FILHOS HERDEIROS, At.2.37-41.
Introdução.
Um lar baseado na fé evangélica
oferece consolo e condições para a instrução na Palavra de Deus.
Um bom exemplo é a vida de “[...] Jó (que) chamava
a seus filhos e os santificava (consagrar, preparar, dedicar); levantava-se de
madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia:
Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração.
Assim o fazia Jó continuamente”,
Jó 1.5.
A história espiritual da família
deve ser centrada em Deus com a finalidade de “[...] ser abençoada para sempre”, 1Cr.17.27.
Pensar como cristão deve ser o alvo,
quer no discipular, quer no disciplinar.
O lar cristão é sempre fruto de
outros lares cristãos, seja numa sucessão de lares, produto de um mesmo tronco
familiar, seja um lar que se tornou cristão pelo contato com outro lar cristão.
Assim como Abraão, “[...] em nós serão
benditas (abençoadas) todas as famílias da terra”, Gn.12.3 e a nossa família não pode ser excluída.
Todos “nós (devemos) ser o
sal da terra [...] (e) a luz do mundo [...]”, Mt.5.13,14 neste mundo de trevas.
Os [...]
1 – Herdeiros da promessa.
“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes (festa da
colheita, 50 dias depois da páscoa) [...]”, At.2.1, em Jerusalém, depois de “todos (os discípulos) ficarem cheios do
Espírito Santo [...]”, At.2.4 a
mensagem de Pedro levou os ouvintes a ter um “[...] coração compungido (atormenta a mente,
tristeza, aflição) e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos,
irmãos?”, At.2.37.
Devemos dar a mesma resposta que “Pedro respondeu:
Arrependa-se (mudar a mente) [...]”,
At.2.38.
Não basta apenas mudar a mente, é
preciso que “[...]
cada um (tome a atitude) de [...] ser batizado em nome de Jesus Cristo para
remissão dos [...] pecados, e receber o dom do Espírito Santo”, At.2.38.
Cada um de nós deve se “[...] libertar do
pecado, transformar em servo de Deus, ter o [...] fruto (“[...] do Espírito [...]
amor, alegria, paz, longanimidade (paciência), benignidade (bondade moral),
bondade (retidão de coração), fidelidade (convicção da verdade, fé), mansidão
(agir pacificamente, gentileza), domínio (controlar desejos, paixões) próprio.
Contra estas coisas não há lei”, Gl.5.22,23. Tudo isso precisa nos levar) para
a santificação e, por fim, a vida eterna”, Rm.6.22.
“A aliança (que) Deus estabeleceu [...] (com Abraão) para
ser o seu Deus e da sua descendência”,
Gn.17.7 é estendida até nós, isto é, “[...] se somos de Cristo, também somos descendentes
de Abraão e herdeiros segundo a promessa”,
Gl.3.29.
O pacto de Deus com sua igreja dá
aos pais crentes uma promessa de bênçãos espirituais e salvadora para seus
filhos.
É preciso inculcar na mente dos
filhos que são “[...]
amáveis [...] os tabernáculos (igreja) [...] (do) SENHOR [...]”, Sl.84.1.
Exemplos que os pais devem dar:
oração, hospitalidade, compaixão, frequência à casa do Senhor, jejum, leitura
bíblica e não falar mal das pessoas.
Mostre para seu filho que ele
precisa fazer parte da [...]
2 – Herança do Senhor.
Os Salmos 120 a 134 são conhecidos
como ‘Cânticos de Romagem’, ou ‘Cânticos de Subida’, ou ‘Cânticos de
Peregrinação’.
Cantados por peregrinos em direção a
Jerusalém para adorar. Cada um tinha um significado.
O Salmo 127 mostra que “os filhos são herança
do SENHOR [...]”, Sl.127.3,
filhos da mesma aliança feita com Abraão.
Os pais cristãos são responsáveis na
criação de seus filhos.
Um bom exemplo foi dado por Maria e
José que “[...]
anualmente iam [...] a Jerusalém, para a Festa da Páscoa”, Lc.2.41 – temos a responsabilidade de
trazer à igreja os nossos filhos.
Ainda que os filhos “[...] atingem os
doze anos (pré-adolescência), (Maria e José não desistiram de) subir a
Jerusalém, segundo o costume da festa”, Lc.2.42.
Algo muito interessante na família
pactual, a família da fé, deve existir confiança entre os irmãos e a família.
“Terminou os dias da festa, (Maria e José) [...]
regressaram [...] Jesus permaneceu em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem”, Lc.2.43 – para nós isso é falta de responsabilidade
com o filho, mas de acordo com os “Cânticos de Subida”, todos subiam juntos
para Jerusalém – festa/companheirismo.
Os pais de Jesus não se preocuparam
porque “pensavam
[...] (que) Jesus estivesse entre os companheiros de viagem [...] entre os
parentes e os conhecidos”,
Lc.2.44 – no meio da família cristã existe amor a ponto de cuidar uns dos
outros como sendo da família carnal.
Para reforçar a ideia de família
cristã, Jesus perguntou: “[...] Quem é minha mãe e meus irmãos? (a resposta foi:)
[...] Eis minha mãe e meus irmãos. Portanto, qualquer que fizer a vontade de
Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe”,
Mc.3.33-35.
“O filho (sendo) [...] herança do SENHOR [...]”, Sl.127.3, jamais poderá ser abandonado
pelos pais.
Quando José e Maria “[...] não [...]
encontraram Jesus, voltaram a Jerusalém à sua procura”, Lc.2.45.
Os pais de Jesus “o acharam três dias
depois no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os”, Lc.2.46 – o lugar mais precioso que a família
cristã deve frequentar tal como o salmista que “[...] preferia estar à porta da casa do seu
Deus, a permanecer nas tendas da perversidade”, Sl.84.10.
A esse respeito temos um grande
exemplo [...]
3 – A historia de Timóteo.
A história de Timóteo é um exemplo
genuíno do modelo pactual.
Embora o “[...] pai (não
sendo) crente, mas grego”,
At.16.1, não excluindo a eleição, Timóteo obteve “[...] fé (graça de
Deus) sem fingimento, a mesma [...] (da) avó Lóide e [...] (da) mãe Eunice
[...]”, 2Tm.1.5.
Ainda que eu tenha a certeza da
eleição, não posso negligenciar “[...] que, desde a infância, (devemos) saber as
sagradas letras, que pode nos tornar sábio para a salvação pela fé em Cristo
Jesus”, 2T.3.15.
Cabe aos pais ter as “[...] palavras [...]
ordenadas (por) Deus no [...] coração [...] (para) as inculcar [...] (aos) filhos
[...]”, Dt.6.6,7.
Lóide e Eunice devem ter aprendido
esse conceito e transmitido a Timóteo.
A história de Timóteo fala que a
respeito “dele
davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio”, At.16.2.
Paulo tornou “[...] Timóteo [...]
(como) verdadeiro filho na fé [...]”,
1Tm.1.2 com a finalidade de instruí-lo.
A instrução que Paulo ministrou fez
de “[...]
Timóteo (um missionário) mandado (para Filipos) [...]”, Fp.2.19.
A confiança em Timóteo era tanta que
Paulo não “[...]
tinha ninguém [...] que [...] cuidasse (tão bem) dos interesses (dos)
filipenses”, Fp.2.20.
Algo que marcou a vida de Timóteo
foi “[...]
o seu caráter (qualidade) provado (teste), pois serviu ao evangelho [...]”, Fp.2.22.
A história de Timóteo pode se
repetir na vida de nossos filhos quando cada um de nós tomamos a decisão de se “[...]fortificar na
graça que está em Cristo Jesus”,
2Tm.2.1.
Daí, tudo quanto eles “[...] ouvirem de nossa
parte através de muitas testemunhas [...] (eles) transmitirão a homens fiéis e
também idôneos para instruir a outros”, 2Tm.2.2.
4 – A consagração dos filhos dos crentes.
Os pais cristãos precisam “[...] criar os
filhos sob disciplina [...]”,
1Tm.3.4, mostrando a eles o “[...] grande amor com que Deus nos amou”, Ef.2.4.
O batismo de crianças, no meio
evangélico, é denominado de pedobatismo (costume batizar crianças).
Os batistas dizem que o batismo é
somente para aqueles que declaram publicamente sua fé pessoal.
Devemos aceitar que a prática do
batismo infantil não é prescrita e nem proibida no N.T. e nem é ilustrada em
texto.
O argumento bíblico para o batismo
das crianças dos crentes se apoia sobre o paralelo entre “circuncisão [...]”, Gn.17.11 do A.T. e o “[...] batismo [...]
mediante a fé no poder de Deus [...]”, Cl.2.12 do N.T.
As crianças do pacto gozam do status
de filhos do pacto, porque “[...] a promessa (que temos é) [...] para nossos
filhos [...]”, At.2.39 também.
Quando a criança é filho de “[...] marido
incrédulo [...] (com) esposa (crente, ou) [...] esposa incrédula [...] convivendo
(com) [...] marido crente [...] os [...] filhos [...] serão santos”, 1Co.7.14.
O único meio de tirar os filhos
deste mundo perverso é criando-os na igreja para “[...] salvá-los desta
geração perversa”, At.2.40.
É dever dos “[...] pais [...]
criar (os) filhos na disciplina e na admoestação (aconselhar) do Senhor”, Ef.6.4.
Como está a situação dos seus filhos
na herança?
Conclusão: Eu
não posso mudar a história, mas Deus pode.
Todo pai que “[...] aceita a
palavra (de Deus como única regra de fé e prática, deseja ser) [...] batizado
(juntamente com seu filho. Somente assim) haverá [...] acréscimo [...]”, At.2.41 de pessoas convertidas na igreja.
Meditação: O desejo de Deus é que toda família tenha “[...] Cristo habitando no seu
coração, pela fé [...]”, Ef.3.17 para não
cair no erro e “[...]
esquecer do SENHOR [...] e andar após outros deuses [...]”, Dt.8.19.
Elaborado pelo Rev. Salvador P.
Santana da Revista de Escola Dominical – Nossa Fé – O Lar Segundo Deus – CCC.
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