REFORMA
Desde
o Antigo Testamento, cerca de 1.450 a.C., até os dias atuais, sempre houve o
combate acirrado contra as falsas doutrinas pregadas por supostos enviados por
Deus.
Moisés
alertou o povo sobre “[...] profeta ou sonhador (que) se levantar no meio
(deles) [...] e [...] anunciar um sinal ou prodígio” (Dt.13.1). A resposta não
podia ser outra a não ser a de “não ouvir as palavras desse profeta ou
sonhador; porquanto o SENHOR [...] Deus [...] prova, para saber se amais o
SENHOR [...] Deus, de todo o [...] coração e de toa a [...] alma” (Dt.13.3).
Na
história do Novo Testamento não podia ser diferente. Jesus adverte seus
discípulos de que deviam se “acautelar dos falsos profetas, que se [...]
apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” (Mt
7.15).
O
desejo de Jesus é conduzir cada discípulo no aprendizado de se resguardar das
artimanhas dos falsos profetas.
Os
falsos profetas se infiltraram com muita facilidade para tentar, ou tirar de
uma vez por todas do coração humano, aquela certeza de vida eterna assegurada
por Cristo Jesus.
Depois
de Jesus, um dos maiores vultos da Igreja Primitiva, Paulo, escritor das treze
cartas, discípulo e apóstolo, fez de tudo para imitar a Jesus.
Esse
apóstolo teve a mesma responsabilidade de defender a fé cristã com a verdade
implantada em seu coração.
A
sua palavra foi sempre de incentivo à igreja e repulsa aos falsos apóstolos e
profetas de sua época.
Ele
deixou avisado de que “[... sabia que, depois da sua partida, entre eles penetrariam
lobos vorazes, que não poupariam o rebanho” (At 20.29). A preocupação é tamanha
que esses tais obreiros são chamados de “[...] lobos
vorazes [...]” (At 20.29. Eles são comparados a animais irracionais que
desejavam destruir a igreja de sua época física, emocional e espiritualmente.
Pedro chegou a dizer que “[...] no
meio do povo, surgiram falsos profetas [...] falsos mestres, os quais introduziram,
dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano
Senhor que os resgatou, trazendo sobre eles mesmos repentina destruição” (2Pe
2.1).
Note bem que esses falsos mestres,
profetas e pastores faziam parte do rebanho, mas devido à destruição espiritual
de suas vidas eles “[...]renegaram o Soberano Senhor (e como resultado) [...]
trouxeram sobre eles mesmos repentina destruição” (2Pe 2.1) ou morte completa
para a vida eterna.
Em momento algum da história a
igreja cristã deixou de ser invadida pelas falsas doutrinas. Desde os primeiros
séculos a igreja foi obrigada a combater as heresias e se sentiu ameaçada,
perseguida pelos imperadores Cláudio, Nero, Vespasiano.
Em 305 d.C., Maximiano assumiu o
Império e no final do mandato houve a grande perseguição. Em 311 d.C., é
assinado o Edito (ordem judicial) de tolerância pelo Imperador Galério. 313
d.C., é assinado o edito de Milão pelo Imperador Constantino. Ficou
estabelecida a completa liberdade religiosa e igualdade de direito a todas as
religiões.
No século XVI algo muito importante
aconteceu para a igreja cristã. Martinho Lutero, monge, orava, castigava o seu
corpo e era estudioso da Bíblia. Soube através da Bíblia que Deus enviou o Seu
Filho, Jesus Cristo, para expiar os pecados dos homens, mediante a Sua morte na
cruz. Encontrou paz ao confiar no amor de Deus.
Em Roma, o papa Leão X desejava
terminar a construção da basílica de São Pedro. Para conseguir dinheiro, foram
vendidas indulgências (livrar o fiel do castigo do purgatório) ao povo.
Lutero se opôs, escreveu e afixou em
31 de outubro de 1.517 as 95 declarações contra as indulgências. Esse foi o
estopim para dar início a Reforma Protestante.
Outro personagem nessa história foi
João Calvino. Estudou os ensinos de Lutero, veio a converter-se e experimentou
uma grande renovação de sua vida espiritual.
Calvino fez de Genebra uma cidade
modelo de vida cristã, pois ela era socialmente próspera, mas de baixo nível
moral.
Não pense que essa luta teve ou terá
fim, aliás, terá fim somente quando Cristo resgatar a Sua igreja.
Você está disposto a continuar essa
Reforma Protestante? Seja um defensor dos ensinos bíblicos.
Rev. Salvador P. Santana
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