OS OFICIAIS SAGRADOS, Gn.8.20.
Os oficiais sagrados são aqueles
homens, escolhidos por Deus, para realizar alguma cerimônia religiosa em favor
do povo que serve a Jesus Cristo.
Quando estes homens estavam em
pecado, eram desqualificados.
Até hoje, quando algum servo de Deus
“[...] ungido
pecar para escândalo do povo, oferecerá pelo seu pecado um novilho (Jesus
Cristo) sem defeito ao SENHOR, como oferta pelo pecado. (É a partir desse
momento que) temos [...] intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo
sangue de Jesus”, Lv.4.3; Hb.10.19.
Sacerdotes.
A função deles era pedir com
insistência a Deus em favor do povo.
No A.T. os descendentes de Arão foram separados para
servir como oficiante no culto realizado no primeiro tabernáculo e depois no
templo.
O sacerdote é mediador entre Deus e o povo, oferecendo
sacrifícios e orando em seu favor.
Antes de Arão já havia sacerdotes.
Os primeiros que assumiram o papel
de sacerdotes foram os chefes de famílias:
“Noé levantou um altar ao SENHOR e, tomando de animais limpos
e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar”, Gn.8.20.
Abrão em “[...] Betel, armou a sua
tenda [...] ali edificou um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR”, Gn.12.8.
Após o caso de estupro entre Siquém
e Diná, Jacó e toda a “[...] sua família [...] lançaram fora os deuses estranhos que havia
no [...] meio (deles), purificaram-se e mudaram as [...] vestes [...] e edificaram
ali um altar [...] porque ali Deus se lhe revelou quando fugia da presença de
seu irmão”, Gn.35.2,7.
E Jó que “decorrido o turno de dias de
seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de
madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia:
Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração.
Assim o fazia Jó continuamente”, Jó 1.5.
Após o êxodo os primogênitos foram
consagrados “e
enviados alguns jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram ao SENHOR
holocaustos e sacrifícios pacíficos de novilhos”, Ex.24.5.
Deus escolheu “[...] Arão [...] e seus
filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para [...] oficiarem como
sacerdotes [...] por estatuto perpétuo [...]”,
Ex.28.1; 29.9.
No N.T. todos os cristãos são
sacerdotes, pois Jesus Cristo “[...] nos constituiu [...] sacerdotes para o seu Deus e Pai
[...]”, Ap.1.6.
Serviço dos sacerdotes.
Era permitido somente Arão e seus
filhos “[...]
fazer todo o serviço da tenda da congregação; o estranho, porém, não (podia) se
chegar (para) [...] fazer o serviço do santuário e o do altar, para que não
haja [...] ira contra os filhos [...]”,
Nm.18.4,5.
Além de tomar conta do tabernáculo,
“disse o SENHOR
a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo levareis sobre vós a
iniquidade (não reconhece o direito de cada um) relativamente ao santuário; tu
e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade relativamente ao vosso
sacerdócio”, Nm.18.1.
Ou seja, no V.T. somente o sacerdote
era responsável pelos pecados do povo e deles mesmos.
O sacerdote tem o dever de “[...] abençoar os filhos de
Israel e dizer-lhes: O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça
resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti
levante o rosto e te dê a paz”,
Nm.6.23-26.
Quando havia “[...] espírito de ciúmes [...]
(de um homem sobre a) sua mulher [...] então, esse homem trazia a sua mulher
perante o sacerdote e juntamente trazia a sua oferta por ela [...]”, Nm.5.14,15.
Outra obrigação do “[...] sacerdote [...] os (seus)
lábios [...] deviam guardar o conhecimento, e da sua boca deviam os homens
procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos”, Ml.2.7.
Profetas.
Falava ao povo em lugar de Deus.
Recebiam revelações de Deus para ser entregue ao povo. Não eram intérpretes,
mas porta voz da mensagem divina.
Trabalho do profeta.
Entrega pública da mensagem,
elaboração em forma escrita da história, biografia e anais da sua nação que
tornou possível o surgimento do A.T.
Eles tinham a compreensão do futuro,
pois Deus falava através deles.
Abraão foi o primeiro profeta, pois
Deus falou para Abimeleque, rei dos filisteus que “[...] Abraão é profeta e
intercederá por ti, e viverás [...]”,
Gn.20.7.
Quando Deus queria falar com o seu
povo, “falava aos
profetas e multiplicava as visões; e, pelo ministério dos profetas, propunha
símiles (comparações)”, Os.12.10.
O último “[...] profeta chamado Ágabo
[...] tomou o cinto de Paulo, ligando com ele os próprios pés e mãos, declarou:
Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste
cinto e o entregarão nas mãos dos gentios”,
At.21.10,11.
Escribas.
Homem que copiava e interpretava a
lei de Moisés. Os escribas criaram aos poucos um sistema complicado de
ensinamentos conhecido como a “[...] a tradição dos anciãos, (a qual proibia) [...] comer sem
lavar cuidadosamente as mãos”, Mc.7.3.
Jesus os censurou e “[...] não (nos permite) os
imitar nas suas obras; porque dizem e não fazem”, Mt.23.3.
Os escribas tiveram parte na morte
de Jesus, Mt.26.57 e perseguiram a Igreja Primitiva, At.4.5; 6.12.
Eles eram chamados também de “[...] (mestres e) doutores
da lei (pelo falto de tanto transcrever) [...]”, Lc.5.17 – RA, RC.
Foram oficiais do exército, chamados
de “[...]
legisladores, passando com o cajado do escriba (os que levam a vara de comando)”, Jz.5.14 – RC, RA.
No tempo de Cristo eram influentes
membros do Sinédrio, Mc.12.28; Mt.22.35.
Os escribas eram “[...] escrivães (dos) sacerdotes
[...]”, 2Sm.8.17, amanuense de tribunais
e escritores de documentos públicos.
Apóstolos.
Só pode ser considerado apóstolo
aquele que Jesus “[...]
chamou a si (dentre) os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais
deu também o nome de apóstolos”, Lc.6.13.
Estes deram início a igreja de
Cristo: “[...]
Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e
João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho
de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu”, Mt.10.2-4.
Após a morte de Judas Iscariotes foi
“[...]
necessário, pois, que, dos homens que [...] acompanharam (os apóstolos) todo o
tempo que o Senhor Jesus andou entre eles, começando no batismo de João, até ao
dia em que dentre eles foi levado às alturas, um destes se torne testemunha com
eles da ressurreição (de) Jesus. Então, propuseram dois: José, chamado
Barsabás, cognominado Justo, e Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, que
conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido para
preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou,
indo para o seu próprio lugar. E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair
sobre Matias, sendo-lhe, então, votado lugar com os onze apóstolos”, At.1.21-26.
“Paulo (também foi chamado de) [...] apóstolo [...]
como por um nascido fora de tempo”,
At.14.14; 1Co.15.8.
Os “[...] apóstolos [...]”, At.9.27 eram a primeira autoridade na Igreja
Primitiva, pois quando acontecia alguma “[...] contenda e [...] discussão (na igreja) [...]
resolviam que [...] subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com
respeito a [...] questão”, At.15.2.
Diáconos.
O diácono é o oficial eleito pela Igreja e
ordenado pelo Conselho, para, sob a supervisão deste, dedicar-se especialmente:
a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos; b) ao cuidado dos pobres,
doentes e inválidos; c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares
reservados ao serviço divino; d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem
na Casa de Deus e suas dependências.
Diácono é o “[...] irmão [...] escolhido
dentre (o povo da igreja) [...] de boa reputação, cheios do Espírito e de
sabedoria, o qual (será) encarregado [...] (do) serviço (do cuidado dos pobres,
zelar pelo bom andamento do culto) [...] é necessário que seja respeitável, de
uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância”, At.6.3; 1Tm.3.8.
Presbíteros,
ministros ou pregadores.
É o líder da igreja. Os presbíteros
se dedicam à direção das igrejas, ao ensino da doutrina cristã e à pregação do
evangelho.
A palavra grega ‘presbyteros’ quer dizer
‘ancião’, mas era usada para os líderes cristãos sem referência à sua idade.
Nos tempos do N.T. os presbíteros também
eram chamados de “bispos
(para) atender [...] por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os
constituiu [...] para pastorear a igreja de Deus, a qual Jesus comprou com o
seu próprio sangue”, At.20.28.
Quando o homem é chamado por Deus
para trabalhar, deve ser como “[...] servo [...] ao Senhor [...] para a obra [...] que (Deus) os
tem chamado [...] para que [...] seja ministro de Cristo Jesus [...] no sagrado
encargo de anunciar o evangelho de Deus [...]”, At.13.2; Rm.15.16.
Conclusão: Deus sempre
cuidou que seu povo fosse assistido pelos seus servos.
É sempre Deus quem escolhe algum
membro ser oficial na igreja.
Todos quantos estão no ministério,
seja bom ou ruim, foi Deus quem designou, portanto, devemos respeitar.
Precisamos saber que somente Jesus
Cristo é quem exerce perfeitamente as
funções de profeta, sacerdote e rei, tanto no seu estado de humilhação como no
de exaltação.
Foi Deus “[...] que
glorificou Cristo [...] para se tornar sumo sacerdote [...] para sempre [...]”,
Hb.5.5,6 para “[...] salvar totalmente os que por ele se chegam a
Deus, vivendo sempre para interceder por eles”, Hb.7.25.
Jesus é o verdadeiro profeta porque “[...] o
Espírito da verdade [...] nos guia a toda a verdade [...]”,
Jo.16.13 e Jesus, “[...] o enviado de Deus fala as palavras de
Deus [...]”, Jo.3.34.
E Jesus é o verdadeiro “[...] Rei
de Israel [...]”, Jo.1.49 o qual pode comandar todos os
seus servos.
Rev. Salvador P. Santana
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