenhum proveito) [...]”, 1Co.14.6.
Paulo declara
que, “[...] se, com a língua, não
dissermos palavra compreensível, como se entenderá o que dizemos? Porque estaremos
como se falássemos ao ar”, 1Co.14.9.
A instrução
de Paulo é que devemos usar a linguagem conhecida de todos.
Paulo declara
que “dava graças a Deus, porque falava
em outras línguas (compreensível aramaico – dialeto relacionado ao hebraico, o hebraico,
o grego, o latim e o espanhol) mais do que todos (seus irmãos) [...]”, 1Co.14.18,
mas ele preferia “[...] profetizar
[...] (para quando) entrasse algum incrédulo ou indouto [...] (fosse) ele por
todos convencido [...]”, 1Co.14.24.
Por este
motivo Paulo “[...] preferia falar na
igreja cinco palavras com o seu entendimento, para instruir outros, a falar dez
mil palavras em outra língua”, 1Co.14.19.
O texto
bíblico fala que “[...] o dom de falar
em línguas estranhas é um sinal de Deus para os descrentes (quem era crente na
época que a Bíblia foi escrita eram os Judeus) e não para os cristãos [...]”,
1Co.14.22 e, “no caso de alguém falar
em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto
sucessivamente, e haja quem interprete”, 1Co.14.27 para que o incrédulo
entenda a profecia, “mas, não havendo
intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus”, 1Co.14.28.
Qual é o
seu dom?
Conclusão: Os dons são dados a pessoas
diferentes, tal como o corpo humano tem funções diferentes.
“Ainda que (todos nós) [...] falássemos
as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, seremos como o bronze que
soa ou como o címbalo (prato) que retine”, 1Co.13.1, então, cada um de nós precisa “seguir
o amor e procurar, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que
profetizemos”,
1Co.14.1.
Rev.
Salvador P. Santana
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