A CONFIANÇA DO CRENTE NA VONTADE DE DEUS, Hc.2.6-3.19.
Introd.: Submeter-se
à vontade de Deus é algo inevitável.
Como aconteceu com Jó, tão logo
começamos a discutir com Deus, percebemos “[...] que escurecemos os [...] desígnios (plano,
propósito de) Deus com palavras sem conhecimento [...] na verdade, falamos do
que não entendemos; coisas maravilhosas demais para nós, coisas que nós não
conhecemos”, Jó 38.2; 42.3.
As respostas de Deus às questões de
Habacuque manifestaram a inquestionável sabedoria e justiça divina na condução
da história.
Espera-se que o crente se submeta a
vontade do Senhor, mas que ele descanse e encontre paz, segurança e alegria
nela.
Quando confiamos na vontade de Deus,
podemos ter a certeza que [...]
1 – O destino dos pecadores é trágico.
Após seu diálogo com Deus, o profeta
se mostra esclarecido sobre os dilemas que afligiam a sua alma.
Os efeitos da Palavra de Deus são
marcantes e promovem transformação no modo como Habacuque via e sentia a
situação que estava vivendo e o que ainda haveria de vir.
Não existe mais questionamentos e
sim afirmações de um crente confiante na ação de seu Deus.
Deus condena os pecados dos Judeus e
dos Caldeus, por este motivo o texto começa falando que se “[...] levantarão [...] contra (os
Caldeus e Judeus) um provérbio, um dito zombador [...]”, Hc.2.6 e anuncia o seu terrível juízo contra esses povos.
Os pecados dessas nações não
diferenciam dos nossos dias.
Muitos homens viviam [...]
A – Endividados.
A ganância é o maior vilão dos
endividados.
Associação de defesa do consumidor –
S.O.S consumidor, alerta para as promoções do dia das crianças.
Segundo o Banco Central, com a crise
econômica, as famílias brasileiras passam pelo maior endividamento nos últimos
10 anos – 60,9 milhões – 1 em cada 3 brasileiros já tem algum empréstimo de R$
1.000,00 em bancos.
Empréstimos e cartões são os vilões
da inadimplência.
Não acredite que o seu nome ficará
limpo no SPC, Serasa, Banco Central pedindo auxílio à escritórios.
Nos versos 6 a 8, a ganância é
condenada por Deus.
Ganância é o desejo insaciável de
ter cada vez mais.
A ganância é um pecado comum em
nossa sociedade – automóveis, equipamentos eletrônicos, celulares e roupas são
itens de desejo nos quais as pessoas empenham todos os seus recursos.
As empresas OSX e Mendes Júnior fez
acordos com o Palácio do Planalto, PT, PMDB para pagar propinas em troca de
contratos com a Petrobras.
Pessoas empenham todos os seus
recursos para conseguir o que desejam devido a sua ganância.
Nos tempos de Jesus, Ele alertou aos
seus discípulos de que “[...] os gentios é que procuravam (viver gananciosos de) todas
estas coisas [...] (mas, precisamos saber que o) nosso Pai celeste sabe que
necessitamos de todas elas; por isso, Jesus nos diz: não andeis ansiosos pela
vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo,
quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo,
mais do que as vestes?”, Mt.6.32, 25.
Na época de Habacuque, Deus chamou a
atenção dos Caldeus e Judeus nestes termos: “[...] Ai (lamento, desespero) daquele (Caldeu) que
acumula o que não é seu (se não é seu pode ser produto de extorsão, roubo – quando
sob ameaça ou furto – sem contato com a vítima) [...]”, Hc.2.6.
“O roubo de cargas, no
Brasil, cresceu 16% em um ano. As quadrilhas estão atacando também dentro das
cidades. Em Ribeirão Preto, interior paulista, R$ 850 mil em produtos
eletrônicos não chegaram onde deviam. Foram roubados na estrada. No interior de
Sergipe, pneus, remédios, geladeiras e produtos agrícolas também ficaram pelo
caminho. De Norte a Sul do país, quadrilhas especializadas em roubo de carga
provocam um prejuízo de R$ 1 bilhão por ano. Um levantamento feito pela
Associação das Transportadoras mostra que, em todo o país, os roubos aumentaram
16% em 2014. Dos 17,5 mil casos registrados, 85% foram no Sudeste. Só no Rio de Janeiro, o aumento foi de 66%” – G1.globo.
Furtos em Itapuí – agosto/2016 – 93
casos, em 2015 – 75 casos, em 2014 – 80 casos – SSP-SP.
A pergunta de Deus continua sendo: “[...] (até quando?) [...]”, Hc.2.6.
Deus reclama também do “[...] Ai (lamento, desespero)
[...] daquele que a si mesmo se carrega de penhores!”, Hc.2.6.
“[...] Penhores [...]”,
Hc.2.6 são joias, animais, objetos de valor, NP, cartão de crédito, cheques e
até pessoas são oferecidas em lugar de uma dívida.
Por causa das ganâncias em obter
objetos, muitas pessoas estão cheias de penhores, cobradores e o nome sujo na
praça.
É por este motivo da pergunta
retórica: “Não se
levantarão de repente os teus credores? [...]”,
Hc.2.7.
É evidente que “[...] levantar-se-á de repente [...]”, Hc.2.7; fala de prazo extrapolado, de calote, de gente
que está endividada.
Os que acumulam dívidas, tem como
pecado comprar coisas que não se pode pagar.
A vida desregrada pode “[...] despertar os que te hão de
abalar (o credor com cobrança de juros, protesto, ações na justiça, morte,
violência para adquirir o perdido)? [...]”,
Hc.2.7.
O devedor pode perder a capacidade
financeira, os bens adquiridos que o levou à ruina a tal ponto de “[...] servir de despojo”, Hc.2.7 ao credor.
Os Babilônicos são “vistos como (aquele que) despojou
(roubou, furtou, surrupiou) a muitas nações [...]”, Hc.2.8, mas também, muitos do povo de Deus não ficaram sem viver
nessa mesma ganância.
É por este motivo que “[...] todos os mais povos te
despojarão a ti (Assíria-Turquia, Babilônia-Iraque, Pérsia-Irã-Dario, Ciro,
Grego, Romano), por causa do sangue dos homens (morte) e da violência contra a
terra (destruição), contra a cidade (fogo) e contra todos os seus moradores
(saques)”, Hc.2.8.
O destino dos ímpios é a [...]
B – Condenação.
O segundo pecado descrito é a
injustiça.
O esforço para enriquecer é
apropriar-se daquilo que pertence a outros mediante o engano – o mundo está
cheio desse tipo de falcatrua.
Pode ser incluído a sonegação de
impostos, os preços abusivos, os serviços mal realizados e todas as maneiras de
roubos e furtos.
O “ai (lamento, desespero são) daqueles (Babilônicos) que
ajuntaram em suas casas bens mal adquiridos (roubo sob ameaça da espada, da
intimidação – semelhante aos políticos brasileiros) [...]”, Hc.2.9.
O desejo daqueles e de muitos homens
de hoje é “[...] para
pôr em lugar alto o seu ninho (fortuna, nome, poder, conchavo), a fim de
livrar-se das garras do mal (inimigos – Medo/Persas; Brasil – cadeia, morte)!”, Hc.2.9.
“O rei Belsazar (neto de Nabucodonosor, último rei do
império Babilônico) deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho
na presença dos mil (com o intuito de manipular os seus grandes e aliados). Naquela
mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, com cerca de
sessenta e dois anos, se apoderou do reino”,
Dn.5.1, 30, 31.
Deus já havia predito a condenação
dos Caldeus quando disse a Belsazar que “[...] o seu reino (seria) dividido e dado aos medos e aos persas”, Dn.5.28.
De igual modo, haverá um dia em que
“[...] Jesus [...] condenará
[...]”, Rm.8.34 todos os homens ímpios.
Sabemos que os injustos são os que
prejudicam o próximo.
Para viver bem, ele coloca outros em
dificuldades.
Pode haver também no meio do povo de
Deus, “[...] nos
últimos tempos, alguns apostando da fé, por obedecerem a espíritos enganadores
e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm
cauterizada a própria consciência (para enganar)”,
1Tm.4.1, 2. É por este motivo
que Habacuque fala que muitos “maquinam (planejam a própria) vergonha para a sua casa (mal falado
na cidade pelo falto dele ter) [...] destruído [...] a muitos povos, pecando contra
a sua alma”, Hc.2.10.
O pior para os ímpios, invisível para
nós, mas acessível aos olhos de Deus, é que “[...] a pedra (da sua casa, adquirida com fraude) clamará
da parede (conquistada com suborno), e a trave lhe responderá do madeiramento
(fomos mal adquiridos)”, Hc.2.11.
No dia do juízo final, “muitos dos que dormem no pó da
terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror
eterno”, Dn.12.2.
Todos os ímpios serão [...]
C – Derrotados.
A partir de Hc.2.12, o pecado
condenado é a violência.
Quando alguém está tomado pela
ganância e pela injustiça, partirá para a violência ao encontrar obstáculo à
realização de seus desejos.
É por este motivo do “ai (lamento, desespero que Deus
determina registrar contra todos os homens violentos) [...]”, Hc.2.12.
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Esses homens “[...] edificam a cidade [...] e a
fundamenta com iniquidade (injustiça, não respeita o direito do próximo)!”, Hc.2.12.
A violência é o ponto mais baixo da
degradação humana.
Foi ela a razão inicial das orações
de Habacuque.
Nos dias de Noé “viu o SENHOR que a maldade do
homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio
do seu coração”, Gn.6.5 – Violência
generalizada no Brasil.
Naqueles dias “disse o SENHOR a Noé: Entra na
arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim
no meio desta geração”, Gn.7.1.
Nos dias de Habacuque, como em
nossos dias, muitos são os que querem encher a terra de violência, mas devemos saber que “[...] vem (somente) do SENHOR dos
Exércitos que as nações labutem para o fogo (destruição) e os povos se fatiguem
(vivem cansados) em vão [...]”, Hc.2.13.
Todos esses homens serão
completamente derrotados quando “[...] a terra se encher do conhecimento da glória do SENHOR, como
as águas cobrem o mar”, Hc.2.14.
Muitos homens reconhecerão que o
poder pertence a Deus.
Paulo escreveu “[...] que ao nome de Jesus se
dobrará todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra”, Fp.2.10 e nesse Dia, todos os ímpios serão derrotados.
Podemos confiar na vontade de Deus
porque muitos serão [...]
D – Retribuídos.
O quarto “ai (lamento, desespero são para
aqueles que usam da sedução) [...]”, Hc.2.15.
O desespero, lamento, “ai (será) daquele que dá de beber
ao seu companheiro (só pelo motivo de oferecer, pode ser com segundas intenções
para envergonhar, denegrir a imagem, colocá-lo no mesmo nível baixo) [...]”, Hc.2.15.
A situação se agrava quando se “[...] mistura à bebida o seu
furor (irá violenta com más intenções) [...]”,
Hc.2.15.
A sedução se completa quando o
astuto “[...]
embebeda (o seu oponente) para lhe contemplar (observar) as vergonhas (nudez
para aproveitar-se dele de algum modo)!”,
Hc.2.15.
As filhas de Ló usaram com sucesso
dessa estratégia para gerar filhos de seu próprio pai, Gn.19.31-36.
Davi tentou, sem sucesso, encobrir
seu adultério. Quis embebedar Urias, 2Sm.11.11-13.
O abuso sexual é comum em nossos
dias, mas existem outras formas semelhantes do pecado da sedução:
A lisonja – Obter vantagens por meio
de falsos elogios. É uma forma de embriagar o ego das pessoas;
Falsas declarações ou promessas –
obtém o que desejam, não cumprem com o prometido;
Na Bíblia, “[...] contemplar as vergonhas
[...]”, Hc.2.15 tem o sentido de humilhar ou zombar.
Aos que praticam esse pecado, a
condenação é bem clara.
Eles mesmos “serão fartos de opróbrio (vergonha,
desgraça, insulto) em vez de honra [...]”,
Hc.2.16.
Os que cometem o pecado da sedução,
um dia, “[...] ele beberá
também e exibirá a sua incircuncisão (vergonha) [...]”, Hc.2.16 – pais que ensinam seus filhos o vício da
bebida, podem cair na desgraça mais cedo que os seu rebentos.
É por isso que “[...] chegará a sua vez de tomar
o cálice da mão direita do SENHOR (destruição, retribuição), e ignomínia (vergonha,
desgraça, desonra) cairá sobre a sua glória (abundância, riqueza, honra,
dignidade, reputação, perderão todos os benefícios que adquiriram)”, Hc.2.16.
O pior está por vir, “porque a violência contra o
Líbano (cadeia de montanhas arborizadas ao norte de Israel foram destruídas
pelos Assírios e Babilônicos) te cobrirá, e a destruição que fizeste dos
animais ferozes (outrora Israel) te assombrará (ficarão assustados), por causa
do sangue dos homens e da violência contra a terra, contra a cidade e contra
todos os seus moradores”, Hc.2.17.
O apóstolo Paulo fala que para os
sedutores “[...]
segundo a sua dureza e coração impenitente (que não se arrepende), acumulas
contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que
retribuirá a cada um segundo o seu procedimento”,
Rm.2.5, 6.
Haverá também [...]
E – Frustração.
Muitos homens criam para si outros
deuses e rejeitam adorar o Senhor, daí, eles ficam frustrados.
A pergunta de Habacuque tem alguma
resposta?
As perguntas de Habacuque são
retóricas. Elas não precisam ser respondidas.
“Que aproveita o ídolo, visto que o seu artífice o
esculpiu (talhado em madeira, gesso, barro)? [...]”, Hc.2.18.
O ídolo não serve nem para ele e
muito menos para o seu escultor. Nada pode fazer.
“[...] E a imagem de fundição (metais preciosos.
Ainda assim essa imagem é) [...] mestra de mentiras (sem respostas), para que o
artífice confie na obra, fazendo ídolos mudos (não fala, não cheira, não ouve, Sl.115)?”, Hc.2.18.
É esse o motivo da frustração de
muitos homens, “[...]
faz [...] para si deuses que, de fato, não são deuses [...]”, Jr.16.20.
A frustração se torna pior quando o
homem “[...] diz à
madeira: Acorda! E à pedra muda: Desperta! [...]”,
Hc.2.19.
Daí o profeta pergunta: “[...] Pode o ídolo ensinar? [...]”, Hc.2.19.
A resposta é simples, mas poucos
entendem: “[...] Eis
que está coberto de ouro e de prata, mas, no seu interior, não há fôlego nenhum”, Hc.2.19.
A vida dessas pessoas está apoiada
em mentiras e falsidades.
A maior das frustrações irá
acontecer quando os incrédulos descobrirem que “o SENHOR, porém, está no seu santo templo (trono
montado para julgamento, 2Tm.4.1) [...]”,
Hc.2.20.
Por este motivo, “[...] cale-se diante dele toda a
terra”, Hc.2.20.
Alguém poderia ter confiado em Deus,
daí, ficarão frustradas para toda a eternidade.
A confiança do crente na vontade de
Deus é que [...]
2 – O futuro dos crentes é assegurado por Deus.
A manifestação da mudança no modo de
ver e sentir do profeta é um cântico de confiança.
“Habacuque (começa a sua manifestação) [...] sob a
forma de cântico”, Hc.3.1 de confiança em
Deus.
O profeta registra o modo como agora
se relaciona com o plano de Deus.
A confiança em Deus é algo fácil de
declarar, mas exige um longo caminho para se adquirir e praticar.
Habacuque descreve alguns pontos
desse caminho.
A – Três pedidos.
1 – Habacuque confessa que “tem ouvido [...] (que) as
declarações (do) SENHOR [...] (o faz) sentir alarmado (medo, reverência,
respeito, honra em relação a Deus) [...]”,
Hc.3.2.
É natural temer aquilo que não conhecemos.
Precisamos saber que a obra de Deus
nos faz vencer qualquer medo.
O profeta aprendeu que deveria
ansiar pela vontade de Deus.
2 – Antes de qualquer consideração,
ele pede: “[...] Aviva
a tua obra, ó SENHOR (o único capaz), no decorrer dos anos, e, no decurso dos
anos, fazendo-a conhecida (entre todos os povos) [...]”, Hc.3.2.
Homem nenhum pode avivar a obra da
igreja ou do Reino dos céus.
Funciona desta forma o Reino: Um “[...] planta [...] (outro) rega;
mas o crescimento vem de Deus”, 1Co.3.6.
Habacuque sabia que a “[...] ira (de Deus) [...]”, Hc.3.2 é derramada sobre a terra.
3 – Então, ele pede: “[...] Na tua ira, lembra-te da
misericórdia (para salvar alguns)”, Hc.3.2.
É devido “as misericórdias do Senhor [...]
a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim”, Lm.3.22.
Tudo que Deus faz pelo seu povo é
para o seu próprio bem, Rm.8.28.
A misericórdia de Deus está presente
em todos os seus atos em nosso favor.
A confiança do crente na vontade de
Deus mostra [...]
B – A manifestação da ira de Deus.
A parte central do cântico de
Habacuque se dedica a descrever poeticamente a ação de Deus na história.
Tudo indica que o profeta faz menção
de “Deus vindo de
Temã (filho de Elifaz, neto de Esaú, cidade de Edom, quando os Judeus vieram do
Egito para tomar posse de Canaã), e do monte Parã (região deserta que limita ao
norte com a Palestina, o deserto de Etã a oeste, o deserto do Sinai ao sul, e o
vale do Arabá a leste. O Êxodo se deu por esta região. Por aquelas terras) veio
o Santo [...]”, Hc.3.3.
De Ramessés, Egito, até a terra de
Canaã, tem 425km. Um homem consegue andar 40km/dia – 12 dias – 40 anos.
“Deus [...] (se tornou tão conhecido que) a sua
glória cobriu os céus, e a terra se encheu do seu louvor”, Hc.3.3.
Os gibeonitas “[...] ouviram a [...] fama (de)
Deus e tudo quanto (Ele) fez no Egito”,
Js.9.9.
“[...] Entre as nações se dizia: Grandes coisas o
SENHOR tem feito por eles”, Sl.126.2.
“O resplendor (brilho de) Deus é como a luz, raios
brilham da sua mão; e ali (na sua mão) está velado (escondido) o seu poder”, Hc.3.4.
Ainda podemos contar que “[...] o mesmo Deus é quem opera
tudo em todos”, 1Co.12.6.
Esses atos são libertadores de Deus
em favor do seu povo desde quando o povo saiu do Egito e alcançou a terra
prometida – pragas no Egito, mar aberto, sustento no deserto, rio Jordão,
muralhas de Jericó.
Precisamos saber que “adiante dele (Deus) vai a peste (epidemia,
praga em animais), e a pestilência segue os seus passos (contra todos os seus inimigos)”, Hc.3.5.
A ira de Deus não é contra rios ou
montanhas.
O profeta fala que “Deus para e faz tremer a terra;
olha e sacode as nações. Esmigalham-se os montes primitivos; os outeiros
eternos se abatem. Os caminhos de Deus são eternos”, Hc.3.6.
Quando Deus movimenta a terra, ele
fere também homens maus, perversos e também alguns do seu povo.
Nesse agir de Deus, Ele “tira a descoberto (exposto) o seu
arco, e farta está a sua aljava de flechas. Ele fende a terra com rios”, Hc.3.9 e, por este motivo, muitos são atingidos, perdem
bens e a vida.
Não sabemos, mas “os montes [...] veem Deus e se
contorcem; passam torrentes de água; as profundezas do mar fazem ouvir a sua
voz e levantam bem alto as suas mãos”, Hc.3.10
como que, adorando ao criador.
Também “o sol e a lua param nas suas
moradas, ao resplandecer a luz das [...] flechas sibilantes (assovia de) Deus,
ao fulgor do relâmpago da sua lança”, Hc.3.11.
É por este motivo que o salmista
clama a Deus, pedindo para Ele “despedir relâmpagos e dispersar os seus inimigos; arremessar as suas
flechas e desbaratar”, Sl.144.6 todos aqueles
que são contra Deus e o seu povo.
O profeta “viu as tendas de Cusã (Mesopotâmia
– inimigos do povo de Deus) em aflição; os acampamentos da terra de Midiã (filho
de Abraão com Quetura que compraram José do Egito) tremem (de medo)”, Hc.3.7.
É “na [...] indignação (ira de) Deus, (que Ele) marcha
pela terra, na sua ira, calcas (pisa, debulha, esmaga) aos pés as nações”, Hc.3.12.
Mas, precisamos entender que não “[...] é contra os rios [...] que
(o) SENHOR [...] está irado [...] (não) é contra os ribeiros a [...] ira ou
contra o mar, o seu furor, já que andas montado nos teus cavalos, nos teus
carros de vitória (para vencer todas as batalhas em favor do seu povo) [...]”, Hc.3.8.
Como Deus manifesta a sua ira, Ele “traspassa (fura, amaldiçoa) a
cabeça dos guerreiros do inimigo com as suas próprias lanças, os quais, como
tempestade, avançam para nos destruir; regozijam-se, como se estivessem para
devorar o pobre às ocultas”, Hc.3.14, mas é o
próprio Deus que vence a luta.
Deus mesmo “marcha com os seus cavalos
(exército) pelo mar (nações), pela massa de grandes águas (povos)”, Hc.3.15 para os disciplinar.
Na manifestação da ira de Deus, “Ele sai para salvamento do seu
povo, para salvar o seu ungido; ferir o telhado (proteção) da casa do perverso
e lhe descobre de todo o fundamento (desaba, destrói, principalmente no Dia
final)”, Hc.3.13.
Sendo assim [...]
C – A confiança do crente é inabalável.
Habacuque faz menção do que “ouviu (da parte de Deus) [...]”, Hc.3.16.
Deus trouxera a “[...] seu íntimo (a) [...] comoção
(tremor, inquietação, agitação) [...]”,
Hc.3.16 para compreender que podemos confiar em Deus.
Diante da “[...] voz (de) Deus, tremeram os seus
lábios (pálido, gagueira sem saber o que responder para Deus); entrou a
podridão nos seus ossos (fraqueza), e os joelhos [...] vacilaram (de medo e
vergonha por saber que Deus ainda age em favor do seu povo) [...]”, Hc.3.16.
Assim como Habacuque, “[...] devemos esperar em silêncio
(falando apenas para Deus), o dia da angústia (não do povo de Deus, mas), que
virá contra o povo que nos acomete (Babilônicos, os nossos inimigos)”, Hc.3.16.
A nossa confiança jamais será
frustrada.
Pode acontecer que, “ainda que a figueira não floresça,
nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam
mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja
gado”, Hc.3.17.
Qual será a sua atitude? Chorar,
reclamar, desesperar, ficar desanimado?
Habacuque resolveu “todavia, ele se alegrar no
SENHOR, exultar (alegrar) no Deus da sua salvação”, Hc.3.18.
O reconhecimento maior ou confiança
é que “o SENHOR Deus
é a sua fortaleza, e faz os seus pés como os da corça, e (o) [...] faz andar
altaneiramente [...]”, Hc.3.19.
Para encerrar a confiança que
Habacuque teve diante de Deus, como que oferecendo um louvor ao SENHOR dos
senhores, Rei dos reis, ele fala que deve essa confiança “[...] ao mestre de canto [...]”, Hc.3.19.
Ao voltarmos para Deus, podemos
superar nossas dúvidas, nossa fraqueza e limitação e, pela fé, aprendemos a
sentir seguro na vontade de Deus.
A confiança do crente na vontade de
Deus é saber que [...]
Conclusão: Ele punirá com
justiça todos os pecados e condenará toda tentativa do homem viver de modo
independente.
Vença seus temores e frustrações se
fortalecendo em Deus.
Como os “[...] instrumentos de cordas”, Hc.3.19 alegram o coração ao ouvirmos, saiba que somente
Deus é quem pode alegrar a nossa alma em dias turbulentos da vida.
Aplicação: Aceite o
desafio de tornar prática a sua confiança em Deus rejeitando tudo aquilo que os
homens fazem no intuito de garantir sua segurança e bem-estar e que é condenado
por Deus.
Deixe de lado a murmuração e mostre
segurança e alegria no Senhor.
Adaptado pelo Rev. Salvador P.
Santana para Estudo – Expressão – Os profetas falam hoje – CCC – Rev.
Dario de Araújo Cardoso.
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