ADÃO E EVA – Casamento, uma ideia divina, Gn.2.23.
Introd.: O
casamento não é obra da mente criativa do ser humano e sim uma instituição
divina, um ato de compaixão de Deus para com o homem, pelo qual demonstra o seu
propósito para a humanidade.
O
pecado, no entanto, faz o homem não compreender dessa maneira. Quanto mais o
tempo passa, mais o casamento sofre duros ataques, e assim os estragos são cada
vez maiores.
Existe
um número crescente de Divórcios concedidos, principalmente entre os cristãos –
IBGE.
Menos
de 20 anos de idade.
2009
– 15 – 2010 – 83 – 2011 – 216.
20
a 24 anos de idade.
2009
– 1.798 – 2010 – 3.942 – 2011 – 8.312.
25
a 29 anos de idade.
2009
– 10.933 – 2010 – 16.345 – 2011 – 28.677.
30
a 34 anos de idade.
2009
– 19.541 – 2010 – 27.045 – 2011 – 43.641.
35
a 39 anos de idade.
2009
– 22.531 – 2010 – 28.985 – 2011 – 45.379.
40
a 44 anos de idade.
2009
– 23.008 – 2010 – 28.466 – 2011 – 42.065.
45
a 49 anos de idade.
2009
– 20.273 – 2010 – 25.124 – 2011 – 35.993.
50
a 54 anos de idade.
2009
– 15.216 – 2010 – 18.330 – 2011 – 25.429.
55
a 59 anos de idade.
2009
– 10.252 – 2010 – 12.159 – 2011 – 16.392.
60
a 64 anos de idade.
2009
– 5.986 – 2010 – 7.256 – 2011 – 9.748.
65
a 69 anos de idade.
2009
– 3.792 – 2010 – 4.116 – 2011 – 5.533.
70
a 74 anos de idade.
2009
– 1.740 – 2010 – 2.019 – 2011 – 2.702.
75
anos ou mais.
2009
– 1.171 – 2010 – 1.354 – 2011 – 1.999.
Você
pensa em fazer parte dessa estatística algum dia?
A
família é extremamente importante aos olhos de Deus e o casamento é uma
instituição santa.
O
texto base fala: “E disse o homem:
Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa,
porquanto do varão foi tomada”, Gn.2.23.
Ao
estudar casais na Bíblia, veremos a importância do temor a Deus e as práticas
que não devemos seguir.
Adão
e Eva têm muito a nos ensinar.
1 – Homem e mulher.
O
relato da criação mostra a dedicação especial de Deus na formação do homem.
De
modo detalhado a Bíblia narra como Deus formou, desde a matéria prima, “[...] a gênese dos céus e da terra (o pó da
terra) quando foram criados, quando o SENHOR Deus os criou”, Gn.2.4.
Como
“ainda não havia nenhuma planta do
campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia brotado (para alimentar
o homem); porque o SENHOR Deus não fizera chover sobre a terra (mas apenas fez
“[...] uma neblina (que) subia da terra e regava toda a superfície do solo”,
Gn.2.6), e também não havia homem para lavrar o solo”, Gn.2.5, pois este
não iria sobreviver antes das demais criações.
De
material pré-existente, “do pó da terra
[...] então, formou o SENHOR Deus ao homem [...] e lhe soprou nas narinas o
fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”, Gn.2.7, daí, pôde
desfrutar de toda criação de Deus.
Mas,
para que houvesse um desfrute abençoado, “tomou,
pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar (preparar
a terra para o plantio e desenvolvimento das plantas) e o guardar (preservar,
prestar atenção)”, Gn.2.15.
Dentre
todas as criações de Deus, não havia uma que servisse de “[...] auxiliadora (ajudar, socorrer, apoiar o
homem. Por isso,) disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei
uma [...] que lhe seja idônea (capaz)”, Gn.2.18.
Na
primeira cirurgia da história humana bem sucedida, “[...] o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este
adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela
que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe”,
Gn.2.21,22.
“Deus criou, pois, o homem à sua imagem, à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”, Gn.1.27, duas pessoas
distintas, porém, com o único propósito, glorificar a Deus com suas vidas.
A
dignidade (elevação) especial dos seres humanos está na característica de “Deus [...] fazer o homem à sua imagem,
conforme a sua semelhança [...]”, Gn.1.26, além disso, Deus estabeleceu
uma distinção de gênero, “[...] homem (masculino)
e mulher (feminino) os criou”, Gn.1.27.
Embora
exista igualdade entre os seres humanos, “[...]
imagem [...] (e) semelhança de Deus [...]”, Gn.1.26, há também diferença
entre “[...] homem e mulher [...]”,
Gn.1.27.
Criando
dessa forma, Deus estabeleceu uma regra clara para a sexualidade humana: a
heterossexualidade (atração sexos opostos).
Essa
diferenciação sexual envolve propósitos específicos que apontam para o
casamento e foi divinamente instituído como uma monogamia (um único parceiro)
heterossexual, “portanto, o que Deus
ajuntou não separe o homem”, Mc.10.9 que deve ser publicamente
reconhecida, “[...] deixando o homem
pai e mãe e (permanentemente selada) se unindo à sua mulher (concretizando de
fato o casamento diante de Deus), tornando-se os dois uma só carne (fisicamente
se ajuntando em ato sexual)”, Gn.2.24.
Através
da relação sexual, no âmbito do casamento, é que “[...] Deus [...] abençoa (homem e mulher) e [...]
(os faz) fecundos, multiplicando, enchendo a terra (apesar da igualdade
essencial do homem e da mulher, Deus os criou com deveres e papéis diferentes.
Os “[...] pais [...] (tem o dever de) criar (os) filhos na disciplina e na
admoestação do Senhor”, Ef.6.4. O homem é responsável por cuidar) [...] sujeitar;
dominar sobre (toda criação) os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre
todo animal que rasteja pela terra”, Gn.1.28, zelando pelo seu bom
desenvolvimento e manutenção a fim de sustentar a sua família.
A
mulher por sua vez, assume uma responsabilidade diferente, mas, não menos
importante ou inferior à do homem.
Como
“[...] o SENHOR Deus [...] fez uma
auxiliadora [...] idônea (capaz)”, Gn.2.18, “ela [...] faz bem (ao marido) e não mal, todos os dias da sua
vida. É (também responsabilidade da mulher) [...] se levantar, e dá mantimento
à sua casa e a tarefa às suas servas. Seu marido é estimado (bem cuidado) entre
os juízes , quando se assenta com os anciãos da terra”, Pv.31.12,15,23.
Naquilo
que um é deficiente, o outro é eficiente gerando, assim, um caráter
complementar. Ex. Deficiente na área financeira.
João
Calvino fala que o caráter complementar se dá “porque Deus assim o ordenou no
princípio, ou seja, que o homem sem esposa é apenas a metade de homem, por
assim dizer, e se sente carente do apoio que pessoalmente necessita; e a esposa
é, por assim dizer, o complemento do homem” – 1Coríntios, Edições Parakletos,
pag. 199.
“[...] Adão [...] (considerou Eva como) osso
dos seus ossos e carne da sua carne [...]”, Gn.2.23.
É
a partir desse entendimento que são [...]
2 – Definidos os papéis.
A
Escritura Sagrada aponta papéis específicos para cada um dos cônjuges no
casamento.
O
marido deve assumir a liderança em casa. Essa liderança não deve ser
ditatorial, condescendente (acomodar, conformar, concordar, não dizer a
verdade) ou paternalista, mas deve estar em conformidade com o exemplo de
Cristo.
Cabe
ao “marido, amar (a) sua mulher, como
também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela (com sacrifício)”,
Ef.5.25 e também, “[...] as jovens
recém-casadas [...] (devem) amar ao marido [...]”, Tt.2.4.
Quando
o marido demonstra amor, é com a finalidade de “[...]
santificar a (mulher), tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela
palavra”, Ef.5.26.
É
preciso nascer no coração do homem casado o desejo de “[...] apresentar a (sua esposa como) [...] igreja gloriosa
(brilho de Deus), sem mácula (agressão física), nem ruga, nem coisa semelhante,
porém santa e sem defeito”, Ef.5.27.
O
papel das “[...] mulheres (é) ser submissa
(subordinar, obedecer, render-se) ao seu próprio marido [...]”, Ef.5.22.
Isso
é um absurdo, dizem as mulheres. Mas, esse render-se não deve ser entendido
como um jugo, autoridade, ditadura, opressão. O texto fala que a “[...] submissão (deve ser) como ao Senhor;
porque o marido é o cabeça da mulher,
como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo”,
Ef.5.22,23.
A
“submissão (das) esposas, ao próprio
marido, (deve) ser, como convém (procurar intimidade) no Senhor”,
Cl.3.18.
Ao
“marido, (além de) amar (a) [...] esposa
(tem a responsabilidade de constituir e guiar a família a Deus) e não tratar
(a) esposa com amargura (furioso, irritado)”, Cl.3.19.
Os
“maridos [...] (tem o dever de) viver a
vida comum do lar (apoiar, facilitar a vida), com discernimento (conhecimento,
inteligência); e, tendo consideração para com a sua mulher como parte mais
frágil (delicada), tratai-a com dignidade (honra, respeito), porque somos,
juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as nossas
orações”, 1Pe.3.7.
Adão
e Eva aprenderam, juntos [...]
3 – Os dois sendo um.
Depois
do “[...] pesado sono (que) o SENHOR Deus
fez cair sobre o Adão [...]”, Gn.2.21, “[...]
ele disse: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne;
chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada”, Gn.2.23.
O
termo “[...] osso dos meus ossos e
carne da minha carne [...] e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só
carne”, Gn.2.23,24, aponta para uma união indissolúvel, solidária e
complementar. Um estado de inteira codependência.
Quando
“o SENHOR Deus disse [...] (que) não é
bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”,
Gn.2.18, entende-se que não estava em jogo simplesmente a questão da solidão do
homem, mas também a impossibilidade de o homem cumprir suas responsabilidades
pactuais.
CFW
– XXIV.2 – “O matrimônio foi ordenado
para o mútuo auxílio de marido e mulher, para a propagação da raça humana por
uma sucessão legítima e da Igreja por uma semente santa, e para impedir a
impureza”.
“[...]
Se tornar os dois uma só carne”, Gn.2.24 implica em compartilhar sentimentos, atos
e suas consequências.
Adão
e Eva compartilharam tudo o que estava em sua volta e, certamente, tudo o que
compartilhavam produzia um sentimento bom, pelo menos até que viesse o pecado.
Quando
“viu a mulher que a árvore era boa para
se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento,
tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu”, Gn.3.6
compartilhando do mesmo erro.
O
texto fala que “abriram-se, então, os
olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram
cintas para si”, Gn.3.7.
Os
verbos “abrir [...] perceber [...] estar
[...] coser [...] e fazer [...]”, Gn.3.7 mostra a partilha de
responsabilidades quando pecaram.
Homem
e mulher foram culpados, pois “quando
ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia,
esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher (os dois são
culpados), por entre as árvores do jardim”, Gn.3.8.
No
adultério, geralmente, os dois são culpados.
Polícia
achando drogas dentro de casa, os dois são enquadrados.
Filhos
rebeldes, os dois são culpados.
Por
terem desobedecido a Deus, cada um recebeu a sua punição.
“[...]
À mulher [...] (Deus) multiplicou sobremodo os sofrimentos da sua gravidez; em
meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te
governará (domínio, reinar)”, Gn.3.16.
A
punição para “[...] Adão [...] visto
que atendeu a voz da [...] mulher e comeu da árvore que Deus [...] ordenara não
comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento
durante os dias de sua vida”, Gn.3.17.
Por
causa dessa maldição, a “terra produz
também cardos (espinho) e abrolhos (espinho), e (o homem) comerá a erva do
campo”, Gn.3.18.
Quando
houve a partilha do pecado, Deus determinou que “no
suor do rosto (sofrimento) comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela
foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás”, Gn.3.19, então, “[...] assim como por um só homem entrou o
pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram”, Rm.5.12.
O
pior acontece com todos aqueles que pecam deliberadamente (sozinho, com suas
próprias decisões); “o SENHOR Deus
[...] o lança fora do jardim do Éden (Paraíso, comunhão, BOI), a fim de lavrar a
terra (para receber novas plantações, sementes) [...]”, Gn.3.23.
“E, expulso o homem (do jardim, igreja, por
causa do seu pecado, o próprio Deus) coloca querubins (anjos bons ou maus)
[...] e o refulgir de uma espada (para matar “[...] porque o SENHOR derrama
sobre (muitos) [...] o espírito de profundo sono (espiritual), e fecha os seus
olhos [...] cegando-lhes os olhos e endurecendo-lhes o coração, para que não
vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por Deus
curados. (Outras vezes, Deus permite) [...] o deus deste século cegar o
entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho
da glória de Cristo [...]”, Is.29.10; Jo.12.40; 2Co.4.4. Que fique bem
lembrado) que (ainda) se revolve (a espada), para guardar o caminho da árvore
da vida (céu, o qual receberá somente aqueles que creem em Cristo Jesus)”,
Gn.3.24.
Conclusão: Adão e Eva nos mostra como o casamento é
uma ideia divina.
O
casamento, não ajuntar os panos, é o modo divino para que o homem se complete e
encontre satisfação.
Para
chegar a um ajuste, tanto o homem, quanto a mulher, precisam cumprir com seus
respectivos papéis no matrimônio.
No
casamento, não existe espaço para individualidade egoísta, pois, um pertence ao
outro para a glória de Deus.
Aplicação: “Por
isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só
carne”, Gn.2.24.
Sendo
casado, aplique à sua vida o agradecimento a Deus pelo seu casamento, ore por
ele e com ele, converse sobre o que edifica, busque resolver problemas, seja
consciente dos seus erros e aponte as qualidades do outro.
Aos
solteiros, ore pela sua própria vida, perceba a seriedade e responsabilidade de
um casamento, escolha pessoas compromissadas com Deus.
O
seu casamento é uma ideia divina ou você mesmo escolheu, contrariando as
advertências bíblicas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário