terça-feira, 29 de outubro de 2013

FILHOS HERDEIROS, At.2.37-41

FILHOS HERDEIROS, At.2.37-41.

Introdução.

            Um lar baseado na fé evangélica oferece consolo e condições para a instrução na Palavra de Deus.
            Um bom exemplo é a vida de “[...] Jó (que) chamava a seus filhos e os santificava (consagrar, preparar, dedicar); levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente”, Jó 1.5.
            A história espiritual da família deve ser centrada em Deus com a finalidade de “[...] ser abençoada para sempre”, 1Cr.17.27.
            Pensar como cristão deve ser o alvo, quer no discipular, quer no disciplinar.
            O lar cristão é sempre fruto de outros lares cristãos, seja numa sucessão de lares, produto de um mesmo tronco familiar, seja um lar que se tornou cristão pelo contato com outro lar cristão.
            Assim como Abraão, “[...] em nós serão benditas (abençoadas) todas as famílias da terra”, Gn.12.3 e a nossa família não pode ser excluída.
            Todos “nós (devemos) ser o sal da terra [...] (e) a luz do mundo [...]”, Mt.5.13,14 neste mundo de trevas.
            Os [...]
1 – Herdeiros da promessa.
            “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes (festa da colheita, 50 dias depois da páscoa) [...]”, At.2.1, em Jerusalém, depois de “todos (os discípulos) ficarem cheios do Espírito Santo [...]”, At.2.4 a mensagem de Pedro levou os ouvintes a ter um “[...] coração compungido (atormenta a mente, tristeza, aflição) e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?”, At.2.37.
            Devemos dar a mesma resposta que “Pedro respondeu: Arrependa-se (mudar a mente) [...]”, At.2.38.
            Não basta apenas mudar a mente, é preciso que “[...] cada um (tome a atitude) de [...] ser batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos [...] pecados, e receber o dom do Espírito Santo”, At.2.38.
            Cada um de nós deve se “[...] libertar do pecado, transformar em servo de Deus, ter o [...] fruto (“[...] do Espírito [...] amor, alegria, paz, longanimidade (paciência), benignidade (bondade moral), bondade (retidão de coração), fidelidade (convicção da verdade, fé), mansidão (agir pacificamente, gentileza), domínio (controlar desejos, paixões) próprio. Contra estas coisas não há lei”, Gl.5.22,23. Tudo isso precisa nos levar) para a santificação e, por fim, a vida eterna”, Rm.6.22.
            “A aliança (que) Deus estabeleceu [...] (com Abraão) para ser o seu Deus e da sua descendência”, Gn.17.7 é estendida até nós, isto é, “[...] se somos de Cristo, também somos descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa”, Gl.3.29.
            O pacto de Deus com sua igreja dá aos pais crentes uma promessa de bênçãos espirituais e salvadora para seus filhos.
            É preciso inculcar na mente dos filhos que são “[...] amáveis [...] os tabernáculos (igreja) [...] (do) SENHOR [...]”, Sl.84.1.
            Exemplos que os pais devem dar: oração, hospitalidade, compaixão, frequência à casa do Senhor, jejum, leitura bíblica e não falar mal das pessoas.
            Mostre para seu filho que ele precisa fazer parte da [...]
2 – Herança do Senhor.
            Os Salmos 120 a 134 são conhecidos como ‘Cânticos de Romagem’, ou ‘Cânticos de Subida’, ou ‘Cânticos de Peregrinação’.
            Cantados por peregrinos em direção a Jerusalém para adorar. Cada um tinha um significado.
            O Salmo 127 mostra que “os filhos são herança do SENHOR [...]”, Sl.127.3, filhos da mesma aliança feita com Abraão.
            Os pais cristãos são responsáveis na criação de seus filhos.
            Um bom exemplo foi dado por Maria e José que “[...] anualmente iam [...] a Jerusalém, para a Festa da Páscoa”, Lc.2.41 – temos a responsabilidade de trazer à igreja os nossos filhos.
            Ainda que os filhos “[...] atingem os doze anos (pré-adolescência), (Maria e José não desistiram de) subir a Jerusalém, segundo o costume da festa”, Lc.2.42.
            Algo muito interessante na família pactual, a família da fé, deve existir confiança entre os irmãos e a família.
            “Terminou os dias da festa, (Maria e José) [...] regressaram [...] Jesus permaneceu em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem”, Lc.2.43 – para nós isso é falta de responsabilidade com o filho, mas de acordo com os “Cânticos de Subida”, todos subiam juntos para Jerusalém – festa/companheirismo.
            Os pais de Jesus não se preocuparam porque “pensavam [...] (que) Jesus estivesse entre os companheiros de viagem [...] entre os parentes e os conhecidos”, Lc.2.44 – no meio da família cristã existe amor a ponto de cuidar uns dos outros como sendo da família carnal.
            Para reforçar a ideia de família cristã, Jesus perguntou: “[...] Quem é minha mãe e meus irmãos? (a resposta foi:) [...] Eis minha mãe e meus irmãos. Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe”, Mc.3.33-35.
            “O filho (sendo) [...] herança do SENHOR [...]”, Sl.127.3, jamais poderá ser abandonado pelos pais.
            Quando José e Maria “[...] não [...] encontraram Jesus, voltaram a Jerusalém à sua procura”, Lc.2.45.
            Os pais de Jesus “o acharam três dias depois no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os”, Lc.2.46 – o lugar mais precioso que a família cristã deve frequentar tal como o salmista que “[...] preferia estar à porta da casa do seu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade”, Sl.84.10.
            A esse respeito temos um grande exemplo [...]
3 – A historia de Timóteo.
            A história de Timóteo é um exemplo genuíno do modelo pactual.
            Embora o “[...] pai (não sendo) crente, mas grego”, At.16.1, não excluindo a eleição, Timóteo obteve “[...] fé (graça de Deus) sem fingimento, a mesma [...] (da) avó Lóide e [...] (da) mãe Eunice [...]”, 2Tm.1.5.
            Ainda que eu tenha a certeza da eleição, não posso negligenciar “[...] que, desde a infância, (devemos) saber as sagradas letras, que pode nos tornar sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus”, 2T.3.15.
            Cabe aos pais ter as “[...] palavras [...] ordenadas (por) Deus no [...] coração [...] (para) as inculcar [...] (aos) filhos [...]”, Dt.6.6,7.
            Lóide e Eunice devem ter aprendido esse conceito e transmitido a Timóteo.
            A história de Timóteo fala que a respeito “dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio”, At.16.2.
            Paulo tornou “[...] Timóteo [...] (como) verdadeiro filho na fé [...]”, 1Tm.1.2 com a finalidade de instruí-lo.
            A instrução que Paulo ministrou fez de “[...] Timóteo (um missionário) mandado (para Filipos) [...]”, Fp.2.19.
            A confiança em Timóteo era tanta que Paulo não “[...] tinha ninguém [...] que [...] cuidasse (tão bem) dos interesses (dos) filipenses”, Fp.2.20.
            Algo que marcou a vida de Timóteo foi “[...] o seu caráter (qualidade) provado (teste), pois serviu ao evangelho [...]”, Fp.2.22.
            A história de Timóteo pode se repetir na vida de nossos filhos quando cada um de nós tomamos a decisão de se “[...]fortificar na graça que está em Cristo Jesus”, 2Tm.2.1.
            Daí, tudo quanto eles “[...] ouvirem de nossa parte através de muitas testemunhas [...] (eles) transmitirão a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”, 2Tm.2.2.
4 – A consagração dos filhos dos crentes.
            Os pais cristãos precisam “[...] criar os filhos sob disciplina [...]”, 1Tm.3.4, mostrando a eles o “[...] grande amor com que Deus nos amou”, Ef.2.4.
            O batismo de crianças, no meio evangélico, é denominado de pedobatismo (costume batizar crianças).
            Os batistas dizem que o batismo é somente para aqueles que declaram publicamente sua fé pessoal.
            Devemos aceitar que a prática do batismo infantil não é prescrita e nem proibida no N.T. e nem é ilustrada em texto.
            O argumento bíblico para o batismo das crianças dos crentes se apoia sobre o paralelo entre “circuncisão [...]”, Gn.17.11 do A.T. e o “[...] batismo [...] mediante a fé no poder de Deus [...]”, Cl.2.12 do N.T.
            As crianças do pacto gozam do status de filhos do pacto, porque “[...] a promessa (que temos é) [...] para nossos filhos [...]”, At.2.39 também.
            Quando a criança é filho de “[...] marido incrédulo [...] (com) esposa (crente, ou) [...] esposa incrédula [...] convivendo (com) [...] marido crente [...] os [...] filhos [...] serão santos”, 1Co.7.14.
            O único meio de tirar os filhos deste mundo perverso é criando-os na igreja para “[...] salvá-los desta geração perversa”, At.2.40.
            É dever dos “[...] pais [...] criar (os) filhos na disciplina e na admoestação (aconselhar) do Senhor”, Ef.6.4.
            Como está a situação dos seus filhos na herança?
Conclusão:     Eu não posso mudar a história, mas Deus pode.
            Todo pai que “[...] aceita a palavra (de Deus como única regra de fé e prática, deseja ser) [...] batizado (juntamente com seu filho. Somente assim) haverá [...] acréscimo [...]”, At.2.41 de pessoas convertidas na igreja.
           
            Meditação:      O desejo de Deus é que toda família tenha “[...] Cristo habitando no seu coração, pela fé [...]”, Ef.3.17 para não cair no erro e “[...] esquecer do SENHOR [...] e andar após outros deuses [...]”, Dt.8.19.


            Elaborado pelo Rev. Salvador P. Santana da Revista de Escola Dominical – Nossa Fé – O Lar Segundo Deus – CCC.

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