sexta-feira, 14 de outubro de 2016

VIVA MELHOR.

VIVA MELHOR
            Muitas empresas têm comprovado que é possível viver em harmonia, companheirismo e dedicação uns para com os outros. Em algumas delas, quando esse objetivo não é alcançado, os negligentes são advertidos. O alvo é que todos precisam trabalhar em conjunto à fim de que o trabalho seja concluído com sucesso.
            A igreja cristã tem tudo para viver melhor. A comunidade formada por Jesus Cristo deve ser “[...] gloriosa (de grande estima, de alta reputação, livre de pecado), sem mácula (mancha, deformidade moral), nem ruga (no sentido de ser resgatada, libertada), [...] santa (separada do mundo para o serviço a Deus) e sem defeito (que não pode ser acusada de nenhuma falta)” (Ef 5.27).
            Caso a grei tente pelo menos seguir esses conselhos, o fim dela será a perfeição completa, porque “o senhor lhe dirá: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.23). 
            É possível você dizer: Nunca, em toda a história do povo de Deus se ouviu falar que eles tenham conseguido viver em comunhão (associação com uma pessoa, envolvendo amizade com ela e incluindo participação nos seus sentimentos, nas suas experiências e na sua vivência).
            Após a assunção (subida) de Jesus, os discípulos começaram a se reunir “[...] todos os dias, no templo e de casa em casa [...] (com a finalidade) de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo” (At 5.42).
            Você sabe muito bem que quando os encontros se tornam rotineiros é bem mais fácil acontecer com frequência discórdias, brigas, intrigas. E, no caso destes seguidores de Jesus, não foi nada diferente.
            O evangelista Lucas diz que “[...] naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração (desprazer secreto não declarado abertamente) dos helenistas (Judeus nascidos em terras estrangeiras de fala grega) contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária” (At 6.1).
            Note bem que somente por falta da distribuição de alimento é que houve desentendimento entre esses irmãos. Mas, o interessante é termos a certeza que tudo pode ser resolvido e o melhor, sem brigas.
            Não existe problema neste mundo que não possa ter um desfecho sem machucar e ferir algum coração. No caso citado, após a eleição dos diáconos, tudo ficou em paz.
            Outro caso aconteceu com a dupla de missionários Paulo e Barnabé quando em sua primeira viagem missionária levaram “[...] João Marcos como auxiliar” (At 13.5). Ao chegarem em Perge, sem nenhuma razão aparente, “[...] João [...] apartou-se deles, voltou para Jerusalém” (At 13.13).
            Na segunda viagem missionária, Paulo chamou Barnabé para percorrerem novamente as cidades, as quais eles tinham anunciado o evangelho, mas “[...] Barnabé queria levar também a João [...] Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara [...] não os acompanhando no trabalho [...] houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se [...]” (At 15.37-39).
            Será que essa discordância perdurou até a morte? Não. Eles procuraram se acertar. Tempos depois, quando Paulo estava preso, mandou uma “saudação - incluía longa troca de informações sobre familiares – (para) Marcos, primo de Barnabé (dizendo: [...] se ele for ter convosco, acolhei-o)” (Cl 4.10).
            Todos sabem que quando existem rixas, intrigas e discussões, o inimigo nem sequer fala o nome do seu agressor. Paulo agiu totalmente diferente. Tanto é que certa vez ele disse: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3.13). O apóstolo não podia ficar fora dessa ordem expressa do seu Deus, Jesus Cristo; ela foi cumprida à risca.
            Não é fácil viver em perfeita paz com todos os homens, mas o apóstolo dos gentios adverte nestes termos: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18).
            Eis alguns conselhos básicos à fim de que os remidos do Senhor possam caminhar bem neste mundo. São recomendações simples, mas de grande valor espiritual.
            O que não se deve fazer? “Falar com falsidade uns aos outros, falar com lábios bajuladores (adular) e coração fingido” (Sl 12.2); “[...] te meter com quem muito abre os lábios” (Pv 20.19); “[...] vingar-se [...] guardar ira contra os filhos do teu povo [...]” (Lv 19.18); “[...] julgar [...]”, Mt 7.1); e, “[...] falar mal uns dos outros (porque o) que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei [...]” (Tg 4.11).
            As indicações a seguir o ajudarão a viver de modo digno diante de Deus a fim de você saber lidar com todas as situações: “[...] Ame o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10.27); seja quem for, inimigo ou não, Jesus ensina a “[...] não resistir (colocar-se contra) o perverso [...]” (Mt 5.39); “[...] e orai uns pelos outros, para serdes curados [...]” (Tg 5.16).
            É possível viver de forma alegre, contente e curtindo a amizade dentro da igreja, basta você querer e buscar.

Rev. Salvador P. Santana

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