ATITUDE CERTA
“Perdoar
(pecados) [...] quando (você) estiver orando (ou fazendo outra atividade
qualquer) [...] (caso) tenha alguma coisa contra alguém, para que [...] (o) Pai
celestial [...] perdoe as suas ofensas” (Mc 11.25) não é tão simples como muitos
ensinam.
Não
basta apenas o ofendido se encontrar com o ofensor. Muitos julgam que só pelo
fato dos dois, depois de dizerem, pensam eles, algumas palavras mágicas, tais
como: “tudo bem, eu errei, me perdoa; não leve a mal o que te fiz; me perdoa,
te perdoo”, ainda assim, não está tudo encerrado.
Ainda
que os dois marquem um encontro no local de culto, no escritório pastoral, na
residência de um dos acusados, no banco da praça, ou até mesmo um encontro
casual em qualquer estabelecimento da cidade ou fora dela, é preciso muito mais
do que esse simples encontro.
Suponha
que depois de todo esse palavrório, de encontros e reencontros, grandes e
pequenos desentendimentos, eles consigam se abraçar, beijar e cada um dar um
tapinha nas costas, mais uma vez se cumprimentarem e irem embora para suas
próprias casas; é possível que a falta de perdão ainda continue.
Para
ser perdoado de fato é preciso tomar algumas atitudes. Esforça-te para não
comentar com seus amigos e parentes antes ou depois do assunto ser resolvido. A
não ser que tenha necessidade de um interventor humano, falho como você mesmo.
Uma
das grandes tentações que o homem pecador tem é de confidenciar para um suposto
amigo o mau relacionamento que ele teve ou tem com outras pessoas. É possível
que este auricular não guarde segredo. Pode acontecer desse seu confidente ou
algum “[...] mexeriqueiro (que fala mal, difama) desvendar o (seu) segredo
[...]” (Pv 11.13) para outras pessoas.
Neste
caso, ao invés de haver perdão, reconciliação, pode surgir brigas, pancadarias
e inimizades para o resto da vida. Meça as suas palavras quando encontrares com
algum homem, mesmo porque “não é bom proceder sem refletir (pensar,
meditar) [...]” (Pv 19.2).
Renegue
tocar no assunto para você mesmo ou para o seu ofensor depois de confessado e
perdoado. É verdade que sai de dentro do coração um desejo muito forte de ficar
remoendo, pensando, trazendo à mente do ofendido/ofensor o caso ocorrido.
Quanto
mais falar no assunto, mais angustiado ficará o coração, mais indisposição terá
para ficar ao lado do acusado/acusador. Ao trazer o tema da discussão ou
discórdia à tona de qualquer conversa, um ou outro ficará vermelho,
envergonhado, irado, inquieto, insatisfeito.
Ora,
se já aconteceu a reconciliação, não existe razão para voltar atrás, mesmo
porque, cada um deve se esforçar para “[...] fazer uma coisa: esquecer (lembrar
sem sentir a dor) das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante
de você estão” (Fp 3.13). Experimente agir dessa forma; você só tem a ganhar.
Basta
confessar apenas uma vez para Deus. Infelizmente, intermináveis confissões são
feitas todos os dias devido o mesmo delito/pecado ser cometido insistentemente.
Muitos
cristãos ficam desesperados, sem saber se Deus de fato os perdoou, por isso,
dizem eles: “Ainda martela em minha mente a culpabilidade”. Esse tipo de
confissão está totalmente desalinhado com o ensino bíblico, a não ser que você
tenha a tendência de praticar o mesmo delito todos os dias, voltando às mesmas
práticas pecaminosas.
Nesse
caso, deve haver confissão seguida de um verdadeiro “arrependimento (a fim de
que aconteça a) [...] conversão (volta para Deus) para serem cancelados os seus
pecados” (At 3.19).
Quando
o pecado é confessado, deixado e, o pecador começa a “produzir [...] frutos
dignos de arrependimento” (Mt 3.8), a resposta do Deus Todo Poderoso não pode
ser outra, porque somente “Ele [...] mesmo, é o que apaga as suas transgressões
por amor dEle e dos seus pecados não se lembra” (Is 43.25).
Tome
a atitude certa para você ficar satisfeito com o perdão concedido por Deus.
Rev. Salvador P.
Santana
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