RUMO À FELICIDADE, Ec.9.1-12.
Tópicos para reflexão.
Eclesiastes fala da
insatisfação do ser humano para com a vida no mundo criado por Deus.
Para Salomão, tudo
quanto se passa debaixo do sol não passa de inutilidade, enorme canseira,
desprovida de todo e qualquer significado, quando o homem vive longe de Deus.
O objetivo da reflexão
do rei é sobre a vida. Seus referenciais são religiosos enquanto:
* O ser humano do seu
tempo distanciava-se do projeto inicial de Deus, pois a declaração de fé para
todo o povo judeu era única: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.
Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e
de toda a tua força”, Dt.6.4,5.
* Essa profissão de fé,
tanto para o povo judeu, quanto para nós, tem a proposta de dar sentido à vida
humana, a fim de que todas as atividades exercidas pelo homem sejam feitas com
prazer e que tenham sempre um fim a alcançar.
Ao olhar para Deus,
reconhecemos que é “porque dele (Jesus), e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A
ele, pois, a glória eternamente. Amém!”, Rm.11.36.
O filho de Davi declara
que “deveras
(verdadeiramente) se aplicou a todas estas coisas para claramente entender tudo
isto: que os justos, e os sábios, e os seus feitos estão nas mãos de Deus; e,
se é amor ou se é ódio que está à sua espera, não o sabe o homem. Tudo lhe está
oculto no futuro”, Ec.9.1.
Como “nós não sabemos o
que sucederá amanhã [..] (porque) somos, apenas, como neblina que aparece por
instante e logo se dissipa”,
Tg.4.14, a certeza de Salomão é que “tudo sucede igualmente a todos (“porque os vivos
sabem que hão de morrer [...]”, Ec.9.5) [...]”, Ec.9.2.
O final é igual para
todos e independe da conduta moral do ser humano. É por este motivo que o
Pregador usa a antítese (contrário): “[..] justo/perverso; bom/puro/impuro; sacrifica/não
sacrifica; bom/pecador; jura/teme o juramento”, Ec.9.2.
Precisamos aprender a
viver bem neste mundo enquanto “[..] vivemos e não vemos a morte [..] ou (enquanto
estamos) [..] livres [..] das garras do sepulcro [..]”, Sl.89.48.
O mesmo autor já havia
falado que todos nós precisamos “[...] provar [...] a alegria; gozar [...] a
felicidade [...]”, Ec.2.1 com
toda a nossa família.
Tópicos para reflexão.
1 – Plenitude de esperança.
Quanto maior a
esperança, melhor a valorização da nossa vida.
O livro de Jó declara
que “[...]
há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não
cessarão os seus rebentos”, Jó
14.7.
Salomão também declara
que, “para
aquele que está entre os vivos há esperança [...]”, Ec.9.4 de dias melhores.
Para
todo aquele “[...] que crê em o nome de [...] Jesus Cristo [...]”, 1Jo.3.23, temos o “[...] Senhor [...] (como)
a nossa esperança”, Sl.39.7.
Para demonstrar a plenitude
de “[...]
esperança [...] (o Pregador fala que) vale mais um cão (animal desprezível) vivo
do que um leão (símbolo de poder e realiza) morto”, Ec.9.4 que não tem nenhuma utilidade.
A esperança de uma vida
abençoada é o que pode nos dá direção, isto se deve “porque os vivos
sabem que hão de morrer [...]”,
Ec.9.5 e, enquanto não chega o dia da morte, precisamos continuar tendo
esperança de buscar uma vida melhor física, financeira e espiritual.
A esperança pode morrer
se caso eu e você estiver “[...] morto (espiritualmente, daí,) não sabemos
coisa nenhuma, nem tampouco temos [...] recompensa, porque a nossa memória jaz
no esquecimento”, Ec.9.5.
É por este motivo que “amor, ódio e inveja
para (os mortos espiritualmente) [...] já pereceram [...]”, Ec.9.6.
São pessoas que já
perderam a esperança de viver, lutar, buscar o melhor para si mesmo e para os
seus.
Essa atitude de desânimo
em muitas pessoas é “[...] para sempre (em suas vidas) [...]”, Ec.9.6.
A plenitude de esperança
precisa ser regatada porque muitos homens “[...] não têm [...] parte em coisa
alguma do que se faz debaixo do sol”, Ec.9.6 – trabalho feito com dedicação, diversão sadia, boas amizades, relacionamento
familiar, desejo de buscar a Deus.
A busca da esperança nos
incentiva [...]
1.1 – Na formação e
manutenção de valores.
Existe um “[...] valor
espiritual [...]”, Rm.15.27 que
todo homem que busca a Deus precisa buscar.
Além desse valor, é
preciso investir em [...]
A.
Ética no conhecimento.
Ter e adquirir
conhecimento não constitui privilégio dos vivos sobre os vivos, muito menos
sobre os mortos.
A grandeza do homem é
pedir para Deus que ele seja “ensinado (a ter) bom juízo e conhecimento (vindo do
alto para servir o bem comum de todos) [...]”, Sl.119.66.
O rumo à felicidade nos fala
sobre o [...]
B. Respeito pela
memória dos que já partiram.
Os que já partiram
merecem o nosso respeito.
Devemos saber que todos
os “[...]
mortos [...] (tem direito a uma) sepultura [...]”, Gn.23.6.
O que não se pode fazer
é “ferir
a nossa carne pelos mortos (como se estivéssemos respeitando ou fazendo-lhes
uma homenagem) [...]”, Lv.19.28
e “[...]
nem [...] consultar os mortos (para nos dá direção ou auxílio, pois eles estão
mortos)”, Dt.18.11.
Cada um de nós deve “pensar nos dias de
outrora, trazer à lembrança os anos de passados tempos”, Sl.77.5 sobre “o que ouvimos e
aprendemos, o que nos contaram nossos pais”, Sl.78.3.
Rumo à felicidade é
[...]
C. Desnudar dos
sentimentos.
Precisamos saber sobre
aqueles que “já pereceram (que eles não) amam, (não) odeiam e (nem tem) inveja [...]”, Ec.9.6; isto nos mostra que estamos vivos
e nós podemos sentir tudo isso.
Então, é preciso
reconhecer o “amor (de verdade que nasce em Cristo e procurar entender o) ódio e (a) inveja
(que existe dentro de nós) [...]”,
Ec.9.6 para saber administrar e lidar com todas as pessoas.
Rumo
à felicidade nos fala que devemos andar [...]
1.2 – Na
transformação concreta da vida.
Como sabemos que para
muitos “já pereceu (o) amor (pelos amigos), (o) ódio (a cada dia aumenta em seu
coração) e (a) inveja (é constante) [...]”, Ec.9.6, então, o que nos resta fazer é buscar a “[...] transformação
pela renovação da nossa mente, para que experimentemos qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus”, Rm.12.2.
Não podemos ser como
mortos “[...] para sempre (que) não têm [...] parte (desconhece porque não vive) em
coisa alguma do que se faz debaixo do sol”, Ec.9.6.
Precisamos ser “[...] libertados do
pecado, transformados em servos de Deus, ter o [...] (o) fruto para a santificação
e, por fim, a vida eterna”,
Rm.6.22.
Só assim teremos uma
transformação concreta para a vida.
Você está disposto a ser
transformado?
Quando decidimos
caminhar rumo à felicidade, somos [...]
2 – Gratos na celebração da vida.
Seria ingênuo pensar que
nosso viver pode converter-se em festa ou banquete perpétuo.
Enquanto estiver neste
mundo, “vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe gostosamente o teu vinho,
pois Deus já de antemão se agrada das tuas obras”, Ec.9.7.
Mas, é bom lembrar que,
participando dos prazeres deste mundo, “em todo tempo (deve) ser alvas (purificar) as nossas
vestes (agir lealmente e com fidelidade), e jamais falte o óleo (azeite,
Espírito Santo) sobre a nossa cabeça”, Ec.9.8.
A gratidão é porque Deus
nos concede os prazeres mais simples e universais da vida cotidiana como
resultado da graça divina.
Essa gratidão aponta
também para a família.
Salomão fala de “gozar (dar atenção,
contemplar) a vida com a mulher que (você) ama [...]”, Ec.9.9 – carinho, dedicação, respeito, cuidado.
Esse “[...] amor (não
pode ser apenas no dia do casamento ou em dias especiais, deve ser) todos os
dias de tua vida fugaz (passageiro), os quais Deus te deu debaixo do sol [...]”, Ec.9.9.
A nossa gratidão é
devido o desfrute que temos neste mundo, “[...] porque (a nossa família) [...] é a [...] porção
(que recebemos) nesta vida pelo trabalho com que nos afadigamos debaixo do sol”, Ec.9.9.
É por este motivo que “tudo quanto te vier
à mão para fazer (em favor da sua família), faze-o conforme as tuas forças,
porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento,
nem sabedoria alguma”, Ec.9.10.
Rumo à felicidade,
precisar ter a [...]
3 – Consciência das alegrias e agonias da vida.
A nossa primeira
consciência é procurar em nossa “visão (de que) ainda (estamos) debaixo do sol [...]”, Ec.9.11, logo, ainda não alcançamos o céu;
falta muito tempo.
Ao olhar para uma
sociedade que privilegia os bem-sucedidos, vale a observação de que os sucessos
e as desgraças da vida não são determinados pelo acúmulo das nossas
habilidades.
Salomão já reconhecia “[...] que não é dos
ligeiros (leve, rápido) o prêmio, nem dos valentes (forte, corajoso), a
vitória, nem tampouco dos sábios (trabalho, administração, habilidoso), o pão,
nem ainda dos prudentes (encarar situação com cuidado, discernir), a riqueza,
nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo (oferecido por Deus)
e do acaso (alcançar o alvo com persistência e fé em Deus)”, Ec.9.11.
Essa falta de
conhecimento do bem ou mal que nos sobrevirá é pelo simples motivo que “[...] o homem não
saber a sua hora (da felicidade/ infelicidade ou vida/morte) [...]”, Ec.9.12.
Assim, todos nós somos “[...] como os
peixes que se apanham com a rede traiçoeira e como os passarinhos que se prendem
com o laço [...]”, Ec.9.12.
Desta forma somos nós
quando enfrentamos tristezas e alegrias neste mundo, vêm de quando não pedimos as
angústias, dificuldades e “[...] assim se enredam (atrapalham, caem em
armadilha) também os filhos dos homens no tempo da calamidade (desgraça,
desastre), quando cai de repente sobre nós”, Ec.9.12.
Ao tomar o rumo da
felicidade, nos “[...] aplicamos a todas estas coisas para claramente entender tudo isto
(que acontece no mundo) [...]”,
Ec.9.1.
Como não entendemos
muito bem o que acontece neste mundo, precisamos aceitar “[...] que os
justos, e os sábios, e os seus feitos estão nas mãos de Deus [...]”, Ec.9.1, pois “tudo Deus faz como
lhe agrada (pelo razão de que Ele) está no céu (e nós somos apenas criatura)
[...]”, Sl.115.3.
Qual de nós pode saber “[...] se é amor ou
se é ódio que está à nossa espera (?), homem (nenhum) o sabe. Tudo nos está
oculto no futuro”, Ec.9.1.
Ruma à felicidade [...]
Conclusão: Eu
e você ainda vamos encontrar “estes [...] males que há em tudo quanto se faz
debaixo do sol [...]”, Ec.9.3.
Se o texto fala que “[...] a todos
sucede o mesmo (então eu e você estamos incluídos; não tem como escapara) [...]”, Ec.9.3.
Mas, é preciso saber “[...] também (que) o
coração dos homens está cheio de maldade [...]”, Ec.9.3, eis o motivo de muitas tragédias em nossas vidas.
Não
fique preocupado com o que você irá encontrar rumo à felicidade, porque também,
aqueles homens que fazem o mal, em muito deles “[...] há desvarios (desordem mental) enquanto
vivem; depois, (todos os homens, sem escapar um, estará indo) rumo aos mortos”, Ec.9.3, daí, “[...]
ressuscitarão, uns para a vida eterna (onde Deus “[...] lhes enxugará dos olhos
toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem
dor, porque as primeiras coisas passaram”, Ap.21.4, mas para) [...] e outros (a
ressurreição será) para vergonha e horror eterno”, Dn.12.2.
Adaptado pelo Rev. Salvador P.
Santana para Estudo – Vida abundante – Didaquê – Rev. Saulo Marcos de
Almeida.
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