domingo, 18 de maio de 2014

JACÓ E RAQUEL - Uma relação em meio a grandes confusões, Gn.29.1-30.



JACÓ E RAQUEL – Uma relação em meio a grandes confusões, Gn.29.1-30.

Introd.:           Muitas famílias são formadas e vivem em meio a grandes confusões. Algumas vezes isso acontece por causa dos relacionamentos precoces e imaturos que, de certa forma, são incentivados por nossa sociedade.
            Outras vezes isso ocorre por conta da liberalidade e promiscuidade (sexo diversos parceiros, mistura confusa no mesmo ambiente) que também permeiam e influenciam nossa cultura.
            A causa primária que envolve as confusões nos relacionamentos é o pecado e a sua contínua e progressiva prática.
            A Escritura Sagrada apresenta alguns exemplos de famílias que viveram em meio a grandes confusões e vemos as tristes consequências, e muitas vezes trágicas, que sofreram.
            Quem é o culpado pela confusão causada entre marido e mulher? “[...] O homem [...] (coloca a culpa na) mulher [...] (por isso ele) comeu [...] a mulher [...] (falou que foi) a serpente (que a) [...] enganou, e ela comeu”, Gn.3.12,13.
            Na história de Jacó e Raquel, quem é você?
1 – Contexto.
            Depois que recebeu a bênção de Isaque, seu pai, e tendo sido ameaçado por Esaú, seu irmão, e ainda sendo orientado por Rebeca, sua mãe, “pôs-se Jacó a caminho e se foi à terra do povo do Oriente”, Gn.29.1.
            Padã-Arã ou “[...] Harã (na Mesopotâmia – Turquia, entre o rio Eufrates e Habur foi o destino de Jacó quando ele) (encontrou com seus parentes) [...]”, Gn.29.4, “[...] Labão (tio, irmão de Rebeca, sua mãe) [...](netos) de Naor (irmão de Abraão) [...]”, Gn.29.5.
            Padã-Arã foi uma cidade importante. Caminho para caravanas e um grande centro mercantil.
            Nessa trajetória, Jacó teve algumas experiências com Deus, o qual confirma com Jacó a sua aliança.
            Ao chegar ao seu destino, “Jacó perguntou [...] (aos pastores) donde [...] (eram)? Responderam: Somos de Harã”, Gn.29.4.
            O costume dos “[...] pastores (era) ajuntar ali todos os rebanhos, removiam a pedra da boca do poço, davam de beber às ovelhas e tornavam a colocá-la no seu devido lugar”, Gn.29.3.
            Como Jacó estava fugindo de Esaú, seu irmão, procurou saber se aqueles “[...] pastores conheciam a Labão (tio), filho (Betuel, neto) de Naor [...]”, Gn.29.5, procurou refúgio, não com os amigos, mas na própria família.
            É interessante notar que Jacó não foi procurar esposa para si, mas fugia da morte prometida pelo seu irmão Esaú.
            Não por acaso, mas Deus providenciou para “[...] Jacó [...] (se encontrar com) Raquel (ovelha, futura esposa e amada - prima) [...] filha (Betuel) [...]”, Gn.29.6.
            Até parece que Jacó desejava ficar sozinho com Raquel, pois “[...] disse (aos) pastores: É ainda pleno dia [...] é tempo de se recolherem os rebanhos; dai de beber às ovelhas e ide apascentá-las”, Gn.29.7.
            Mas, como Deus deseja que o futuro casal se conheça primeiro como se relaciona e toda a família, “não (permitiu Jacó ficar a sós com Raquel, porque) [...] enquanto não se ajuntar todos os rebanhos, e ser removida a pedra da boca do poço [...] (não podia) dar de beber”, Gn.29.8 ao rebanho.
            Como Jacó “olhou, e eis um poço no campo e três rebanhos de ovelhas (dóceis e fáceis de serem atacadas por lobos, raposas) deitados junto (do) poço; porque daquele poço davam de beber aos rebanhos; e havia grande pedra que tapava a boca do poço (Jacó não tinha costume de trabalhar duro)”, Gn.29.2, o filho de Isaque teve que cortejar, fazer bonito, trabalhar para conquistar a sua prima.
            Jacó precisava mostrar serviço porque, enquanto ele “falava ainda (com os pastores) [...] chegou Raquel com as ovelhas de seu pai; porque era pastora (trabalhadora, dedicada, protetora)”, Gn.29.9.
            Assim que “[...] Jacó viu a Raquel, filha de Labão (tio), irmão de sua mãe, e as ovelhas (cuidadas por Raquel com especialidade) de Labão, chegou-se, removeu (Jacó, pacato – tinha força, beleza, mas vivia dentro de casa, resolveu pegar) a pedra da boca do poço e deu de beber ao rebanho (deixou de lado a sua beleza para começar a trabalhar para) [...] Labão (futuro sogro), irmão de sua mãe”, Gn.29.10.
            Como naquela época não existia certidão de nascimento, após o encontro de Jacó com “[...] Labão [...] (depois de muitas explicações a respeito da sua mãe, Rebeca e seu pai Isaque, o futuro sogro reconheceu que) de fato, Jacó era seu osso e sua carne. E Jacó, pelo espaço de um mês, permaneceu com ele”, Gn.29.14, trabalhando. Isto nos fala que, quando o filho sai da casa dos pais, precisa se sustentar, acaba a moleza que havia dentro da casa dos pais.
            Depois (desse mês de trabalho duro com as ovelhas), disse Labão a Jacó: Acaso, por seres meu parente, irás servir-me de graça? (Não foi totalmente de graça; Jacó tinha casa e comida) Dize-me, qual será o teu salário?”, Gn.29.15.
            É a partir desse acordo salarial que as confusões e a família de Jacó começam a surgir [...]
2 – Movido pelo amor.
            A história desse casal é cheia de beleza.
            No momento do encontro “[...] Jacó contou a Raquel que ele era parente de seu pai, pois era filho de Rebeca; ela correu e o comunicou a seu pai”, Gn.29.12.
            A notícia logo se espalhou e, “tendo Labão ouvido as novas de Jacó, filho de sua irmã, correu-lhe ao encontro, abraçou-o, beijou-o e o levou para casa (recebido com festa, carinho). E contou Jacó a Labão os acontecimentos de sua viagem (fuga??!! Sonho!!?? Primogenitura??!!)”, Gn.29.13.
            Com apenas um mês na casa do seu tio, despertou o “amor (de) Jacó [...] (por) Raquel e (lhe) disse (propondo): Sete anos te servirei (dote – preço que o pretendente pagava aos pais da noiva conforme o valor combinado, Gn.34.12, ou que a noiva dava ao noivo, 1Rs 9.16) por tua filha mais moça, Raquel”, Gn.29.18.
            É possível que esse amor de “[...] Jacó (por sua prima nasceu desde o encontro em que) [...] Jacó beijou a Raquel e, erguendo a voz, chorou”, Gn.29.11.
            Como era costume o casamento entre parentes, “[...] Labão [...] (achou) melhor [...] que ele desse (Raquel a Jacó), em vez de dá-la a outro homem; (concordou, confirmou o dote, dizendo-lhe) fica, pois, comigo”, Gn.29.19, selando assim o acordo.
            Como era providencial de Deus, “assim, por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava”, Gn.29.20.
            O amor de uma mulher conseguiu fazer com que este homem começasse a trabalhar.
            As mulheres conseguem mover a letargia de um homem em atividade, a falta de compromisso para a responsabilidade, as muitas brincadeiras para a seriedade.
            Todo casamento precisa se basear no amor, porque o “marido [...] (precisa) amar (a) sua mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela [...] (também) a jovem recém-casada (deve) [...] amar ao marido e a seus filhos,”, Ef.5.25; Tt.2.4.
            O Rev. Augustus Nicodemos – A Bíblia e a sua família – ECC – “os maridos têm a tendência de fazer o oposto de Cristo; querem ser servidos em vez de servir; querem que a esposa faça tudo o que eles demandam e vivam para seu conforto, seu lazer. Colocamos sobre ela a responsabilidade de cuidar de nós, nos dar entretenimento, prazer e conforto. E o pior é que usamos a Bíblia para nos justificar. Raciocinamos mais ou menos assim: ‘minha mulher tem que ser submissa. Como líder, preciso ajudá-la a praticar a submissão. Portanto, vou dar-lhe todas estas tarefas e coisas para fazer, e, assim, a ensinarei a ser o que Cristo quer que ela seja’. Ao fim, vemos a esposa mais como uma empregada do que como nossa companheira. Para que possamos amá-la como Cristo amou a igreja, é preciso que renunciemos ao instinto carnal do egoísmo, que faz com que desejemos que o mundo gire em torno de nós”.
            Amar a esposa é a responsabilidade maior do marido no casamento. E “Jacó [...] (começou bem) amando Raquel e (lhe) (propondo) [...] sete anos (de trabalho duro por amor) [...]”, Gn.29.18.    
3 – Confusão estabelecida.
            Geralmente a confusão acontece quando um ou os dois quebram o acordo.
            [...] Jacó (e) [...] Esaú (fizeram um acordo em que o) pão e o cozinhado de lentilhas [...] (serviram de compra do) direito de primogenitura. (Mas) Esaú passou a odiar a Jacó por causa da bênção, com que seu pai o tinha abençoado [...] (então, resolveu) matar a Jacó, seu irmão”, Gn.25.34; 27.41.
            Precisamos saber que “[...] Deus não é de confusão, e sim de paz [...]”, 1Co.14.33.
            O propósito de Jacó em ter Raquel por esposa corria muito bem, até o dia em que ele de fato a receberia por esposa.
            Depois de “[...] sete anos [...] (de) serviço (árduo, “[...] de dia consumido pelo calor, de noite, pela geada; e o [...] sono [...] fugindo dos olhos”, Gn.31.40) por amor [...] (a) filha mais moça, Raquel”, Gn.29.18, Jacó foi enganado por Labão.
            Sentimos na pele quando recebemos a mesma ação como troco. Quando somos roubados, precisamos lembrar que já roubamos; quando enganados, deve vir a nossa mente que um dia enganamos; alguém mentiu para nós, já fizemos o mesmo; alguém usa de trapaça, já trapaceamos.
            Jacó se esqueceu do que fizera com o seu irmão Esaú – vendeu algo sem valor por uma fortuna, usou da artimanha, roubo, fingimento.
            Quando agimos como Jacó, armamos o maior barraco.
            Jacó ficou muito furioso em receber para [...]
            A – O casamento a filha mais velha, Lia.
            Jacó não desejava se casar com “[...] Lia, a mais velha [...] (ele preferia) Raquel, a mais moça”, Gn.29.16.
            Jacó não tinha nenhuma afeição por “Lia (que) tinha os olhos baços (sem brilho, tímida, medrosa, enfraquecida de trabalho??!! Mas), porém Raquel (ele se interessou porque) era formosa (elegante) de porte (aparência) e de semblante (rosto)”, Gn.29.17.
            Mas, “ao amanhecer, viu (Jacó) que era Lia [...]”, Gn.29.25 que fora dada como esposa no lugar de Raquel.
            Jacó, furtivamente, logo ao amanhecer, “[...] entregou a (seu pai Isaque) [...] a comida saborosa e o pão que (a sua mãe) havia preparado (e usou o nome do) [...] SENHOR [...] (dizendo que) Deus (havia) mandado (a caça) ao seu encontro”, Gn.27.17,20.
            Foi “ao amanhecer [...] (que) Jacó (reclamou) a Labão [...] (sobre o) que (o sogro havia) [...] feito (enganando-o) [...]”, Gn.29.25, mas não se lembrou de que ele havia enganado a seu pai.
            Havia na época o costume da “[...] moça tomar o véu e se cobrir”, Gn.24.65 e Lia foi coberta; Jacó ficou furioso.
            Jacó não se lembrou de que agira do mesmo modo com o seu pai Isaque, quando “[...] tomou [...] a melhor roupa de Esaú [...] (se) vestiu [...] (e) com a pele dos cabritos cobriu as mãos e a lisura do pescoço”, Gn.27.15,16.
            Para facilitar a trapaça, foi “à noite (que Labão concretizou a sua manobra de enganação, realizando o matrimônio), conduzindo a Lia, sua filha, e a entregando a Jacó. E coabitaram”, Gn.29.23.
            Jacó não agiu durante a noite como Labão, para enganar a seu pai, mas o fez durante o dia quando “[...] Isaque (já) envelhecido e já não podendo ver, porque os olhos se lhe enfraqueceram [...] velho [...] (a ponto de) Isaque (pedir) a Jacó: Chega-te aqui, para que eu te apalpe, meu filho, e veja se és meu filho Esaú ou não”, Gn.27.1,21.
            Como “[...] Jacó (amava Raquel,) disse a Labão: Dá-me minha mulher, pois já venceu o prazo, para que me case com ela”, Gn.29.21.
            Talvez, para continuar com a enganação, “Labão reuniu [...] todos os homens do lugar e deu um banquete”, Gn.29.22.
            Jacó não deu uma festa, estava apenas ele e seu pai quando “[...] entregou [...] a comida saborosa e o pão [...] preparado”, Gn.27.17.
            Jacó “[...] serviu (a) Labão (foi) [...] por amor a Raquel (e não por Lia) [...] (mas ainda assim foi) enganado [...]”, Gn.29.25 por seu sogro.
            Todo pai ama o seu filho, apesar do texto bíblico falar que “Isaque amava a Esaú [...]”, Gn.25.28, mas isso não era motivo para Jacó enganar a seu pai.
            Ao amanhecer, (Jacó) viu [...] Lia (ao seu lado) e [...] Raquel (o seu) amor [...]”, Gn.29.25 fora deixada de fora do contrato tal como Esaú ficara sem a bênção da herança dobrada.
            Por este motivo, Jacó foi obrigado a fazer outro contrato com Labão [...] 
            B – O casamento com Raquel.
            Ao amanhecer, Jacó (percebeu que fora) enganado, (então) disse a Labão: Que é isso que me fizeste? Não te servi eu por amor a Raquel? Por que, pois, me enganaste?”, Gn.29.25.
            Como Jacó não conhecia os costumes do Oriente, “[...] Labão [...] (falou para ele que) não se fazia assim em sua terra, dar-se a mais nova antes da primogênita”, Gn.29.26.
            Essa fala de Labão serviu para trazer à memória de Jacó, que ele, sendo o mais novo, por “[...] duas vezes enganou Esaú: tirando-lhe o direito de primogenitura e [...] usurpando a bênção que era (do seu irmão) [...]”, Gn.27.36.
            Todo aquele que se sente enganado fica muito aborrecido.
            Diante desse descontentamento, por ter sido enganado, “decorrida a semana deste (casamento com Lia. Labão faz outra proposta:) [...] Dar-te-emos também a Raquel [...]”, Gn.29.27.
            O problema é que muitos filhos quando não querem aprender a trabalhar em sua casa, de um jeito ou de outro aprende fora.
            Jacó não teve escapatória, teve que “[...] trabalhar [...] mais sete anos (por Raquel) [...] servindo (Labão como acréscimo do dote)”, Gn.29.27.
            Interessante notar que após os muitos desencontros na vida de Jacó, ele se tornou um homem trabalhador, pois “[...] continuou servindo a Labão por outros sete anos”, Gn.29.30.
            Por amor, “Jacó concordou (com os novos termos impostos por Labão – egoísta e pecaminoso levou Jacó à bigamia e ele aceitou), e se passou a semana desta (festividade do casamento com Lia); então, Labão lhe deu por mulher Raquel, sua filha”, Gn.29.28.
            A partir desse novo casamento de Jacó com Raquel, teve início a novos conflitos e problemas familiares.
            Jacó e suas duas mulheres nos mostra que, quando nos afastamos dos padrões de Deus, sofremos.
            Embora amasse Raquel, Jacó já havia tomado Lia como esposa.
            A bigamia nunca fez parte do ideal de Deus para o homem. O desejo de Deus é que “[...] o homem (deve) deixar pai e mãe e se unir à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”, Gn.2.24.
            Como Deus não depende do homem para traçar os seus planos, Deus usou Lia, a esposa “[...] preterida (desprezada para trazer ao mundo) [...] [...] Levi (tribo sacerdotal para interceder pelo povo, e) [...] Judá (nora – antepassado de Jesus Cristo, o nosso Salvador) [...]”, Gn.29.33-35.
            Mesmo tendo filhos que constituíram o sacerdócio e a linhagem de Jesus Cristo, ainda assim essa família não deixou de ser pecaminosa e, apesar da graça divina, colheu amargos frutos do pecado.
            Por este motivo, houve [...]
4 – Rivalidades e ajustes.
            Depois que “[...] Jacó coabitou (com) Raquel (a mulher que ele) mais amava do que a Lia [...]”, Gn.29.30, o texto aponta para a repetição na vida dos filhos os erros dos pais. “Isaque amava a Esaú [...] (e) Rebeca [...] amava a Jacó”, Gn.25.28.
            Esse texto nos mostra que devemos reavaliar a nossa atitude diante dos nossos parentes.
            O SENHOR vê que Lia era desprezada (devido a rivalidade, por isso), fê-la fecunda; ao passo que Raquel era estéril”, Gn.29.31.
            Deus ofertou, de modo gracioso, a “[...] Lia, (a esposa desprezada, a metade dos filhos de Jacó, inclusive a linha sacerdotal,) [...] Levi”, Gn.29.34 e a linha messiânica, depois de “conceber de novo [...] (Lia) louvou o SENHOR [...] (e) lhe chamou Judá [...]”, Gn.29.35.
            Por ser desprezada e por causa da rivalidade entre as mulheres, “[...] Lia [...] (vivia na expectativa de ser) amada (por) seu marido”, Gn.29.32, e com a vinda de muitos filhos pensava que o seu “[...] marido se uniria mais a ela [...]”, Gn.29.34.
            Lia e Raquel rivalizadas, começaram a usar suas servas para satisfazer ao marido e tentar ficar mais perto do esposo.
            Raquel tomou “[...] Bila, sua serva [...] (para Jacó) coabitar com ela [...] (e ter) filhos [...]”, Gn.30.3, Dã e “[...] Naftali”, Gn.30.8.
            A prática do concubinato era comum na época, igualmente pecaminosa diante de Deus, mas ainda assim, Jacó não pestanejou.
            A rivalidade era notória, a ponto de Lia e “[...] Raquel (brigarem por causa de algumas) mandrágoras (raiz em forma de forquilha, parecida com as pernas de uma pessoa – acreditava que a mulher engravidava) [...]”, Gn.30.15.
            A rivalidade ganhava novos contornos pecaminosos e “[...] Lia [...] deu Zilpa, sua serva, e a Jacó, por mulher”, Gn.30.9.
            O desejo e ciúme incontido de Lia eram tanto que chegou a “[...] dizer [...] desta vez (nascendo mais filhos,) Jacó (ia) permanecer com (ela) [...] porque lhe deu seis filhos [...]”, Gn.30.20.
            Após o nascimento de onze filhos, seis de Lia, dois de Bila, dois de Zilpa, um de Raquel e Diná, foi que, por obra e graça de Deus, “[...] Raquel deu à luz um filho, cujo nascimento lhe foi a ela penoso”, Gn.35.16.
            Nem sempre Deus concede o que desejamos. Jacó e Raquel tiveram apenas dois filhos, José, que fora vendido, seu filho amado, e “[...] Benjamim [...] (que em meio a alegria trouxe tristeza com a) morte [...]”, Gn.35.18 de “[...] Raquel (a quem) Jacó amava mais [...]”, Gn.29.30.
            É digno de nota que Jacó ficou sem a companhia daquela que o “[...] amava (sua mãe) Rebeca (e perdeu completamente o contado com seu pai) Isaque [...] (e seu irmão) Esaú [...]”, Gn.25.28.
            A confusão armada por ele afetou toda a família.
            Você tem agido dessa forma com a sua família?
            Quando buscamos confusões no meio da família, geralmente os [...]
5 – Filhos são rebeldes e vida fica amargurada.
            Os filhos de Jacó se envolveram em vários problemas no decorrer da vida.
            [...] Rúben [...] se deitou com Bila, concubina de seu Jacó; e Israel o soube [...]”, Gn.35.22.
            [...] Diná [...] filha (de) Jacó, fora violada por Siquém [...]”, Gn.34.5, quando seus irmãos souberam, “[...] Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, entraram inesperadamente na cidade e mataram os homens todos”, Gn.34.25 à traição.
            Essa atitude atraiu para a vida de Jacó e toda a sua família, o ódio dos cananeus.
            Judá, o quarto filho de Jacó, “[...] possuiu [...] a sua nora [...] (quando) ela (se fingiu de prostituta) [...] quase três meses, foi dito a Judá: Tamar, tua nora, adulterou, pois está grávida. Então, disse Judá: Tirai-a fora para que seja queimada”, Gn.38.16,24. Quando ele soube que ele era o próprio pai, voltou atrás na sua decisão.
            Uma das maiores tristezas de Jacó foi a respeito do filho que ele “[...] mais amava que a todos os seus filhos [...] José [...] porque era filho da sua velhice [...]”, Gn.37.3.
            José fora vendido por seus irmãos, Jacó comprou a herança do seu irmão.
            José serviu como escravo, Jacó serviu por amor a Raquel quando fugiu de Esaú.
            Existe uma possível explicação para o fato de que os piores filhos de Jacó foram os quatro primeiros filhos de Lia (Rúben se deitou com Bila, Gn35.22; Simeão e Levi usaram a espada como instrumento de violência, Gn.49.5; e Judá se deitou com sua nora, Tamar, Gn.38.18).
            Os filhos de Lia nasceram de um casamento provocado por uma armadilha, sem amor e envolto em ressentimentos. Cresceram em um ambiente de grande rivalidade familiar, ciúmes, provocações sem aproveitar as lições do passado, as experiências dolorosas de seus pais, Jacó e Raquel e avós, Isaque e Rebeca e bisavós, Abraão e Sara.
Conclusão:      Todo relacionamento que começa em meio a confusões, tende a terminar com muitas tristezas.
            É bom lembrar que Jacó foi tão culpado quanto as suas esposas em aceitar o quarteto entre “[...] Lia [...] Zilpa [...]”, Gn.29.24, “[...] Raquel (e) [...] Bila [...]”, Gn.29.29 como esposas.
            As mais briguentas; Raquel e Lia. As concubinas não tinha voz, apenas obedeciam. Imagina se as quatro pudessem falar!
            Olhe para Jacó e Raquel e reveja a sua história. Perceba a escolha que você fez – discórdias, rivalidades, enganos ou alegrias, amor, amizade?
            Foi a partir da família de Jacó, cheia de problemas, que Deus formou o seu povo, sua nação.
            A restauração está presente e é possível mesmo nos ambientes que julgamos humanamente serem irrecuperáveis.
            Deus pode trabalhar esses vasos de barro para que sejam vasos de honra.
            As dificuldades que encontramos em nosso lar, deve estar sempre presente a esperança e a certeza da restauração que podemos encontrar em Cristo.
Aplicação:       O texto apresenta que “[...] por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava”, Gn.29.20.
            Não compensa entrar em um relacionamento onde o amor não é correspondido.
            [...] Por amor [...] Jacó [...]”, Gn.29.20 enfrentou os ciúmes de Raquel, as brigas de Lia, as dificuldades com as concubinas, suportou os filhos que lhe causou males, a perca de José e “depois [...] (pôde) morrer (dizendo a todos os seus filhos que) [...] Deus seria (com todos) [...] e (os) [...] faria voltar à terra de seus pais”, Gn.48.21.
            Além do amor, confie na ação soberana de Deus e não tente, com artimanha pecaminosa, dar uma ajudinha;
            Ore e busque a solução em Deus;
            Não seja precipitado, “espera pelo SENHOR, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo SENHOR”, Sl.27.14.
    

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Nossa fé – Casais da Bíblia – CCC – Rev. José Antônio de Góes Filho.

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