sábado, 13 de julho de 2013

O PRODUTO DA FÉ

O PRODUTO DA FÉ
            Quando se fala de produto é porque algo foi plantado para receber o seu fruto. Paulo fala sobre os resultados “[...] mediante a fé [...] (só assim é possível) ter paz com Deus por meio do [...] Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). O desejo do apóstolo é mostrar que a fé que o homem tem em Deus não deve ser inerte, mas operante.
            Esse produto da fé deve proporcionar “[...] paz com Deus [...]” (Rm 5.1). Após falar sobre a “justificação [...] mediante a fé, (Paulo fala que o homem, servo de Jesus Cristo) tem paz com Deus [...]” (Rm 5.1). A “[...] paz (é o produto da) [...] fé [...] (que está no) Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). A “[...] a fé (mais a) justificação [...]”(Rm 5.1) que é o ato de Deus, como juiz, declarando o homem justo, tem como resultado a “[...] paz com Deus [...]”(Rm 5.1). Portanto, “[...] paz [...]”(Rm 5.1) indica todas as variedades de bênçãos favoráveis ao povo de Deus que cria o sentimento de bem-estar.
            O produto da fé proporciona harmonia e unidade entre as relações do homem com o seu próximo e principalmente com o seu Deus. Ainda que grande parte da superfície do oceano da existência seja agitada pelo vento, no profundo do mar a alma do homem pode continuar a “[...] ter paz com Deus [...]” (Rm 5.1). Essa paz é oposta a qualquer inimizade criada pelo pecado, logo, o fruto da fé é o caminho da reconciliação com Deus. Eis a razão de o apóstolo dizer que é “[...] por meio de [...] Jesus [...]”(Rm 5.1) que o homem tem acesso a todas as bênçãos eternas.
            Outra recompensa é a liberdade de acesso. O apóstolo continua dizendo que “por intermédio de quem (Jesus Cristo, o homem) obtiver igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estará firme; e gloriar-se-á na esperança da glória de Deus” (Rm 5.2). Não é somente a paz que é produzida, mas também o livre acesso. O “[...] acesso (que) obtém [...]” (Rm 5.2) é a permissão ou liberdade de chegar perto de Deus para se comunicar com ele através de Jesus. Não existe diferença de doador, ele é o mesmo, o próprio Cristo. É “por intermédio de (Jesus) [...]” (Rm 5.2) que o homem pode entrar no estado de graça. Ainda mais, é “por intermédio de Jesus [...] (e) pela fé (que o homem pode) estar firme [...]” (Rm 5.2). Sabe-se que a glória de Deus é o fim para o qual Ele criou o homem. Por isso, cada um deve se “[...] gloriar (ter orgulho, louvar, alegrar) [...]” (Rm 5.2) por causa dessa liberdade. Este deve ser o desejo de estar com Cristo neste mundo e no porvir.
            O produto da fé fala de exultação. O apóstolo fala da seguinte forma: “E não somente isto, mas também (o homem pode se) [...] gloriar nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança” (Rm 5.3). O objeto da alegria é inesperado, vem mais “[...] tribulações [...]” (Rm 5.3). Tribulações no latim é tribulum – o mangual – dois pedaços de paus – o manguo e pírtigo – ligados por uma correia para debulha de grãos. Tribulação nada mais é do que aflição, tormento, contrariedade, adversidade. Primeiro o apóstolo diz que o cristão se alegra na graça de Deus, depois fala que esse mesmo cristão tem liberdade de acesso. Agora ele diz que ele se “[...] gloria nas próprias tribulações [...]” (Rm 5.3). Quando, então, você é aprovado, aí sim, é possível ficar alegre. Mas não para por aí. Após a experiência da dor, é possível ter o que causa alegria quando “[...] produz (em cada servo de Deus a) perseverança” (Rm 5.3). Logo, ao “[...] perseverar (em servir a Cristo, cada um terá a sua própria) [...] experiência; e a experiência, esperança” (Rm 5.4) para a vida eterna.
            O produto da fé pode trazer “[...] esperança (porque ela) não confunde, porque o amor de Deus é derramado em (cada) coração (dos salvos) pelo Espírito Santo, que (a cada um) [...] foi outorgado” (Rm 5.5). O maior e melhor produto da fé é “[...] a esperança [...]” (Rm 5.5) de ver dias melhores, a salvação dos parentes e o seu crescimento espiritual. Essa certeza em cada coração “[...] não confunde [...]”, Rm.5.5 a fé do homem de Deus. Ela não desaponta nem engana “[...] porque [...] o Espírito Santo [...] foi outorgado” (Rm 5.1) a cada filho de Deus. É por este motivo que o homem pode ser abençoado somente porque “[...] o amor de Deus é derramado em seu coração [...]” (Rm 5.1).
            Assim como Paulo, todos os homens devem buscar o produto da fé: a paz, o livre acesso, a alegria e a esperança na glória porvir.

Rev. Salvador P. Santana 

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