quarta-feira, 17 de julho de 2013

HUMILDADE, Ez.29.1-16.

HUMILDADE
 Introd.:           Humildade é o sentimento que leva a pessoa a reconhecer suas próprias limitações.
            Em nossos dias temos visto pouquíssimas pessoas com esse sentimento.
            Muitas vezes nos deparamos com pessoas orgulhosas, cheias de si, capazes de resolver qualquer problema.
Nar.:   Diante de nossos olhos vemos o profeta Ezequiel dando o seu recado a respeito do Egito. Um dos grandes impérios do mundo antigo.
            A sua maior queixa é dizer que a posição elevada é incompatível com a humildade, daí, só lhe resta a devastação para restaurar com a verdadeira humildade.
Propos.:          Toda humildade deve ser colocada sob a poderosa mão de Deus.
Trans.:           Para o cristão é incompatível [...]
1 – A posição elevada com a humildade.
            Era o ano de 587 a.C. um ano depois que Nabucodonosor cercou Jerusalém.
            Faraó Hofra, rei do Egito, tentava inutilmente livrar Jerusalém das garras do rei da Babilônia, pois para Deus, o Egito tinha se tornado “[...] um bordão de cana para a casa de Israel”, Ez.29.6.
            Judá de todos os modos tentou pedir auxílio ao Egito, mas tudo em vão.
            Assim como o profeta Jeremias, Ezequiel condenava a aliança de Judá com o Egito e recomendava a sujeição à Babilônia.
            Naquele ano Deus enviara uma palavra de advertência contra o povo do Egito.
            A profecia era contra a posição elevada do rei e do povo egípcio, Deus dissera: “[...] contra Faraó, rei do Egito, e [...] contra todo o Egito”, Ez.29.2.
            Neste poema alegórico, o Faraó está igualado a um “[...] crocodilo enorme [...]”, Ez.29.3.
            Naquela época existia o mito de que o mostro marinho ‘leviatã’ tragava e despedaçava todas as embarcações dentro das águas.
            Desta forma pensava o rei do Egito “[...]: O meu rio é meu, e eu o fiz para mim mesmo”, Ez.29.3.
            Faraó, na sua posição elevada, exaltado e poderoso, era como o temível ‘leviatã’.
            Hofra jactava-se de que o rio pertencia a ele.
            Ele julgava que todos os habitantes da terra o temiam.
            Que todas as nações deveriam se subjugar ao seu poderio.
            Mas Deus zomba e escarnece de Faraó Hofra dizendo: “[...] Assim diz o SENHOR Deus: Eis-me contra ti, ó Faraó, rei do Egito [...]”, Ez.29.3.
            – Não importa se o mostro marinho rivaliza com outros deuses;
            – Não me interessa se a rã, o gafanhoto, ou os piolhos sejam deuses do Egito;
            – “[...] Deus porá anzóis em teus queixos e fará que os peixes dos teus rios se apeguem às tuas escamas; tirar-te-ei do meio dos teus rios, juntamente com todos os peixes dos teus rios que se apeguem às tuas escamas”, Ez.29.4.
            O suposto dono e arquiteto do Egito logo perderia tudo, inclusive a própria vida.
            Deus prenderia esse monstro com facilidade como os pescadores puxam o peixe.
            Como o mar obedece a Deus, assim todas as criaturas mitológicas deveriam obedecer.
            Faraó e todo o seu povo seriam “lançados para o deserto [...]”, Ez.29.5.
            Afastados da sua habitação natural, seriam mortos sem serem enterrados, onde os “[...] animais da terra e as aves do céu [...]”, Ez.29.5 os usariam como pasto.
            Deus estava dizendo alegoricamente: Os babilônios que vocês tanto temem e desprezam virão para apanhá-los de surpresa.
            Não adianta vivermos uma falsa humildade com uma posição elevada, arrogante, exaltada, poderosa, desmerecida.
            Com tal posição só nos resta [...]
2 – A devastação.
            Naquela época os babilônios eram peritos em genocídio e o Egito não escapou à perícia deles.
            Jeremias já havia profetizado dizendo: “Entregá-los-ei nas mãos dos que lhes procuram a morte, nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e nas mãos dos seus servos [...]”, Jr.46.26.
            Aqueles dias foram para a terra do Egito dia de “[...] desolação, no meio de terras desoladas [...] as suas cidades no meio das cidades desertas se tornaram em desolação [...] egípcios espalhados entre as nações e derramados pelas terras”, Ez.29.12.
            Em quem Israel confiava, se tornou “[...] um bordão de cana [...]”, Ez.29.6.
            Deus se queixou contra o Egito pelo fato do mesmo ter sempre atraído Israel à intriga política internacional, mas sempre traindo seus aliados, e recusando o apoio na hora de guerra.
            Toda aquela exaltação, toda aquela potência, caíra por terra.
            O Egito estava sendo comparado a “uma cana que quebrou sob o peso do homem que se inclinava sobre ela, e um fragmento atingiu o seu ombro, causando um corte profundo”, Ez.29.7.
            O Egito era uma muleta fraca que deixou Judá em apuros.
            Assim tem sido muitos em que nós confiamos, no momento do apuro, eles nos abandonam.
            Após quinze anos, depois desta profecia, e seis meses antes da queda de Jerusalém, Nabucodonosor invadiu e despojou o Egito, “[...] eliminando homem e animal”, Ez.29.8.
            O Soberano e Eterno Deus decretou o fim do Egito. O sol do Egito se pôs; era a hora da Babilônia.
            “A terra do Egito se tornou em desolação e deserto; e (todos) souberam que Deus é o SENHOR”, Ez.29.9 da história.           
            A tríade temível – a espada, a fome e a peste fizeram bem o seu serviço, deixando uma pilha de escombros.
            Tanto os egípcios como nós devemos reconhecer pelo terror de Deus que Ele é o Senhor da história.
            Não adianta falar e pensar como Hofra dizendo: “[...] O rio é meu, e eu o fiz [...]”, Ez.29.10.
            Através deste texto Deus nos prova que não nos convém ser arrogante, jactancioso, prepotente, orgulhoso e cheio de si.
            Deus foi claro em dizer: “[...] eis que eu estou contra ti e contra os teus rios; tornarei a terra do Egito deserta, em completa desolação, desde Migdol até Sevene, até às fronteiras da Etiópia. Não passará por ela pé de homem, nem pé de animal passará por ela, nem será habitada por quarenta anos”, Ez.29.10,11.
            Deus faz a devastação para nos subjugar ao seu poderio e nos levar [...]
Conclusão: A restauração com a verdadeira humildade.
            Os egípcios ficaram cativos durante quarenta anos na Babilônia.
            Mas Deus prometeu “restaurar a sorte dos egípcios e os fizerem voltar à terra de Patros, à terra de sua origem [...]”, Ez.29.14.
            Veio a restauração, mas não como uma posição de glória, e sim “[...] um reino humilde”, Ez.29.14.
7
 
            Este texto serve para nos mostrar que nunca mais podemos depender de um aliado tão fraco, pois “já não terá a confiança da casa de Israel [...] quando se voltava a ele à procura de socorro; antes, saberão que eu sou o SENHOR Deus”, Ez.29.16.
            A lição é que nós devemos depender de Deus e não de alianças com homens.
            É sabido que o Egito nunca obteve de volta a sua glória anterior.
            A partir de então, tem desempenhado um papel muito secundário na história do mundo, cumprindo num sentido muito real a profecia de Ezequiel de que “tornar-se-á o mais humilde dos reinos e nunca mais se exaltará sobre as nações; porque Deus os diminuiu, para que não dominem sobre as nações”, Ez.29.15.
            É incompatível a posição elevada com a humildade.
            Caso tenhamos uma falsa humildade diante de Deus, seremos devastados como aconteceu com o Egito.
            Por isso humilhe-se diante de Deus.

Rev. Salvador P. Santana

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