HUMILDADE
Em
nossos dias temos visto pouquíssimas pessoas com esse sentimento.
Muitas
vezes nos deparamos com pessoas orgulhosas, cheias de si, capazes de resolver
qualquer problema.
Nar.: Diante de
nossos olhos vemos o profeta Ezequiel dando o seu recado a respeito do Egito.
Um dos grandes impérios do mundo antigo.
A
sua maior queixa é dizer que a posição elevada é incompatível com a humildade,
daí, só lhe resta a devastação para restaurar com a verdadeira humildade.
Propos.: Toda
humildade deve ser colocada sob a poderosa mão de Deus.
Trans.: Para
o cristão é incompatível [...]
1 – A posição
elevada com a humildade.
Era
o ano de 587 a.C. um ano depois que Nabucodonosor cercou Jerusalém.
Faraó
Hofra, rei do Egito, tentava inutilmente livrar Jerusalém das garras do rei da
Babilônia, pois para Deus, o Egito tinha se tornado “[...] um bordão de cana para a casa de Israel”, Ez.29.6.
Judá
de todos os modos tentou pedir auxílio ao Egito, mas tudo em vão.
Assim
como o profeta Jeremias, Ezequiel condenava a aliança de Judá com o Egito e
recomendava a sujeição à Babilônia.
Naquele
ano Deus enviara uma palavra de advertência contra o povo do Egito.
A
profecia era contra a posição elevada do rei e do povo egípcio, Deus dissera: “[...] contra Faraó, rei do Egito, e [...] contra
todo o Egito”, Ez.29.2.
Neste
poema alegórico, o Faraó está igualado a um “[...]
crocodilo enorme [...]”, Ez.29.3.
Naquela
época existia o mito de que o mostro marinho ‘leviatã’
tragava e despedaçava todas as embarcações dentro das águas.
Desta
forma pensava o rei do Egito “[...]: O meu
rio é meu, e eu o fiz para mim mesmo”, Ez.29.3.
Faraó,
na sua posição elevada, exaltado e poderoso, era como o temível ‘leviatã’.
Hofra
jactava-se de que o rio pertencia a ele.
Ele
julgava que todos os habitantes da terra o temiam.
Que
todas as nações deveriam se subjugar ao seu poderio.
Mas
Deus zomba e escarnece de Faraó Hofra dizendo: “[...]
Assim diz o SENHOR Deus: Eis-me contra ti, ó Faraó, rei do Egito [...]”,
Ez.29.3.
–
Não importa se o mostro marinho rivaliza com outros deuses;
–
Não me interessa se a rã, o gafanhoto, ou os piolhos sejam deuses do Egito;
–
“[...] Deus porá anzóis em teus queixos e fará
que os peixes dos teus rios se apeguem às tuas escamas; tirar-te-ei do meio dos
teus rios, juntamente com todos os peixes dos teus rios que se apeguem às tuas
escamas”, Ez.29.4.
O
suposto dono e arquiteto do Egito logo perderia tudo, inclusive a própria vida.
Deus
prenderia esse monstro com facilidade como os pescadores puxam o peixe.
Como
o mar obedece a Deus, assim todas as criaturas mitológicas deveriam obedecer.
Faraó
e todo o seu povo seriam “lançados para o
deserto [...]”, Ez.29.5.
Afastados
da sua habitação natural, seriam mortos sem serem enterrados, onde os “[...] animais da terra e as aves do céu [...]”,
Ez.29.5 os usariam como pasto.
Deus
estava dizendo alegoricamente: Os babilônios que vocês tanto temem e desprezam
virão para apanhá-los de surpresa.
Não
adianta vivermos uma falsa humildade com uma posição elevada, arrogante,
exaltada, poderosa, desmerecida.
Com
tal posição só nos resta [...]
2 – A devastação.
Naquela
época os babilônios eram peritos em genocídio e o Egito não escapou à perícia
deles.
Jeremias
já havia profetizado dizendo: “Entregá-los-ei
nas mãos dos que lhes procuram a morte, nas mãos de Nabucodonosor, rei da
Babilônia, e nas mãos dos seus servos [...]”, Jr.46.26.
Aqueles
dias foram para a terra do Egito dia de “[...]
desolação, no meio de terras desoladas [...] as suas cidades no meio das
cidades desertas se tornaram em desolação [...] egípcios espalhados entre as
nações e derramados pelas terras”, Ez.29.12.
Em
quem Israel confiava, se tornou “[...] um
bordão de cana [...]”, Ez.29.6.
Deus
se queixou contra o Egito pelo fato do mesmo ter sempre atraído Israel à
intriga política internacional, mas sempre traindo seus aliados, e recusando o
apoio na hora de guerra.
Toda
aquela exaltação, toda aquela potência, caíra por terra.
O
Egito estava sendo comparado a “uma cana que
quebrou sob o peso do homem que se inclinava sobre ela, e um fragmento atingiu
o seu ombro, causando um corte profundo”, Ez.29.7.
O
Egito era uma muleta fraca que deixou Judá em apuros.
Assim
tem sido muitos em que nós confiamos, no momento do apuro, eles nos abandonam.
Após
quinze anos, depois desta profecia, e seis meses antes da queda de Jerusalém,
Nabucodonosor invadiu e despojou o Egito, “[...]
eliminando homem e animal”, Ez.29.8.
O
Soberano e Eterno Deus decretou o fim do Egito. O sol do Egito se pôs; era a
hora da Babilônia.
“A terra do Egito se tornou em desolação e deserto;
e (todos) souberam que Deus é o SENHOR”, Ez.29.9 da história.
A
tríade temível – a espada, a fome e a peste fizeram bem o seu serviço, deixando
uma pilha de escombros.
Tanto
os egípcios como nós devemos reconhecer pelo terror de Deus que Ele é o Senhor
da história.
Não
adianta falar e pensar como Hofra dizendo: “[...]
O rio é meu, e eu o fiz [...]”, Ez.29.10.
Através
deste texto Deus nos prova que não nos convém ser arrogante, jactancioso,
prepotente, orgulhoso e cheio de si.
Deus
foi claro em dizer: “[...] eis que eu estou
contra ti e contra os teus rios; tornarei a terra do Egito deserta, em completa
desolação, desde Migdol até Sevene, até às fronteiras da Etiópia. Não passará
por ela pé de homem, nem pé de animal passará por ela, nem será habitada por
quarenta anos”, Ez.29.10,11.
Deus
faz a devastação para nos subjugar ao seu poderio e nos levar [...]
Conclusão: A restauração com a verdadeira humildade.
Os
egípcios ficaram cativos durante quarenta anos na Babilônia.
Mas
Deus prometeu “restaurar a sorte dos egípcios
e os fizerem voltar à terra de Patros, à terra de sua origem [...]”,
Ez.29.14.
Veio
a restauração, mas não como uma posição de glória, e sim “[...] um reino humilde”, Ez.29.14.
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Este
texto serve para nos mostrar que nunca mais podemos depender de um aliado tão
fraco, pois “já não terá a confiança da casa
de Israel [...] quando se voltava a ele à procura de socorro; antes, saberão
que eu sou o SENHOR Deus”, Ez.29.16.
A
lição é que nós devemos depender de Deus e não de alianças com homens.
É
sabido que o Egito nunca obteve de volta a sua glória anterior.
A
partir de então, tem desempenhado um papel muito secundário na história do
mundo, cumprindo num sentido muito real a profecia de Ezequiel de que “tornar-se-á o mais humilde dos reinos e nunca mais
se exaltará sobre as nações; porque Deus os diminuiu, para que não dominem
sobre as nações”, Ez.29.15.
É
incompatível a posição elevada com a humildade.
Caso
tenhamos uma falsa humildade diante de Deus, seremos devastados como aconteceu
com o Egito.
Por
isso humilhe-se diante de Deus.
Rev. Salvador P. Santana
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