DESTAQUE PESSOAL
Mt.18.1
Introd.: Desde
os primórdios dos tempos o homem tem procurado um lugar de destaque.
Clérigos,
políticos, empresários, trabalhadores em geral e até mesmo os enfermos almejam
um lugar de destaque.
Sofremos
por não sermos aplaudidos, por não receber tapinha nas costas.
Quando
falamos de destaque logo vem à nossa mente homens afortunados, de grande
prestígio, eruditas, aquelas que conquistaram grandes vitórias.
Dois
enfermos no leito da dor conversavam: “Ah! Rapaz, você não sabe o que é sofrer;
estou com essa dor há dez dias. O outro contesta: Que nada, eu é que sofro.
Carrego essa enfermidade há dois meses”.
Se
os enfermos querem destaque, imagine o que sobra para nós que estamos com
saúde.
Nar.: “[...]
Quem é [...] o maior no reino dos céus?”, Mt.18.1.
Esta
tem sido a preocupação da humanidade.
Era
a preocupação dos discípulos quando chegaram em Cafarnaum.
Eles
discutiam entre si para saber quem era o maior.
O
evangelista Marcos diz que eles “[...] pelo
caminho, haviam discutido entre si sobre quem era o maior”, Mc.9.34.
Possivelmente
os discípulos estavam enciumados do apóstolo Pedro por Jesus ter-lhe concedido
poderes especiais ao dizer-lhe: “[...]
Dar-te-ei as chaves do reino dos céus [...]”, Mt.16.19.
Ou
ainda por ele ter se destacado no incidente sobre os impostos – a pesca
maravilhosa.
Também
os apóstolos Pedro, Tiago e João presenciaram a transfiguração de Jesus.
O
próprio Pedro tinha uma afinidade com o Mestre.
Pode
ser por isso e muito mais as razões daqueles discípulos quererem destaque.
Pode
estar enraizado no coração.
Era
um querendo ser maior que o outro.
É
como se nós nos assentássemos numa roda e passássemos a perguntar quem é de
fato as pessoas maiores da nossa cidade.
Aqueles
discípulos discutiam sobre a esperança do destaque pessoal no Rino dos céus.
Chegou
a ponto da mãe de Tiago e João pedir a Jesus: “[...]
Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita,
e o outro à tua esquerda”, Mt.20.21.
Não
deu outra, “[...] os dez, indignaram-se
contra os dois irmãos”, Mt.20.24.
Tudo
isto por causa do desejo de destaque que aqueles discípulos queriam.
E
não nos enganemos, muitos em nossos dias ficam enciumados daqueles que desejam
destaque ou daqueles que supomos que desejam destaque.
Propos.: Jesus
já havia falado sobre a sua morte e ressurreição, mas aqueles homens ainda
esperavam o estabelecimento do reino literal na terra, no qual, Jesus seria o Rei
e eles seriam altos dignitários (cargo elevado).
Aqueles
discípulos meditavam sobre o reino político e as posições que ocupariam no
mesmo.
Muitas
vezes temos agido como aqueles discípulos de Jesus.
Queremos
destaque, não importa como e nem onde, queremos destaque!
Trans.: É
pecado buscar o destaque pessoal? Muitas vezes sim.
1 – Quando queremos o destaque
para a promoção pessoal.
Para
denegrir a imagem do próximo ou esnobar dele.
Quando
pensamos que somos os únicos na face da terra.
Isaías
já anunciava: “Ai dos que ajuntam casa a
casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos
moradores no meio da terra!”, Is.5.8.
O
rei Salomão completa dizendo que, “[...] quem
vive se gabando está correndo para a desgraça”, Pv.17.19b.
Ainda
o profeta Isaías declara a respeito de Lúcifer: “[...]
subirei acima das nuvens mais altas e serei como o Altíssimo Deus. Mas Lúcifer foi
jogado no mundo dos mortos no abismo mais profundo”, Is.14.14,15.
O
profeta Obadias é mais duro ao dizer: “O seu
orgulho o enganou”, Ob.3.
Muitas
vezes pecamos por desejar um lugar de destaque.
Precisamos
repensar.
Precisamos
aprender a lição da humildade sem ambição, sem orgulho, sem autoritarismo.
Por
que repensar sobre a humildade?
Porque
ela é a verdadeira grandeza pessoal.
Porque
Jesus no contexto diz que o humilde é “o mais
importante no Reino do céu [...]”, Mt.18.4.
Porque
aprendemos com o profeta João Batista quando disse a respeito de Jesus: “Ele tem de ser cada vez mais importante, e eu menos
importante”, Jo.3.30.
Ao ler
o capítulo 18 de Mateus vemos que Jesus fala que o caminho para a grandeza
acontece através da humildade de uma criança.
2 - No entender de
Jesus o destaque deve ser trocado por humildade.
Ou
seja, você deve se tornar mais baixo, rebaixar, degradar a si mesmo.
Isto
descreve uma pessoa que é desprovida de qualquer arrogância ou autoexaltação.
O
desejo de Deus é que destronemos esses poderes que impedem o nosso caminhar na
vida espiritual.
O
destaque precisa mudar de rumo em nossas vidas.
Esse
destaque precisa ser visto no desejo de servir a Deus e aos homens.
Quando
se destaca, precisa ser considerado o menos importante no reino de Deus, como
diz Paulo: “não façam nada por interesse
pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes, e cada um
considere os outros superiores a si mesmo”, Fp.2.3.
O
destaque não está na posição, no cargo, na liderança, no poder, na influência,
nos diplomas de nível superior, na fama, na capacidade, nas grandes
realizações, nem no sucesso.
O
destaque deve estar naquilo que é justo, devemos nos destacar na fé, no caráter
santo, na sabedoria vinda do alto, no autodomínio, na paciência.
O
destaque se fala de amor, lealdade e dedicação a Deus.
Tire
de sua mente a ideia de destaque na igreja, na sociedade, no reino dos céus;
todos somos iguais perante Deus.
Conclusão: Seja como uma criança.
A
criança é dependente e confiante, amiga,
inconsciente de raça ou de posição social: o filho de um rei brincará com o
filho de um maltrapilho, até que os preconceitos adultos estraguem tal amizade.
Ela vive em admiração constante, de qualquer coisa faz um brinquedo.
Portanto,
largue essa doença infecciosa de se destacar.
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