quarta-feira, 28 de maio de 2014

RUMO À FELICIDADE, Ec.9.1-12.



RUMO À FELICIDADE, Ec.9.1-12.

Tópicos para reflexão.
            Eclesiastes fala da insatisfação do ser humano para com a vida no mundo criado por Deus.
            Para Salomão, tudo quanto se passa debaixo do sol não passa de inutilidade, enorme canseira, desprovida de todo e qualquer significado, quando o homem vive longe de Deus.
            O objetivo da reflexão do rei é sobre a vida. Seus referenciais são religiosos enquanto:
            * O ser humano do seu tempo distanciava-se do projeto inicial de Deus, pois a declaração de fé para todo o povo judeu era única: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”, Dt.6.4,5.
            * Essa profissão de fé, tanto para o povo judeu, quanto para nós, tem a proposta de dar sentido à vida humana, a fim de que todas as atividades exercidas pelo homem sejam feitas com prazer e que tenham sempre um fim a alcançar.
            Ao olhar para Deus, reconhecemos que é “porque dele (Jesus), e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”, Rm.11.36.
            O filho de Davi declara que “deveras (verdadeiramente) se aplicou a todas estas coisas para claramente entender tudo isto: que os justos, e os sábios, e os seus feitos estão nas mãos de Deus; e, se é amor ou se é ódio que está à sua espera, não o sabe o homem. Tudo lhe está oculto no futuro”, Ec.9.1.
            Como “nós não sabemos o que sucederá amanhã [..] (porque) somos, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa”, Tg.4.14, a certeza de Salomão é que “tudo sucede igualmente a todos (“porque os vivos sabem que hão de morrer [...]”, Ec.9.5) [...]”, Ec.9.2.
            O final é igual para todos e independe da conduta moral do ser humano. É por este motivo que o Pregador usa a antítese (contrário): “[..] justo/perverso; bom/puro/impuro; sacrifica/não sacrifica; bom/pecador; jura/teme o juramento”, Ec.9.2.
            Precisamos aprender a viver bem neste mundo enquanto “[..] vivemos e não vemos a morte [..] ou (enquanto estamos) [..] livres [..] das garras do sepulcro [..]”, Sl.89.48.
            O mesmo autor já havia falado que todos nós precisamos “[...] provar [...] a alegria; gozar [...] a felicidade [...]”, Ec.2.1 com toda a nossa família.
Tópicos para reflexão.
1 – Plenitude de esperança.
            Quanto maior a esperança, melhor a valorização da nossa vida.
            O livro de Jó declara que “[...] há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos”, Jó 14.7.
            Salomão também declara que, “para aquele que está entre os vivos há esperança [...]”, Ec.9.4 de dias melhores.
            Para todo aquele “[...] que crê em o nome de [...] Jesus Cristo [...]”, 1Jo.3.23, temos o “[...] Senhor [...] (como) a nossa esperança”, Sl.39.7.
            Para demonstrar a plenitude de “[...] esperança [...] (o Pregador fala que) vale mais um cão (animal desprezível) vivo do que um leão (símbolo de poder e realiza) morto”, Ec.9.4 que não tem nenhuma utilidade.
            A esperança de uma vida abençoada é o que pode nos dá direção, isto se deve “porque os vivos sabem que hão de morrer [...]”, Ec.9.5 e, enquanto não chega o dia da morte, precisamos continuar tendo esperança de buscar uma vida melhor física, financeira e espiritual.
            A esperança pode morrer se caso eu e você estiver “[...] morto (espiritualmente, daí,) não sabemos coisa nenhuma, nem tampouco temos [...] recompensa, porque a nossa memória jaz no esquecimento”, Ec.9.5.
            É por este motivo que “amor, ódio e inveja para (os mortos espiritualmente) [...] já pereceram [...]”, Ec.9.6.
            São pessoas que já perderam a esperança de viver, lutar, buscar o melhor para si mesmo e para os seus.
            Essa atitude de desânimo em muitas pessoas é “[...] para sempre (em suas vidas) [...]”, Ec.9.6.
            A plenitude de esperança precisa ser regatada porque muitos homens “[...] não têm [...] parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”, Ec.9.6 – trabalho feito com dedicação, diversão sadia, boas amizades, relacionamento familiar, desejo de buscar a Deus.
            A busca da esperança nos incentiva [...]
            1.1 – Na formação e manutenção de valores.
            Existe um “[...] valor espiritual [...]”, Rm.15.27 que todo homem que busca a Deus precisa buscar.
            Além desse valor, é preciso investir em [...]
            A. Ética no conhecimento.
            Ter e adquirir conhecimento não constitui privilégio dos vivos sobre os vivos, muito menos sobre os mortos.
            A grandeza do homem é pedir para Deus que ele seja “ensinado (a ter) bom juízo e conhecimento (vindo do alto para servir o bem comum de todos) [...]”, Sl.119.66.
            O rumo à felicidade nos fala sobre o [...]     
            B. Respeito pela memória dos que já partiram.
            Os que já partiram merecem o nosso respeito.
            Devemos saber que todos os “[...] mortos [...] (tem direito a uma) sepultura [...]”, Gn.23.6.
            O que não se pode fazer é “ferir a nossa carne pelos mortos (como se estivéssemos respeitando ou fazendo-lhes uma homenagem) [...]”, Lv.19.28 e “[...] nem [...] consultar os mortos (para nos dá direção ou auxílio, pois eles estão mortos)”, Dt.18.11.
            Cada um de nós deve “pensar nos dias de outrora, trazer à lembrança os anos de passados tempos”, Sl.77.5 sobre “o que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais”, Sl.78.3.
            Rumo à felicidade é [...]
            C. Desnudar dos sentimentos.
            Precisamos saber sobre aqueles que “já pereceram (que eles não) amam, (não) odeiam e (nem tem) inveja [...]”, Ec.9.6; isto nos mostra que estamos vivos e nós podemos sentir tudo isso.
            Então, é preciso reconhecer o “amor (de verdade que nasce em Cristo e procurar entender o) ódio e (a) inveja (que existe dentro de nós) [...]”, Ec.9.6 para saber administrar e lidar com todas as pessoas.
            Rumo à felicidade nos fala que devemos andar [...]
            1.2 – Na transformação concreta da vida.
            Como sabemos que para muitos “já pereceu (o) amor (pelos amigos), (o) ódio (a cada dia aumenta em seu coração) e (a) inveja (é constante) [...]”, Ec.9.6, então, o que nos resta fazer é buscar a “[...] transformação pela renovação da nossa mente, para que experimentemos qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, Rm.12.2.
            Não podemos ser como mortos “[...] para sempre (que) não têm [...] parte (desconhece porque não vive) em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”, Ec.9.6.
            Precisamos ser “[...] libertados do pecado, transformados em servos de Deus, ter o [...] (o) fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna”, Rm.6.22.
            Só assim teremos uma transformação concreta para a vida.
            Você está disposto a ser transformado?
            Quando decidimos caminhar rumo à felicidade, somos [...]
2 – Gratos na celebração da vida.
            Seria ingênuo pensar que nosso viver pode converter-se em festa ou banquete perpétuo.
            Enquanto estiver neste mundo, “vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe gostosamente o teu vinho, pois Deus já de antemão se agrada das tuas obras”, Ec.9.7.
            Mas, é bom lembrar que, participando dos prazeres deste mundo, “em todo tempo (deve) ser alvas (purificar) as nossas vestes (agir lealmente e com fidelidade), e jamais falte o óleo (azeite, Espírito Santo) sobre a nossa cabeça”, Ec.9.8.
            A gratidão é porque Deus nos concede os prazeres mais simples e universais da vida cotidiana como resultado da graça divina.
            Essa gratidão aponta também para a família.
            Salomão fala de “gozar (dar atenção, contemplar) a vida com a mulher que (você) ama [...]”, Ec.9.9 – carinho, dedicação, respeito, cuidado.
            Esse “[...] amor (não pode ser apenas no dia do casamento ou em dias especiais, deve ser) todos os dias de tua vida fugaz (passageiro), os quais Deus te deu debaixo do sol [...]”, Ec.9.9.
            A nossa gratidão é devido o desfrute que temos neste mundo, “[...] porque (a nossa família) [...] é a [...] porção (que recebemos) nesta vida pelo trabalho com que nos afadigamos debaixo do sol”, Ec.9.9.
            É por este motivo que “tudo quanto te vier à mão para fazer (em favor da sua família), faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”, Ec.9.10.
            Rumo à felicidade, precisar ter a [...]
3 – Consciência das alegrias e agonias da vida.
            A nossa primeira consciência é procurar em nossa “visão (de que) ainda (estamos) debaixo do sol [...]”, Ec.9.11, logo, ainda não alcançamos o céu; falta muito tempo.
            Ao olhar para uma sociedade que privilegia os bem-sucedidos, vale a observação de que os sucessos e as desgraças da vida não são determinados pelo acúmulo das nossas habilidades.
            Salomão já reconhecia “[...] que não é dos ligeiros (leve, rápido) o prêmio, nem dos valentes (forte, corajoso), a vitória, nem tampouco dos sábios (trabalho, administração, habilidoso), o pão, nem ainda dos prudentes (encarar situação com cuidado, discernir), a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo (oferecido por Deus) e do acaso (alcançar o alvo com persistência e fé em Deus)”, Ec.9.11.
            Essa falta de conhecimento do bem ou mal que nos sobrevirá é pelo simples motivo que “[...] o homem não saber a sua hora (da felicidade/ infelicidade ou vida/morte) [...]”, Ec.9.12.
            Assim, todos nós somos “[...] como os peixes que se apanham com a rede traiçoeira e como os passarinhos que se prendem com o laço [...]”, Ec.9.12.
            Desta forma somos nós quando enfrentamos tristezas e alegrias neste mundo, vêm de quando não pedimos as angústias, dificuldades e “[...] assim se enredam (atrapalham, caem em armadilha) também os filhos dos homens no tempo da calamidade (desgraça, desastre), quando cai de repente sobre nós”, Ec.9.12.
            Ao tomar o rumo da felicidade, nos “[...] aplicamos a todas estas coisas para claramente entender tudo isto (que acontece no mundo) [...]”, Ec.9.1.
            Como não entendemos muito bem o que acontece neste mundo, precisamos aceitar “[...] que os justos, e os sábios, e os seus feitos estão nas mãos de Deus [...]”, Ec.9.1, pois “tudo Deus faz como lhe agrada (pelo razão de que Ele) está no céu (e nós somos apenas criatura) [...]”, Sl.115.3.
            Qual de nós pode saber “[...] se é amor ou se é ódio que está à nossa espera (?), homem (nenhum) o sabe. Tudo nos está oculto no futuro”, Ec.9.1.
            Ruma à felicidade [...]
Conclusão:     Eu e você ainda vamos encontrar “estes [...] males que há em tudo quanto se faz debaixo do sol [...]”, Ec.9.3.
            Se o texto fala que “[...] a todos sucede o mesmo (então eu e você estamos incluídos; não tem como escapara) [...]”, Ec.9.3.
            Mas, é preciso saber “[...] também (que) o coração dos homens está cheio de maldade [...]”, Ec.9.3, eis o motivo de muitas tragédias em nossas vidas.
            Não fique preocupado com o que você irá encontrar rumo à felicidade, porque também, aqueles homens que fazem o mal, em muito deles “[...] há desvarios (desordem mental) enquanto vivem; depois, (todos os homens, sem escapar um, estará indo) rumo aos mortos”, Ec.9.3, daí, “[...] ressuscitarão, uns para a vida eterna (onde Deus “[...] lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”, Ap.21.4, mas para) [...] e outros (a ressurreição será) para vergonha e horror eterno”, Dn.12.2.

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Vida abundante – Didaquê – Rev. Saulo Marcos de Almeida.

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