A FAMÍLIA DA ALIANÇA, Gn.17.1-11.
Introdução.
Em todas as sociedades na face da
terra encontra-se a família constituída; seja ela influenciada pelo padrão do
cristianismo ou nas sociedades não cristãs.
Deus sempre se preocupou com a
família.
Para “[...] (Adão Deus deu) a mulher [...] por
esposa [...]”, Gn.3.12 para
habitarem na terra.
Abraão se interessou em “[...] tomar (uma)
esposa para seu filho (constituir) família [...]”, Gn.24.38.
Deus providenciou para que “[...] Noé [...] com
seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos [...] (saíssem da Arca,
fossem) fecundos, multiplicando e enchendo a terra”, Gn.8.18; 9.1.
A família precisa ser estruturada sobre
os valores bíblicos.
Deus sendo o referencial para a vida
é bem diferente daquela família que busca outros valores para viver – para
muitos, Deus não existe.
Tanto o casamento cristão e a
criação (cristã) de filhos, têm que ser baseado na família pactual, a igreja.
Nos últimos tempos temos enfrentado
o esvaziamento das igrejas evangélicas e para superar são lançadas as opções de
entretenimento: Louvorzão, sorvetada, grupos de coreografia, testemunhos
famosos, teatros.
O esvaziamento das igrejas talvez
seja devido o entendimento de muitas famílias buscarem viver mais o modelo cultural
que o bíblico.
É preciso pertencer [...]
1 – A família pactual.
Desprezamos a graça de Deus em
nossos lares quando procuramos viver de modo individual, egocêntrico e
materialista.
Esse modo de vida foi agravado pela
teoria da evolução (criação de novas raças, espécies).
Os evolucionistas não aceitam que “[...] Deus [...] (é)
o criador (sustentador e provedor) de toda a obra que fizera”, Gn.2.3.
Os evolucionistas acreditam que a
família é invenção humana e que Deus não tem interesse, não cuida e nem
interfere na sua criação.
Por este motivo muitos lutam pelo
poder, pela sobrevivência do mais forte, daí, o “[...] filho despreza o pai, a filha se
levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da
sua própria casa”, Mq.7.6.
Na visão individualista “o que só prevalece
é perjurar (jurar falso), mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos
e homicídios (assassinato) sobre homicídios”, Os.4.2, os laços de comunhão se desfazem.
A família cristã não pode imitar e
nem acompanhar os valores do individualismo, egocentrismo e materialismo.
A cada dia a família cristã se torna
uma ilha – não visita – sai rápido para não cumprimentar – pais separados pelo
trabalho, filhos estudando – isolamento completo.
“Todos os que creem (devem resgatar o desejo
de) estar junto [...]”, At.2.44
em família cristã.
Este foi o interesse de Deus por “[...] Abrão [...]
aparecendo-lhe [...] e dizendo-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha
presença e seja perfeito”,
Gn.17.1.
2 – Conceito de pacto.
A palavra aliança pode significar “[...] terras dadas
[...] (por Deus para o homem e a) [...] sua descendência [...] (para) abençoar
todas as nações da terra”,
Gn.26.4, ou uma herança de pai para filho.
A “[...] aliança (é) feita (também) entre (dois
reinos para que) haja paz [...]”,
1Rs.5.12.
Aliança quando feita entre duas
pessoas inclui regras e promessas – geralmente é quebrada.
Foi “feita uma aliança entre Deus e Abraão [...] (para
ele e sua família se) multiplicarem [...]”, Gn.17.2 e essa aliança jamais foi quebrada.
A promessa feita a Abraão além de
ser cumprida, foi ratificada “não [...] somente com (o povo de Israel no deserto)
que Deus fez esta aliança e este juramento, porém com aquele que, hoje, aqui,
está conosco (dias de Moisés e atuais) perante o SENHOR, nosso Deus, e também
com aquele que não está aqui, hoje, conosco”, Dt.29.14,15 – futuro.
Essa aliança não pode ser quebrada
porque ela é unilateral, “não foi (nenhum de) nós que [...] escolhemos Deus;
pelo contrário, Deus nos escolheu [...]”, Jo.15.16 “[...] com amor eterno [...]”, Jr.31.3.
Desta forma “[...] Deus [...] (fez)
com (Abraão) a [...] aliança (para ele) [...] ser pai de numerosas nações”, Gn.17.4.
3 – Características do pacto.
Nosso comportamento em família deve ser compatível com a
nossa fé; o que fazemos, por que fazemos e como fazemos.
As características do pacto
aplicam-se também à família.
Quando Deus “estabeleceu a [...]
aliança (com) Abraão [...] (foi prometido uma) aliança perpétua, para (Deus) ser
o seu Deus e da sua descendência”,
Gn.17.7.
O pacto é relacional – O
cristão precisa ter a certeza de que “o Deus que fez o mundo e tudo o que nele
existe [...] (é) Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por
mãos humanas”, At.17.24.
O relacionamento pessoal de Deus com
o homem sempre existiu.
A promessa feita tanto com Abraão
quanto para com cada um de nós é do criador “[...] ser o nosso Deus”, Gn.17.8.
A relação de Deus com o seu povo é
baseado na “justificação
[...] mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1.
Esse pacto é fundamentado também na
“[...]
predestinação [...] para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo [...]”, Ef.1.5.
O relacionamento familiar deve ser
de aceitação de uns aos outros no amor de Cristo, caso contrário, não
demonstramos que fomos “[...] libertos do pecado, transformados em servos de
Deus [...] para (produzir o) fruto para santificação [...]”, Rm.6.22.
O pacto é iniciado soberanamente – Todos nós somos
devedores da graça de Deus “porque nada temos trazido para o mundo [...]”, 1Tm.6.7.
Deus, soberanamente, “fez (Abraão) fecundo
[...] (e a partir de) Abraão procedeu reis [...]”, Gn.17.6.
O reconhecimento da pobreza de bênção
deve nos levar a não “fazer nada por partidarismo ou vanglória, mas por humildade,
considerando cada um os outros superiores a si mesmo”, Fp.2.3.
O pacto é sustentado
soberanamente e por isso é eternamente seguro – Deus prometeu não somente a
Abraão, mas a toda a “[...] sua descendência a terra das [...] peregrinações [...] em
possessão perpétua, (e o melhor) [...] seria o seu Deus”, Gn.17.8.
Como o pacto é sustentado por Deus,
devo “confiar
os meus cuidados ao SENHOR, e ele me sustentará; jamais permitirá que o justo
seja abalado”, Sl.55.22.
O pacto é trinitário – aconteceu
primeiro um pacto entre as pessoas da Trindade; esse é o motivo dessa aliança
ser infalível.
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No conselho celeste “[...] Deus propôs
(a salvação do homem para) Jesus, (através do) [...] seu sangue [...]”, Rm.3.25.
O pacto começa quando, no início “[...] Deus (falou):
Façamos o homem à nossa imagem [...] (e, após a queda quando) disse o SENHOR
Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal
[...]”, Gn.1.26; 3.22.
O pacto trinitário é percebido
quando Paulo fala de “[...] Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo
[...] nas regiões celestiais [...](e do) Santo Espírito da promessa; o
qual é o penhor da nossa herança [...]”, Ef.1.3,13,14.
O pacto é corporativo
– o pacto não é individual.
Adão representa toda a humanidade, por
este motivo através da sua “[...] ofensa [...] reinou a morte [...] (daí) veio o
juízo sobre todos os homens para condenação [...]”, Rm.5.17,18.
Por outro lado Jesus Cristo é o
representante dos eleitos, e por meio dEle “[...] recebemos muito mais [...] a abundância
da graça e o dom (presente) da justiça (para) reinar em vida [...]”, Rm.5.17,18.
A representatividade é vista também
quando Deus fala que a partir de “Abrão [...] numerosas nações (seriam) constituídas”, Gn.17.5 e em outro lugar Deus fala: “[...] farei (de ti)
uma grande nação [...]”,
Gn.12.2.
Todos nós temos um representante,
mas o nosso representante não é culpado pelo nosso pecado, cada “[...] alma que
pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade
do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso
cairá sobre este”, Ez.18.20.
Ao mesmo tempo em que somos
individuais, pertencemos à família da fé.
O pacto é ligado a gerações –
Além de “[...]
Abraão (ter que) [...] guardar a aliança (entre ele e) Deus [...] (devia também
contar as futuras) gerações”,
Gn.17.9.
Era costume do povo de Israel “não [...] encobrir a seus
filhos [...] as maravilhas (que) o SENHOR fez [...] contava à vindoura geração [...]”, Sl.78.4.
Até a segunda vinda de Cristo
devemos manter esse pacto “[...] estando pronto (para) [...] anunciar o
evangelho [...]”, Rm.1.15.
O pacto deve ser comunicado “[...] para quantos
o Senhor, nosso Deus, chamar”,
At.2.39.
O pacto é compassivo – Jesus sempre demonstrou “[...] compaixão [...]”, Mc.9.22 pela alma perdida.
Como servo de Deus, devo agir de igual modo quando alguém
“[...] tiver fome
[...] dou de comer; tiver sede [...] dou de beber [...] (encontrando um) forasteiro
(estranho, será) [...] hospedado; estando nu [...] (o) visto; enfermo, [...]
visito; preso, [...] (vou) ver”,
Mt.25.35,36 – esse é o caminho da inclusão do necessitado na graça de Deus.
O pacto é integrante – Não
existem dois mundos. O mundo é o mundo de Deus. Caído, maculado pelo pecado,
mas Deus é o dono.
Como servos de Jesus Cristo, devemos saber que “[...] tudo provém de Deus, (e)
que (nós fomos) [...] reconciliados [...] por meio de Cristo e (que por isso,
recebemos) [...] o ministério da reconciliação (levar outros a Cristo, eis o
motivo de) [...] sermos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse
por nosso intermédio [...]”, 2Co.5.18,20.
Somos responsáveis a conduzir homens a Cristo.
O pacto é exclusivo – Significa que “não (podemos) ter outros
deuses diante de Deus”, Ex.20.3.
Não adianta querer esconder nem do homem e nem de Deus, “[...] porque o SENHOR
esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento [...]”, 1Cr.28.9 e por este motivo, não “[...] podemos servir a dois
senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a
um e desprezará ao outro [...]”, Mt.6.24.
O pacto é inclusivo (amplia a participação) – A
pregação do evangelho deve atingir “[...] toda tribo, língua, povo e nação”, Ap.5.9.
A ordem de Jesus é que seja ampliado o “[...] ide por todo o mundo e
pregar o evangelho a toda criatura”,
Mc.16.15.
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Ao cumprir com o meu dever, não preciso fazer outra
coisa, “porque
a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração [...]”, Hb.4.12.
O pacto é familiar – A promessa de Deus para
Abraão foi para a sua família “de [...] fazer uma grande nação [...] abençoando [...] engrandecendo
o nome [...]”, Gn.12.2.
Esse pacto foi estendido a toda a “[...] descendência (de
Abraão), para sempre”, Gn.13.15 e se nós
pertencemos à família de Deus, fazemos parte do pacto.
4 – Pressupostos (supor antecipado) do pacto.
O vínculo da “[...] aliança [...] (é com) todos os que, hoje, aqui
estamos vivos”, Dt.5.3.
Outro vínculo é “[...] o amor (do) SENHOR [...] (que) nos resgatou da
casa da servidão [...]”, Dt.7.8 sem
merecer coisa alguma.
5 – De família a reino.
Para a família de Abraão pertencer o
reino, foi preciso “circuncidar [...] (todo homem) esse [...] (foi o) sinal de
aliança entre Deus e (o seu povo) [...]”, Gn.17.11.
A transição da família para o reino
ocorre mediante:
A presença de Deus com a família;
A adoração a Deus pela família;
A unidade em Deus, da família.
Para alcançar essa transição é
preciso receber a “[...] transmissão (da) [...] glória que (Deus) tem dado (a)
Jesus, para que sejamos um [...] Jesus (em nós) [...] a fim de que sejamos
aperfeiçoados na unidade [...]”,
Jo.17.22,23.
O modo de o povo viver em aliança
com Deus é “[...]
ouvir [...] guardar a voz (de) Deus [...] (para) ser a sua propriedade peculiar
(pertence a Deus) dentre todos os povos [...]”, Ex.19.5.
Ao decidir andar com Deus, “[...] a Sua presença
irá conosco, e [...] (teremos) descanso”, Ex.33.14 na alma.
Assim como Deus “[...] cobriu (com
a) nuvem a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo”, Ex.40.34 após a sua construção, quando
decidimos andar com Deus, somos abençoados.
Hoje “Jesus [...] transmite a glória (recebida do
Pai), para que sejamos um, como Jesus (é com o Pai) [...] a fim de que sejamos
aperfeiçoados [...]”,
Jo.17.22,23.
Pertencendo a família de Deus ou ao
reino de Deus, “[...]
Jesus habita entre nós [...]”,
Jo.1.14 para sermos “[...] o seu corpo [...]”, Ef.1.23 e “[...] da família de Deus”, Ef.2.19.
Conclusão: O
desejo de Deus é que “[...] a sua aliança [...] (seja) guardada entre Deus [...] nós e
a nossa descendência [...]”,
Gn.17.10.
Meditação: Para
que essa aliança seja bem firmada, é preciso que cada crente tenha o BOI, “amando cordialmente uns aos
outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”, Rm.12.10 e, cada um, individualmente, precisa se “se prostrar [...], rosto em
terra, e Deus [...] (irá) falar (conosco)”,
Gn.17.3.
Adaptado pelo Rev. Salvador P.
Santana da Revista da E.D – Nossa Fé – O Lar Segundo Deus – CCC.
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