quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DESTAQUE PESSOAL, Mt.18.1.

DESTAQUE PESSOAL
Mt.18.1

Introd.:           Desde os primórdios dos tempos o homem tem procurado um lugar de destaque.
            Clérigos, políticos, empresários, trabalhadores em geral e até mesmo os enfermos almejam um lugar de destaque.
            Sofremos por não sermos aplaudidos, por não receber tapinha nas costas.
            Quando falamos de destaque logo vem à nossa mente homens afortunados, de grande prestígio, eruditas, aquelas que conquistaram grandes vitórias.
            Dois enfermos no leito da dor conversavam: “Ah! Rapaz, você não sabe o que é sofrer; estou com essa dor há dez dias. O outro contesta: Que nada, eu é que sofro. Carrego essa enfermidade há dois meses”.
            Se os enfermos querem destaque, imagine o que sobra para nós que estamos com saúde.
Nar.:   “[...] Quem é [...] o maior no reino dos céus?”, Mt.18.1.
            Esta tem sido a preocupação da humanidade.
            Era a preocupação dos discípulos quando chegaram em Cafarnaum.
            Eles discutiam entre si para saber quem era o maior.
            O evangelista Marcos diz que eles “[...] pelo caminho, haviam discutido entre si sobre quem era o maior”, Mc.9.34.
            Possivelmente os discípulos estavam enciumados do apóstolo Pedro por Jesus ter-lhe concedido poderes especiais ao dizer-lhe: “[...] Dar-te-ei as chaves do reino dos céus [...]”, Mt.16.19.

            Ou ainda por ele ter se destacado no incidente sobre os impostos – a pesca maravilhosa.
            Também os apóstolos Pedro, Tiago e João presenciaram a transfiguração de Jesus.
            O próprio Pedro tinha uma afinidade com o Mestre.
            Pode ser por isso e muito mais as razões daqueles discípulos quererem destaque.
            Pode estar enraizado no coração.
            Era um querendo ser maior que o outro.
            É como se nós nos assentássemos numa roda e passássemos a perguntar quem é de fato as pessoas maiores da nossa cidade.
            Aqueles discípulos discutiam sobre a esperança do destaque pessoal no Rino dos céus.
            Chegou a ponto da mãe de Tiago e João pedir a Jesus: “[...] Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda”, Mt.20.21.       
            Não deu outra, “[...] os dez, indignaram-se contra os dois irmãos”, Mt.20.24.
            Tudo isto por causa do desejo de destaque que aqueles discípulos queriam.
            E não nos enganemos, muitos em nossos dias ficam enciumados daqueles que desejam destaque ou daqueles que supomos que desejam destaque.
Propos.:          Jesus já havia falado sobre a sua morte e ressurreição, mas aqueles homens ainda esperavam o estabelecimento do reino literal na terra, no qual, Jesus seria o Rei e eles seriam altos dignitários (cargo elevado).
            Aqueles discípulos meditavam sobre o reino político e as posições que ocupariam no mesmo.
            Muitas vezes temos agido como aqueles discípulos de Jesus.
            Queremos destaque, não importa como e nem onde, queremos destaque!
Trans.:           É pecado buscar o destaque pessoal? Muitas vezes sim.
1 – Quando queremos o destaque para a promoção pessoal.
            Para denegrir a imagem do próximo ou esnobar dele.
            Quando pensamos que somos os únicos na face da terra.
            Isaías já anunciava: “Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos moradores no meio da terra!”, Is.5.8.
            O rei Salomão completa dizendo que, “[...] quem vive se gabando está correndo para a desgraça”, Pv.17.19b.
            Ainda o profeta Isaías declara a respeito de Lúcifer: “[...] subirei acima das nuvens mais altas e serei como o Altíssimo Deus. Mas Lúcifer foi jogado no mundo dos mortos no abismo mais profundo”, Is.14.14,15.
            O profeta Obadias é mais duro ao dizer: “O seu orgulho o enganou”, Ob.3.
            Muitas vezes pecamos por desejar um lugar de destaque.
            Precisamos repensar.
            Precisamos aprender a lição da humildade sem ambição, sem orgulho, sem autoritarismo.
            Por que repensar sobre a humildade?
            Porque ela é a verdadeira grandeza pessoal.
            Porque Jesus no contexto diz que o humilde é “o mais importante no Reino do céu [...]”, Mt.18.4.
            Porque aprendemos com o profeta João Batista quando disse a respeito de Jesus: “Ele tem de ser cada vez mais importante, e eu menos importante”, Jo.3.30.
            Ao ler o capítulo 18 de Mateus vemos que Jesus fala que o caminho para a grandeza acontece através da humildade de uma criança.
2 - No entender de Jesus o destaque deve ser trocado por humildade.
            Ou seja, você deve se tornar mais baixo, rebaixar, degradar a si mesmo.
            Isto descreve uma pessoa que é desprovida de qualquer arrogância ou autoexaltação.
            O desejo de Deus é que destronemos esses poderes que impedem o nosso caminhar na vida espiritual.
            O destaque precisa mudar de rumo em nossas vidas.
            Esse destaque precisa ser visto no desejo de servir a Deus e aos homens.
            Quando se destaca, precisa ser considerado o menos importante no reino de Deus, como diz Paulo: “não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes, e cada um considere os outros superiores a si mesmo”, Fp.2.3.
            O destaque não está na posição, no cargo, na liderança, no poder, na influência, nos diplomas de nível superior, na fama, na capacidade, nas grandes realizações, nem no sucesso.
            O destaque deve estar naquilo que é justo, devemos nos destacar na fé, no caráter santo, na sabedoria vinda do alto, no autodomínio, na paciência.
            O destaque se fala de amor, lealdade e dedicação a Deus.
            Tire de sua mente a ideia de destaque na igreja, na sociedade, no reino dos céus; todos somos iguais perante Deus.
Conclusão:      Seja como uma criança.
            A criança é dependente e confiante, amiga, inconsciente de raça ou de posição social: o filho de um rei brincará com o filho de um maltrapilho, até que os preconceitos adultos estraguem tal amizade. Ela vive em admiração constante, de qualquer coisa faz um brinquedo.
            Portanto, largue essa doença infecciosa de se destacar.

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