quinta-feira, 3 de novembro de 2016

ATITUDE CERTA.



ATITUDE CERTA
            “Perdoar (pecados) [...] quando (você) estiver orando (ou fazendo outra atividade qualquer) [...] (caso) tenha alguma coisa contra alguém, para que [...] (o) Pai celestial [...] perdoe as suas ofensas” (Mc 11.25) não é tão simples como muitos ensinam.
            Não basta apenas o ofendido se encontrar com o ofensor. Muitos julgam que só pelo fato dos dois, depois de dizerem, pensam eles, algumas palavras mágicas, tais como: “tudo bem, eu errei, me perdoa; não leve a mal o que te fiz; me perdoa, te perdoo”, ainda assim, não está tudo encerrado.
            Ainda que os dois marquem um encontro no local de culto, no escritório pastoral, na residência de um dos acusados, no banco da praça, ou até mesmo um encontro casual em qualquer estabelecimento da cidade ou fora dela, é preciso muito mais do que esse simples encontro.
            Suponha que depois de todo esse palavrório, de encontros e reencontros, grandes e pequenos desentendimentos, eles consigam se abraçar, beijar e cada um dar um tapinha nas costas, mais uma vez se cumprimentarem e irem embora para suas próprias casas; é possível que a falta de perdão ainda continue.
            Para ser perdoado de fato é preciso tomar algumas atitudes. Esforça-te para não comentar com seus amigos e parentes antes ou depois do assunto ser resolvido. A não ser que tenha necessidade de um interventor humano, falho como você mesmo.
            Uma das grandes tentações que o homem pecador tem é de confidenciar para um suposto amigo o mau relacionamento que ele teve ou tem com outras pessoas. É possível que este auricular não guarde segredo. Pode acontecer desse seu confidente ou algum “[...] mexeriqueiro (que fala mal, difama) desvendar o (seu) segredo [...]” (Pv 11.13) para outras pessoas.
            Neste caso, ao invés de haver perdão, reconciliação, pode surgir brigas, pancadarias e inimizades para o resto da vida. Meça as suas palavras quando encontrares com algum homem, mesmo porque “não é bom proceder sem refletir (pensar, meditar) [...]” (Pv 19.2).
            Renegue tocar no assunto para você mesmo ou para o seu ofensor depois de confessado e perdoado. É verdade que sai de dentro do coração um desejo muito forte de ficar remoendo, pensando, trazendo à mente do ofendido/ofensor o caso ocorrido.
            Quanto mais falar no assunto, mais angustiado ficará o coração, mais indisposição terá para ficar ao lado do acusado/acusador. Ao trazer o tema da discussão ou discórdia à tona de qualquer conversa, um ou outro ficará vermelho, envergonhado, irado, inquieto, insatisfeito.
            Ora, se já aconteceu a reconciliação, não existe razão para voltar atrás, mesmo porque, cada um deve se esforçar para “[...] fazer uma coisa: esquecer (lembrar sem sentir a dor) das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de você estão” (Fp 3.13). Experimente agir dessa forma; você só tem a ganhar.
            Basta confessar apenas uma vez para Deus. Infelizmente, intermináveis confissões são feitas todos os dias devido o mesmo delito/pecado ser cometido insistentemente.
            Muitos cristãos ficam desesperados, sem saber se Deus de fato os perdoou, por isso, dizem eles: “Ainda martela em minha mente a culpabilidade”. Esse tipo de confissão está totalmente desalinhado com o ensino bíblico, a não ser que você tenha a tendência de praticar o mesmo delito todos os dias, voltando às mesmas práticas pecaminosas.
            Nesse caso, deve haver confissão seguida de um verdadeiro “arrependimento (a fim de que aconteça a) [...] conversão (volta para Deus) para serem cancelados os seus pecados” (At 3.19).
            Quando o pecado é confessado, deixado e, o pecador começa a “produzir [...] frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8), a resposta do Deus Todo Poderoso não pode ser outra, porque somente “Ele [...] mesmo, é o que apaga as suas transgressões por amor dEle e dos seus pecados não se lembra” (Is 43.25).
            Tome a atitude certa para você ficar satisfeito com o perdão concedido por Deus.
Rev. Salvador P. Santana

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