sexta-feira, 25 de novembro de 2016

ALEGRIA MAIOR.

ALEGRIA MAIOR
            A volta para casa é um momento muito esperado e, porque não dizer, um dos mais felizes. Tanto para aquele que está chegando quanto para aquele que está aguardando o retorno de alguém, existe muita expectativa.
            É triste relatar, mas muitas pessoas não conseguem chegar ao destino. Alguns, por pura imprudência, outros não voltam devido a imperícia de terceiros. Uma grande parte perde a condução ou são impedidos por problemas técnicos. É nesse exato momento que o desespero começa a tomar conta de muitos corações devido a falta da presença do ente querido ou do grande amigo.
            A decisão tomada ou forçada de não voltar para o lar se complica muito mais quando se trata de filho querido, aceito e bem tratado dentro de casa. Nesse momento os pais entram em desespero. A situação fica mais complicada quando os pais não sabem qual é o paradeiro do filho, como ele está se alimentando, se está em repouso ou passando por alguma tribulação.
            Até parece que os dias e as noites ficam paralisadas. A cada dia o sufoco aumenta por não saber notícias. A procura se torna intensa nas casas dos parentes, amigos, vizinhos, hospitais, delegacias e, como que numa última busca incessante, eles são procurados nos necrotérios.
            Estima-se que, por ano, cerca de 200 mil pessoas desaparecem, destas, 50 mil são crianças e adolescentes. Para todos estes casos não existe outra saída. Nesse momento de luta, desespero, perda total ou parcial é apenas o de “confiar os [...] cuidados ao SENHOR, e ele [...] sustentará [...]” (Sl 55.22) os pais desesperados para suportar toda e qualquer adversidade.
            Jesus conta uma parábola (história curta baseada em fatos verdadeiros com o fim de ensinar lições a respeito do Reino de Deus) que terminou com um final feliz.
            Aconteceu que, “[...] certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres” (Lc 15.11, 12).
            A verdade é que muitos filhos agem de caso pensado. Planejam por longos anos como fazer para conquistar uma grana a mais, um bem móvel ou imóvel com mais facilidade.
            Muitos, por meios escusos, ajudados ou não, fazem de tudo para trapacear, roubar e se possível matar seus próprios pais para adquirir o objeto desejado.
            O filho pródigo (gastador), pelo que tudo indica, já havia planejado o golpe financeiro. O desejo maior dele era somente “[...] ajuntar tudo o que era seu, partir para uma terra distante e lá dissipar todos os seus bens, vivendo dissolutamente (desregrado)” (Lc 15.13) tal como muitos tem feito nestes dias.
            Pelos cálculos humanos parecia não haver mais possibilidade de rever o filho dentro de casa. O filho estava afortunado, em terra distante, influenciado pelos amigos, sendo aproveitado e quem sabe, até mesmo sendo “[...] tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atraiu e (o) seduziu” (Tg 1.14).
            Que bruto golpe! Mas, como todo pai aguarda ansioso o retorno do filho para o seu domicílio original, ele jamais perdeu a esperança. É possível que esse pai do filho perdido tenha feito a mesma pergunta do salmista: “E eu, Senhor, que espero? (e a resposta foi das mais surpreendentes) [...]” (Sl 39.7).
            Exatamente! Esse pai aflito não precisou correr atrás, enviar cartas, pedir a alguém para procurar o filho perdido. Ele preferiu aguardar e dizer bem alto: “[...] Deus (o Senhor eterno) é a minha esperança” (Sl 39.7). Não deu outra. A partir do momento em que ele esperou, Deus interveio fazendo com que o filho gastador de fortuna “[...] se levantasse, fosse para seu pai [...]” (Lc 15.20).
            A reação do progenitor não podia ser outra quando “[...] vinha (o) filho ainda longe [...] seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou” (Lc 15.20).
            Não existe alegria maior do filho de Deus que voltar para servir a Jesus Cristo de todo o coração, mesmo porque, o próprio “Jesus [...] afirma que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10).

            Rev. Salvador P. Santana

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