quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A CONFIANÇA DO CRENTE NA VONTADE DE DEUS, Hc.2.6-3.19.



A CONFIANÇA DO CRENTE NA VONTADE DE DEUS, Hc.2.6-3.19.

Introd.:           Submeter-se à vontade de Deus é algo inevitável.
            Como aconteceu com Jó, tão logo começamos a discutir com Deus, percebemos “[...] que escurecemos os [...] desígnios (plano, propósito de) Deus com palavras sem conhecimento [...] na verdade, falamos do que não entendemos; coisas maravilhosas demais para nós, coisas que nós não conhecemos”, Jó 38.2; 42.3.
            As respostas de Deus às questões de Habacuque manifestaram a inquestionável sabedoria e justiça divina na condução da história.
            Espera-se que o crente se submeta a vontade do Senhor, mas que ele descanse e encontre paz, segurança e alegria nela.
            Quando confiamos na vontade de Deus, podemos ter a certeza que [...]   
1 – O destino dos pecadores é trágico.
            Após seu diálogo com Deus, o profeta se mostra esclarecido sobre os dilemas que afligiam a sua alma.
            Os efeitos da Palavra de Deus são marcantes e promovem transformação no modo como Habacuque via e sentia a situação que estava vivendo e o que ainda haveria de vir.
            Não existe mais questionamentos e sim afirmações de um crente confiante na ação de seu Deus.
            Deus condena os pecados dos Judeus e dos Caldeus, por este motivo o texto começa falando que se “[...] levantarão [...] contra (os Caldeus e Judeus) um provérbio, um dito zombador [...]”, Hc.2.6 e anuncia o seu terrível juízo contra esses povos.
            Os pecados dessas nações não diferenciam dos nossos dias.
            Muitos homens viviam [...]   
            A – Endividados.
            A ganância é o maior vilão dos endividados.
            Associação de defesa do consumidor – S.O.S consumidor, alerta para as promoções do dia das crianças.
            Segundo o Banco Central, com a crise econômica, as famílias brasileiras passam pelo maior endividamento nos últimos 10 anos – 60,9 milhões – 1 em cada 3 brasileiros já tem algum empréstimo de R$ 1.000,00 em bancos.
            Empréstimos e cartões são os vilões da inadimplência.
            Não acredite que o seu nome ficará limpo no SPC, Serasa, Banco Central pedindo auxílio à escritórios.
            Nos versos 6 a 8, a ganância é condenada por Deus.
            Ganância é o desejo insaciável de ter cada vez mais.
            A ganância é um pecado comum em nossa sociedade – automóveis, equipamentos eletrônicos, celulares e roupas são itens de desejo nos quais as pessoas empenham todos os seus recursos.
            As empresas OSX e Mendes Júnior fez acordos com o Palácio do Planalto, PT, PMDB para pagar propinas em troca de contratos com a Petrobras.
            Pessoas empenham todos os seus recursos para conseguir o que desejam devido a sua ganância.
            Nos tempos de Jesus, Ele alertou aos seus discípulos de que “[...] os gentios é que procuravam (viver gananciosos de) todas estas coisas [...] (mas, precisamos saber que o) nosso Pai celeste sabe que necessitamos de todas elas; por isso, Jesus nos diz: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?”, Mt.6.32, 25.
            Na época de Habacuque, Deus chamou a atenção dos Caldeus e Judeus nestes termos: “[...] Ai (lamento, desespero) daquele (Caldeu) que acumula o que não é seu (se não é seu pode ser produto de extorsão, roubo – quando sob ameaça ou furto – sem contato com a vítima) [...]”, Hc.2.6.
            O roubo de cargas, no Brasil, cresceu 16% em um ano. As quadrilhas estão atacando também dentro das cidades. Em Ribeirão Preto, interior paulista, R$ 850 mil em produtos eletrônicos não chegaram onde deviam. Foram roubados na estrada. No interior de Sergipe, pneus, remédios, geladeiras e produtos agrícolas também ficaram pelo caminho. De Norte a Sul do país, quadrilhas especializadas em roubo de carga provocam um prejuízo de R$ 1 bilhão por ano. Um levantamento feito pela Associação das Transportadoras mostra que, em todo o país, os roubos aumentaram 16% em 2014. Dos 17,5 mil casos registrados, 85% foram no Sudeste. Só no Rio de Janeiro, o aumento foi de 66%” – G1.globo.
            Furtos em Itapuí – agosto/2016 – 93 casos, em 2015 – 75 casos, em 2014 – 80 casos – SSP-SP.
            A pergunta de Deus continua sendo: “[...] (até quando?) [...]”, Hc.2.6.
            Deus reclama também do “[...] Ai (lamento, desespero) [...] daquele que a si mesmo se carrega de penhores!”, Hc.2.6.
            [...] Penhores [...]”, Hc.2.6 são joias, animais, objetos de valor, NP, cartão de crédito, cheques e até pessoas são oferecidas em lugar de uma dívida.
            Por causa das ganâncias em obter objetos, muitas pessoas estão cheias de penhores, cobradores e o nome sujo na praça.
            É por este motivo da pergunta retórica: “Não se levantarão de repente os teus credores? [...]”, Hc.2.7.
            É evidente que “[...] levantar-se-á de repente [...]”, Hc.2.7; fala de prazo extrapolado, de calote, de gente que está endividada.
            Os que acumulam dívidas, tem como pecado comprar coisas que não se pode pagar.
            A vida desregrada pode “[...] despertar os que te hão de abalar (o credor com cobrança de juros, protesto, ações na justiça, morte, violência para adquirir o perdido)? [...]”, Hc.2.7.
            O devedor pode perder a capacidade financeira, os bens adquiridos que o levou à ruina a tal ponto de “[...] servir de despojo”, Hc.2.7 ao credor.
            Os Babilônicos são “vistos como (aquele que) despojou (roubou, furtou, surrupiou) a muitas nações [...]”, Hc.2.8, mas também, muitos do povo de Deus não ficaram sem viver nessa mesma ganância.
            É por este motivo que “[...] todos os mais povos te despojarão a ti (Assíria-Turquia, Babilônia-Iraque, Pérsia-Irã-Dario, Ciro, Grego, Romano), por causa do sangue dos homens (morte) e da violência contra a terra (destruição), contra a cidade (fogo) e contra todos os seus moradores (saques)”, Hc.2.8.
            O destino dos ímpios é a [...]
            B – Condenação.
            O segundo pecado descrito é a injustiça.
            O esforço para enriquecer é apropriar-se daquilo que pertence a outros mediante o engano – o mundo está cheio desse tipo de falcatrua.
            Pode ser incluído a sonegação de impostos, os preços abusivos, os serviços mal realizados e todas as maneiras de roubos e furtos.
            O “ai (lamento, desespero são) daqueles (Babilônicos) que ajuntaram em suas casas bens mal adquiridos (roubo sob ameaça da espada, da intimidação – semelhante aos políticos brasileiros) [...]”, Hc.2.9.
            O desejo daqueles e de muitos homens de hoje é “[...] para pôr em lugar alto o seu ninho (fortuna, nome, poder, conchavo), a fim de livrar-se das garras do mal (inimigos – Medo/Persas; Brasil – cadeia, morte)!”, Hc.2.9.
            O rei Belsazar (neto de Nabucodonosor, último rei do império Babilônico) deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil (com o intuito de manipular os seus grandes e aliados). Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino”, Dn.5.1, 30, 31.
            Deus já havia predito a condenação dos Caldeus quando disse a Belsazar que “[...] o seu reino (seria) dividido e dado aos medos e aos persas”, Dn.5.28.
            De igual modo, haverá um dia em que “[...] Jesus [...] condenará [...]”, Rm.8.34 todos os homens ímpios.
            Sabemos que os injustos são os que prejudicam o próximo.
            Para viver bem, ele coloca outros em dificuldades.
            Pode haver também no meio do povo de Deus, “[...] nos últimos tempos, alguns apostando da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência (para enganar)”, 1Tm.4.1, 2.           É por este motivo que Habacuque fala que muitos “maquinam (planejam a própria) vergonha para a sua casa (mal falado na cidade pelo falto dele ter) [...] destruído [...] a muitos povos, pecando contra a sua alma”, Hc.2.10.
            O pior para os ímpios, invisível para nós, mas acessível aos olhos de Deus, é que “[...] a pedra (da sua casa, adquirida com fraude) clamará da parede (conquistada com suborno), e a trave lhe responderá do madeiramento (fomos mal adquiridos)”, Hc.2.11.
            No dia do juízo final, “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno”, Dn.12.2.
            Todos os ímpios serão [...]
            C – Derrotados.
            A partir de Hc.2.12, o pecado condenado é a violência.
            Quando alguém está tomado pela ganância e pela injustiça, partirá para a violência ao encontrar obstáculo à realização de seus desejos.
            É por este motivo do “ai (lamento, desespero que Deus determina registrar contra todos os homens violentos) [...]”, Hc.2.12.
7
 
            Esse “ai (são) daqueles que edificam a cidade com sangue (lançam mão de brigas, discussões, armas para conseguirem o seu intento) [...]”, Hc.2.12.
            Esses homens “[...] edificam a cidade [...] e a fundamenta com iniquidade (injustiça, não respeita o direito do próximo)!”, Hc.2.12.
            A violência é o ponto mais baixo da degradação humana.
            Foi ela a razão inicial das orações de Habacuque.
            Nos dias de Noé “viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”, Gn.6.5 – Violência generalizada no Brasil.
            Naqueles dias “disse o SENHOR a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração”, Gn.7.1.
            Nos dias de Habacuque, como em nossos dias, muitos são os que querem encher a terra de violência, mas            devemos saber que “[...] vem (somente) do SENHOR dos Exércitos que as nações labutem para o fogo (destruição) e os povos se fatiguem (vivem cansados) em vão [...]”, Hc.2.13.
            Todos esses homens serão completamente derrotados quando “[...] a terra se encher do conhecimento da glória do SENHOR, como as águas cobrem o mar”, Hc.2.14.
            Muitos homens reconhecerão que o poder pertence a Deus.
            Paulo escreveu “[...] que ao nome de Jesus se dobrará todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra”, Fp.2.10 e nesse Dia, todos os ímpios serão derrotados.
            Podemos confiar na vontade de Deus porque muitos serão [...]
            D – Retribuídos.
            O quarto “ai (lamento, desespero são para aqueles que usam da sedução) [...]”, Hc.2.15.
            O desespero, lamento, “ai (será) daquele que dá de beber ao seu companheiro (só pelo motivo de oferecer, pode ser com segundas intenções para envergonhar, denegrir a imagem, colocá-lo no mesmo nível baixo) [...]”, Hc.2.15.
            A situação se agrava quando se “[...] mistura à bebida o seu furor (irá violenta com más intenções) [...]”, Hc.2.15.
            A sedução se completa quando o astuto “[...] embebeda (o seu oponente) para lhe contemplar (observar) as vergonhas (nudez para aproveitar-se dele de algum modo)!”, Hc.2.15.
            As filhas de Ló usaram com sucesso dessa estratégia para gerar filhos de seu próprio pai, Gn.19.31-36.
            Davi tentou, sem sucesso, encobrir seu adultério. Quis embebedar Urias, 2Sm.11.11-13.
            O abuso sexual é comum em nossos dias, mas existem outras formas semelhantes do pecado da sedução:
            A lisonja – Obter vantagens por meio de falsos elogios. É uma forma de embriagar o ego das pessoas;
            Falsas declarações ou promessas – obtém o que desejam, não cumprem com o prometido;
            Na Bíblia, “[...] contemplar as vergonhas [...]”, Hc.2.15 tem o sentido de humilhar ou zombar.
            Aos que praticam esse pecado, a condenação é bem clara.
            Eles mesmos “serão fartos de opróbrio (vergonha, desgraça, insulto) em vez de honra [...]”, Hc.2.16.
            Os que cometem o pecado da sedução, um dia, “[...] ele beberá também e exibirá a sua incircuncisão (vergonha) [...]”, Hc.2.16 – pais que ensinam seus filhos o vício da bebida, podem cair na desgraça mais cedo que os seu rebentos.
            É por isso que “[...] chegará a sua vez de tomar o cálice da mão direita do SENHOR (destruição, retribuição), e ignomínia (vergonha, desgraça, desonra) cairá sobre a sua glória (abundância, riqueza, honra, dignidade, reputação, perderão todos os benefícios que adquiriram)”, Hc.2.16.
            O pior está por vir, “porque a violência contra o Líbano (cadeia de montanhas arborizadas ao norte de Israel foram destruídas pelos Assírios e Babilônicos) te cobrirá, e a destruição que fizeste dos animais ferozes (outrora Israel) te assombrará (ficarão assustados), por causa do sangue dos homens e da violência contra a terra, contra a cidade e contra todos os seus moradores”, Hc.2.17.
            O apóstolo Paulo fala que para os sedutores “[...] segundo a sua dureza e coração impenitente (que não se arrepende), acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento”, Rm.2.5, 6.
            Haverá também [...]
            E – Frustração.
            Muitos homens criam para si outros deuses e rejeitam adorar o Senhor, daí, eles ficam frustrados.
            A pergunta de Habacuque tem alguma resposta?
            As perguntas de Habacuque são retóricas. Elas não precisam ser respondidas.
            Que aproveita o ídolo, visto que o seu artífice o esculpiu (talhado em madeira, gesso, barro)? [...]”, Hc.2.18.
            O ídolo não serve nem para ele e muito menos para o seu escultor. Nada pode fazer.
            [...] E a imagem de fundição (metais preciosos. Ainda assim essa imagem é) [...] mestra de mentiras (sem respostas), para que o artífice confie na obra, fazendo ídolos mudos (não fala, não cheira, não ouve, Sl.115)?”, Hc.2.18.
            É esse o motivo da frustração de muitos homens, “[...] faz [...] para si deuses que, de fato, não são deuses [...]”, Jr.16.20.
            A frustração se torna pior quando o homem “[...] diz à madeira: Acorda! E à pedra muda: Desperta! [...]”, Hc.2.19.
            Daí o profeta pergunta: “[...] Pode o ídolo ensinar? [...]”, Hc.2.19.
            A resposta é simples, mas poucos entendem: “[...] Eis que está coberto de ouro e de prata, mas, no seu interior, não há fôlego nenhum”, Hc.2.19.
            A vida dessas pessoas está apoiada em mentiras e falsidades.
            A maior das frustrações irá acontecer quando os incrédulos descobrirem que “o SENHOR, porém, está no seu santo templo (trono montado para julgamento, 2Tm.4.1) [...]”, Hc.2.20.
            Por este motivo, “[...] cale-se diante dele toda a terra”, Hc.2.20.
            Alguém poderia ter confiado em Deus, daí, ficarão frustradas para toda a eternidade.
            A confiança do crente na vontade de Deus é que [...]
2 – O futuro dos crentes é assegurado por Deus.
            A manifestação da mudança no modo de ver e sentir do profeta é um cântico de confiança.
            Habacuque (começa a sua manifestação) [...] sob a forma de cântico”, Hc.3.1 de confiança em Deus.
            O profeta registra o modo como agora se relaciona com o plano de Deus.
            A confiança em Deus é algo fácil de declarar, mas exige um longo caminho para se adquirir e praticar.
            Habacuque descreve alguns pontos desse caminho.
            A – Três pedidos.
            1 – Habacuque confessa que “tem ouvido [...] (que) as declarações (do) SENHOR [...] (o faz) sentir alarmado (medo, reverência, respeito, honra em relação a Deus) [...]”, Hc.3.2.
            É natural temer aquilo que não conhecemos.
            Precisamos saber que a obra de Deus nos faz vencer qualquer medo.
            O profeta aprendeu que deveria ansiar pela vontade de Deus.
            2 – Antes de qualquer consideração, ele pede: “[...] Aviva a tua obra, ó SENHOR (o único capaz), no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, fazendo-a conhecida (entre todos os povos) [...]”, Hc.3.2.
            Homem nenhum pode avivar a obra da igreja ou do Reino dos céus.
            Funciona desta forma o Reino: Um “[...] planta [...] (outro) rega; mas o crescimento vem de Deus”, 1Co.3.6.
            Habacuque sabia que a “[...] ira (de Deus) [...]”, Hc.3.2 é derramada sobre a terra.
            3 – Então, ele pede: “[...] Na tua ira, lembra-te da misericórdia (para salvar alguns)”, Hc.3.2.
            É devido “as misericórdias do Senhor [...] a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim”, Lm.3.22.    
            Tudo que Deus faz pelo seu povo é para o seu próprio bem, Rm.8.28.
            A misericórdia de Deus está presente em todos os seus atos em nosso favor.       
            A confiança do crente na vontade de Deus mostra [...]
            B – A manifestação da ira de Deus.
            A parte central do cântico de Habacuque se dedica a descrever poeticamente a ação de Deus na história.
            Tudo indica que o profeta faz menção de “Deus vindo de Temã (filho de Elifaz, neto de Esaú, cidade de Edom, quando os Judeus vieram do Egito para tomar posse de Canaã), e do monte Parã (região deserta que limita ao norte com a Palestina, o deserto de Etã a oeste, o deserto do Sinai ao sul, e o vale do Arabá a leste. O Êxodo se deu por esta região. Por aquelas terras) veio o Santo [...]”, Hc.3.3.
            De Ramessés, Egito, até a terra de Canaã, tem 425km. Um homem consegue andar 40km/dia – 12 dias – 40 anos.
            Deus [...] (se tornou tão conhecido que) a sua glória cobriu os céus, e a terra se encheu do seu louvor”, Hc.3.3.
            Os gibeonitas “[...] ouviram a [...] fama (de) Deus e tudo quanto (Ele) fez no Egito”, Js.9.9.
            [...] Entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles”, Sl.126.2.      
            O resplendor (brilho de) Deus é como a luz, raios brilham da sua mão; e ali (na sua mão) está velado (escondido) o seu poder”, Hc.3.4.
            Ainda podemos contar que “[...] o mesmo Deus é quem opera tudo em todos”, 1Co.12.6.       
            Esses atos são libertadores de Deus em favor do seu povo desde quando o povo saiu do Egito e alcançou a terra prometida – pragas no Egito, mar aberto, sustento no deserto, rio Jordão, muralhas de Jericó.
            Precisamos saber que “adiante dele (Deus) vai a peste (epidemia, praga em animais), e a pestilência segue os seus passos (contra todos os seus inimigos)”, Hc.3.5.
            A ira de Deus não é contra rios ou montanhas.
            O profeta fala que “Deus para e faz tremer a terra; olha e sacode as nações. Esmigalham-se os montes primitivos; os outeiros eternos se abatem. Os caminhos de Deus são eternos”, Hc.3.6.
            Quando Deus movimenta a terra, ele fere também homens maus, perversos e também alguns do seu povo.
            Nesse agir de Deus, Ele “tira a descoberto (exposto) o seu arco, e farta está a sua aljava de flechas. Ele fende a terra com rios”, Hc.3.9 e, por este motivo, muitos são atingidos, perdem bens e a vida.
            Não sabemos, mas “os montes [...] veem Deus e se contorcem; passam torrentes de água; as profundezas do mar fazem ouvir a sua voz e levantam bem alto as suas mãos”, Hc.3.10 como que, adorando ao criador.
            Também “o sol e a lua param nas suas moradas, ao resplandecer a luz das [...] flechas sibilantes (assovia de) Deus, ao fulgor do relâmpago da sua lança”, Hc.3.11.
            É por este motivo que o salmista clama a Deus, pedindo para Ele “despedir relâmpagos e dispersar os seus inimigos; arremessar as suas flechas e desbaratar”, Sl.144.6 todos aqueles que são contra Deus e o seu povo.
            O profeta “viu as tendas de Cusã (Mesopotâmia – inimigos do povo de Deus) em aflição; os acampamentos da terra de Midiã (filho de Abraão com Quetura que compraram José do Egito) tremem (de medo)”, Hc.3.7.
            É “na [...] indignação (ira de) Deus, (que Ele) marcha pela terra, na sua ira, calcas (pisa, debulha, esmaga) aos pés as nações”, Hc.3.12.
            Mas, precisamos entender que não “[...] é contra os rios [...] que (o) SENHOR [...] está irado [...] (não) é contra os ribeiros a [...] ira ou contra o mar, o seu furor, já que andas montado nos teus cavalos, nos teus carros de vitória (para vencer todas as batalhas em favor do seu povo) [...]”, Hc.3.8.
            Como Deus manifesta a sua ira, Ele “traspassa (fura, amaldiçoa) a cabeça dos guerreiros do inimigo com as suas próprias lanças, os quais, como tempestade, avançam para nos destruir; regozijam-se, como se estivessem para devorar o pobre às ocultas”, Hc.3.14, mas é o próprio Deus que vence a luta.
            Deus mesmo “marcha com os seus cavalos (exército) pelo mar (nações), pela massa de grandes águas (povos)”, Hc.3.15 para os disciplinar.
            Na manifestação da ira de Deus, “Ele sai para salvamento do seu povo, para salvar o seu ungido; ferir o telhado (proteção) da casa do perverso e lhe descobre de todo o fundamento (desaba, destrói, principalmente no Dia final)”, Hc.3.13.
            Sendo assim [...]
            C – A confiança do crente é inabalável.
            Habacuque faz menção do que “ouviu (da parte de Deus) [...]”, Hc.3.16.
            Deus trouxera a “[...] seu íntimo (a) [...] comoção (tremor, inquietação, agitação) [...]”, Hc.3.16 para compreender que podemos confiar em Deus.
            Diante da “[...] voz (de) Deus, tremeram os seus lábios (pálido, gagueira sem saber o que responder para Deus); entrou a podridão nos seus ossos (fraqueza), e os joelhos [...] vacilaram (de medo e vergonha por saber que Deus ainda age em favor do seu povo) [...]”, Hc.3.16.
            Assim como Habacuque, “[...] devemos esperar em silêncio (falando apenas para Deus), o dia da angústia (não do povo de Deus, mas), que virá contra o povo que nos acomete (Babilônicos, os nossos inimigos)”, Hc.3.16.
            A nossa confiança jamais será frustrada.
            Pode acontecer que, “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado”, Hc.3.17.
            Qual será a sua atitude? Chorar, reclamar, desesperar, ficar desanimado?
            Habacuque resolveu “todavia, ele se alegrar no SENHOR, exultar (alegrar) no Deus da sua salvação”, Hc.3.18.
            O reconhecimento maior ou confiança é que “o SENHOR Deus é a sua fortaleza, e faz os seus pés como os da corça, e (o) [...] faz andar altaneiramente [...]”, Hc.3.19.
            Para encerrar a confiança que Habacuque teve diante de Deus, como que oferecendo um louvor ao SENHOR dos senhores, Rei dos reis, ele fala que deve essa confiança “[...] ao mestre de canto [...]”, Hc.3.19.
            Ao voltarmos para Deus, podemos superar nossas dúvidas, nossa fraqueza e limitação e, pela fé, aprendemos a sentir seguro na vontade de Deus.
            A confiança do crente na vontade de Deus é saber que [...]
Conclusão:      Ele punirá com justiça todos os pecados e condenará toda tentativa do homem viver de modo independente.
            Vença seus temores e frustrações se fortalecendo em Deus.
            Como os “[...] instrumentos de cordas”, Hc.3.19 alegram o coração ao ouvirmos, saiba que somente Deus é quem pode alegrar a nossa alma em dias turbulentos da vida.
Aplicação:       Aceite o desafio de tornar prática a sua confiança em Deus rejeitando tudo aquilo que os homens fazem no intuito de garantir sua segurança e bem-estar e que é condenado por Deus.
            Deixe de lado a murmuração e mostre segurança e alegria no Senhor.

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Expressão – Os profetas falam hoje – CCC – Rev. Dario de Araújo Cardoso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário