segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A FAMÍLIA DA ALIANÇA, Gn.17.1-11.

A FAMÍLIA DA ALIANÇA, Gn.17.1-11.

Introdução.
            Em todas as sociedades na face da terra encontra-se a família constituída; seja ela influenciada pelo padrão do cristianismo ou nas sociedades não cristãs.
            Deus sempre se preocupou com a família.
            Para “[...] (Adão Deus deu) a mulher [...] por esposa [...]”, Gn.3.12 para habitarem na terra.
            Abraão se interessou em “[...] tomar (uma) esposa para seu filho (constituir) família [...]”, Gn.24.38.
            Deus providenciou para que “[...] Noé [...] com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos [...] (saíssem da Arca, fossem) fecundos, multiplicando e enchendo a terra”, Gn.8.18; 9.1.
            A família precisa ser estruturada sobre os valores bíblicos.
            Deus sendo o referencial para a vida é bem diferente daquela família que busca outros valores para viver – para muitos, Deus não existe.
            Tanto o casamento cristão e a criação (cristã) de filhos, têm que ser baseado na família pactual, a igreja.
            Nos últimos tempos temos enfrentado o esvaziamento das igrejas evangélicas e para superar são lançadas as opções de entretenimento: Louvorzão, sorvetada, grupos de coreografia, testemunhos famosos, teatros.
            O esvaziamento das igrejas talvez seja devido o entendimento de muitas famílias buscarem viver mais o modelo cultural que o bíblico.
            É preciso pertencer [...]
1 – A família pactual.
            Desprezamos a graça de Deus em nossos lares quando procuramos viver de modo individual, egocêntrico e materialista.
            Esse modo de vida foi agravado pela teoria da evolução (criação de novas raças, espécies).
            Os evolucionistas não aceitam que “[...] Deus [...] (é) o criador (sustentador e provedor) de toda a obra que fizera”, Gn.2.3.
            Os evolucionistas acreditam que a família é invenção humana e que Deus não tem interesse, não cuida e nem interfere na sua criação.
            Por este motivo muitos lutam pelo poder, pela sobrevivência do mais forte, daí, o “[...] filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa”, Mq.7.6.
            Na visão individualista “o que só prevalece é perjurar (jurar falso), mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios (assassinato) sobre homicídios”, Os.4.2, os laços de comunhão se desfazem.
            A família cristã não pode imitar e nem acompanhar os valores do individualismo, egocentrismo e materialismo.
            A cada dia a família cristã se torna uma ilha – não visita – sai rápido para não cumprimentar – pais separados pelo trabalho, filhos estudando – isolamento completo.
            “Todos os que creem (devem resgatar o desejo de) estar junto [...]”, At.2.44 em família cristã.
            Este foi o interesse de Deus por “[...] Abrão [...] aparecendo-lhe [...] e dizendo-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e seja perfeito”, Gn.17.1.
2 – Conceito de pacto.
            A palavra aliança pode significar “[...] terras dadas [...] (por Deus para o homem e a) [...] sua descendência [...] (para) abençoar todas as nações da terra”, Gn.26.4, ou uma herança de pai para filho.
            A “[...] aliança (é) feita (também) entre (dois reinos para que) haja paz [...]”, 1Rs.5.12.
            Aliança quando feita entre duas pessoas inclui regras e promessas – geralmente é quebrada.
            Foi “feita uma aliança entre Deus e Abraão [...] (para ele e sua família se) multiplicarem [...]”, Gn.17.2 e essa aliança jamais foi quebrada.
            A promessa feita a Abraão além de ser cumprida, foi ratificada “não [...] somente com (o povo de Israel no deserto) que Deus fez esta aliança e este juramento, porém com aquele que, hoje, aqui, está conosco (dias de Moisés e atuais) perante o SENHOR, nosso Deus, e também com aquele que não está aqui, hoje, conosco”, Dt.29.14,15 – futuro.
            Essa aliança não pode ser quebrada porque ela é unilateral, “não foi (nenhum de) nós que [...] escolhemos Deus; pelo contrário, Deus nos escolheu [...]”, Jo.15.16 “[...] com amor eterno [...]”, Jr.31.3.
            Desta forma “[...] Deus [...] (fez) com (Abraão) a [...] aliança (para ele) [...] ser pai de numerosas nações”, Gn.17.4.
3 – Características do pacto.
            Nosso comportamento em família deve ser compatível com a nossa fé; o que fazemos, por que fazemos e como fazemos.
            As características do pacto aplicam-se também à família.
            Quando Deus “estabeleceu a [...] aliança (com) Abraão [...] (foi prometido uma) aliança perpétua, para (Deus) ser o seu Deus e da sua descendência”, Gn.17.7.
            O pacto é relacional – O cristão precisa ter a certeza de que “o Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe [...] (é) Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas”, At.17.24.
            O relacionamento pessoal de Deus com o homem sempre existiu.
            A promessa feita tanto com Abraão quanto para com cada um de nós é do criador “[...] ser o nosso Deus”, Gn.17.8.
            A relação de Deus com o seu povo é baseado na “justificação [...] mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1.
            Esse pacto é fundamentado também na “[...] predestinação [...] para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo [...]”, Ef.1.5.
            O relacionamento familiar deve ser de aceitação de uns aos outros no amor de Cristo, caso contrário, não demonstramos que fomos “[...] libertos do pecado, transformados em servos de Deus [...] para (produzir o) fruto para santificação [...]”, Rm.6.22.
            O pacto é iniciado soberanamente – Todos nós somos devedores da graça de Deus “porque nada temos trazido para o mundo [...]”, 1Tm.6.7.
            Deus, soberanamente, “fez (Abraão) fecundo [...] (e a partir de) Abraão procedeu reis [...]”, Gn.17.6.    
            O reconhecimento da pobreza de bênção deve nos levar a não “fazer nada por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo”, Fp.2.3.
            O pacto é sustentado soberanamente e por isso é eternamente seguro – Deus prometeu não somente a Abraão, mas a toda a “[...] sua descendência a terra das [...] peregrinações [...] em possessão perpétua, (e o melhor) [...] seria o seu Deus”, Gn.17.8.
            Como o pacto é sustentado por Deus, devo “confiar os meus cuidados ao SENHOR, e ele me sustentará; jamais permitirá que o justo seja abalado”, Sl.55.22.
            O pacto é trinitário – aconteceu primeiro um pacto entre as pessoas da Trindade; esse é o motivo dessa aliança ser infalível.
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            No conselho celeste “[...] Deus propôs (a salvação do homem para) Jesus, (através do) [...] seu sangue [...]”, Rm.3.25.
            O pacto começa quando, no início “[...] Deus (falou): Façamos o homem à nossa imagem [...] (e, após a queda quando) disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal [...]”, Gn.1.26; 3.22.
            O pacto trinitário é percebido quando Paulo fala de “[...] Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo [...] nas regiões celestiais [...](e do) Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança [...]”, Ef.1.3,13,14.
     O pacto é corporativo – o pacto não é individual.
            Adão representa toda a humanidade, por este motivo através da sua “[...] ofensa [...] reinou a morte [...] (daí) veio o juízo sobre todos os homens para condenação [...]”, Rm.5.17,18.
            Por outro lado Jesus Cristo é o representante dos eleitos, e por meio dEle “[...] recebemos muito mais [...] a abundância da graça e o dom (presente) da justiça (para) reinar em vida [...]”, Rm.5.17,18.
            A representatividade é vista também quando Deus fala que a partir de “Abrão [...] numerosas nações (seriam) constituídas”, Gn.17.5 e em outro lugar Deus fala: “[...] farei (de ti) uma grande nação [...]”, Gn.12.2.
            Todos nós temos um representante, mas o nosso representante não é culpado pelo nosso pecado, cada “[...] alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este”, Ez.18.20.
            Ao mesmo tempo em que somos individuais, pertencemos à família da fé.
            O pacto é ligado a gerações – Além de “[...] Abraão (ter que) [...] guardar a aliança (entre ele e) Deus [...] (devia também contar as futuras) gerações”, Gn.17.9.
            Era costume do povo de Israel “não [...] encobrir a seus filhos [...] as maravilhas (que) o SENHOR fez [...] contava à vindoura geração [...]”, Sl.78.4.
            Até a segunda vinda de Cristo devemos manter esse pacto “[...] estando pronto (para) [...] anunciar o evangelho [...]”, Rm.1.15.
            O pacto deve ser comunicado “[...] para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar”, At.2.39.
            O pacto é compassivo – Jesus sempre demonstrou “[...] compaixão [...]”, Mc.9.22 pela alma perdida.
            Como servo de Deus, devo agir de igual modo quando alguém “[...] tiver fome [...] dou de comer; tiver sede [...] dou de beber [...] (encontrando um) forasteiro (estranho, será) [...] hospedado; estando nu [...] (o) visto; enfermo, [...] visito; preso, [...] (vou) ver”, Mt.25.35,36 – esse é o caminho da inclusão do necessitado na graça de Deus.
            O pacto é integrante – Não existem dois mundos. O mundo é o mundo de Deus. Caído, maculado pelo pecado, mas Deus é o dono.
            Como servos de Jesus Cristo, devemos saber que “[...] tudo provém de Deus, (e) que (nós fomos) [...] reconciliados [...] por meio de Cristo e (que por isso, recebemos) [...] o ministério da reconciliação (levar outros a Cristo, eis o motivo de) [...] sermos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio [...]”, 2Co.5.18,20.
            Somos responsáveis a conduzir homens a Cristo.
            O pacto é exclusivo – Significa que “não (podemos) ter outros deuses diante de Deus”, Ex.20.3.
            Não adianta querer esconder nem do homem e nem de Deus, “[...] porque o SENHOR esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento [...]”, 1Cr.28.9 e por este motivo, não “[...] podemos servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro [...]”, Mt.6.24.
            O pacto é inclusivo (amplia a participação) – A pregação do evangelho deve atingir “[...] toda tribo, língua, povo e nação”, Ap.5.9.
            A ordem de Jesus é que seja ampliado o “[...] ide por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura”, Mc.16.15.
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            Ao cumprir com o meu dever, não preciso fazer outra coisa, “porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração [...]”, Hb.4.12.
            O pacto é familiar – A promessa de Deus para Abraão foi para a sua família “de [...] fazer uma grande nação [...] abençoando [...] engrandecendo o nome [...]”, Gn.12.2.
            Esse pacto foi estendido a toda a “[...] descendência (de Abraão), para sempre”, Gn.13.15 e se nós pertencemos à família de Deus, fazemos parte do pacto.
4 – Pressupostos (supor antecipado) do pacto.
            O vínculo da “[...] aliança [...] (é com) todos os que, hoje, aqui estamos vivos”, Dt.5.3.
            Outro vínculo é “[...] o amor (do) SENHOR [...] (que) nos resgatou da casa da servidão [...]”, Dt.7.8 sem merecer coisa alguma.
5 – De família a reino.
            Para a família de Abraão pertencer o reino, foi preciso “circuncidar [...] (todo homem) esse [...] (foi o) sinal de aliança entre Deus e (o seu povo) [...]”, Gn.17.11.
            A transição da família para o reino ocorre mediante:
            A presença de Deus com a família;
            A adoração a Deus pela família;
            A unidade em Deus, da família.
            Para alcançar essa transição é preciso receber a “[...] transmissão (da) [...] glória que (Deus) tem dado (a) Jesus, para que sejamos um [...] Jesus (em nós) [...] a fim de que sejamos aperfeiçoados na unidade [...]”, Jo.17.22,23.
            O modo de o povo viver em aliança com Deus é “[...] ouvir [...] guardar a voz (de) Deus [...] (para) ser a sua propriedade peculiar (pertence a Deus) dentre todos os povos [...]”, Ex.19.5.
            Ao decidir andar com Deus, “[...] a Sua presença irá conosco, e [...] (teremos) descanso”, Ex.33.14 na alma.
            Assim como Deus “[...] cobriu (com a) nuvem a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo”, Ex.40.34 após a sua construção, quando decidimos andar com Deus, somos abençoados.
            Hoje “Jesus [...] transmite a glória (recebida do Pai), para que sejamos um, como Jesus (é com o Pai) [...] a fim de que sejamos aperfeiçoados [...]”, Jo.17.22,23.
            Pertencendo a família de Deus ou ao reino de Deus, “[...] Jesus habita entre nós [...]”, Jo.1.14 para sermos “[...] o seu corpo [...]”, Ef.1.23 e “[...] da família de Deus”, Ef.2.19.
Conclusão:     O desejo de Deus é que “[...] a sua aliança [...] (seja) guardada entre Deus [...] nós e a nossa descendência [...]”, Gn.17.10.

            Meditação:      Para que essa aliança seja bem firmada, é preciso que cada crente tenha o BOI, “amando cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”, Rm.12.10 e, cada um, individualmente, precisa se “se prostrar [...], rosto em terra, e Deus [...] (irá) falar (conosco)”, Gn.17.3.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana da Revista da E.D – Nossa Fé – O Lar Segundo Deus – CCC.


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