sexta-feira, 19 de setembro de 2014

LEMBRE-SE DOS SEUS DEVERES, Ef.5.22-33.

LEMBRE-SE DOS SEUS DEVERES
Ef.5.22-33

Introd.:           Quando se fala de se lembrar dos seus deveres, não tem ninguém no mundo dos contos de fadas que os observou cuidadosamente como “A gata borralheira ou Cinderela”.
            Família rica e feliz. O pai, a mãe e a única filha, Cinderela.
            Menina obediente, tudo que sua mãe lhe ordenava, ela fazia.
            Morreu a mãe, e o pai, sozinho, procurou alguém que cuidasse da filha.
            Casou-se com uma viúva, mãe de duas filhas, as quais fariam companhia para Cinderela. Que engano!
            Madrasta ambiciosa, autoritária e má. As filhas, sendo feias e invejosas, transformaram a vida de Cinderela num constante terremoto.
            Acabou a liberdade para Cinderela. Comia na cozinha, lavava, passava, cozinhava, varria, esfregava.
            O rei convidou todas as moças solteiras para uma festa de três dias no palácio, quando seria escolhida pelo príncipe a futura rainha.
            Cinderela pediu permissão, sem sucesso. Uma fada a transformou em uma linda moça, mas à meia noite terminava o encantamento.
            Primeira noite o príncipe se encantou, antes da meia noite ela se foi sem deixar vestígios. Na segunda noite veio mais encantada, o príncipe se apaixonou. No terceiro dia ele disse: não me escaparás.
            Ao fugir, deixou cair um dos sapatos de cristal. Saíram à procura. Encontrada, casaram e viveram felizes para sempre.
            E depois? Depois da noite de núpcias, do café da manhã, do almoço; começa a perceber quem ele (a) é na verdade.
Nar.:   Neste capítulo o apóstolo Paulo fala sobre família, amor e casamento, mas principalmente, sobre a construção do lar na base do ensinamento de Cristo.
Propos.:          Um lar bem estruturado depende muito do modo como marido e mulher se relacionam.
Trans.:           As mulheres precisam lembrar-se dos seus deveres [...]
1 – Submissão.
            Para o lar caminhar na dependência de Deus, é preciso que “as mulheres [...]”, Ef.5.22 se lembrem dos seus deveres.
            O “[...] ser submissa [...]”, Ef.5.22 não significa ser inferior, capacho, escrava.
            Jaime Kemp fala que “as mulheres [...] submissas são [...]”, Ef.5.22 protegidas pelo esposo como se fosse um guarda-chuva, são realizadas na realização do esposo, adquire harmonia no lar, modelo para as filhas e honra a Deus com essa atitude.
            Paulo fala que “as mulheres (não deve) ser submissas (a elas mesmas, mas) ao seu próprio marido [...]”, Ef.5.22 e quando acontece essa “[...] submissão [...] como ao Senhor”, Ef.5.22, elas oferecem a Deus a oportunidade de o Espírito Santo trabalhar no coração do seu marido.
            Essa “[...] submissão (das) mulheres (deve ser) [...] como, porém, a igreja está sujeita (obediente) a Cristo [...] (não em algumas partes, mas) em tudo submissas ao seu marido”, Ef.5.24. 
            É por este motivo que “[...] a esposa (deve) respeitar (no sentido de engrandecer, dar voz) ao marido”, Ef.5.33.
         É dever dos homens lembrar-se dos seus deveres [...]
2 – Autoridade.
            Autoridade não é ser autoritário, não pode ser controlador, subjugar, escravizar.
            Quando “[...] o marido é o cabeça da mulher [...]”, Ef.5.23, fala sobre a responsabilidade do sustento, a direção, orientação, o controle e ajuste quando alguém sair do controle em seus nervos.
            Esse ser “[...] o cabeça [...] (não pode ser um soberano, tirano, espancador, que reclama de tudo, mas deve ser) como também Cristo é o cabeça da igreja [...]”, Ef.5.23. 
            Ora, se “[...] Cristo é [...] o salvador do corpo”, Ef.5.23, o marido deve imitá-Lo protegendo a sua esposa das más companhias, da falsidade, do erro, das dívidas, dos falatórios.
            O marido não pode deixar de [...]
3 – Amar.
            O “[...] amai (dos) maridos [...]”, Ef.5.25 não é uma opção é uma obrigação.
            “[...] Amar (não é a si mesmo, mas a) sua mulher [...]”, Ef.5.25. 
            “[...] Amar [...] (não é como e nem quando você quer, mas) como também Cristo amou (modelo incondicional) a igreja e a si mesmo se entregou (sacrifício) por ela”, Ef.5.25. 
            Paulo usa a repetição para mostrar ao “[...] marido (a responsabilidade, a obrigação e o testemunho que ele) deve (dar) amando a sua mulher como ao próprio corpo (sem machucar, ferir, agredir, renegar, desprezar, matar) [...]”, Ef.5.28. 
            O quanto de “[...] amor (esse) marido deve (oferecer não tem como medir, mas necessita ser) como ao próprio corpo [...]”, Ef.5.28 para ele experimentar o quanto dói falar grosseiro no meio dos outros, empurrar, beliscar, falar mal, dar um tapa, estuprar. 
            A prova desse “[...] amor à esposa (é quando) o marido ama a si mesmo [...]”, Ef.5.28 e isso precisa acontecer “porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja”, Ef.5.29. 
            É tão elevado o amor que o texto fala a “[...] cada um de per si (homem e mulher, mas a responsabilidade maior recai sobre o dever de o marido) também amar a própria esposa [...]”, Ef.5.33.
            Tanto o homem quanto a mulher [...]
4 – Unir-se a um só cônjuge.
            Hoje existem várias configurações de famílias: nucleares – pai, mãe, filhos; mononucleares – produções independentes/Xuxa, separações onde existe a ruptura da relação parental com um dos progenitores; binucleares – guarda compartilhada; reconstituídas – os meus, os teus e os nossos filhos; homoafetiva com casais do mesmo sexo.             
            O texto é bem claro quando fala “[...] homem [...] e [...] mulher [...]”, Ef.5.31. 
            Esses “[...] dois [...] homem [...] e [...] mulher [...] se tornarão [...] uma só carne”, Ef.5.31 a fim de envolver com o sexo, o compartilhar de todo o ser, bens materiais, emoções, sentimentos e pensamentos.
            Algo interessante ensinado aos filhos, mas muitos continuam desobedientes é o “eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe [...]”, Ef.5.31 no sentido físico, financeiro, emocional e geográfico.
            Note bem que ao “[...] se unir (como duas folhas coladas) à sua mulher [...] se tornarão os dois uma só carne”, Ef.5.31 para não separar até a morte.
            Lembre-se do seu dever [...]
Conclusão:      Sem mancha.
            O viver feliz para sempre é somente em contos de fadas.
            Não pense você que este mundo é repleto de lares felizes.
            Ao mostrar a necessidade de “[...] santificar (é porque estava presa a algum pecado) [...] purificar (para limpar, expurgar o que não presta) [...] lavar (a sujeira, a imundícia, a podridão do erro) [...]”, Ef.5.26, “[...] (a) mácula (mancha e nos torna imperfeitos) [...] ruga (nos deixa mais velhos e caducos no pecado) [...]”, Ef.5.27. 
            A submissão, amor, autoridade e o unir-se deve acontecer “porque somos membros do seu corpo (de Cristo)”, Ef.5.30. 
            Como todos nós somos cabeça dura, não vamos entender a importância desses deveres pelo simples motivo de ser “grande [...] este mistério (do amor), mas Paulo se refere a Cristo (como modelo de amor a) [...] igreja”, Ef.5.32.
            Então, se não aprendemos ainda, é preciso “[...] por meio da [...] água (novo nascimento) pela palavra (de Cristo)”, Ef.5.26 “[...] apresentar a si mesmo (e o seu cônjuge a Deus como) igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito”, Ef.5.27 devido os seus maus tratos.

            Rev. Salvador P. Santana

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