DE VOLTA PARA O LAR
É
impossível alguém não gostar do seu lar, mas existem pessoas que o odeiam.
Muitos preferem viver nas ruas, outros não se importam em voltar para casa,
então, dá uma passada no bar, na casa dos amigos ou se entrega completamente ao
trabalho só pela razão de não encontrar os seus. Estes ou aqueles são chatos
demais, insuportáveis, indesejáveis conforme o que dizem as partes.
Desejo
desencontrado dessa forma sempre aconteceu com muitos no passado. Havia um
jovem, de família rica, que ficou aborrecido com a sua família. O motivo da
debanda fora por causa de uma herança recebida e porque já estava enojado da
sua origem. Aconteceu que, “passados não muitos dias, o filho mais moço,
ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou
todos os seus bens, vivendo dissolutamente (desregrado)” (Lc 15.13).
As
versões de chatice, briguento, intrigante, rabugento, mesquinho, mal-humorado,
pode ser verdadeiras das partes envolvidas. Os dois tem total razão de não
suportar um ao outro. Em alguns casos acontecem ataques de fúria, agressões
verbais e físicas. Muitos casos são levados aos ouvidos dos atendentes “190”.
E, alguns casos, precisam das viaturas estacionadas à porta dos acusados. Como
a situação já está de mal a pior, não suportam mais, chega a culminar na morte
de um ou de todos. Você deseja chegar a esse ponto?
Segundo
o Guiness Book, um casal indiano é o mais longevo a viver juntos, 88 anos
completados em dezembro de 2013. Trata-se de Karam Chand 108 anos e Katari 101
anos. Não se engane, ainda que “[...] sua vida sobe a setenta anos ou, em
havendo vigor, a oitenta [...] é canseira e enfado, porque tudo passa
rapidamente [...]” (Sl 90.10). Chegando ao fim, o que será escrito em sua
lápide? Aquele que esteve com você a maior parte do tempo dará um suspiro de
alívio? Pensa nisso!
Você
se recorda daquele jovem que saiu de casa com a herança debaixo do braço? É,
foi trágico para ele. Ele pensava que a fortuna se multiplicaria sem trabalho.
Que engano! Ele “[...] consumiu tudo [...]”, (Lc 15.14). Os supostos amigos
desapareceram. Aqueles que foram assistidos, alimentados por ele, não o
procuram mais. Ele chegou ao extremo da indigência, pois “[...] ninguém lhe
dava nada (nem mesmo as) alfarrobas que os porcos comiam (e que) ele desejava
fartar-se [...]” (Lc 15.16).
A
“[...] necessidade (que esse jovem) começou a passar [...]”, (Lc 15.14) o
despertou para fazer uma análise da situação enfrentada. Foi possível rever os
pontos negativos em sua vida para tentar melhorar a sua relação com os demais.
É impossível você moldar o outro ao seu modo. Reconheceu o erro, “[...] caiu em
si [...] (percebeu que o) seu pai tinha (além de toda razão, também o) pão com
fartura, e ele [...] morrendo de fome [...]” (Lc 15.17) decidiu “se levantar e,
[...] (voltar) para seu pai (o seu lar) [...]” (Lc 15.20).
Ao
voltar para o seu lar, pode ter a certeza, a sua família, “[...] quando [...] o
avistar [...] (terá) compaixão (de você) [...] correndo, o abraçará, e (o)
beijará” (Lc 15.20). .
Rev. Salvador P. Santana
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