terça-feira, 5 de novembro de 2013

OS OFICIAIS SAGRADOS, Gn.8.20

OS OFICIAIS SAGRADOS, Gn.8.20.

            Os oficiais sagrados são aqueles homens, escolhidos por Deus, para realizar alguma cerimônia religiosa em favor do povo que serve a Jesus Cristo.
            Quando estes homens estavam em pecado, eram desqualificados.
            Até hoje, quando algum servo de Deus “[...] ungido pecar para escândalo do povo, oferecerá pelo seu pecado um novilho (Jesus Cristo) sem defeito ao SENHOR, como oferta pelo pecado. (É a partir desse momento que) temos [...] intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus”, Lv.4.3; Hb.10.19.
            Sacerdotes.
            A função deles era pedir com insistência a Deus em favor do povo.
            No A.T. os descendentes de Arão foram separados para servir como oficiante no culto realizado no primeiro tabernáculo e depois no templo.
            O sacerdote é mediador entre Deus e o povo, oferecendo sacrifícios e orando em seu favor.
            Antes de Arão já havia sacerdotes.
            Os primeiros que assumiram o papel de sacerdotes foram os chefes de famílias:
            “Noé levantou um altar ao SENHOR e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar”, Gn.8.20.
            Abrão em “[...] Betel, armou a sua tenda [...] ali edificou um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR”, Gn.12.8.
            Após o caso de estupro entre Siquém e Diná, Jacó e toda a “[...] sua família [...] lançaram fora os deuses estranhos que havia no [...] meio (deles), purificaram-se e mudaram as [...] vestes [...] e edificaram ali um altar [...] porque ali Deus se lhe revelou quando fugia da presença de seu irmão”, Gn.35.2,7.
            E que “decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente”, Jó 1.5.
            Após o êxodo os primogênitos foram consagrados “e enviados alguns jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram ao SENHOR holocaustos e sacrifícios pacíficos de novilhos”, Ex.24.5.
            Deus escolheu “[...] Arão [...] e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para [...] oficiarem como sacerdotes [...] por estatuto perpétuo [...]”, Ex.28.1; 29.9.
            No N.T. todos os cristãos são sacerdotes, pois Jesus Cristo “[...] nos constituiu [...] sacerdotes para o seu Deus e Pai [...]”, Ap.1.6.
            Serviço dos sacerdotes.
            Era permitido somente Arão e seus filhos “[...] fazer todo o serviço da tenda da congregação; o estranho, porém, não (podia) se chegar (para) [...] fazer o serviço do santuário e o do altar, para que não haja [...] ira contra os filhos [...]”, Nm.18.4,5.
            Além de tomar conta do tabernáculo, “disse o SENHOR a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo levareis sobre vós a iniquidade (não reconhece o direito de cada um) relativamente ao santuário; tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade relativamente ao vosso sacerdócio”, Nm.18.1.
            Ou seja, no V.T. somente o sacerdote era responsável pelos pecados do povo e deles mesmos.
            O sacerdote tem o dever de “[...] abençoar os filhos de Israel e dizer-lhes: O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a paz”, Nm.6.23-26.
            Quando havia “[...] espírito de ciúmes [...] (de um homem sobre a) sua mulher [...] então, esse homem trazia a sua mulher perante o sacerdote e juntamente trazia a sua oferta por ela [...]”, Nm.5.14,15.
            Outra obrigação do “[...] sacerdote [...] os (seus) lábios [...] deviam guardar o conhecimento, e da sua boca deviam os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos”, Ml.2.7.
            Profetas.
            Falava ao povo em lugar de Deus. Recebiam revelações de Deus para ser entregue ao povo. Não eram intérpretes, mas porta voz da mensagem divina.
            Trabalho do profeta.
            Entrega pública da mensagem, elaboração em forma escrita da história, biografia e anais da sua nação que tornou possível o surgimento do A.T.
            Eles tinham a compreensão do futuro, pois Deus falava através deles.
            Abraão foi o primeiro profeta, pois Deus falou para Abimeleque, rei dos filisteus que “[...] Abraão é profeta e intercederá por ti, e viverás [...]”, Gn.20.7.
            Quando Deus queria falar com o seu povo, “falava aos profetas e multiplicava as visões; e, pelo ministério dos profetas, propunha símiles (comparações)”, Os.12.10.
            O último “[...] profeta chamado Ágabo [...] tomou o cinto de Paulo, ligando com ele os próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios”, At.21.10,11.
            Escribas.
            Homem que copiava e interpretava a lei de Moisés. Os escribas criaram aos poucos um sistema complicado de ensinamentos conhecido como a “[...] a tradição dos anciãos, (a qual proibia) [...] comer sem lavar cuidadosamente as mãos”, Mc.7.3.
            Jesus os censurou e “[...] não (nos permite) os imitar nas suas obras; porque dizem e não fazem”, Mt.23.3.
            Os escribas tiveram parte na morte de Jesus, Mt.26.57 e perseguiram a Igreja Primitiva, At.4.5; 6.12.
            Eles eram chamados também de “[...] (mestres e) doutores da lei (pelo falto de tanto transcrever) [...]”, Lc.5.17 – RA, RC.
            Foram oficiais do exército, chamados de “[...] legisladores, passando com o cajado do escriba (os que levam a vara de comando)”, Jz.5.14 – RC, RA.
            No tempo de Cristo eram influentes membros do Sinédrio, Mc.12.28; Mt.22.35.
            Os escribas eram “[...] escrivães (dos) sacerdotes [...]”, 2Sm.8.17, amanuense de tribunais e escritores de documentos públicos.
            Apóstolos.
            Só pode ser considerado apóstolo aquele que Jesus “[...] chamou a si (dentre) os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos”, Lc.6.13.
            Estes deram início a igreja de Cristo: “[...] Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu”, Mt.10.2-4.
            Após a morte de Judas Iscariotes foi “[...] necessário, pois, que, dos homens que [...] acompanharam (os apóstolos) todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre eles, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre eles foi levado às alturas, um destes se torne testemunha com eles da ressurreição (de) Jesus. Então, propuseram dois: José, chamado Barsabás, cognominado Justo, e Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar. E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, votado lugar com os onze apóstolos”, At.1.21-26.
            “Paulo (também foi chamado de) [...] apóstolo [...] como por um nascido fora de tempo”, At.14.14; 1Co.15.8.
            Os “[...] apóstolos [...]”, At.9.27 eram a primeira autoridade na Igreja Primitiva, pois quando acontecia alguma “[...] contenda e [...] discussão (na igreja) [...] resolviam que [...] subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com respeito a [...] questão”, At.15.2.
            Diáconos.
            O diácono é o oficial eleito pela Igreja e ordenado pelo Conselho, para, sob a supervisão deste, dedicar-se especialmente: a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos; b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos; c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino; d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências.
            Diácono é o “[...] irmão [...] escolhido dentre (o povo da igreja) [...] de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, o qual (será) encarregado [...] (do) serviço (do cuidado dos pobres, zelar pelo bom andamento do culto) [...] é necessário que seja respeitável, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância”, At.6.3; 1Tm.3.8.
            Presbíteros, ministros ou pregadores.
            É o líder da igreja. Os presbíteros se dedicam à direção das igrejas, ao ensino da doutrina cristã e à pregação do evangelho.
            A palavra grega ‘presbyteros’ quer dizer ‘ancião’, mas era usada para os líderes cristãos sem referência à sua idade.
            Nos tempos do N.T. os presbíteros também eram chamados de “bispos (para) atender [...] por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os constituiu [...] para pastorear a igreja de Deus, a qual Jesus comprou com o seu próprio sangue”, At.20.28.
            Quando o homem é chamado por Deus para trabalhar, deve ser como “[...] servo [...] ao Senhor [...] para a obra [...] que (Deus) os tem chamado [...] para que [...] seja ministro de Cristo Jesus [...] no sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus [...]”, At.13.2; Rm.15.16.
Conclusão:     Deus sempre cuidou que seu povo fosse assistido pelos seus servos.
            É sempre Deus quem escolhe algum membro ser oficial na igreja.
            Todos quantos estão no ministério, seja bom ou ruim, foi Deus quem designou, portanto, devemos respeitar.
            Precisamos saber que somente Jesus Cristo é quem exerce perfeitamente as funções de profeta, sacerdote e rei, tanto no seu estado de humilhação como no de exaltação.
            Foi Deus “[...] que glorificou Cristo [...] para se tornar sumo sacerdote [...] para sempre [...]”, Hb.5.5,6 para “[...] salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”, Hb.7.25.
            Jesus é o verdadeiro profeta porque “[...] o Espírito da verdade [...] nos guia a toda a verdade [...]”, Jo.16.13 e Jesus, “[...] o enviado de Deus fala as palavras de Deus [...]”, Jo.3.34.
            E Jesus é o verdadeiro “[...] Rei de Israel [...]”, Jo.1.49 o qual pode comandar todos os seus servos.


            Rev. Salvador P. Santana

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