sábado, 29 de outubro de 2016

A ÉTICA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR, Sl.127.3-5.


A ÉTICA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR, Sl.127.3-5.



Introd.:            Uma das decisões mais importantes que os casais precisam tomar é a respeito do número de filhos que eles desejam.

            IBGE – 2010 – filhos menores de 10 anos.

            A pesquisa mostra que o número de filhos tem diminuído de geração a geração.

            Região Norte: -6,6% – geral – -12,7%, 20% – mais pobres;

            Região Nordeste: -15,7% – geral – 26,4%, 20% – mais pobres;

            Região Centro-Oeste: -11,3 – geral – -4,5, 20% – mais pobres;

            Região Sudeste: -10,1% – geral – -14,9% – mais pobres;

            Região Sul: -10,4% – geral – -17,5% - mais pobres.

            15.355 milhões de famílias que ganham até 5 salários mínimos não tem filhos.

            10.914 milhões de famílias que ganham até 5 salários mínimos tem 1 filho.

            7.4 milhões de famílias que ganham até 5 salários mínimos tem 2 filhos.

            3.877 milhões de famílias que ganham até 5 salários mínimos tem 3 filhos.

            As razões são variadas – estudos, vida profissional e independência.

            Até os anos 60-70 não havia informações e nem métodos contraceptivos adequados.

            Alguns países incentivam os casais a terem mais de um fllho, pois a população está envelhecida.

            A Palavra de Deus permite que planejemos o número de filhos, ou será que devemos evitar o uso de métodos contraceptivos e esperar “quantos filhos o Senhor mandar”?

            Todos nós precisamos saber que [...]

1 – Filhos são bênçãos.

                Os filhos que Deus nos dá são bênçãos que provêm de suas mãos.

                Essa verdade está registrada em toda a Bíblia.

                Quando “coabitou o homem (Adão) com Eva, sua mulher. Esta concebeu e deu à luz a Caim; então, disse: Adquiri um varão com o auxílio (leva a encontrar, força) do SENHOR”, Gn.4.1.

                Outra vez, “tornou Adão a coabitar com sua mulher; e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me concedeu outro descendente em lugar de Abel, que Caim matou”, Gn.4.25.

                Vemos que Eva de uma certa forma, engrandece e agradece a Deus pela bênção do nascimento de seus filhos.

                Muitas vezes “Deus se lembra de [...] (muitas mulheres que desejam filhos), ouvindo-as [...] as fazendo fecundas”, Gn.30.22.

                Depois que “Raquel concebeu, dando à luz um filho [...] (ela) disse [...] (que) Deus [...] tirou o seu vexame (vergonha)”, Gn.30.23 por ter demorado engravidar.

                Para muitas mulheres é um prazer, uma bênção de Deus ter filhos.

                John MacArthur fala que “[...] filhos (são) como bênçãos [...] mesmo em um mundo caído, contaminado pela maldição do pecado” – Como educar filhos segundo a Bíblia – Cultura Cristã.

                A ética do planejamento familiar fala sobre [...]

                A – Herança e galardão.

                O salmista declara que “os filhos são herança (propriedade, porção, presente) do SENHOR; o fruto do ventre, seu galardão (salário, recompensa, pagamento)”, Sl.127.3 entregue aos pais.

                Na verdade, os filhos são um favor imerecido que nos é dado pela graça de Deus para a nossa edificação e alegria. Assim como a salvação.

                A ética do planejamento familiar fala sobre as [...]

                B – Flechas do guerreiro.

                A bênção de ter filho é tamanha que eles são “como flechas (no exército antigo – úteis em solo, a cavalo e carruagem) na mão do guerreiro (atiram e não voltam mais, defender a sua família), assim os filhos da mocidade (que tem seus filhos)”, Sl.127.4.

                O texto ainda fala que é “feliz o homem que enche deles (filhos) a sua aljava; não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta”, Sl.127.5.

                Faz alusão às guerras e a utilização de soldados para sair à batalha.

                Os filhos são importantes para o futuro da família.

                O contexto do salmo é de guerra, ele ensina que um homem que tem muitos filhos está preparando seu próprio futuro e protegendo a sua família.

                O ensino de Paulo é que, “[...] se alguma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiro a exercer piedade (compaixão) para com a própria casa e a recompensar a seus progenitores; pois isto é aceitável diante de Deus”, 1Tm.5.4.

                Porém, “aquela, porém, que é verdadeiramente viúva e não tem amparo espera em Deus e persevera em súplicas e orações, noite e dia”, 1Tm.5.5.

                Paulo ainda adverte as mulheres que não se dão respeito ao dizer: “Entretanto, a que se entrega aos prazeres, mesmo viva, está morta”, 1Tm.5.6.

                E a instrução para essas mulheres é “[...] para que sejam irrepreensíveis (não ser repreendida por atos indecorosos)”, 1Tm.5.7.

                E aos filhos, o alerta é, “[...] se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”, 1Tm.5.8.

                Por este motivo o filho deve “ouvir a seu pai, que te gerou, e não desprezar a sua mãe, quando vier a envelhecer”, Pv.23.22.

                A ética do planejamento familiar lembra aos pais que [...]

2 – Filhos precisam ser educados.

                Os progenitores querem ensinar seus filhos nos caminhos do Senhor?

                Estamos dispostos a ser um modelo constante de obediência, para que nossos filhos vejam em nós o exemplo?

                Estamos dispostos a cumprir o que a Palavra de Deus ordena sobre nossa responsabilidade como pais?

                Os “[...] pais [...] (precisam) criar (os) filhos na disciplina (instrução que aponta para o crescimento em virtude) e na admoestação (exortação) do Senhor”, Ef.6.4.

                Então, desde cedo se faz necessário “corrigir o seu filho, e (ele) te dará descanso, dará delícias à sua alma”, Pv.29.17; pode acontecer o contrário.

                A Bíblia fala que “a vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe”, Pv.29.15.

                A Lei 13.010, 26.06.14, Art. 18-A, “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los”.

                Se o casal não estiver disposto a cumprir o que Moisés deixou registrado, não deve nem sequer pesar em ter filhos, pois a ordem é: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas”, Dt.6.4-9.

                A ética do planejamento familiar precisa fazer uma pergunta:

3 – Afinal, quantos filhos devemos ter?

                A Bíblia não fala sobre o número de filhos para cada casal.

                Como “os filhos são herança (propriedade, porção, presente) do SENHOR [...]”, Sl.127.3, então o número é determinado por Deus para cada casal – casais que desejam e não tem; casais que não desejam, mas Deus os agracia.

                Assim como “[...] Ana [...] (muitas mulheres) com amargura de alma, oram ao SENHOR [...] (pedindo para Deus se) lembrar [...] e lhes dar um filho [...] Ana [...] fez um voto [...] dando (seu filho) ao SENHOR [...] por todos os dias da sua vida [...]”, 1Sm.1.10, 11.

                Das mãos de outros pais, Deus impede “[...] seus filhos e suas filhas (de viverem como aconteceu com Jó, quando) caiu sobre eles (a) casa [...] e morreram [...]”, Jó 1.13, 19.

                A atitude de “[...] Jó (e de muitos pais foi de) se levantar, rasgar o seu manto, rapar a cabeça e lançar-se em terra e adorar; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!”, Jó 1.20, 21.

                Ao contrário de “[...] Jó [...] em (tragédias com filhos, muitos pais pecam contra Deus, contudo) em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma”, Jó 1.22.

                Devemos trazer à memória que “os filhos são herança (propriedade, porção, presente) do SENHOR [...]”, Sl.127.3 aos pais.

                É por este motivo que, “se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”, Sl.127.1, mas sabendo que é o Senhor que cuida, não podemos ser irresponsáveis.

                Não podemos deixar de dar o melhor pelos filhos.

                Então, “inútil nos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeamos; aos seus amados ele o dá enquanto dormem”, Sl.127.2.

Conclusão:         Se você fosse planejar agora a sua família, quantos filhos desejaria e por quê?



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Nossa Fé – O Deus do sexo – Como a espiritualidade define a sua sexualidade - CCC – Rev. André Scordamaglio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário