O QUE O LÍDER NUNCA PODE
ESQUECER, 2Tm.2.8-14 – Parte 2.
Introdução.
Algumas
coisas acontecem na vida que nunca esquecemos – Ex.: Acidente, surra, o primeiro
emprego.
Ao olhar
para a confusão neste mundo é possível “saber
que [...] o mundo inteiro jaz no Maligno”, 1Jo.5.19.
Em meio à
confusão, a mente tem que ficar lúcida para “pregar
a palavra [...]”, 2Tm.4.2, porque “[...]
a palavra de Deus não está algemada”, 2Tm.2.9.
Ao
escrever para Timóteo, Paulo pede que ele “não
se envergonhe [...] do seu encarcerado [...] pelo contrário, (devia) participar
[...] dos sofrimentos (pregar fora da prisão o) [...] evangelho, segundo o
poder de Deus”, 2Tm.1.8.
Paulo não
tinha mais esperança de sair da prisão de Roma, já não podia pregar o
evangelho.
Paulo dá
por encerrada a sua missão de pregador falando que ele “combateu o bom combate, completou a carreira, guardou a fé”,
2Tm.4.7.
Paulo
estava jogado dentro de um calabouço (andar mais profundo de um castelo,
prisão) subterrâneo, mas, conforme foi falado, “[...]
a palavra de Deus não estava algemada”, 2Tm.2.9.
A prisão
para Paulo não o impedia de falar do evangelho.
Visão
errada da fé – uns pensam que crer significa não fazer nada dependendo
inteiramente de Deus – é a fé mágica – basta crer e tudo acontecerá – é como o
filme “o segredo” – diz que o pensamento bom atrai as coisas boas.
Outros
acham que é fazer tudo como se Deus não fizesse nada.
As duas
visões estão erradas porque “de Deus
dependem a minha salvação e a minha glória (riqueza, dignidade, reputação) [...]”,
Sl.62.7 e outra, devo “fazer tudo por
causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele”, 1Co.9.23.
A fé deve
ser dinâmica.
Através
dela conseguimos realizar feitos extraordinários tal como aconteceu com Marta quando
Jesus falou: “[...] se (ela) cresse,
veria a glória de Deus [...]”, Jo.11.40 – Lázaro ressuscitado.
Aquele
que “[...] tiver fé como um grão de
mostarda, (pode) dizer a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará.
Nada nos será impossível”, Mt.17.20.
Através
da fé é possível o servo de Deus “preferir
ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do
pecado”, Hb.11.25.
É somente
“[...] pela fé [...] (que temos
condições de) herdar as promessas”, Hb.6.12.
Jesus
fala de “[...] alguns que confiam em si
mesmos, por se considerarem justos, e desprezarem os outros”, Lc.18.9.
Estes
pensam que estando ausentes no trabalho, nada funciona.
A fé nem
faz tudo sozinha, nem cruza os braços esperando as coisas caírem do céu.
Ter fé é
“[...] aprender a viver contente em
toda e qualquer situação. Tanto [...] estar humilhado como também ser honrado
[...] tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez [...]”,
Fp.4.11,12.
O líder
não pode esquecer [...]
1 – Da necessidade
do sofrimento.
Paulo “[...] estava sofrendo [...] [...]”,
2Tm.2.9 por causa “[...] de Jesus
Cristo [...]”, 2Tm.2.8.
Como
Jesus e por causa de Jesus Paulo “[...]
sofreu [...] como malfeitor [...]”, 2Tm.2.9 no calabouço de Roma entre
os piores criminosos.
Jesus
Cristo foi “[...] crucificado [...] (entre
dois) malfeitores, um à direita, outro à esquerda”, Lc.23.33.
A causa
do sofrimento foi “[...] Deus provando o
seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo
nós ainda pecadores”, Rm.5.8.
Algumas
pessoas creem que pelo fato de Cristo ter morrido por eles, eles podem ter vida
próspera, saudável, feliz e sem nenhum problema, mas “o discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do
seu senhor”, Mt.10.24 – quem manda é Jesus.
Não
podemos esperar recompensa deste mundo, porque ao Mestre “[...] Jesus chamaram (de) Belzebu [...] (e os)
seus domésticos [...]”, Mt.10.25 o que podem esperar?
Paulo
sabia que “[...] estava sofrendo (por
sua fidelidade a Cristo) [...] todavia, não se envergonhava, porque sabia em
quem tinha crido e estava certo de que Jesus é poderoso para guardar o seu
depósito até aquele Dia”, 2Tm.1.12.
Muitos
sofrem por causa de seus próprios erros, mas será “bem-aventurado [...] (aquele que) por causa (de) Jesus [...] (for)
injuriado, e [...] perseguido, e, mentindo, disser todo mal contra ele. (Este
servo deve) Regozijar e exultar, porque é grande o seu galardão nos céus; pois
assim perseguiram aos profetas que viveram antes de nós”, Mt.5.11,12.
Os
apóstolos “[...] regozijaram por terem
sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome”, At.5.41.
O líder
não pode esquecer [...]
2 – Da Palavra e
seu triunfo.
Paulo
fala que estava “[...] algemado [...]
contudo, a palavra de Deus não estava algemada”, 2Tm.2.9.
O
evangelho não pode ficar aprisionado, derrotado por um único motivo: “[...] a palavra de Deus é viva, e eficaz, e
mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de
dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e propósitos do coração”, Hb.4.12.
Não é
porque estamos passando por dificuldades ou momentos difíceis que o nosso trabalho
cairá por terra.
Quando o
servo de Deus se torna “[...] firme,
inabalável e sempre abundante na obra do Senhor, (podemos) saber que, no
Senhor, o nosso trabalho não é vão”, 1Co.15.58.
E outra,
para o homem é “inútil [...] levantar
de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeamos (dor,
trabalho); aos seus amados Deus o dá enquanto dormem”, Sl.127.2 – é o
próprio Deus que faz frutificar ainda que estejamos presos.
A ordem
no trabalho espiritual é única: um “[...]
planta [...] (outro) rega; mas o crescimento vem de Deus”, 1Co.3.6.
Quando eu
trabalho confiante vou “[...] ouvir
[...] (e) perceber [...] com os olhos [...] (que) Deus [...] trabalha para
aquele que nele espera”, Is.64.4.
O líder
não pode esquecer [...]
3 – Da verdadeira motivação.
A
motivação de Paulo era “[...] por causa
dos eleitos (que ele) suportava tudo, para que [...] eles obtivessem a salvação
que está em Cristo Jesus [...]”, 2Tm.2.10.
Assim
como Paulo, João se “[...] alegrava [...]
de ouvir que seus filhos andavam na verdade”, 3Jo.1.4.
A maior recompensa
para o nosso trabalho é saber que “[...]
há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”,
Lc.15.10.
Paulo era
motivado por acreditar que o homem “[...]
é escolhido [...] (em) Jesus antes da fundação do mundo [...]”, Ef.1.4.
Ele tinha
a plena certeza que a eficácia da obra “[...]
não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”,
Rm.9.16.
Paulo
agia como o “[...] o lavrador (que
trabalha e) aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as
primeiras e as últimas chuvas”, Tg.5.7 – quem manda a chuva é Deus,
assim todo servo depende das bênçãos de Deus.
É por
este motivo que Jesus ordenou que todo servo deve “ir [...] fazer discípulos [...]”, Mt.28.19.
Essa
motivação deve acontecer porque “[...] a
fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”, Rm.10.17.
O líder
não poder esquecer [...]
4 – Da fidelidade e
sua recompensa.
Paulo
finaliza o seu ensino a Timóteo com um “axioma (ditado – gr. Considera válido)
da fé”.
São
declarações para serem memorizadas.
São
máximas espirituais que, se estiverem sempre em nossa memória, não nos deixará
tomar decisões erradas na hora da pressão.
É como o
provérbio de Salomão ao dizer que “o
mexeriqueiro descobre o segredo, mas o fiel de espírito o encobre”,
Pv.11.13.
Paulo
considera como válido a “fidelidade [...]
(da) palavra [...]”, 2Tm.2.11.
Faltando
a “fidelidade (da própria) palavra
[...] (é impossível o homem) [...] morrer com Cristo [...] (e) viver com ele”,
2Tm.2.11.
Faltando
a palavra cai por terra a “[...] perseverança
[...] (com a finalidade de) reinar (com) Jesus; (isto porque) se o negamos,
ele, por sua vez, nos negará”, 2Tm.2.12.
É a “fidelidade (da) palavra [...]”,
2Tm.2.11 que garante que “Jesus Cristo
permanece fiel (ainda que) sejamos infiéis, pois de maneira nenhuma pode
negar-se a si mesmo”, 2Tm.2.13.
Paulo
quer transmitir que a fidelidade verdadeira a Deus é demonstrada no sofrimento
por amor a Cristo a fim de receber a fidelidade dEle em nós.
Quando “Jesus Cristo permanece fiel [...]”,
2Tm.2.13 não quer dizer que podemos viver de qualquer maneira, mesmo porque, “[...] Deus não nos chamou para a impureza, e
sim para a santificação”, 1Ts.4.7.
O alerta
de Jesus é bem claro ao dizer que “[...]
qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará
o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos”,
Lc.9.26 – fuja dessa!
Conclusão: O líder jamais pode esquecer de “recomendar estas coisas (que sofro neste
mundo por amor a Cristo, que a Palavra deve ser anunciada ainda que esteja
preso, que devo ser motivado a trabalhar em prol do evangelho e que sendo fiel
a Deus, serei recompensado) [...]”, 2Tm.2.14.
Paulo
encerra lembrando que todos nós devemos “[...]
dá testemunho solene a todos perante Deus, para que evitem contendas de
palavras que para nada aproveitam, exceto para a subversão dos ouvintes”,
2Tm.2.14.
Só é
possível não esquecer da obrigação como servos a partir do momento em que “[...] Deus [...] nos dê a vitória por
intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Co.15.57.
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