domingo, 18 de maio de 2014

JOVEM



JOVEM
            A OMS divulgou nesta semana que a depressão é a principal causa de doenças e outros problemas entre jovens de 10 a 19 anos. O suicídio, que está ligado à depressão, é a terceira maior causa de morte nesta faixa de idade. Também se conta nesta pesquisa, acidente e a Aids – (http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-hoje/v/suicidio-esta-entre-as-tres-causas-de-morte-mais-comuns-de-adolescentes-diz-oms/3345382/).
            Mortes entre jovens sempre aconteceram, mas não de forma assustadora como anunciado nestes últimos dias. Pode ser que as muitas mortes estejam ligadas a falta de trabalho para os mais jovens se ocuparem. Veem também as muitas facilidades das drogas disfarçadas em lícitas. Observa-se a todo instante a falta de fiscalização mais rígida no trânsito para coibir álcool/volante/menor.  Acrescenta-se a tudo isso, o descontrole familiar onde os pais são maus exemplos para seus filhos e, então, o descontrole é total.
            Havia um jovem que tinha tudo para dar fim a sua vida nos tempos bíblicos. Este jovem, com apenas “[...] dezessete anos, (trabalhava) apascentando os rebanhos com seus irmãos [...] (tinha um sério problema) trazia más notícias (dos seus irmãos) [...] a seu pai” (Gn 37.2). Outro agravante em sua vida era que, o seu pai o “[...] amava mais [...] que a todos os seus (irmãos) [...] porque era filho da sua velhice [...]” (Gn 37.3).
            Não tardou muito para que os “[...] seus irmãos [...] o odiassem ainda mais (e o pior) seus irmãos lhe tinham ciúmes; no entanto, o pai, considerava o caso consigo mesmo” (Gn 37.5,11) e jamais repreendeu a si mesmo e muito menos a seus filhos. Ora, devotando amor a apenas um entre muitos filhos, só podia haver discórdia na relação familiar. Verdade é que nenhum dos irmãos desse jovem intentou suicídio, mas todos tiveram sérios problemas.
            Um desses filhos “[...] foi [...] e se deitou com [...] (a) concubina de seu pai; e (o pai) [...] o soube (e ainda assim ficou calado) [...]” (Gn 35.22). Outros dois irmãos desse jovem, encheram-se de furor, “[...] tomaram cada um a sua espada, entraram inesperadamente na cidade e mataram os homens todos” (Gn 34.25). A alma desse pai ficou “[...] aflita e (ele se tornou) [...] odioso entre os moradores (daquela) terra [...]” (Gn 34.30). Como havia acontecido um genocídio, por obrigação, esse pai teria que entregar seus filhos à justiça, mas não o fez. E outro filho, para afligir ainda mais esta família, “[...] possuiu (a sua nora); e ela concebeu dele” (Gn 38.18). Mais uma vez o pai se calou.
            Aquele jovem cresceu em meio a toda essa amargura familiar. Ele não se deu por vencido, soube alimentar o seu próprio coração e buscou a resiliência. Ele “[...] de fato, foi roubado da (sua) terra [...] nada fez (passível de prisão, mas o) [...] puseram (na) [...] masmorra” (Gn 40.15) e os seus “[...] pés (foram) apertados com grilhões [...]” (Sl 105.18).
            Esse jovem não guardou mágoa ou rancor em seu coração, não intentou contra a sua vida, não buscou nas drogas da época afogar os seus desgostos. “[...] Na verdade, (muitos) intentaram o mal contra ele; porém Deus o tornou em bem [...]” (Gn 50.20). Este jovem tinha a plena certeza que “o SENHOR era com [...] (ele), que veio a ser homem próspero [...]” (Gn 50.20).
            Jovem, não faça parte das estatísticas da OMS, “[...] mas (seja) imitador daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdaram as promessas” (Hb 6.12).
Rev. Salvador P. Santana

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